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Queda nos EUA pesa, mas estrategista descarta turbulência generalizada

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O "sell-off" nos mercados de ações dos Estados Unidos ainda parece mais reflexo de um mercado que quer "respirar" do que o início de um "bear market" [tendência de baixa], diz Italo Lombardi, estrategista sênior para mercados emergentes do Crédit Agricole.

Para ele, a magnitude das quedas em Wall Street impressiona, mas a reação de outras classes de ativos - como moedas emergentes - indica que a correção está mais ligada a elementos próprios das bolsas de valores nos EUA. A continuidade de pregões de aversão a risco contaminaria emergentes, mas os fundamentos desse grupo de países ainda rechaçam temores de recessão econômica ou turbulência generalizada.

"O Brasil, por exemplo, tem uma conta corrente sólida, reservas volumosas, sem pressões inflacionárias e juro baixo", diz Lombardi, lembrando ainda que o Banco Central deu início a rolagens de swaps cambiais para conter a pressão no câmbio. Ele afirma ainda que não há motivo para o Banco Central não confirmar as expectativas de corte de 0,25 ponto percentual da Selic na quarta-feira.

Por ter beta mais alto que boa parte de seus pares, não seria surpresa ver ativos brasileiros com performance pior, diz o estrategista. "Mas isso não altera o cenário de melhora da economia, que seria reforçado caso as eleições resultem no cenário esperado pelo mercado", acrescenta.

Fonte: Valor Econômico

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