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Cabo Claudemir: julgamento de um dos acusados pela morte de PM será em junho

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Um dos acusados de participar da morte do policial do BOPE, Claudemir de Paula Sousa, irá a Tribunal Popular do Júri no dia 17 de junho de 2019.  Igor Andrade Sousa, conhecido como "Igor Gordão", foi apontado pela investigação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado, da Polícia Civil do Piauí, como a pessoa que forneceu a arma e o carro aos atiradores.

A sessão está marcada para ocorrer a partir das 8h30 no Tribunal de Justiça do Piauí, em Teresina. 

Além de Igor, outras sete pessoas foram presas envolvidas no crime em 2016. Dentre elas, a namorada do policial, identificada como Maria Ocionira Barbosa de Sousa. Essa mulher também tinha outro relacionamento com um dos presos pela morte do PM, Leonardo Ferreira Lima.  Ocionira e Leonardo foram apontados pela investigação policial como autores do crime.

O julgamento do Igor será separado dos demais porque, segundo o promotor Regis Marinho, do Ministério Público do Piauí,  Igor foi o único que não recorreu da pronúncia do juiz, de que todos os envolvidos iriam a júri popular. Todos os outros recorreram denúncia, e os recursos seguem em análise. Por isso, o processo do Igor foi desmembrado para ir a júri neste mês. 

A investigação apontou que Igor forneceu suporte aos atiradores e teria oferecido as duas arma de fogo para a execução do crime. ele também teria cedido um veículo roubado para auxiliar na fuga. 

De todos os envolvidos, apenas uma aguarda julgamento na cadeia. Thais Monait está reclusa na Penitenciara Feminina de Teresina porque foi presa em flagrante tentando roubar um estabelecimento. A investigação pela morte do policial apontou que Thais foi a "olheira", ou seja, apontou quem era o policial a ser alvejado pelos executores.  

A polícia também encontrou documentos ligados a fraudes do INSS envolvendo os nomes de Ocionira e Leonardo.

O cabo do Bope foi atingido com tiros pelas costas enquanto saía de uma academia, localizada na avenida principal do bairro Saci, na zona Sul de Teresina, no dia 06 de dezembro de 2016. 

Participação individualizada, de acordo com a Polícia Civil

*Maria Ocionira (aguarda julgamento em liberdade)

Apontada como coautora intelectual do crime.

*Leonardo (aguarda julgamento em liberdade)

Apontado como o mandante/coautor. Proprietário das armas. Na residência dele foi encontrado o carregador da pistola usada no crime. Ele, inclusive, ostentava a pistola em mesas de bar. 

*Wesley Marlon (faleceu)

Apontado como executor. Tinha participação bastante significativa em latrocínios, roubos e homicídios e, inclusive, esteve preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas-MA. No dia antes execução, ele andou nas imediações onde ocorreria o crime no dia seguinte.  Usou uma pistola 380 para matar a vítima. O trajeto dele nas imediações da casa da vítima e na academia foi monitorado porque o mesmo usava tornozeleira eletrônica.

*Igor (aguarda julgamento em liberdade)

Responsável por recrutar o bando. Foi responsável por repassar o veículo roubado (Fiat Uno Vivace) para ser utilizado na fuga, bem como duas armas. Conhecia os atiradores e o resto do bando.

*Flávio Willame (aguarda julgamento em liberdade)

Apontado como executor. Usou um revólver calibre 38 para matar a vítima. (a arma era de Leonardo)

* Beto Jamaica (aguarda julgamento em liberdade)

Trabalhava como taxista e foi apontado como o intermediador/agenciador. Sabia que matariam um policial. Ele confirmou que se reuniu com o Leonardo várias vezes. 

* Francisco Luan e Thais Monait (Thais aguarda julgamento presa por outro crime / Luan aguarda julgamento em liberdade)

Apontados como 'olheiros'. Ficaram responsáveis por monitorar a vítima, o passo a passo dele na região. No dia do crime, o Luan estava em um canto, próximo ao Fiat Uno Vivace usada na fuga. A Thaís estava sentada próxima da academia e deu o sinal para os atiradores agirem.

* Wagner Falcão (não foi indiciado pela morte)

Testemunha do caso e prestou falso testemunho. Ele era amigo do Leonardo e sabia da arma.

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Valmir Mâcedo
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