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Dica: Usar o 13º para pagar dívidas garante controle das finanças

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O abono de Natal significa, no orçamento de uma grande parte dos trabalhadores, essa oportunidade de deixar as turbulências financeiras para trás, finalmente colocar as contas em ordem e voltar a dormir com tranquilidade.


"Acertar as pendências requer bastante critério e estratégia, entretanto. Na euforia de resolver suas dificuldades, muitas famílias acabam fechando maus negócios", diz Ricardo Fairbanks, da consultoria Dinheiro em Foco.

Antes de partir para os ajustes, é fundamental fazer uma reunião com todos da casa e discutir o problema, pois o esforço de reequilibrar as obrigações é eficiente quando envolve os parceiros e as crianças.

No caso de já haver faturas vencidas, deve-se procurar os credores e tentar um reescalonamento dos valores. Geralmente, empresas e instituições financeiras dão bons descontos nos encargos sobre os atrasos e ainda oferecem um parcelamento.

"O primeiro mandamento da conciliação é jamais assumir um acordo que não se tem efetivas condições de cumprir no médio e no longo prazo", ensina Reinaldo Domingos, terapeuta financeiro e autor do manual "Livre-se das Dívidas" (Editora Dsop).

Por esse motivo, o devedor precisa pechinchar sobre a oferta inicial de quem o está cobrando e analisar com cuidado qual é a brecha nas suas despesas mensais na qual encaixará o novo débito.

Outra solução é solicitar um empréstimo pessoal de taxa menor e prazo de pagamento longo para quitar os débitos que cobram taxas elevadas, como o cartão de crédito e o cheque especial.

Apenas limpar o nome para poder realizar as compras de Natal é um objetivo a avaliar com cuidado. "Sem uma verdadeira mudança na maneira como receitas e despesas são organizadas, corre-se o risco de nunca sair da ciranda de preocupações", diz Emanuel Gonçalves da Silva, fundador da consultoria SOS Dívidas.

Existem ainda as famílias que não deixaram atrasar nenhuma conta, mas estão sentindo as operações de crédito sufocarem-nas --encontram-se, portanto, em uma zona de alto risco, pois qualquer imprevisto leva ao caos.

Usar os recursos extras desta época do ano para melhorar as condições dos seus compromissos é uma ideia interessante.

Porém, os especialistas não recomendam sair saldando indiscriminadamente todas as dívidas com o décimo terceiro. Só vale eliminar as mais caras e de prestações que fogem ao controle.

Para sanear o balanço, uma ideia é recorrer ao empréstimo consignado, cujos juros são inferiores aos das outras modalidades.

A maioria dos bancos não costuma rearranjar financiamentos de quem não está inadimplente. Uma tática empregada em último caso, então, é deixar as faturas expirarem e forçar uma conversa --com o prejuízo de ir para o cadastro dos caloteiros.

Fonte: Folha
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