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Teresinense contrai Covid-19 em Portugal e diz que vírus é “agressivo”

O teresinense Mayron Magalhães, 32 anos, contraiu o novo coronavírus em Lisboa. Ele mora na capital de Portugal e está isolado em casa. 

Em vídeo enviado ao Notícia da Manhã, o piauiense conta que atualmente está bem, mas faz um alerta sobre os riscos do coronavírus. Mayron afirma que o vírus é “agressivo” e pede que os teresinenses tenham cautela para evitar contágio da Covid-19.

No início da doença Mayron sofreu com febre e dor de garganta.

“Testei positivo, no entanto, me recupero muito bem. Estou no quadro estável, tranquilo mesmo, minha respiração 100% graças a Deus. Ainda estou com poucos  sintomas como tosse e dor de cabeça. No início foi bem mais complicado. Tive febre, dor de garganta, secreção por conta da gripe. Logo após procurei uma unidade médica, fizeram o teste. Me mandaram ir para casa ficar no isolamento profilático. Fiquei e até hoje estou. No dia seguinte me mandaram o positivo do teste”, relata Mayron que está sendo acompanhado por médicos por telefone.

No próximo dia 15 o teresinense fará um novo teste para avaliar se ainda tem o vírus. 
 
“Estou gravando esse vídeo para vocês terem força, calma. Esse vírus realmente é bastante agressivo, tenham cautela com ele. Se cuidem”, pede Mayron.

Izabella Pimentel
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Correios oferece serviço de inscrição de CPF

Foto: Roberta Aline

Ter CPF ativo é um dos pré-requisitos para os beneficiários receberem o Auxílio Emergencial do Governo, no valor de R$ 600,00. Nos Correios, é possível obter a inscrição do CPF para quem ainda não tem o documento. Nas agências de todo o país, também podem ser realizadas a regularização cadastral e a alteração de dados como data de nascimento, número do título eleitoral, endereço, nome da mãe e a mudança de sexo. Para solicitar a inscrição no cadastro, o cidadão deve comparecer a uma unidade dos Correios munido da documentação necessária e pagar o valor de R$ 7,00. O número do documento sai na hora.

Em 2019, foram realizadas pela rede de atendimento da empresa cerca de 4,5 milhões de inscrições ao cadastro. Os Estados onde houve mais procura pelo serviço foram São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Pará.

O CPF é utilizado para identificar o cidadão na Receita Federal. Não é obrigatório portar o cartão, mas o número do cadastro é exigido em várias situações, principalmente em operações financeiras, como abertura de contas em bancos.

Em atenção às recomendações do Ministério da Saúde, no contexto da pandemia da COVID-19, a estatal informa que adotou medidas preventivas e passou a seguir as rotinas de atendimento especificamente voltadas à segurança dos empregados e clientes. Entre outras medidas, há o reforço nos procedimentos de limpeza e cuidados extras de higiene, além de métodos para evitar o contato físico, como a desativação de totens de senhas e o não compartilhamento de objetos.

Balcão do Cidadão – Os Correios já prestam vários serviços ao cidadão, além da emissão de CPF. Outros serviços como emissão de certificado digital; entrada no seguro por acidente de trânsito (DPVAT); consulta ao SPC/Serasa e o Documentos Achados e Perdidos também estão disponíveis nas agências. Por meio da iniciativa Balcão do Cidadão, os Correios estão ampliando a parceria com instituições públicas e privadas para a oferta de serviços e outras conveniências em suas agências. É uma oportunidade para órgãos públicos e empresas que querem potencializar a prestação de multisserviços, por meio da infraestrutura e da capilaridade das unidades de atendimento da estatal.

 Da Redação
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Covid-19: presidente do STF determina reabertura de cervejaria contrariando a Prefeitura

Foto: Nelson Jr./Ascom STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, julgou inviável recurso do município de Teresina contra funcionamento de fábrica de cerveja na região. Para o ministro, as decisões dos órgãos públicos devem ocorrer de forma coordenada com o Ministério da Saúde.

Decisão do Desembargador Raimundo Nonato da Costa Alencar, do Tribunal de Justiça do Piauí,  autorizava as atividades industriais da Ambev desde que cumpridas as medidas estabelecidas em decreto estadual sobre o enfrentamento à Covid-19. A cervejaria foi fechada no último dia 1 e o gerente chegou a ser conduzido à Central de Flagrantes de Teresina.

"Na presente situação de enfrentamento de uma pandemia, todos os esforços encetados pelos órgãos públicos devem ocorrer de forma coordenada, capitaneados pelo Ministério da Saúde", destacou o ministro na Suspensão de Segurança. Para ele, decisões isoladas teriam mais potencial de ocasionar desorganização na administração pública como um todo, atuando até mesmo de forma contrária à pretendida.

O município recorreu da decisão do TJ-PI por entender que violaria a competência constitucional dos municípios para legislar sobre saúde pública. Além disso, alegou que a medida contrariava restrições sanitárias para impedir a disseminação do novo coronavírus. 

“Viola frontalmente a Constituição Federal, em especial o direito à saúde (art. 6º, CF/88), e a competência constitucional dos Municípios para legislar sobre saúde pública, (art. 23, II, CF/88), legislar sobre assuntos de direito local e suplementar a legislação federal e estadual no que couber, ocasionando graves riscos de lesão à ordem e à saúde pública, mormente no panorama atual de pandemia do COVID-19 e necessidade do isolamento da população como meio de não sobrecarregar os sistemas de saúdes locais”, alega o município de Teresina.

O município alega, ainda, que, em se tratando de hipótese de calamidade pública, não se pode deixar a opção de adesão às ordens de confinamento ao livre arbítrio de cada qual, e que “inúmeros atos normativos com disciplina semelhantes estão em vigência no país”.

O presidente do STF afirma que nenhum dos atos normativos indicados com medidas semelhantes em vigência no país impõe restrições ao direito de ir e vir. No entanto, no âmbito federal, a Lei 13.979/20 determina "possível restrição à locomoção interestadual e intermunicipal seguindo recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".

Veja decisão aqui

A Prefeitura de Teresina informa que a decisão do  ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF),refere-se somente às atividades industriais da Ambev, que pode continuar a produção de bebida alcoólica, mas está proibida de fazer a distribuição do produto. 

A Prefeitura de Teresina esclarece  que continuam em vigor todas as proibições determinadas através de decretos municipais e que continuam liberadas apenas as atividades essenciais, consideradas indispensáveis ao atendimento das necessidades básicas da população, cumprindo as normas recentemente editadas para o combate à COVID-19.

Izabella Pimentel (Com informações do STF)
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TRF suspende decisão que bloqueou fundos partidário e eleitoral para covid-19

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Carlos Moreira Alves, suspendeu a liminar da Justiça Federal em Brasília que bloqueou os R$ 3 bilhões dos fundos partidário e eleitoral e deixou o valor à disposição do governo federal para o combate ao coronavírus.

A decisão do desembargador acolhe pedido da Advocacia-Geral da União. O desembargador afirma que a decisão liminar do juiz Itagiba Catta Pretta, da 4ª Vara Federal de Brasília, não indicou "nenhuma omissão dos Poderes constituídos da República, no âmbito de suas respectivas esferas de competência" e ainda "interfere em atos de gestão e de execução do orçamento público, da mesma forma como interfere no exercício de competências constitucionalmente outorgadas a autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo".

Segundo o desembargador, a liminar impôs, "efetivamente, grave lesão à ordem pública, sob viés da ordem administrativa". "Se medidas para o combate à pandemia necessitam de ser adotadas, devem ser levadas a efeito, repita-se, mediante ações coordenadas de todos os órgãos do poder público federal, estadual, municipal e distrital, dentro de suas respectivas esferas de atribuições constitucionais, com intervenção apenas excepcional do Poder Judiciário".

O magistrado afirma que "tem demonstrado a experiência internacional que para um enfrentamento minimamente eficaz da pandemia em referência, se fazem necessárias ações coordenadas de todos os órgãos do poder público federal, estadual, municipal e distrital, nas suas respectivas esferas de atribuições constitucionais, com intervenção apenas excepcional do Poder Judiciário".

Fonte: Estadão Conteúdo

Ministro da Saúde volta a aparecer em live sertaneja em noite de panelaço

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez uma aparição na live da cantora Marília Mendonça, na noite desta nesta quarta-feira (8).

"Nós como fãs, aqui no Ministério da Saúde, ficamos ainda mais fãs sabendo que você está fazendo [essa live] e não está aglomerando as pessoas", disse Mandetta. O vídeo foi retirado de uma entrevista coletiva realizado pelo ministro da tarde de quarta.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de novo panelaço durante pronunciamento sobre a crise do novo coronavírus na noite desta quarta-feira (8).

Este é o quinto discurso de Bolsonaro sobre a Covid-19, o quarto desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia do novo coronavírus.

Houve protestos em diversos bairros de São Paulo e também em outras capitais do país.
O ministro da Saúde participou da transmissão ao vivo da dupla sertaneja Jorge e Mateus, feita no YouTube na noite do último sábado (4).

Ele apareceu em um vídeo gravado, no qual afirma que "é importante que a música chegue, mas que a gente não se aglutine". Disse ainda que as pessoas precisam se proteger e que o sistema de saúde precisa se preparar, "para que no momento certo, a gente possa se abraçar".

A live de Jorge e Mateus chegou a ser vista simultaneamente por 3 milhões de usuários da rede. Mais cedo, Mandetta também havia participado da transmissão do cantor Xand Avião, com a mesma mensagem.

Fonte: Folhapress

Mercado do Peixe terá acesso limitado a partir desta quinta-feira (09)

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Como medida protetiva frente à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Mercado do Peixe, localizado na Avenida dos Expedicionários, zona Leste de Teresina, terá o seu acesso limitado. A nova medida de restrição foi definida em reunião, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (08), com os representantes da SDU Leste, Guarda Civil Municipal, Strans e Vigilância Sanitária.

A partir das 5h desta quinta-feira (09), os veículos não terão mais acesso ao estacionamento da frente do Mercado, que estará disponível apenas para os idosos e pessoas com deficiência. Os agentes da Strans estarão no local para dar orientações aos motoristas, que poderão estacionar seus veículos nas ruas próximas ao Mercado.

A Guarda Civil Municipal restringirá a entrada da população no local, limitando a uma quantidade de até 30 pessoas, por vez, para evitar aglomerações no interior do Mercado.

Segundo o Chefe da Divisão de Controle e Fiscalização da SDU Leste, Alberto Pádua, a medida tem a intenção de promover o controle de pessoas no local, evitando a aglomeração, com a chegada da Semana Santa.

“Sabemos que neste período as vendas no Mercado do Peixe aumentam consideravelmente em virtude da Semana Santa. Por estarmos enfrentando um cenário que requer medidas de combate ao novo coronavírus, estivemos reunidos para encontrar a melhor saída para a população e para os comerciantes. Assegurar a saúde de todos é a nossa missão”, declarou Alberto Pádua.

A Gerência de Controle e Fiscalização da SDU Leste acompanhará, ainda, os comerciantes em seus respectivos boxes de vendas, limitando o número de pessoas por cada espaço como medida de segurança.

Da Redação
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Sesapi confirma 38 casos de Covid-19 e 6ª morte no Piauí; vítima é de Teresina

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

O Piauí registrou crescimento do número de casos de infecção pelo novo coronavírus, com 38 testes positivos e a sexta morte confirmada por Covid-19. A vítima é um homem de 56 anos, de Teresina e com identidade preservada. Ele já estava entre os casos confirmados anteriormente pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). 

O novo boletim da Sesapi trouxe o resultado de 129 exames - 122 foram descartados e outros 7 confirmados. O aumento dos números acompanha o crescimento do volume de testes feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), que começou a funcionar durante 24 horas e praticamente triplicou a média de resultados divulgados por dia em relação a semana passada. 

Os 8 novos casos são todos de Teresina. Desses, três mulheres com 22, 26 e 37 anos - bem abaixo dos 60 anos de idade, considerado grupo de risco. O contrário ocorre com os quatro homens que passaram a integrar as estatísticas da Sesapi - eles possuem 64, 69, 70 e 91 anos. 

Não há novos municípios com casos confirmados. Parnaíba, São José do Divino, Piracuruca e Campo Maior tiveram pacientes com teste positivo para o novo coronavírus. 

Foram quatro mortes de Teresina, uma de Parnaíba e outra de São José do Divino - o prefeito Antonio Felícia (PT) foi o primeiro a ter teste positivo para Covid-19 no estado, informação checada e reconfirmada pelo Cidadeverde.com nesta quarta-feira (8), após a divulgação nas redes sociais de um vídeo manipulado que colocava em dúvida essa informação.  

Nesta quarta-feira (8), a Sesapi deixou de divulgar o número de casos suspeitos. O boletim do dia saiu com os resultados de todas as amostras que entraram no Lacen até 13h. O secretário da Saúde, Florentino Neto, anunciou que o laboratório deverá fornecer resultados em até 48 horas após o recebimento das amostras.

"Não vamos dar resposta só em 48 horas. Mas o nosso objetivo é que independente do número de amostras que possamos receber, esse prazo de resposta do Lacen, não será superior a 48 horas", disse Florentino Neto, explicando que o recebimento de amostras será feito a partir de 7h da manhã.

A intenção da Sesapi é reduzir a fila de casos suspeitos e aumentar a testagem, considerada fundamental pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para controle do avanço do novo coronavírus e, consequentemente, adoção de medidas adequadas para impedir o avanço de casos além do que os leitos dos hospitais possam suportar.

O número de pacientes curados só será divulgado pela Sesapi após o Ministério da Saúde - que também não divulgou tal estatística - definir o protocolo a ser adotado para todos os estados nessa situação.    

 

 

Fábio Lima
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Em pronunciamento, Bolsonaro defende cloroquina e retoma embate com governadores e prefeitos

Em pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o uso da cloroquina em pacientes com o novo coronavírus e afirmou que sempre colocou a vida em primeiro lugar.

Bolsonaro disse que respeita a autonomia dos governadores, mas destacou que não foi consultado sobre medidas de isolamento social que fecharam comércios e restringiram a circulação das pessoas.

"Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas de isolamento são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua amplitude", afirmou o presidente.

"Vivemos um momento ímpar em nossa história. Ser presidente é olhar o todo e não apenas as partes. Nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas", disse.
Este é o quinto discurso de Bolsonaro sobre a Covid-19, o quarto desde que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia do novo coronavírus.

A declaração ocorre após tensões recentes, em especial entre Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que chegou a esvaziar as gavetas após o presidente ameaçar "usar sua caneta" contra "ministros estrelas".

Bolsonaro repetiu diversas vezes a aliados e em reuniões no Palácio do Planalto que poderia trocar o titular da Saúde no meio da pandemia, mas acabou não fazendo a mudança em um momento em que se viu isolado.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, Bolsonaro se solidarizou com as famílias dos mortos pela doença.

No pronunciamento desta quarta-feira, o presidente voltou a repetir o discurso do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e disse que "cada país tem suas particularidades, a solução não é a mesma para todos".

Bolsonaro voltou a usar a fala do dirigente de forma distorcida para defender a retomada das atividades no Brasil. Ele disse que "os mais humildes não podem deixar de se locomover" e voltou a repetir que as consequências das paralisações não podem ser mais danosas do que a doença em si.

"Com esse espirito instruir meus ministros após ouvir pesquisadores, cientistas e chefes de estado sobre a possibilidade de tratamento", afirmou, ao defender o uso da hidroxicloroquina.

O presidente disse ainda ter conversando com o médico Roberto Kalil, admitiu ter usado o medicamento para tratar-se da Covid-19.

"[Ele] não só usou bem como a ministrou para dezenas de pessoas. Estão todos salvos", afirmou o presidente.

Segundo Bolsonaro, o médico teria dito que preferiu usar a hidroxicloroquina apesar da ausência de estudos conclusivos sobres seus efeitos para não se arrepender no futuro.

O presidente disse ainda que o médico "poderá entrar para história como tendo salvo milhares de pessoas"

Em discursos anteriores na TV, Bolsonaro criticou explicitamente governadores dos estados por adotarem medidas de isolamento social, e também a imprensa por criar, segundo ele, "pânico" na população.

Em uma das falas, chamou a doença de "gripezinha" e disse que seu "histórico de atleta" o impediria de ter complicações caso contraísse a doença.

Bolsonaro tem defendido o isolamento apenas parcial da população, dos grupos com maior risco de contaminação, de forma que parte dos trabalhadores possam sair.

Para especialistas e o próprio Ministério da Saúde, a estratégia é ineficaz.

Em pronunciamento em 24 de março, o presidente foi explícito na defesa do chamado isolamento vertical, restrito a idosos e pessoas com doenças preexistentes.

Já em outro, no dia 31, mudou o tom de seu discurso e pediu um pacto nacional para o enfrentamento à pandemia.

"Agradeço e reafirmo a importância da colaboração e a necessária união de todos num grande pacto pela preservação da vida e dos empregos: Parlamento, Judiciário, governadores, prefeitos e sociedade", declarou naquele discurso.

Bolsonaro disse no dia 31 que o país enfrenta um grande inimigo. "Estamos diante do maior desafio da nossa geração. Minha preocupação sempre foi salvar vidas."

O pronunciamento desta quarta-feira foi feito após Bolsonaro se reunir com presidentes de partidos do chamado centrão, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Pereira acompanhou a gravação do pronunciamento desta noite e chegou a sugerir mudanças no texto lido por Bolsonaro.

No último fim de semana, como mostrou a Folha de S.Paulo, os dirigentes do Congresso se recusaram a ter uma conversa com Bolsonaro, incomodados com a postura do presidente. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, enviaram a Bolsonaro o recado de que a saída de Mandetta dificultaria o diálogo entre Executivo e Legislativo.

TALITA FERNANDES E FÁBIO FABRINI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

 

Pessoas fantasiadas de 'morte' incentivam idosos a sair da rua em vídeo

Reprodução/Twitter

Por fazer parte do grupo de risco para covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, tem sido recomendado que a população de idosos permaneça em casa. Em alguns vídeos que circularam nas redes sociais recentemente, porém, os idosos que não seguiram essa recomendação se depararam com pessoas fantasiadas de "morte" nas ruas.

Um dos vídeos é de Mirandópolis, interior de São Paulo, e o outro do Rio de Janeiro. Em ambos, é possível ver as pessoas vestidas de morte com direito a foice, interagindo com idosos que estão fora de casa.

No Rio de Janeiro, o perfil que publicou inicialmente informa que a ação teria sido feita na frente de um supermercado em Irajá. Nela, uma pessoa, não identificada, aparece gesticulando com os idosos, tentando convencê-los a voltar para casa.

Um cidadão se vestiu de morte e foi para frente do Guanabará, em Irajá, para mandar os idosos, que deveriam estar em quarentena, para casa. O brasileiro é espetacular!

Já em Mirandópolis a pessoa fantasiada, que também não foi identificada, aparece conversando com alguns idosos e 'mandando' que voltem para casa. "É uma brincadeira só, estou mandando a 'velharada' [sic] embora. Conscientizando só, é uma brincadeira consciente", diz ele no vídeo.

 

 

Doença está deixando vítimas na Ásia e já foi diagnosticada em outros continentes; Organização Mundial da Saúde está em alerta para evitar epidemia

Além disso, na gravação, ele explica porque estava fazendo a ação: "a população que está na rua, a maioria é grupo de risco. Só tem idoso. Eles têm que se conscientizar de que eles têm que ficar em casa".

Fonte: Estadão Conteúdo

'Quem comanda esse time é o presidente Bolsonaro', diz Mandetta após divergências

Foto: José Dias/PR

 

Após entrar em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro e chegar a estar ameaçado de demissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez nesta quarta-feira (8) um aceno a seu chefe e diz que quem comanda a equipe da resposta à crise do coronavírus no Brasil é o mandatário.

"Quem comanda esse time aqui é o presidente Jair Messias Bolsonaro", enfatizou Mandetta, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O ministro ainda que sua equipe está "tranquila" para realizar um bom trabalho, reconheceu que houve problemas internos no governo e finalizou: "Estamos juntos".

A declaração de Mandetta ocorreu em meio a comentários sobre a cloroquina, medicamento defendido por Bolsonaro e um dos pontos de atrito entre o ministério e o Planalto.

Enquanto o presidente quer que a substância seja administrada inclusive para casos menos graves, Mandetta tem resistido, destacado que existem efeitos colaterais e pedido que se aguardem mais estudos.

Durante a entrevista, o titular da Saúde fez outros gestos a Bolsonaro.

"O presidente da República em nenhum momento fez qualquer imposição para mim sobre cloroquina", disse Mandetta. Segundo ele, Bolsonaro entende que há "situações complexas" que precisam ser analisadas pelos conselhos de medicina no Brasil, apesar de defender o medicamento.

Mandetta afirmou ainda que pediu ao Conselho Federal de Medicina que haja um posicionamento da entidade até o próximo dia 20 sobre o uso desse medicamento para pacientes com o coronavírus -na reunião ministerial de segunda-feira (6) Bolsonaro pediu uma manifestação ao ministro da Saúde sobre a cloroquina até o final deste mês.

Principal rosto do combate ao Covid-19 no Brasil, Mandetta chegou a estar ameaçado de demissão. Além do uso da hidroxicloroquina, ele e Bolsonaro passaram as últimas semanas discordando sobre a extensão das políticas de isolamento.

O ministro acabou ficando no cargo por pressão da ala militar do governo e também por seu apoio popular e junto à cúpula do Congresso.

Fortalecido após vencer a queda de braço com Bolsonaro, Mandetta adotou um tom mais conciliador nesta terça-feira (7), o que foi interpretado por integrantes do Planalto como um sinal de busca de alinhamento.

Apesar desse movimento e da pressão interna e externa, auxiliares mantêm o discurso de que a demissão não está descartada, que Bolsonaro é imprevisível e continua insatisfeito com Mandetta. Os dois se reuniram novamente na manhã desta quarta-feira no Planalto.

De acordo com relatos de aliados do chefe da Saúde, Mandetta adotou um tom duro na reunião ministerial de segunda, defendendo a sua linha de atuação pautada nos atuais consensos científicos, o que é seguido pela maioria dos países. Depois, ele seguiu para o ministério e replicou a fala dura em um pronunciamento à imprensa.

Integrantes da ala militar avaliaram que Mandetta exagerou no tom dessa fala, ocasião em que, mesmo sem se referir diretamente a Bolsonaro, repetiu diversas vezes que iria se pautar exclusivamente pela ciência.

Entre outros recados endereçados a Bolsonaro o ministro citou ter lido o "Mito da Caverna" de Platão, gesto interpretado por aliados do presidente como uma provocação para que ele se livre das falsas interpretações que tem da realidade.

Por isso, esses integrantes do governo pediram a Mandetta que ele baixasse o tom. A solicitação, na avaliação de aliados do presidente, surtiu efeito.

RICARDO DELLA COLETTA, RENATO MACHADO E PAULO SALDAÑA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

 

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