A Previ, maior fundo de pensão da América Latina, ampliou em R$ 10 bilhões seu patrimônio no ano passado, para R$ 152 bilhões, mesmo com o mercado acionário fraco, afirmou nesta segunda-feira o seu presidente, Ricardo Flores.
O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que é o maior acionista da mineradora Vale, fechou o ano com rentabilidade de 12,37% para o seu principal plano (Plano 1), e de 9,3% para seu novo plano, o Previ Futuro, que ficou abaixo da meta atuarial de 12,32%. No ano passado, o Ibovespa subiu 1%.
"É compreensível que um tenha rendido mais do que o outro, porque o primeiro tem participações relevantes, imóveis, que dão maior valorização do ativo", explicou Flores.
Iniciado em 1998, o Previ Futuro é formado praticamente por novos funcionários do BB e tem patrimônio de R$ 2 bilhões, ante R$ 150 bilhões do plano anterior que reúne importantes participações em empresas como Vale, Petrobras e CPFL Energia.
O superavit acumulado em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 26,8 bilhões. Por conta disso, a Previ decidiu no ano passado suspender as contribuições de funcionários e do BB pelo período de três anos.
Somente no final do ano passado o Previ Futuro comprou sua primeira participação imobiliária, no shopping ABC, em Santo André (SP), vendida pelo Plano 1. Para 2011, os planos são de mais aquisições de imóveis. O segmento imobiliário garantiu rentabilidade de 17,95% no Plano 1, com carteira de R$ 4,8 bilhões.
"Vamos continuar diversificando, porque esse é o caminho", disse Flores, que não vê risco de uma bolha no setor no país.
A renda variável representava 64,5% da carteira da Previ no fim de 2010 e teve rentabilidade de 10,78% no ano. A renda fixa era 29,3% dos investimentos e garantiu rentabilidade de 13,74% ao Plano 1. A carteira conta ainda com empréstimos, financiamentos e investimentos estruturados, além de imóveis.
Fonte: Folha
21/03/11, 17:16