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Falso advogado preso responde por fraude que soma R$ 1 milhão

O falso advogado preso nesta quarta-feira (8) em Piripiri, já foi investigado pela 1ª vara cível de Timon, junto com outros membros de um grupo, sob a acusação de fraude de cheques com valor superior a R$ 1 milhão.

De acordo com o delegado Michel de Sousa Sampaio, já existe um inquérito contra o acusado e a ação penal pela qual ele responde possui seis práticas criminais, são elas: estelionato, falsidade Ideológica, uso e falsificação de documento particular, fraude processual, falsa perícia contábil e formação de quadrilha.


Após contato com o promotor de justiça da comarca de Piripiri, foram enviados os sobre a investigação de Timon em 2010. Segundo o delegado o intuito é agilizar a prisão do acusado.

"Rubem exercera função em órgão público municipal na época da presente investigação, sendo que o mesmo se evadira da comarca de Timon vindo inclusive a impetrar Habeas Corpus ao Tribunal de Justiça do Maranhão a fim de evitar sua prisão", informou o delegado ao Cidadeverde.com.

Sindicância 
O caso começou a ser investigado em dezembro de 2012, através de uma sindicância aberta na OAB, presidida na época por Sigifroi Moreno. 

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o advogado contou como se deu a fraude. "O acusado é bacharel em direito e possui registro de estagiário na OAB. No fim do número de registro dele havia um "E", de estagiário, ele se valeu dessa letra e acrescentou um "S" para que desse a entender que o registro era do Espírito Santo." explicou Sigifroi.

OAB alerta
Procurada pelo Cidadeverde.com a OAB/PI se pronunciou sobre o caso e considera como "um absurdo", como comenta a vice-presidente da Ordem no Estado, Eduarda Miranda.

"A OAB entende esse caso como absurdo e deve servir de exemplo para que a sociedade seja mais atenta a quem está contratando, que exija a carteira da Ordem e que se certifique de que aquele profissional está realmente cadastrado. Como estagiário ele não poderia advogar, apenas acompanhar algum caso, e mesmo assim o estágio do acusado já havia vencido.", afirmou a advogada.

Segundo a vice-presidente, o fato já foi encaminhado ao Tribunal de Ética da Ordem que deve julgar que tipo de direitos o acusado poderá perder. "Em última instância ele pode até perder o diploma", reforçou Eduarda Miranda.

A advogada alerta também a população para que exija a carteira da Ordem e que atente para algumas características específicas como o chip de identificação.

" A carteira do advogado tem chip e é emitida pelo Conselho Federal. Em 2013 vamos trabalhar também para que a população visualize melhor como é uma carteira de advogado, para evitar futuros problemas", concluiu a advogada.

Rayldo Pereira
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