O Hemopi continuará a não receber doação de homens declarados homossexuais. A diretora do órgão, Neuma Café, afirma que órgão não recebe sangue de homossexuais porque segue normas internacionais e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Para ela, não há nenhum tipo de discriminação.
Neuma café não há modificação no cadastro, são normas da anvisa, não vê como um preconceito perguntar a sexualidade. “Talvez a gente tenha que melhorar a forma de abordagem, mas não vejo como preconceito, até porque nós temos que pensar na ponta da fila que é o receptor”.
Já as mulheres homossexuais passam pelo mesmo procedimento das pessoas heterossexuais. Ao chegar no Hemopi, o doador faz um cadastro, pesagem, tem sua pressão e temperatura medidas e seu sangue é analisado pela primeira vez para detectar anemia. Se tudo estiver normal, em seguida ele passa pelo questionário que virou alvo de rixa entre grupos homossexuais e os hemocentros do país. “Nele são perguntadas, entre outras coisas, quantos parceiros a pessoa teve, se teve doença sexualmente transmissível. Se a pessoa fez sexo sem camisinha ela também pode não doar”, descreve a diretora do Hemopi. Depois disto, o doador fica sozinho onde deve assinar um termo onde é perguntado se ele acha seu sangue seguro. Depois, o sangue é colhido e é submetido a uma série de exames, dentre eles para detectar hepatite, sífilis, chagas e HIV.