Cidadeverde.com

Hospital das Clínicas faz parto de emergência em paciente afetada por Covid-19

Foto: Jornal da USP

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP realizou nesta terça-feira (14) um parto de emergência em uma mulher que se encontra em estado grave por causa da Covid-19.

A paciente, de 28 anos, deu entrada no hospital na noite de domingo (12). A cesariana foi realizada dentro de UTI reservada a pacientes do novo coronavírus.

O recém-nascido, que nasceu com 31 semanas de gestação, está na UTI neonatal e evolui bem. A mãe segue em estado grave, respira por ventilador e é acompanhada por equipe multidisciplinar.

 

Por Mônica Bergamo para Folhapress

Brasil bate recorde e registra 204 novas mortes por coronavírus em 24 horas

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O Brasil registrou 204 novas mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e bateu um novo recorde diário, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça (14). Ao todo, são 1.532 óbitos.

No dia anterior, foram 105 novas mortes. No fim de semana o número de novos óbitos diários ficou abaixo de cem. O próprio Ministério da Saúde esclarece que os dados coletados durante os fins de semana tendem a ser imprecisos, pois as equipes de saúde nos estados trabalham em número reduzido.

Balanço da pasta também aponta 25.262 casos confirmados da doença, aumento de 8% em um dia. Na semana passada, o país ultrapassou os 20 mil casos confirmados de Covid-19.

 

 

RENATO MACHADO E NATÁLIA CANCIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) 

 

Prefeitura de Parnaíba volta a abrir comércio após decisão judicial

Prefeito Mão Santa/ foto: Ascom prefeitura


O procurador do município de Parnaíba, Ricardo Mazulo, informou ao Cidadeverde.com que a decisão judicial - que proibiu a abertura do comércio na cidade - valeu até ontem (13) e que a partir de hoje volta a vigorar o decreto do prefeito Mão Santa (DEM) liberando o funcionamento dos estabelecimentos comerciais.  

No dia 28 de março, a juíza Anna Victoria Muylaert Saraiva Cavalcanti Dias, da 4ª Vara Cível de Parnaíba, determinou que o decreto do prefeito Mão Santa (DEM) de reabrir o comércio fosse suspenso por um período de 15 dias como medida para conter o novo coronavírus. A juíza, entre os argumentos, alegava que o decreto contrariava o que determina a OMS (Organização Mundial de Saúde) de praticar o isolamento social.   

Segundo o procurador Ricardo Mazulo, a prefeitura  promoverá "retorno responsável" das atividades econômicas em Parnaíba e que a decisão judicial foi integralmente cumprida.

"Não houve prorrogação da decisão por parte da magistrada, e o prefeito Mão Santa, aconselhado pelo jurídico do município, resolveu adotar essa medida como forma, também, de manter empregos e renda para as famílias parnaibanas, principalmente aos que ficaram mais vulneráveis com a quarentena", disse o procurador.

Segundo Mazulo, Mão Santa já acionou a Vigilância Sanitária para fazer toda a orientação necessária aos comerciantes e à população quanto aos procedimentos de prevenção.

Segundo a assessoria, o prefeito Mão Santa conversou com o presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante, sobre a medida e disse que a saúde da população e os empregos precisam ser preservados.

"A partir de hoje, 14 de abril, volta a valer o decreto do prefeito Mão Santa, que possibilidade a abertura de forma responsável e com todos os cuidados que o prefeito sempre destacou, como distanciamento, a não aglomeração, o uso de máscaras e cuidados que as empresas devem ter para o não contágio das pessoas, disponibilizando álcool na entrada dos estabelecimentos para a população e seus funcionários", disse.

Ação segue

Na defesa da ação, o procurador disse que argumentar que a prefeitura tem autonomia para adotar as medidas e que o mandado de segurança não é medida para essa ação.

"Vamos defender também que não há estudos científicos que comprovam a eficácia do isolamento social, principalmente no Brasil. Só acham que ajuda", disse o procurador.

A Prefeitura garante ainda que o município não tem nenhum caso confirmado da doença. 

 

Flash Yala Sena
[email protected] 

Festival de Cannes não terá edição em 2020 por causa do novo coronavírus

Foto: Reprodução/instagram/@festivaldecannes

O Festival de Cinema de Cannes anunciou, nesta terça-feira (14), que sua edição de 2020 foi, novamente, adiada devido à pandemia do novo coronavírus. O evento estava previsto para ocorrer em junho ou julho, mas foi cancelado e, por enquanto, não tem novas datas.

Inicialmente planejada para acontecer entre os dias 12 e 23 de maio, a 73ª edição de um dos maiores festivais de cinema do mundo já havia sido adiada, em 19 de março, em razão do surto da Covid-19. No entanto, a organização do evento anulou a decisão após as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, feitas nesta segunda (13), que decretam o prolongamento do período de isolamento social no país.

"É claramente difícil supor que o Festival de Cannes possa ser realizado neste ano em seu formato original", diz a nota divulgada pelos organizadores. "No entanto, desde ontem à noite, iniciamos muitas discussões com profissionais, na França e no exterior. Eles concordam que o Festival de Cannes, um pilar essencial para a indústria cinematográfica, deve explorar todas as contingências que permitam apoiar o ano do cinema, tornando real o Cannes 2020, de uma maneira ou de outra."

O comunicado afirma ainda que quando a pandemia acabar, será necessário reiterar a importância do cinema e dos profissionais da área.

 

Fonte: Folha Press

Para evitar aglomeração, prefeitura instala grades no passeio da Avenida Raul Lopes

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Gradeados foram instalados no passeio da Avenida Raul Lopes, na zona Leste de Teresina nesta terça-feira (14), próximo à Ponte Estaiada. O local é usado para práticas de atividade física.

As interdições, segundo a Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) Leste, acontecem "em virtude da necessidade de evitar a aglomeração de pessoas no local" para conter a proliferação do novo coronavírus.

Motoristas que passaram pelo local acharam estranha a intervenção e compartilharam registros em foto e vídeo nas redes sociais.

A SDU Leste divulgou nota explicando sobre a intervenção.

Nota SDU LESTE

Por determinação do Prefeito Firmino Filho e levando em consideração a importância da adoção de medidas para conter a proliferação do novo coronavírus, a SDU Leste bloqueou o passeio da Avenida Raul Lopes, nesta terça-feira (14). A medida acontece em virtude da necessidade de evitar a aglomeração de pessoas no local.

Valmir Macêdo
[email protected]

Mandetta admite erro em confronto, e Bolsonaro vê respaldo para demiti-lo

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

O ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) afirmou a interlocutores que cometeu um erro ao dar a entrevista ao Fantástico no último domingo (12), com uma série de críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e reconheceu que, diante disso, seu cargo está novamente ameaçado.

Depois de escapar na semana passada de uma demissão que muitos consideravam certa, o ministro foi avisado que sua saída do governo federal voltou a ser uma possibilidade nos próximos dias.

Segundo interlocutores no Palácio do Planalto, Bolsonaro considerou nesta segunda-feira que, diferentemente da semana passada, quando os militares entraram em campo para garantir a permanência de Mandetta na equipe, houve agora menor movimentação em defesa do ministro.

Além da visível perda de sustentação entre os militares, que consideraram o tom da entrevista um ato de insubordinação, Bolsonaro levou em conta que até mesmo alguns líderes do Congresso criticaram o tom adotado na entrevista do ministro.

A falta de fortes mobilizações nas redes sociais em defesa do titular da Saúde também foi lida pelo presidente como uma brecha para efetuar a demissão.

Auxiliares afirmam, no entanto, que ainda não é possível saber se o presidente bancará o desgaste de dispensar Mandetta da Esplanada. Alguns assessores o aconselharam a atravessar a pandemia com o ministro, para evitar o desgaste da demissão caso o sistema de Saúde brasileiro entre em colapso.

Na entrevista à TV Globo, domingo, Mandetta disse que a população não sabe se deve seguir as recomendações do Ministério da Saúde (favorável ao isolamento social) ou de Bolsonaro (crítico de medidas como o fechamento de comércios, por exemplo).

O titular da Saúde também criticou quem rompe as regras de distanciamento para ir à padaria, numa crítica a Bolsonaro -o presidente foi na semana passada a um estabelecimento do tipo em Brasília e consumiu alimentos no balcão.

Justamente essa insistência em bater de frente com Bolsonaro custou a Mandetta o apoio da ala militar no Palácio do Planalto.

A avaliação foi a de que o ministro desprezou o esforço do núcleo militar para que ele fosse mantido no cargo e está preocupado apenas com a sua imagem pública, em uma tentativa de se candidatar a governador de Mato Grosso do Sul em 2022 -Mandetta tem dados seguidos sinais de enfrentamento ao presidente desde a ameaça de sua demissão na semana passada, sendo a entrevista o último deles.

O descontentamento do grupo fardado ficou evidente nesta terça-feira (14) com uma declaração do vice-presidente, general Hamilton Mourão. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mourão afirmou que o ministro da Saúde cometeu uma falta grave na fala à TV Globo.

"Cruzou a linha da bola, não precisava ter dito determinadas coisas", afirmou o vice. Mourão, no entanto, avaliou que o melhor seria o presidente não demitir o auxiliar neste momento.

Durante a segunda-feira, Mandetta conversou com aliados. Justificou que decidiu dar a entrevista porque ficou irritado com o comportamento de Bolsonaro no sábado (11), durante uma visita a obras de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás (GO).

Na ocasião, o mandatário mais uma vez ignorou orientações das autoridades sanitárias e promoveu aglomerações -o titular da Saúde acompanhou a cena de longe.

Os interlocutores que conversaram com o ministro na segunda disseram que ele reafirmou que não pedirá demissão, mas reconheceu que está numa situação de maior debilidade do que na semana passada.

Como a Folha de S.Paulo mostrou em reportagem, a ideia é que a partir desta terça-feira (14) o ministro seja escanteado de reuniões, não participe de decisões do governo e que seja dado mais espaço a quem lhe faz um contraponto público.

A defesa feita por integrantes do núcleo ideológico, por exemplo, é para que o presidente faça questão de sempre citar tanto em entrevistas à imprensa como em postagens nas redes sociais as opiniões do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) e da médica Nise Yamaguchi.

Os dois são cotados para substituir Mandetta e defendem o uso de hidroxicloroquina para casos de coronavírus em estágio inicial, além da adoção do que chamam de quarentena vertical, que preserve apenas os grupos de risco.

A repercussão negativa da entrevista também criou desconforto no Ministério da Saúde. Nesta segunda-feira, Mandetta evitou aparições públicas e não compareceu à entrevista que tem sido realizada diariamente no Planalto para apresentar atualizações no cenário do coronavírus no país. Segundo aliados do ministro, ele submergiu para não ampliar o desgaste.

A ausência de Mandetta, cuja participação era prevista, não foi justificada e gerou estranheza inclusive entre outros integrantes da equipe ministerial, como Sergio Moro (Justiça), que compareceu à coletiva de jornalistas.

Os técnicos do Ministério da Saúde disseram, sem detalhes, que o ministro estava em uma reunião e tentaria chegar a tempo. Aliados de Mandetta reconhecem que a postura adotada por ele foi equivocada e defendem que ele evite novos confrontos.

A relação entre Bolsonaro e Mandetta nunca foi próxima, sempre foi protocolar. O ministro foi indicado ao cargo pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), aliado de primeira hora do presidente, mas hoje rompido com ele por divergências na conduta de combate ao coronavírus.
Pela falta de afinidade com Mandetta, Bolsonaro chegou a cogitar a sua substituição em setembro do ano passado, mas desistiu ao constatar que ele tinha amplo apoio junto ao setor da saúde.

No início da pandemia do coronavírus, o presidente se queixou ao ministro de que ele deveria defender mais o governo e o repreendeu por ter participado de uma entrevista ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro.

Mandetta modulou sua retórica e passou a pregar a importância de a atividade econômica não parar. Ele, no entanto, não se dobrou à pressão do presidente contra a medida de isolamento social, o que iniciou o embate entre ambos.

A crise com Mandetta abalou Bolsonaro. Segundo assessores presidenciais, pela primeira vez desde que assumiu o cargo, o presidente receou estar perdendo capital político ao constatar que parte da base bolsonarista nas redes sociais apoia o ministro.

De acordo com um aliado do presidente, preocupada com o marido, a primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a recomendar ao presidente que diminuísse o ritmo da agenda política para evitar um quadro de estresse.

Mandetta confronta presidente após o 'fico'

Enquadramento
No dia 6 de abril, um dia depois de ameaçar "usar a caneta" contra ministros que "viraram estrelas", Bolsonaro foi questionado por Mandetta sobre o motivo pelo qual não o demitia. A pergunta surgiu em reunião de ministros; o presidente, segundo relatos, não respondeu. Ministros militares, em parte responsáveis por demover Bolsonaro da ideia de exonerar o titular da pasta da Saúde, tentaram contornar a situação. Mandetta também perguntou por que fora nomeado, já que o presidente não o ouvia

Recados em discurso
Após um dia inteiro de indefinição, na mesma segunda-feira (6), Mandetta anunciou que ficaria na pasta e mandou recados ao presidente. Defendeu insistentemente o respeito à ciência e citou o mito da caverna de Platão, uma alegoria sobre o conflito entre a ignorância e o conhecimento. Também apoiou as medidas dos governadores que se tornaram antagonistas do presidente na crise de saúde

Críticas ao presidente em Goiás
No sábado (11), depois de Bolsonaro participar de aglomeração de apoiadores em Águas Lindas de Goiás, Mandetta, que também estava na cidade e observou a multidão à distância, criticou o presidente.
"Posso recomendar, não posso viver a vida das pessoas. Pessoas que fazem uma atitude dessas hoje daqui a pouco vão ser as mesmas que vão estar lamentando"

Entrevista ao Fantástico
Em entrevista no domingo (12) ao Fantástico, da TV Globo, Mandetta disse que o brasileiro "não sabe se escuta o ministro da saúde, se escuta o presidente, quem é que ele escuta". Ele defendeu que o governo federal tenha uma "fala única" sobre a pandemia para orientar a população

RICARDO DELLA COLETTA, CATIA SEABRA E TALITA FERNANDES
BRASÍLIA, DF, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) 

Governadores Wilson Witzel, do Rio, e Helder Barbalho, do Pará, estão com coronavírus

Foto: Marcos Correa/PR/Arquivo

Atualizada às 19h34

Os governadores do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e do Pará, Helder Barbalho (MDB), divulgaram nesta terça-feira (14) que estão com o novo coronavírus.

Witzel publicou na tarde desta terça um vídeo em suas redes sociais afirmando que seu teste de Covid-19 teve resultado positivo. Ele foi o primeiro governador do país a divulgar que contraiu a doença.

Com voz abatida, Witzel afirmou que não vinha se sentindo bem desde a última sexta-feira (10) e pediu para fazer o exame. Procurada, sua assessoria de imprensa não divulgou o resultado até a conclusão deste texto.

 

 

"Tive febre, dor de garganta, perda de olfato e graças a Deus estou me sentindo bem e continuarei trabalhando aqui do Palácio Laranjeiras, mantendo as restrições e recomendações médicas, e tenho certeza de que vou superar mais essa dificuldade", disse Witzel.

"Mas podem contar comigo todo o povo fluminense, que eu vou continuar trabalhando. Eu peço mais uma vez para que fiquem em casa, porque a doença, como todos estão percebendo, não escolhe ninguém e o contágio é rápido", afirmou.

No início da noite foi a vez de Barbalho divulgar que também foi diagnosticado com a Covid-19. O governador paraense afirmou que parte de sua equipe contraiu a doença e, após um primeiro exame negativo, recebeu um resultado positivo para o segundo teste nesta terça. Ele divulgou uma cópia em rede social e disse estar assintomático.

 

 

Nos últimos dias, Witzel manteve uma rotina de encontros e entrevistas e teve contato frequente com o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.

Na sexta-feira, por exemplo, quando diz ter começado a sentir os sintomas, o governador participou de uma reunião pela manhã no Palácio Guanabara com o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), relator do plano de auxílio aos estados na Câmara.

No mesmo dia, ele deu uma entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record, aparentemente com distanciamento. Um dia antes, havia participado do jornal Bom Dia Rio, da TV Globo, em formato de uma roda de conversa com dois jornalistas, também a certa distância.

Já nesta segunda-feira, Witzel assinou por videoconferência um convênio com empresários para a construção de dois hospitais de campanha na capital fluminense. Uma foto da ocasião mostra, à sua frente em uma mesa, o vice-governador, Cláudio Castro, e o secretário da Casa Civil, André Moura.

No mesmo dia, o governador do Rio de Janeiro publicou ainda um vídeo ao lado do secretário de Educação, ?Pedro Fernandes. No dia 31 de março, há duas semanas, ele esteve com o prefeito de Duque de Caxias, Washignton Reis, que está internado desde a madrugada do último sábado (11) em decorrência do novo coronavírus.

A Prefeitura do Rio também já havia sido atingida pela doença. Ao menos cinco secretários municipais foram diagnosticados, incluindo Beatriz Busch (Saúde) -que chegou a ser internada no fim de março e já teve alta-, Adolfo Konder (Cultura) e Tia Ju (Assistência Social e Direitos Humanos). O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) teve resultado negativo.

WITZEL E DORIA
Ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Witzel é um dos chefes estaduais que mais se antagonizaram ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a condução da crise do novo coronavírus. Ele usou falas duras contra o presidente e manteve políticas rígidas de distanciamento social durante a pandemia.

Doria e Bolsonaro também chegaram a fazer o teste para a doença. O governador paulista mostrou o resultado negativo em uma entrevista coletiva no fim de março. Já o presidente disse que os dois exames que fez naquele mês deram negativo, mas até agora se recusou a mostrar os laudos.

Uma comitiva que viajou com Bolsonaro para os EUA teve ao menos 24 integrantes com diagnóstico comprovado da doença. Entre eles, estavam o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

Os governadores paulista e fluminense têm suas gestões da pandemia mais bem avaliadas em seus estados do que o presidente.

Doria e Witzel têm, respectivamente, aprovações de 51% e 55% da população, segundo pesquisa do Datafolha feita de 1º a 3 de abril -a margem de erro é de quatro pontos percentuais por ser uma amostra estendida do levantamento nacional.

Bolsonaro, por sua vez, tinha na pesquisa nacional uma gestão aprovada por 33% dos entrevistados, com uma margem de erro de três pontos percentuais devido a uma amostra mais ampla. Em São Paulo e no Rio, sua aprovação é similar, de 28% e 34%, respectivamente.

O Rio é o berço político de Bolsonaro, que começou sua carreira como vereador no fim dos anos 1980, sendo eleito para sucessivos mandatos como deputado federal com apoio de policiais e de estratos intermediários e baixos das Forças Armadas.

 

CATIA SEABRA E JÚLIA BARBON
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) 

Cientista alerta que Piauí está entre estados com grande número de casos da Covid-19

 

O cientista e médico Carlos Henrique Nery Costa alertou que o Piauí está entre dois estados que já confirmaram grandes números de pessoas com a Covid-19 e que a população deve se proteger, o máximo possível, para que a pandemia se espalhe de forma mais estável no Estado. 

O Ceará já se aproxima de dois mil casos confirmados e o Maranhão dos 500. Ele ressalta que a população dos vizinhos tem ligação direta com os piauienses e por isso nas cidades limites, o isolamento deveria ser o máximo possível. 

"O Piauí está como um vale, com registro de poucos casos por razões diversas, estratégias de diagnóstico, distribuição de kits, etc. Mas, nós estamos entre dois estados com número de casos enormes e são vizinhos que têm uma profunda intimidade com o Piauí. A economia do norte do Piauí está muito ligada à do Ceará, existe um trânsito muito grande entre os dois estados e vale registrar que os casos de São José do Divino, Piracuruca e até de Campo Maior estão talvez relacionados ao Ceará. Com o Maranhão, o rio não nos separa e sim nos une. É preocupante essas regiões fronteiriças e as pessoas que moram próximas a esses estados, devem mais do que nunca, tomar a precaução de isolamento social. Essas cidades, essas regiões, o índice de isolamento deve subir para os 80% a 90%. A pessoa deve sair só pra comprar comida e acabou. Para não se expor e expor os seus entes queridos e sua comunidade", ressalta. 

O médico compara a falta de isolamento social a um abismo. "Praticar o isolamento social significa não cair no abismo, porque ele está na frente, se der um passo, cai. Qual é o futuro inevitável? É que vai ter um surto epidêmico e as pessoas vão morrer por falta de ar porque não vai ter respirador. A metade das pessoas que tem coronavírus grave, precisam de UTI e se não tiver, vão morrer. Se a gente não impedir o avolunamento dos casos de uma vez só, a metade vai morrer com falta de ar, porque não tivemos cuidado de protegê-las  agora (com o isolamento). Se a gente impedir o crescimento da curva, nós estaremos dando tempo para que a epidemia se distribua e as pessoas não morram sem assistência médica, porque metade das pessoas que vão para UTI vão sobreviver, se tiver respirador".

O cientista criticou a demora do Brasil em se planejar para combater a doença, já que a epidemia começou na China ainda em dezembro. No entanto, ele afirma que isso não tira a responsabilidade de cada cidadão se proteger e proteger os outros. 

"Tivemos de três a quatro meses para se planejar e isso não foi feito adequadamente, talvez por isso esteja tendo essa turbulência. Mas isso não alivia em nada a responsabilidade de cada cidadão. É importante saber que cada cidadão é fundamental para o adoecimento de si e dos outros, de todas as pessoas que ela tem contato, outros adultos, crianças, vizinhos, avós... é toda uma rede colocada em risco por conta de uma pessoa que assumiu uma atitude irresponsável de sair. A doença é terrível e ela mata mesmo, como se fosse um afogamento, que é assim que as pessoas se sentem com insuficiência respiratória", enfatiza o médico. 

Foto: Robeta Aline

 

Caroline Oliveira
[email protected]

Funkeiro testa positivo para Covid-19 e está sedado e intubado na Bahia

Fotos: Reprodução/instagram/@mcdumel

O funkeiro MC Dumel, 28, testou positivo para o novo cornavírus neste domingo (12).O carioca encontra-se internado na UTI do Hospital Couto Maia, em Salvador, desde a última sexta (10), e precisou ser sedado e entubado, segundo informa a T-Music Brasil Produções.

O resultado do teste da esposa de Dumel, Andreza Bacellar, 22, ainda não foi divulgado. Mesmo assim, ela também se encontra internada na mesma unidade hospitalar.
Os dois chegaram à Bahia recentemente vindos do Rio de Janeiro, onde o funkeiro estava a trabalho, e apresentaram sintomas de gripe e febre alta durante cinco dias.
Na quinta-feira (9), com a piora do quadro de febre e falta de ar, Dumel foi levado ao Hospital Geral Menandro de Faria e colocado em isolamento. Na manhã de sexta (10), foi transferido para UTI e, na noite do mesmo dia, para o Hospital Couto Maia, em Salvador.

Andreza afirmou ao F5 que MC Dumel não tinha nenhuma doença preexistente, como hipertensão ou diabetes.

"A produtora T-Music Brasil reforça o pedido aos fãs e amigos para que façam orações pela recuperação do cantor e sua esposa", diz uma nota oficial divulgada.

Vários famosos já foram diagnosticados com o novo coronavírus. Entre as pessoas que já estão curadas da doença estão a atriz Fernanda Paes Leme, 36, e os cantores Di Ferrero, 34, e Preta Gil, 45. No exterior, a doença já foi detectada nos atores Tom Hanks, 63, e Idris Elba, 47, e no tenor espanhol Placido Domingo, 79.

Fonte: Folha Press

Decreto: secretário diz que procedimentos criminais serão feitos durante abordagem

O secretário municipal de cidadania, assistência social e políticas integradas, Samuel Silveira, afirmou nesta terça-feira (14) que a prefeitura de Teresina não está de brincadeira quanto a fiscalização dos estabelecimentos por conta do decreto de isolamento social. Durante a manhã, gerentes de duas lojas de venda de piscinas e uma de material para panificação e plásticos foram conduzidos à Central de Flagrantes por estarem descumprindo o decreto.

“Não há nenhuma brincadeira no que a prefeitura tem feito. Estamos lutando contra um inimigo que é o coronavírus em que a única arma que nós dispomos é o isolamento social. É importante que nossa sociedade entenda e siga nossas orientações. Estamos buscando coibir de uma maneira bem direta que as pessoas se aglomerem”, disse o gestor em entrevista à TV Cidade Verde.

Silveira disse que, na medida que qualquer estabelecimento descumpra o decreto de isolamento social, o procedimento administrativo e criminal será feito no ato da abordagem e ainda no espaço da própria empresa. 

“Novas atuações dessa maneira acontecerão visando sempre o objetivo maior que é salvar vidas”, disse.

No caso desta terça-feira, as lojas foram fechadas pela Guarda Civil Municipal de Teresina por descumprimento ao decreto que determina o funcionamento apenas de serviços essenciais. 

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

População de rua

O secretário informou ainda que o estádio Lindolfo Monteiro já começou a receber a população em situação de rua da capital, como forma de evitar a propagação do coronavírus. 

“Todas as ações para a população de rua estão sendo concentradas no Lindolfo Monteiro. Temos uma equipe da saúde fixa aqui. Temos uma ala de idosos, ala de mulheres, e ala de pessoas com sintomas de gripe. Estamos dobrando a nossa capacidade de atendimento, que agora chega a 70 pessoas”, finalizou o secretário.

Hérlon Moraes
[email protected]

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