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Vaticano confirma padres afastados após denúncia de pedofilia

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Lourival Ribeiro/SBT
Roberto Cabrini, no comando do Conexão Repórter, no SBT

O Vaticano reconheceu nesta terça-feira (16) a existência de casos de pedofilia cometidos por padres no Brasil. Segundo a agência de notícias AFP, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, desmentiu que os envolvidos sejam bispos. O anúncio surge depois da exibição na última quinta-feira do programa Conexão Repórter, comandado pelo jornalista Roberto Cabrini, no SBT.

"Eram padres", disse Lombardi, sobre os acusados de abusar coroinhas no município de Arapiraca, interior de Alagoas. O porta-voz também reconheceu que dois dos três religiosos envolvidos possuem título de monsenhor, embora sejam simples padres. 

"Foi confirmado que nenhum dos três envolvidos era bispo. Um deles foi afastado da paróquia e será julgado pela justiça civil. Os outros dois foram suspensos de suas tarefas eclesiásticas e estão sendo submetidos a um processo canônico por suspeita de pedofilia, mas até agora negam tudo", disse o porta-voz do Vaticano.

O Conexão Repórter, do SBT, exibido em Teresina pela TV Cidade Verde, mostrou no último dia 11 denúncias de coroinhas contra padres de Arapiraca. Um vídeo foi gravado com um deles, já maior de idade, mantendo relações sexuais com um dos acusados, um padre de 82 anos. No entanto, as vítimas acusam os religiosos de crime de pedofilia, por abusos supostamente sofridos ainda quando eram menores.

Ainda segundo a AFP, o advogado do padre disse que as relações sexuais filmadas foram consentidas, e o mesmo rejeitou que o caso fosse tratado como pedofilia. Ele ainda acusou os jovens de tentarem extorquir o padre, tendo até assinado documento no qual se comprometiam a não divulgar o vídeo. 

Da Redação
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