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Jogador do Vitória admite envolvimento com drogas: 'Vendia também, além de usar'

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A ligação entre as drogas e o futebol teve mais um caso revelado no país. Em entrevista publicada nesta segunda-feira (12) no "Correio da Bahia", o meia-atacante Rhayner, que atualmente defende o Vitória, confessou que foi usuário e traficante de drogas.

O jogador de 25 anos, que tem passagens por clubes como Náutico, Fluminense e Bahia, revelou como foi o início de seu envolvimento com drogas: "Eu vendia também, além de usar. Eu vendia para manter meu vício. Vendia mais cocaína. Isso foi antes de eu iniciar minha carreira. Eu tinha 16 ou 17 anos. No meu bairro, tinha muito tráfico. Quando eu comecei a jogar, eu larguei essa parte de traficar".

Rhayner admitiu que sua dependência prosseguiu como jogador. O atacante ainda detalhou como fazia para driblar o exame de antidoping: "Fui viciado em maconha, cheguei a usar cocaína também, entre outras drogas, como lança-perfume e outros tipos que são burladas pra não cair no exame antidoping".

Destaque da campanha do Vitória na Série B, Rhayner contou que treinou sob efeito de substâncias ilícitas. Aos olhos dele, esta conduta comprometeu sua passagem pelo Bahia e mostrou o quanto a utilização comprometia seu rendimento no futebol:

"Já, já fui treinar. Com maconha, só. Em períodos em que eu não era relacionado, em que estava afastado, muitas vezes eu ia treinar desse jeito. Quando não tinha possibilidade de jogar, já aconteceu. Eu não tinha muita noção do que era certo e errado. Para mim, enquanto eu estivesse desempenhando bem o futebol dentro de campo, eu podia fazer tudo extracampo. Isso não é verdade, porque qualquer atleta depende do próprio corpo, de performance, e uma hora ou outra o acúmulo de noites sem dormir, de álcool, iria afetar o meu rendimento. Quando afetou, desencadeou um monte de coisas que já vinham acontecendo. Foi um acúmulo de coisas e, quando estourou, estourou tudo de uma vez", revelou.

De acordo com Rhayner, a decisão de largar definitivamente as drogas ocorreu neste ano. O atleta aponta a força de sua esposa, Mariel, e do fato de ter se tornado evangélico, como cruciais para sua decisão.

"Para te dizer a verdade, este ano está sendo o diferencial na minha vida, porque é o ano que eu me apeguei, que eu me converti (para a religião evangélica). Até o ano passado, eu ainda tinha envolvimento com droga, e isso foi muito complicado. Este ano, no Vitória, eu digo que Salvador realmente me salvou. O nome da cidade diz tudo, porque aqui eu me converti, mudei minhas atitudes, meus pensamentos e, graças a Deus, hoje eu me sinto maduro o suficiente pra discernir bem as coisas e saber o certo e o errado, saber o que eu preciso pra dar continuidade à minha carreira", finalizou.

Fonte: Lancenet

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