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Arqueóloga Niède Guidon é homenageada pela Câmara Deputados em Brasília

O deputado Sarney Filho, representando a Bancada do Partido Verde, homenageou na última quarta-feira (21), na Câmara dos Deputados, a arqueóloga Niéde Guidon com a medalha Mérito Legislativo. A Medalha foi instituída em 1983, com o objetivo de homenagear cidadãos, instituições ou entidades, campanhas, programas ou movimentos de cunho social, civil ou militar, nacionais ou estrangeiros, que contribuíram com serviços relevantes ao Poder Legislativo ou ao Brasil. Concedida anualmente, é a maior honraria da Câmara dos Deputados.


Um dos nomes mais respeitados da arqueologia brasileira, Niéde Guidon dirige o Parque Nacional da Serra da Capivara e é a principal responsável pela preservação dos seus 700 sítios arqueológicos, onde há esqueletos humanos e mais de 30 mil pinturas rupestres abordando os mais diversos temas. O parque tem 130 mil hectares, e as dificuldades financeiras, a burocracia estatal e as invasões de caçadores e vândalos fazem com que Niéde trave uma luta diária para preservá-lo. Ela também fundou e preside a Fundação Museu do Homem Americano.

“No meio da caatinga, no sertão do Piauí, uma mulher descobriu as marcas da história dos povos que aqui viviam e percebeu como era importante preservar os escritos rupestres. Então, mais que uma cientista, Niéde Guidon se assumiu como guardiã dessas crônicas petrificadas de uma gente que por aqui vivia. Graças a ela existe o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí, com as marcas dos antigos povos”, destacou Sarney Filho.

Ainda no evento, Niéde Guidon fez questão de estender a homenagem a todos que trabalham com ela na preservação do Parque, desde 1973, ao tempo em que também fez um alerta para o processo de desertificação que vem sofrendo o sertão nordestino. “Nos últimos anos, em São Raimundo Nonato, assisti pessoalmente a destruição de rios, que outrora crianças tomavam banho e hoje, em função do assoreamento provocado pelo homem, praticamente não existem mais. Se não fizermos o homem entender que ele é o maior responsável pela destruição do meio ambiente, não deixaremos nada para as futuras gerações”, ressaltou.

Fonte: PV

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