Cidadeverde.com

Bolsa inicia mês de maio em baixa de 2,02%, aos 78.876,22 pontos

Após três sessões acima da marca psicológica de 80 mil pontos, a qual tem lutado para reconquistar e superar desde meados de março, o Ibovespa fechou nesta segunda-feira, 4, em baixa de 2,02%, aos 78.876,22 pontos, limitando as perdas no fim da sessão e se afastando da mínima do dia, a 77.640,22 pontos, após ter saído logo no começo de máxima a 80.501,65 pontos.

Ao longo desta primeira sessão de maio, o índice se alinhava mais cedo a perdas observadas pelas ADRs brasileiras em Nova York na sexta-feira, 1º, quando não houve negócios na B3, bem como a uma combinação de balanços negativos, como o da Gol, o recrudescimento da tensão entre EUA e China em torno do novo coronavírus e a reanimação do risco político doméstico, após nova participação do presidente Jair Bolsonaro em protesto antidemocrático no fim de semana. O giro financeiro totalizou R$ 19,3 bilhões, mais fraco do que a faixa de R$ 24 bi a R$ 27,5 bilhões observada na semana passada. No ano, o índice cede agora 31,79%.

O nível de 80 mil pontos foi perdido inicialmente no dia 12 de março, quando o Ibovespa fechou aos 72.582,83 pontos, tendo saído de 85.171,13 pontos no encerramento anterior. Em meio ao padrão bem volátil que prevalecia então, já no dia 13 de março fechava aos 82.677,91 pontos, um nível de encerramento que só voltaria a ser superado no fim de abril. Apenas no último dia 22, o Ibovespa conseguiria voltar a fechar acima dos 80 mil, aos 80.687,15 pontos. Após dois ajustes negativos nos dias seguintes - o mais forte na sexta, dia 24, quando Sérgio Moro saiu do governo e o índice fechou aos 75.330,61 - , avançou nas três primeiras sessões da semana passada, chegando na quarta-feira, dia 29, a 83.170,80 pontos, o maior nível de fechamento desde 11 de março.

Ao longo de abril, o índice se manteve boa parte do tempo entre os 77 mil e 79 mil pontos, em padrão lateralizado e dependente em especial de bom desempenho das bolsas do exterior para ganhar impulso. Assim, a correção observada neste começo de semana chega sem surpresas, na medida em que a crucial linha dos 80 mil tem sido uma barreira difícil de ser cruzada de forma sustentável. Refletindo o risco doméstico, tanto o político como o da economia, o Ibovespa cedeu mais terreno do que Nova York, em dia no qual as bolsas de Frankfurt, Paris, Milão, Tóquio e Hong Kong se curvaram ao duelo verbal alimentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, contra a China, a quem voltaram a responsabilizar pela origem do novo coronavírus.

Assim, além das fortes perdas nas ações das aéreas Azul (-12,87%) e Gol (-10,08%), após a divulgação do balanço da segunda e em dia de alta de 1,51% no dólar, a R$ 5,5208 no fechamento, os papéis do chamado 'kit Brasil', mais expostos ao risco político, estiveram também entre os de desempenho negativo, com Eletrobras PNB em queda de 5,53%, Banco do Brasil, de 2,60% e Petrobras PN, de 3,71%, apesar do avanço dos preços da commodity na sessão. As ações de bancos também caíram, com Bradesco PN em baixa de 4,44%, Santander, de 4,67%, e Itaú Unibanco, de 3,82%, antes do balanço da instituição, programado para depois do fechamento. Outra blue chip, Vale ON, cedeu hoje 2,07%.

Na ponta positiva da carteira teórica do Ibovespa, destaque para o varejo, com Via Varejo em alta de 3,49% e Magazine Luiza, de 3,50%, e, acima delas, Telefonica Brasil (+5,87%) e Tim Participações (+5,41%). Atenção também para Ambev, em alta de 3,70% no encerramento do dia.

Conforme observa Marcel Zambello, analista da Necton, maio tem se mostrado um mês difícil para o Ibovespa nos últimos 10 anos. "E o deste ano não começou bem, com a retomada da tensão entre EUA e China, além da indefinição sobre o coronavírus no Brasil, com sinais de que a economia pode levar mais tempo do que se antecipava para ser reaberta, em meio à possibilidade também de restrições mais fortes ao movimento de pessoas", diz Zambello.

O teor das declarações do ex-ministro Sérgio Moro a Polícia Federal é algo que pode causar mais ruído em Brasília, após o mercado ter se acalmado na semana passada com a permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes. "Para o mercado, o Guedes continua a ser o fator mais importante, mas não se pode descartar um estresse maior e um aumento da percepção de risco político", acrescenta o analista.

Por Luís Eduardo Leal
Estadão Conteúdo

Dólar tem novo dia de alta com exterior e política e fecha em R$ 5,52

Foto: Willian Moreira/Futura Press/Folhapress

O dólar operou a segunda-feira, 4, toda em alta, em novo dia de nervosismo no mercado internacional, mas o ritmo de valorização se reduziu na parte da tarde, em dia marcado por fraco volume de negócios no câmbio. Declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prometendo votar, sem mudanças, os textos da PEC do orçamento de guerra e o pacote de socorro a Estados e números bons da balança comercial de abril ajudaram a retirar um pouco da pressão no câmbio. O fortalecimento internacional do dólar também perdeu fôlego na etapa vespertina, com a melhora do petróleo, o que acabou ajudando as divisas de países produtores da commodity.

O dólar à vista fechou perto das mínimas do dia, em alta de 1,51%, a R$ 5,5208. No mercado futuro, o dólar junho subia 0,91%, a R$ 5,5455 às 17h40.

Apesar da melhora à tarde, o real teve hoje o pior desempenho ante o dólar em uma cesta de 34 moedas. No exterior, a divisa dos Estados Unidos subiu ante divisas fortes e operou mista nos emergentes. Caiu 1,60% no México e 0,78% Rússia, e subiu 0,53% na Turquia e 0,81% na Hungria.

Pela manhã desta segunda, o dólar chegou a bater em R$ 5,61 no mercado à vista e a encostar em R$ 5,63 no mercado futuro, em meio ao aumento da tensão geopolítica entre Estados Unidos e China, que provocou um dia de nervosismo no mercado financeiro internacional. No mercado doméstico, pesou ainda a piora do clima político em Brasília, com o presidente Jair Bolsonaro voltando a participar ontem de manifestação antidemocrática e a cautela do que pode sair do depoimento de oito horas do ex-ministro Sergio Moro na Polícia Federal no sábado.

"O conflito comercial EUA/China está sendo reavivado", afirma o responsável pela mesa de moedas do Commerzbank, Ulrich Leuchtmann. No final de semana, Donald Trump voltou a culpar a China pela pandemia de coronavírus e ameaçou não baixar tarifas sobre produtos do país asiático. Para Leuchtmann, a piora da relação entre as duas maiores economias do mundo tende a manter o dólar fortalecido internacionalmente, prejudicando os emergentes.

No mercado doméstico, o cenário político voltou a pesar. Na avaliação do sócio e estrategista da TAG Investimentos Dan Kawa, Bolsonaro continua adotando uma postura de enfrentamento perante os demais poderes. Em meio a uma pandemia e com uma das crises mais agudas da história, a falta de união entre os poderes no Brasil é vista como negativa pelos mercados. "O Brasil já apresenta problemas e dificuldades demais para ter ainda que lidar com obstáculos políticos."

O banco americano JPMorgan ressalta que, na semana passada, houve até uma redução da tensão, mas o risco político segue alto no País. Com isso, crescem as preocupações com o que pode acontecer com a atividade econômica. A economista e pesquisadora do Peterson Institute for International Economics, Monica de Bolle, já vê a possibilidade de o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolher 9% este ano.

Por Altamiro Silva Junior
Estadão Conteúdo

Jorginho, massagista do Flamengo por 40 anos, morre por causa do coronavírus

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

 

Massagista do Flamengo há 40 anos, Jorge Luiz Domingos morreu, nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, após sofrer uma parada cardíaca por complicações do coronavírus.

Mais conhecido como Jorginho, o massagista de 68 anos, trabalhou no Flamengo desde 1980 e fez parte da delegação do clube na conquista do Mundial Interclubes de 1981, assim como da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002.

O caso de coronavírus de Jorginho foi o terceiro no Flamengo durante a pandemia. O vice-presidente de Embaixadas e Consulados do clube, Mauricio Gomes de Mattos, já se recuperou e teve alta. Sandro Rilho, funcionário da Gávea, ainda está internado com suspeita de coronavírus.

"É com muita tristeza que o Clube de Regatas do Flamengo comunica o falecimento do massagista Jorge Luiz Domingos, mais conhecido como Jorginho, funcionário mais antigo do Departamento de Futebol e com quatro décadas dedicadas com muito amor, carinho e seriedade ao clube", escreveu o clube em seu site oficial, ao prestar "condolências à família, amigos e companheiros de trabalho de Jorginho" e agradecer "eternamente por toda a sua dedicação durante muitos anos ao Rubro-Negro".

Fonte: Estadão Conteúdo

"Boas novas virão", diz presidente da Aprosoja em live sobre impactos da covid-19

Foto: Reprodução

O agronegócio no Piauí é um dos poucos setores que está conseguindo sobreviver à crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. Segundo previsão da Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja), o setor deve responder em 2020 por até 20% do PIB do estado. O assunto foi debatido em uma transmissão ao vivo realizada pelo Cidadeverde.com nesta segunda-feira (4) mediada pelo jornalista Elivaldo Barbosa e que contou com a participação do presidente da Aprosoja, Alzir Neto; o Superintendente de Gestão da Sefaz, Antonio Luiz; o gerente executivo Estadual do Banco do Nordeste no Piauí, Mirocles Silva, além do deputado estadual Henrique Pires; do economista Fernando Galvão e do consultor de mercado, Danilo Moura.

“Representamos 10% do PIB do estado e já norteamos que, para o PIB deste ano, seremos significativos podendo chegar a mais de 20% do PIB, dependendo do que vai ser os outros setores”, disse o presidente da Aprosoja, Alzir Neto.

Segundo ele, só a soja deve produzir no Piauí cerca de 2,5 milhões de toneladas. “Nós estamos com a safra nos armazéns. O ciclo já se fehou e a gente já pode anunciar que boas novas virão. O resultado é significativo no campo. A nossa estimativa tem sido de 54,5 sacas por hectare e na projeção de 785 mil hectares, o que vai dar 2,5 milhões de toneladas de grãos de soja. Quando somar as demais culturas devemos romper a barreira de 5 milhões de toneladas. Um número robusto e que mostra o potencial do Piauí”, detalhou.

Apesar dos bons resultados, segundo Alzir, o setor ainda enfrenta grandes obstáculos para escoar a produção, como a infraestrutura. “Temos os mesmos problemas de sempre em relação a infraestrutura. A falta de estrutura é o principal gargalo para o escoamento da produção e a vinda dos insumos. É toda uma cadeia movimentada”, afirmou.

O superintendente de gestão da Sefaz, Antonio Luiz, destacou que o Estado reduziu a carga tributária beneficiando o setor. “O Piauí cresceu muito em soja e na parte das energias renováveis. Para potencializar ainda mais esse setor, o estado reduziu a parte tributária para 2%, assim como o Maranhão. Fizemos empréstimos para tratar da mobilidade urbana, mas tivemos alguns travamentos de obras. Por enquanto estamos com problemas na burocracia bancária”, destacou.

O gerente executivo do Banco do Nordeste no Piauí, Mirócles Junior, destacou que, no momento, as atenções da instituição estão voltadas para a área urbana. “As ações lançadas no combate ao coronavírus focam a área urbana. Um pacote de medidas tanto na concessão do crédito como na pactuação do crédito, que, no momento, não contemplou o agronegócio, que vai bem, obrigado. A nossa solução para o agronegócio é continuar apoiando os produtores. Queremos aprovar todas as propostas de crédito que entraram”, declarou o gerente.

Foto: Yala Sena

Jornalista Elivaldo Barbosa mediou a videoconferência

O consultor de mercado, Danilo Moura, destacou que a pandemia gera incertezas, mas ressaltou o crescimento internacional do agronegócio brasileiro. “A pandemia gera incerteza na economia, que nos trouxe um dólar muito alto. Toda incerteza traz um risco. Na perspectiva de hoje vemos um Brasil tomando muito espaço no mercado internacional na soja. São 16 milhões de toneladas exportadas. É um número muito alto”, lembra.

O deputado estadual Henrique Pires destacou a potência do Piauí no setor. “Estamos vivendo o que nunca pudéssemos imaginar. O bom é que o Brasil é quase auto suficiente nas suas produções primárias. A potência do nosso estado deixa a gente muito feliz. Na assembleia nós temos feito o possível. Eu defendo a abertura gradual da economia onde for possível.Estamos focando em ações para saúde, mas não podemos esquecer as ações para melhorar a infraestrutura”, disse.

Já o economista Fernando Galvão chamou atenção para o vazamento de renda para o exterior. “Temos muitos investimentos estrangeiros. Esses investimentos não estão ampliando a capacidade de produção da economia brasileira. Estão adquirindo estruturas existentes. Estão comprando o que já existe. Não é investimento novo. Essas empresas vão remeter seus lucros para as matrizes. Esse vazamento de renda é perigoso para o Brasil. O único setor capaz de responder atraindo dólar é o agronegócio. A fuga vai continuar, mas o agronegócio é o mais dinâmico para minimizar as grandes perdas”, afirmou.


Veja também:

Em videoconferência, BNB diz que há crédito emergencial para agricultores durante pandemia

Coronavírus: crise afeta arrecadação do estado e queda pode ser de 40% em maio

Hérlon Moraes
[email protected]

Em live, cientista pede que Piauí crie brigadas contra o coronavírus e governador autoriza

Foto: Reprodução

O cientista Miguel Nicodellis, um dos 20 mais importantes do mundo e presidente do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, fez um apelo ao governador Wellington Dias, durante uma live nesta segunda-feira (4), para que o Piauí faça um decreto criando brigadas estaduais emergenciais contra o coronavírus. As brigadas são compostas por profissionais de saúde, estudantes, médicos brasileiros formados no exterior e voluntários. O objetivo é chegar a regiões críticas atingidas pela covid-19. O Consórcio de Governadores do Nordeste já havia aprovado o modelo. A Bahia deve ser o primeiro estado a implantar.

"Se o senhor puder fazer esse decreto das brigadas rapidamente no Piauí, já que o estado tem uma boa vantagem. O Piauí está em uma posição  que ainda pode segurar tudo isso. Pode ser um caso de sucesso no Nordeste. Eu tenho essa sensação. Se o senhor conseguir fazer esse decreto das brigadas rapidamente, ainda esta semana, nós acoplamos o monitora brigadas e o senhor tem uma nova ferramenta que vai ajudar nas áreas críticas", disse Nicodellis.

O governador, ainda durante a live, autorizou os secretários de governo e saúde a formatarem uma minura de decreto semelhante ao da Bahia. "A Bahia ficou de fazer a minuta. E vamos adequar a nossa realidade", disse Wellington Dias.

"Já está autorizado ao secretario de saúde e de governo para providenciar", acrescentou o governador.

Para o cientista, as brigadas no Nordeste podem reunir até 15 pessoas contra o coronavírus na região. "O exército médico pode ser dobrado no Nordeste e pode salvar vidas. Estamos recebendo adesão internacional. Existem 15 mil pessoas disponíveis para ajudar. Eu faço esse apelo ao senhor. O Piauí está sendo pioneiro", afirmou o cientista.

Miguel Nicodellis aproveitou a live e fez um apelo para que os piauienses cumpram o isolamento social.  "O isolamento social é a maior arma que nós temos nesse momento, em que não temos vacina, para impedir que o sistema de saúde entre em sobrecarga e colapso. É uma questão de perseverança nesse momento. Questão de heroísmo individual de quem pode ser manter em casa, fazer. É questão vital", declarou.

O cientista explica que é preciso uma "operação de guerra" contra o avanço do coronavírus. Miguel Nicodellis destacou a importância do aplicativo Monitora Covid, desenvolvido pelo Consórcio Nordeste, para impedir o avanço da doença.

Através do Monitora Covid é possível acompanhar e informar a situação de pessoas que estão com sintomas da doença, com identificação dos sintomas suspeitos, orientação para atendimento médico e indicação do posto de atendimento mais próximo. O Piauí é o 2º estado do Nordeste com mais downloads do app.

"Estamos criando o maior banco de dados de alerta para o Coronavírus no brasil. É vital o acoplamento do Monitora Covid com a telemedicina. Monitora Covid é nossa melhor esperança de ter um número de casos próximo da realidade", disse o cientista, que pede que as pessoas baixem o app. A meta é que até o fim desta semana 100 mil usuários façam o download. 

Miguel Nicodellis diz que é preciso isolar  as pessoas que estão com coronavírus e também saber com quem elas falaram nos últimos dias para que se possa saber se elas  têm sintomas. Através desse "trabalho de formiguinha" é possível diminuir o número de ocupação em leitos de UTI.

O cientista comentou, ainda,  os números  de Covid no Brasil e defendeu que há uma grande subnotificação dos casos. 

"A subnotificação no Brasil pode chegar até 12 vezes mais. Eu trabalho com a possibilidade de ter 1 milhão de casos", disse.

Izabella Pimentel
[email protected]

Brasil registra 263 novas mortes e 4.075 novos casos de coronavírus em 24 horas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Brasil registrou, desde o início da pandemia de coronavírus, 105.222 casos confirmados de Covid-19 e 7.288 mortes pela doença, segundo dados do Ministério da Saúde.

O número representa aumento de 4% no total de casos em relação a domingo. Foram 4.075 novos casos e 263 novas mortes nas últimas 24 horas.

O número, porém, está abaixo do total registrado nos últimos cinco dias, quando a média diária de mortes confirmadas ficou acima de 400. Em geral, o Ministério da Saúde diz que uma queda é esperada aos sábados e domingos e primeiros dias da semana.

Epicentro da crise, São Paulo tem visto o índice de isolamento social cair o no estado, o que preocupa autoridades. No sábado (2), o isolamento foi de 53%. Na quinta-feira (30), porém, essa taxa chegou a 46%, menor marca das últimas semanas.

 

NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

 

Caixa amplia horário de todas as agências para atender auxílio emergencial

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A partir desta segunda-feira, 4, todas as agências da Caixa Econômica Federal vão ampliar o horário de atendimento com abertura antecipada de duas horas. Todas as unidades passarão a funcionar no período da 8h às 14h. No dia 22 de abril, 1.102 agências do banco já haviam começado a funcionar nesse horário.

Segundo a Caixa, a ideia é desafogar o atendimento presencial e evitar aglomerações e filas em frente às agências para combater a disseminação do novo coronavírus.

O banco já vem tomando medidas para diminuir as aglomerações em suas unidades, como abrir algumas agências para atendimentos essenciais em fins de semana e feriados.

No último sábado, 2, por exemplo, 902 agências estavam funcionando exclusivamente para saque do auxílio emergencial das contas de Poupança Social Digital.

A Caixa também alocou mais de 2.800 vigilantes adicionais, dos quais 2 mil já estão atuando, e 389 recepcionistas para ajudar na orientação do público e no atendimento.

No dia 1º de maio, o banco já havia anunciado medidas para reforçar o atendimento nas agências, incluindo a realocação de mais de 3 mil funcionários para aumentar as equipes nas unidades Também serão disponibilizados cinco caminhões-agência para atender pessoas em locais com maior necessidade.

Canais digitais ainda têm problemas

Muitos usuários continuam reclamando do serviço nos canais digitais do banco, como o aplicativo CAIXA Tem. Ele é o único canal digital em que o beneficiário pode acessar o auxílio emergencial da Poupança Social Digital e tem apresentado problemas devido ao alto número de acessos simultâneos.

A Caixa informou que está trabalhando para melhorar o atendimento tanto presencial quanto digitalmente, mas não deu um prazo para que as falhas sejam corrigidas.

Mesmo com os problemas, o banco recomenda que todos os processos envolvendo o auxílio, desde a solicitação até a movimentação dos recursos, sejam feitos digitalmente.

A ideia é que os usuários procurem pessoalmente as agências apenas em último caso, seja para serviços essenciais ou saque em dinheiro do benefício das contas digitais.

Fonte: Estadão Conteúdo

Prefeito de Porto Alegre crê em volta do Estadual só no fim do ano

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr., botou o pé no freio com relação à volta do futebol. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele afirmou que o retorno das partidas na cidade "não parece que seja uma realidade breve" e foi além: estimou retomada perto do final de 2020.

"Não me parece que haverá (partidas), de alguma forma, talvez nem neste ano. Mas se ocorrer, vai ser mais para o fim do ano o reinício de atividades competitivas que exijam contato físico. Não me parece que seja uma realidade breve", disse Marchezan.

Na quinta-feira da semana passada, decreto municipal liberou retomada dos treinos. Com o texto publicado pela prefeitura, a dupla Gre-Nal marcou reapresentação dos jogadores.

O governador Eduardo Leite vai se reunir com o presidente da FGF (Federação Gaúcha de Futebol) para tratar da volta do Gauchão. Também na semana passada, foi admitida a possibilidade de o estadual ser concluído sem torcida nos jogos.

A FGF pretende apresentar ao governo do estado um plano sanitário e de ação para volta do Campeonato Gaúcho. Os jogos foram suspensos faltando três rodadas para o final da fase de classificação do returno. Depois, existe mata-mata para definir campeão da etapa.

Se o Caxias não vencer o segundo turno, o regulamento prevê finalíssima em duas partidas. A ideia da federação é manter a rodada de clássicos para a retomada do Gauchão e alterar a eventual decisão - passando de jogos de ida e volta para uma partida única, provavelmente em estádio neutro.

"Não sou especialista em futebol, mas são 22 pessoas, em uma atividade de alto contato, com transpiração, onde a troca de gotículas salivares não é recomendável para a proteção dos próprios atletas, mas cada agonia no seu dia. Temos uma estrutura que hoje é suficiente para atender à demanda, mas vamos atualizando. Não vou ser definitivo", ponderou o prefeito.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

 

Maia diz que quer votar socorro a Estados sem alteração para sanção ser rápida

Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que trabalha para votar rapidamente o projeto de socorro aos Estados, sem alterações, para que a proposta possa ir rapidamente à sanção e o recurso chegar aos governos municipais e estaduais ainda na primeira quinzena de maio.

"Sem alteração para que a gente possa ter o projeto logo rapidamente enviado ao governo e que a gente possa ter a sanção. Acho que o projeto avançou. o Senado conseguiu garantir recursos no montante do projeto da Câmara dos deputados para quatro meses, fez regra de distribuição diferente da nossa, há divergências sobre a regra de distribuição, mas o objetivo final das duas casas é o mesmo, que a gente possa garantir recursos nesse momento de perda de arrecadação de Estados e municípios", disse Maia.

O Senado alterou o texto em relação ao que foi aprovado pela Câmara. O texto aprovado no sábado, pelo Senado prevê que , dos R$ 50 bilhões que serão transferidos diretamente aos cofres de governos e prefeituras, a parcela das unidades da federação será de R$ 30 bilhões (60%), e a das cidades R$ 20 bilhões (40%). Mais R$ 10 bilhões serão destinados para a saúde. Serão R$ 7 bilhões para Estados, divididos 60% de acordo com a população e 40% de acordo com a taxa de incidência do coronavírus de cada localidade. Outros R$ 3 bilhões irão para os municípios, considerando apenas o número de habitantes.

"Eu tenho trabalhado com os líderes para que a gente possa avançar no texto do Senado federal, mostrando, diferente do que muito imaginavam, que haveria um conflito, uma divergência entre as Casas. Isso não vai ocorrer neste projeto e em nenhum outro", afirmou Maia.

Maia considerou o projeto uma vitória do parlamento, apesar das mudanças do Senado.

"Você não pode esquecer que o Poder Executivo não queria dar nenhum real para Estados e municípios. A proposta que foi feita à Câmara foi de R$ 14 bilhões. Então, o mérito do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), dos senadores, que conseguiram chegar a um valor, parece que pactuado com o governo, de R$ 60 bilhões, foi na linha do projeto da Câmara. Avançou em relação ao que o governo entendia urgente e necessário de apoio a estados e municípios."

Orçamento de Guerra

No entanto, antes de chegar na votação do socorro aos Estados, os deputados terão de votar ainda a proposta de emenda à Constituição do Orçamento de Guerra, em dois turnos. Há pontos em discussão ainda neste texto. Alguns partidos querem, por exemplo, retirar a exigência para empresas apresentarem avaliações de agências de risco. Isso poderia impedir que micro e pequenas empresas consigam recursos do Banco Central.

"Tem algum conflito. Garantida a avaliação às agências de risco, você tira a possibilidade do BV comprar título de micro e pequenas empresas, há um debate em alguns partidos que se for mantido esse texto algumas empresas estão excluídas", disse Maia

No entanto, parlamentares avaliam quais mudanças serão possíveis fazer sem que o texto tenha de novamente ser votado pelos Senadores. Segundo Maia, as Casas estão dialogando sobre isso para que a aprovação final seja mais rápida.

Governo

Maia disse ainda que tem conversado muito com a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, apesar dos dois terem tido conflitos recentes. Ele afirmou que será muito importante manter esse diálogo, principalmente, para se buscar soluções no pós-pandemia.

"É uma nova realidade que vai ter de ser construída com diálogo", disse.

Por Camila Turtelli
Estadão Conteúdo

Segunda etapa de vacinação contra a gripe termina nesta semana

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A segunda fase da campanha nacional de vacinação contra a gripe termina na próxima sexta-feira, 8. Iniciada em 16 de abril, a etapa é focada em membros das forças de segurança e salvamento, pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Além dos grupos citados, a imunização desta fase se estende a indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivo e trabalhadores portuários. Todos que estejam inclusos em algum desses segmentos devem procurar um dos 42 mil postos de saúde espalhados pelo País para se vacinar.

No Estado de São Paulo, unidades de farmácias e drogarias particulares também realizam a imunização contra a influenza. Vale destacar que a vacina não tem eficácia contra o novo coronavírus, que já infectou mais de 100 mil pessoas no Brasil - cerca de 30 mil em São Paulo.

A primeira fase da campanha, que durou de 23 de março a 15 de abril, teve idosos e profissionais de saúde como grupos prioritários. De acordo com o Ministério da Saúde, 18,9 milhões de idosos (90,6%) haviam sido vacinados até 13 de abril. Para a etapa atual, a expectativa é de 15,6 milhões de pessoas imunizadas.

A terceira e última etapa começa no próximo sábado, 9, e vai até 22 de maio. Ela será destinada a pessoas com deficiência, professores, crianças de 6 meses a 6 anos, gestantes, mães no pós-parto até 45 dias e pessoas de 55 anos a 59 anos de idade.

Para receber a vacina, é necessário que a pessoa apresenta um documento de identificação e, preferencialmente, a carteira de vacinação e o cartão SUS. No caso de profissionais das áreas prioritárias, também é preciso levar um holerite ou crachá de identificação. Já pessoas com doenças crônicas devem portar uma receita ou prescrição médica feita nos últimos seis meses.

Fonte: Estadão Conteúdo

Posts anteriores