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Ator de 'Homem de Ferro 2' é preso acusado de vender pílulas falsas contra coronavírus

Foto: Reprodução/facebook/ Keith Middlebrook

Keith Middlebrook, que fez filmes como "Homem de Ferro 2" (2010) e "Moneyball" (2012), foi preso na noite de quarta-feira (25) por agentes do FBI, segunda informa o TMZ. De acordo com o site, o ator é acusado de vender pílulas falsas que seriam a cura para o novo coronavírus.

Middlebrook também usava o nome de Magic Johnson para tentar conquistar investidores, dizendo que o ex-jogador de basquete fazia parte do conselho administrativo da sua empresa. Segundo o TMZ, o ator dizia que, além de tratar a covid-19, as pílulas também seriam eficazes para evitar que as pessoas se contaminassem.

Os agentes entraram em contato com Johnson, que afirmou não conhecer Middlebrook.

O ator, que tem 2,5 milhões de seguidores no Instagram, foi preso em flagrante ao entregar as pílulas a um agente do FBI, que estava disfarçado de investidor.
Ainda de acordo com o TMZ, o ator solicitava fundos para potenciais investidores da sua empresa, a Quantum Prevention CV. Ele prometia lucros de 200% a 300% para cada milhão de dólares investidos.

Middlebrook foi indiciado por fraude eletrônica e pode pegar até 20 anos de prisão.

Em "Homem de Ferro 2", o ator fez um papel pequeno como dr. Jason Miller.

 

Fonte: Folha Press

As lições de quem se curou da covid-19

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

No momento em que o número de mortos e infectados pelo novo coronavírus aumenta e países como Itália e Espanha avançam na contagem de seus mortos, cresce também outra estatística menos divulgada e bem mais alentadora: a dos curados. Em todo o mundo, pelo menos 100 mil pessoas já se recuperaram da doença, segundo estudo da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos.

O trabalho foi divulgado nesta semana. O resultado corrobora informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 80% das pessoas contaminadas se recuperam apenas no tratamento, sem precisar de internação e uso do respirador (entre 5% e 6%).

Os curados são homens e mulheres, jovens, adultos e idosos, que apresentaram sintomas variados, desde tosse e falta de ar até perda de olfato. Depois de um período de isolamento total, sem sair de casa - incluindo os mais novos -, eles relatam o prazer de voltar a executar atividades do dia a dia, como estar com os amigos e com a própria família. Alguns são enfáticos: para eles, o isolamento social continua sendo necessário, mesmo depois da cura, para evitar que a pandemia avance assustadoramente como em outros países.

"O pior sintoma é o medo", afirma a advogada e conselheira federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Daniela Teixeira, de 48 anos, que contraiu a covid-19 na Conferência Nacional da Mulher Advogada, realizada no Ceará, em 5 e 6 de março. "Fui homenageada na conferência, mas não vale o risco e o desespero que passei depois. Tinha de ter ficado em casa." Ela reforça a recomendação da OMS para que as pessoas não saiam de suas casas nesse momento, que não paguem para ver. "É muito difícil ser contaminada por uma peste, algo que parou o mundo, e achar que seu quadro clínico pode se agravar, que você pode contaminar pessoas queridas ao seu redor", diz.

O tom de voz de Daniela, no entanto, já não tem mais grande preocupação. Na terça-feira, ela recebeu o resultado de seu último teste e não está mais doente. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, onde mora, recomendou por precaução isolamento total até dia 31. Depois, vida normal.

Com o aumento da demanda pelos testes de coronavírus, muitos infectados não chegam a fazer novo exame ao fim da quarentena. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação para os que testam positivo é de respeitarem o período de 14 dias de isolamento. Depois, se não tiverem mais sintomas, já podem seguir as mesmas regras do restante da população.

Foi o caso da paulista Laísa Nardi, de 22 anos. Em fevereiro, depois de ter voltado de uma viagem por Itália e Espanha, ela começou a ter tosse, falta de ar e dor no corpo. "Achei que a dor fosse de carregar a mochila nas costas", disse. Ela revela um sentimento bastante difundido entre as pessoas: "Não achei que pudesse acontecer comigo".

Poucos dias depois de procurar atendimento médico, Laísa recebeu o resultado positivo do teste para o novo coronavírus. Ela ficou em isolamento com seu ex-namorado, com quem tinha entrado em contato depois da viagem, ao realizar sua mudança da casa dele. "Fiquei de quarentena com o ex", brincou. "No dia em que a minha quarentena acabou, andei 15 quilômetros no sol do meio-dia, sozinha, para ter certeza de que eu não estava mais trancada." Laísa já voltou a trabalhar. "Mas evito ao máximo sair de casa. Vou para o trabalho porque preciso."

Aos 21 anos, Jacqueline Hibner tem a mesma percepção. Ela estuda Hotelaria e Nutrição em Nova York. Voltou para o Brasil quando suas aulas passaram a ser ministradas online. Pouco tempo depois, teve dor de cabeça e enjoo. Ela estava fora do grupo de risco. Não chegou a ter febre, mas o diagnóstico foi o mesmo: coronavírus.

Jacqueline seguiu os 14 dias de isolamento à risca, mesmo quando parou de apresentar sintomas, e continua passando a maior parte do tempo em casa. "Temos de tomar cuidado. Ficar nas ruas agora é algo egoísta", afirma. "Temos de ficar em casa para não espalhar o vírus. Para algumas pessoas ele pode ser leve, mas pode atacar outras e ser fatal." Ela sabe que os mais jovens podem ser hospedeiros e passar o vírus para outros.

O médico ortopedista Roberto Ranzini, de 54 anos, afirmou que quer se voluntariar para trabalhar em algum hospital de campanha, depois de acabar sua quarentena. Ele atua no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde foi diagnosticado o primeiro caso da doença no País, e disse acreditar que possa ter contraído o vírus de algum paciente. Sem apresentar mais os sintomas iniciais que, para ele, incluíram letargia e diminuição do olfato, Ranzini continua seguindo o isolamento recomendado. "Temos de ter consciência da importância do isolamento, senão vai ter explosão de casos e o nosso sistema de saúde não vai aguentar."

Embora não existam estudos sobre o que acontece com pacientes depois que eles se curam, a esperança dele é que no fim da quarentena, quando pretende ir de novo para a linha de frente, já esteja imunizado. De acordo com o infectologista Paulo Olzon, uma vez que a pessoa esteja recuperada do coronavírus, não há nenhuma restrição. "É vida normal."

Monitoramento

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo afirmou não ter dados sobre os pacientes curados e disse que o monitoramento dos pacientes é feito pelas prefeituras. Já Secretaria Municipal de Saúde não detalhou como tem monitorado casos de pacientes recuperados. O Ministério da Saúde informou que ainda está trabalhando em consolidar esses dados, antes de fazer qualquer divulgação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Fonte: Estadão Conteúdo

Brasileiro mergulha no esgoto e não acontece nada, diz Bolsonaro

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a minimizar nesta quinta-feira (26) a pandemia do coronavírus e afirmou que o contágio no Brasil não será como nos Estados Unidos porque não acontece nada com o brasileiro.

Bolsonaro é alvo há dez dias seguidos de panelaços em grandes cidades devido ao menosprezo pela pandemia, que já matou 77 pessoas no Brasil -20 delas somente nesta quinta. Até o momento, 2.915 casos foram confirmados no país.

Ao redobrar a aposta nesta semana e minimizar seguidamente a crise do coronavírus, o presidente se isolou politicamente, ganhando a oposição aberta de antigos aliados -como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM)- e críticas generalizadas no Congresso, além de ter seus pedidos ignorados pelos chefes estaduais. Na entrada do Palácio da Alvorada, onde concedeu uma entrevista à imprensa na noite desta quinta, Bolsonaro defendeu que o brasileiro seja estudado porque, segundo ele, mergulha no esgoto e não pega nenhuma doença.

"Eu acho que não vai chegar a esse ponto [dos Estados Unidos]. Até porque o brasileiro tem que ser estudado. Ele não pega nada. Você vê o cara pulando em esgoto ali. Ele sai, mergulha e não acontece nada com ele."

Nesta quinta-feira os Estados Unidos ultrapassaram a China e se tornaram o país com o maior número de casos confirmados da doença: 83.507. A contagem de mortos chegou a 1.201.

"Eu acho até que muita gente já foi infectada no Brasil há poucas semanas ou meses. E eles já tem anticorpos que ajuda a não proliferar isso daí. Estou esperançoso que isso seja realmente uma realidade", disse Bolsonaro.

Logo depois, em sua transmissão semanal ao vivo pela internet, voltou a menosprezar o coronavírus.

"Este vírus é igual uma chuva -fechou o tempo, trovoada-, você vai se molhar, e vamos tocar o barco", afirmou.

Bolsonaro fez a live segurando duas caixas de hidroxicloroquina?, medicamento estudado como possível solução à Covid-19. Em determinado momento, ele disse que poderia doar as caixas que tinha para quem precisasse.

O presidente defendeu a aplicação da cloroquina para pacientes "em estado complicado". "Tá lá, o homem, a mulher, idoso, chega num estado bastante complicado, faz o teste, tem o coronavírus, aplica logo, pô."

O Ministério da Saúde criou nesta quarta-feira (25) um protocolo para dar o medicamento a pacientes com o novo coronavírus em estado grave. O tratamento deve ocorrer ao longo de cinco dias e mediante supervisão médica, já que ainda não há dados robustos sobre eficácia da cloroquina para a Covid-19.

"A pessoa medicada corretamente, não tem efeito colateral", afirmou o presidente. "Se Deus quiser, isso aqui [a hidroxicloroquina] vai ser confirmado brevemente como remédio para curar todos os portadores do coronavírus ou Covid-19. Daí, com o remédio, esta histeria que foi plantada aqui no Brasil... Não foi a imprensa, acho que foi o Papai Noel, o Saci-Pererê que plantou no Brasil... faça com que o povo tenha paz, tranquilidade."

Ele também voltou a criticar "alguns governadores e prefeitos" pelas restrições que impuseram em seus estados e municípios. "Esta neurose de fechar tudo não está dando certo."

Na live, ele também se queixou indiretamente das críticas que recebeu da cúpula militar de seu governo. "Tem até ministro me criticando", afirmou.

Aos jornalistas na porta do Alvorada, Bolsonaro disse que a onda de desemprego por causa das medidas de restrição à pandemia já começou no país e ela é "muito pior" que o contágio de coronavírus.

Ele criticou novamente a imprensa por, segundo ele, gerar "pânico" e "histeria" e disse que talvez até já tenha contraído a doença e se curado.

"Essa onda é muito pior do que o vírus que talvez [eu] tenha tido e curado e vocês também. Dá para entender isso? Esse pânico, essa histeria, essa busca de manchete de jornais. Até para tentar desgastar o presidente."

?Bolsonaro disse que a proposta defendida por ele de fazer um isolamento vertical da população, ou seja, sem incluir menores de 60 anos, ainda está em análise pelo Ministério da Saúde.

Ele afirmou que uma das h?ipóteses avaliadas pelo governo federal é a de isolar os grupos de risco para o coronavírus em hotéis que estejam ociosos, para que não tenham contato com familiares mais jovens.

"É fazer uma campanha para ficar em casa. Não deixa o vovô sair de casa, deixa em um cantinho. Quando voltar para a casa, toma banho, lava as mãos, passa álcool na orelha. É isso daí", disse.

De acordo com Bolsonaro, o cidadão não tem de esperar ajuda do poder público e deve entender que cada um tem de salvar a sua própria vida.
"Não tem que ficar esperando vereador, deputado ou presidente cuidar da vida dele. Se ele não tem capacidade ou não tem amor pelo pai, pela mãe, pelo avô, pelo bisavó, paciência."

Na entrevista, o presidente retomou suas críticas ao governador paulista, João Doria (PSDB), a quem acusou de colocar a "politicalha no meio" da crise. Na quarta-feira, Bolsonaro bateu boca com o tucano durante videoconferência com governadores do Sudeste e pediu para Doria descer do palanque.

Bolsonaro disse ainda que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer "desviar a atenção" ao ter afirmado que ele radicalizou seu discurso contra a quarentena em cidades do país por pressão de investidores da Bolsa de Valores.

"Eu nunca entrei na Bolsa de Valores na minha vida e nunca conversei com ninguém que foi tratar de Bolsa de Valores. Querem desviar a atenção. O problema é de todos nós."

Fonte: Folhapress

Padre Fábio de Melo comemora saída de Daniel no BBB e é criticado

O padre Fábio de Melo foi alvo de críticas nas redes sociais por ter publicado um comentário irônico sobre a eliminação de Daniel no Big Brother Brasil 20, na noite de terça-feira (24).

No Twitter, rede social em que tem 7,3 milhões de seguidores, Melo escreveu: "Vem Daniel, vem enfrentar o corona aqui fora com a gente!"

O ator e modelo deixou o programa com 80,82% dos votos. Apesar da forte rejeição, muitos internautas não gostaram do comentário do padre sobre o brother. Um deles afirmou: "Gente pra que isso? Até o padre fazendo chacota da pessoa. Olha sinceramente viu...parece até que o Daniel é um monstro. O mundo está merecendo mesmo todo esse caos que estamos vivendo."

Outro comentou: "Que decepção, padre. Eu sou católico e o senhor disseminando o ódio ao invés de compaixão e perdão?"

Em agosto do ano passado, Melo ficou longe do Twitter após se envolver em um bate-boca na rede. A polêmica começou com um comentário dele sobre a "saidinha" de Dia dos Pais de Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha em 2008. "Não entendo de leis, mas a 'saidinha' deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram", tuitou ele.

O comentário gerou reações das mais variadas e uma longa discussão sobre ressocialização, justiça e sistema penal. Após o desgaste, o padre optou por se despedir da rede.

"Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!", escreveu.

Ele voltou a postar no Twitter em fevereiro deste ano. "Após ter criado ao mundo e descansado no sétimo dia, Deus acordou muitíssimo bem-humorado e criou o pão na chapa", escreveu na ocasião.

 

Fonte: Folha Press

Coronavoucher: Câmara aprova ajuda de R$ 600 a informais e R$ 1.200 a mães chefes de família

Fotos: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) projeto que prevê concessão durante três meses de auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais e de R$ 1.200 para mães responsáveis pelo sustento da família.

A ajuda, que ganhou o apelido de "coronavoucher", foi aprovada por votação simbólica em sessão em que os deputados participaram virtualmente. Somente líderes partidários e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estiveram presentes no plenário. Agora, o texto vai ao Senado.

Inicialmente, a equipe econômica queria conceder R$ 200 aos informais. Na terça, admitiu elevar o valor a R$ 300.

O relator do projeto, Marcelo Aro (PP-MG), decidiu aumentar o auxílio para R$ 600 após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defender o novo valor em declarações no Palácio da Alvorada.

"Está em R$ 500 e talvez passe para R$ 600. Eu conversei com o Paulo Guedes [ministro da Economia] ontem [quarta] e eu não tomo a decisão sem falar com o respectivo ministro", disse. "Pode ser, mas eu não sei quantos bilhões a mais a cada R$ 100, para você ter uma ideia", acrescentou.

Segundo integrantes da equipe econômica, o impacto deve ficar em R$ 44 bilhões durante os três meses.

Maia elogiou a decisão do relator e parabenizou o presidente pela decisão.

"Fico feliz pelo relatório, pela decisão, pelo diálogo, mostrando que aqui no Parlamento nós recebemos uma proposta de R$ 200. E com diálogo com o próprio governo, com a decisão do próprio presidente, nós agradecemos", afirmou no plenário.

Mais cedo, o presidente da Câmara havia defendido a necessidade do auxílio.

"Se nós precisamos garantir o isolamento das famílias nós temos que dar previsibilidade, como tenho falado, e a renda para que essas pessoas passem pelos próximos 30 dias", disse.

A intenção é amenizar o impacto da crise do coronavírus sobre a situação financeira dos trabalhadores e das mães que são chefes de família.

O projeto prevê prorrogação do prazo de três meses por ato do Executivo, enquanto durar a crise.

Para receber o auxílio, o trabalhador não pode receber aposentadoria, seguro-desemprego ou ser beneficiário de outra ajuda do governo. Também não pode fazer parte de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família.

Segundo o projeto, até dois membros da família terão direito ao auxílio.

Se um deles receber o Bolsa Família, terá que optar pelo benefício que for mais vantajoso.

Caso escolha o auxílio, o Bolsa Família fica suspenso durante o período em que vigorar a ajuda emergencial.

As mulheres de famílias monoparentais receberão duas cotas, também com a mesma restrição envolvendo o Bolsa Família.

O dinheiro será pago por bancos públicos federais em conta-poupança digital. A instituição financeira poderá abrir automaticamente a conta em nomes dos beneficiários.

O auxílio só será concedido àqueles que tiverem renda mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar até três salários mínimos.

O benefício será dado a microempreendedores individuais, contribuintes individuais e trabalhadores informais que estivessem inscritos no Cadastro Único do governo federal até 20 de março.

O projeto também desobriga as empresas de pagarem os 15 dias de remuneração do funcionário afastado do trabalho por causa da doença. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deverá arcar com o valor.

O texto também resolve o impasse envolvendo a concessão do BPC (benefício pago a idosos e deficientes carentes).

Há duas semanas, o Congresso derrubou um veto de Bolsonaro. Com isso, o BPC deveria ser pago a famílias com renda de até meio salário mínimo (R$ 522,50 mensais) por integrante –antes, o teto era de um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 261,25 por membro da família, em valores atuais.

O TCU (Tribunal de Contas da União) havia inicialmente expedido liminar impedindo a ampliação do BPC, mas, no último dia 18, decidiu suspender o efeito por 15 dias para que o Congresso resolvesse o imbróglio.

O texto aprovado nesta quinta retoma até 31 de dezembro deste ano o teto de um quarto de salário-mínimo defendido pelo governo. A partir de 1º de janeiro de 2021, porém, volta a subir para meio salário-mínimo.

O projeto possui dispositivo que diz que o teto para este ano poderá voltar a meio salário-mínimo por causa do estado de calamidade pública, conforme critérios definidos em regulamento.

O texto também autoriza que o INSS antecipe durante três meses o valor de um salário-mínimo mensal para quem estiver na fila para pedir o auxílio-doença.
O órgão poderá também antecipar os R$ 600 durante três meses a quem estiver na fila para solicitar o BPC.

Mais cedo, os deputados tinham aprovado projeto que suspende por 120 dias a obrigatoriedade de hospitais e santas casas cumprirem metas estabelecidas pelo SUS (Sistema Única de Saúde). O texto vai ao Senado.

Na justificativa, o autor do projeto, deputado Pedro Westphalen (PP-RS) afirma que, por causa da crise, muitas cirurgias eletivas estão sendo canceladas para atendimento prioritário de portadores do vírus.

"Como as avaliações do cumprimento das metas quantitativas e qualitativas dos contratos impactam nos repasses dos valores financeiros contratualizados, importante garantir, por instrumento legal, os repasses dos valores financeiros contratualizados, em sua integralidade, neste período que exigirá o máximo de condições de trabalho dos prestadores de serviços ao SUS", afirma.

Requisitos

Para ter acesso ao auxílio, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
- ser maior de 18 anos de idade;
- não ter emprego formal;
- não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
- renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
- não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.

A pessoa candidata deverá ainda cumprir uma dessas condições:

- exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
- ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
- ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
- ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.

Será permitido a duas pessoas de uma mesma família acumularem benefícios: um do auxílio emergencial e um do Bolsa Família. Se o auxílio for maior que a bolsa, a pessoa poderá fazer a opção pelo auxílio.

Já a renda média será verificada por meio do CadÚnico para os inscritos e, para os não inscritos, com autodeclaração em plataforma digital.

Na renda familiar serão considerados todos os rendimentos obtidos por todos os membros que moram na mesma residência, exceto o dinheiro do Bolsa Família.

Como o candidato ao benefício não pode ter emprego formal, o substitutivo lista o que entra neste conceito: todos os trabalhadores formalizados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e todos os agentes públicos, independentemente da relação jurídica, inclusive os ocupantes de cargo ou função temporários, de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração ou titulares de mandato eletivo.


Fontes: Folhapress e Câmara Federal

Mão Santa assina decreto autorizando retorno de atividades econômicas em Parnaíba

Foto: Ascom/Prefeitura

O prefeito de Parnaíba, Mão Santa, assinou decreto nesta quinta-feira (26) autorizando o funcionamento das atividades econônimas no município. Segundo o documento, que já começa valer nesta sexta-feira (27), os estabelecimentos precisam apenas adotar medidas para evitar a propação do coronavírus, bem como a aglomeração de pessoas. O gestor segue uma orientação dada pelo presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento em cadeia nacional na terça-feira.

O decreto diz que os estabelecimentos deverão criar escalas de trabalho, organizar o espaço e adotar outras formas de prevenção ao coronavírus.

Mão Santa argumenta no decreto que uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) garante ao município a competência para fixar o horário do comércio. Justifica ainda que não há caso confirmado da covid-19 em Parnaíba e que o fechamento do comércio poderá acarretar mais mortes do que em consequência da doença.

Ainda de acordo com o decreto, a permissão para o funcionamento não impede que se mantenham fechados aqueles locais que preferem não retornar suas atividades.

O advogado Eliaquim Nunes, que atua na Procuradoria do Município, informou que o decreto atinge todas as atividades, inclusive shoppings.

"O texto é sucinto para atingir o maior número de atividades econômicas. Apenas as aulas ficam suspensas ate o dia 31 de março, quando será avaliado se retorna ou não", disse.

A Vigilância Sanitária do município vai orientar os estabelecimentos para que sigam as medidas preventivas. Idosos e pessoas que fazem parte do grupo de risco não devem sair  sair de casa, conforme orientação da prefeitura.

Veja o decreto:

Hérlon Moraes e Yala Sena
[email protected]

 

Maia diz que ainda não avaliou projeto de empréstimos compulsórios

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

 

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que ainda não avaliou o projeto que trata de empréstimos compulsórios para grandes empresas. "Não olhei o projeto ainda, estou focado no dos vulneráveis. Certamente, nas próximas reuniões, os autores vão apresentar e será debatida para avaliar se é o momento e se é um tema pertinente", comentou.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo que deputados de dez partidos do Centro querem aprovar nos próximos dias a obrigação de empresas com patrimônio superior a R$ 1 bilhão emprestarem até 10% de seus lucros para o combate aos efeitos da covid-19.

O deputado Arthur Lira (PP-AL) apresentou ontem, como líder do bloco que reúne os partidos PP, PL, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, PROS, Avante e Patriota, um pedido para que a proposta seja analisada com urgência pela Câmara.

O autor da medida, o deputado Wellington Roberto (PB), líder do PL, justifica na sua proposta que a medida não representaria ação constritiva ou confiscatória do patrimônio. "Tendo em vista que outra característica que é própria dos empréstimos compulsórios é a obrigatoriedade de determinação do prazo e condições de seu resgate", diz.

Fonte: Estadão Conteúdo

Além de coronavírus, Dinho Ouro Preto já teve gripe suína e dengue

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amigos, obrigado pelas palavras gentis que vocês me enviaram. por aqui tá tudo bem. a situação é a seguinte-eu sinto uma fraqueza e meu corpo doe. hoje já é o quinto dia da luta do meu organismo contra vírus. a batalha começa pra valer sempre no final da tarde. lá pelas 18:00hs minha temperatura começa a subir, e a partir daí não consigo mais me concentrar. não consigo muito fazer nada. fico prostrado. sinto enjoo e náusea. tenho dificuldade em comer. sinto como se meu corpo estivesse em guerra. uma luta que me deixa exaurido. vou dormir exausto. durmo muito e acordo cansado. como se, mesmo em repouso, meu corpo estivesse ocupado. deve estar acontecendo uma batalha interna-eu contra o covid 19. por enquanto acho q eu tô ganhando porque não tô piorando. tomara q continue assim..

Uma publicação compartilhada por Dinho Ouro Preto (@dinhoouropreto) em

Dinho Ouro Preto, 55, disse nesta quarta-feira (25) que contraiu o novo coronavírus. Nos últimos anos, o cantor teve também outras doenças infecciosas. Em setembro de 2009, ele foi diagnosticado com a gripe suína, em meio ao surto da enfermidade no mundo.


Mais recentemente, em 2016, Dinho teve dengue. Além das doenças, em 2009, o músico sofreu traumatismo craniano ao cair de uma passarela anexa ao palco durante um show do Capital Inicial em Pato de Minas (MG).

Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha, Dinho afirmou que os sintomas que ele está sentido agora, com o coronavírus, lembram os de quando teve dengue. "Leseira. Náusea. Muita dor de cabeça e muita dor no corpo. Não [os sintomas] o que eu tinha lido a respeito do [corona]vírus."
O cantor afirmou que vai se resguardar em sua casa em São Paulo pelos próximos 15 dias, como foi orientado por médicos. "Estou inteiramente agasalhado. Sou o único em casa morrendo de frio o tempo todo."

Isolado de sua mulher e dos filhos em um cômodo do imóvel, ele diz estar bem, apesar da febre "ainda baixa" que ocorre "todo dia na mesma hora, no fim do dia" –a qual ele vem tratando com novalgina, alimentação adequada e hidratação, -como também foi recomendado por profissionais da saúde. "Se continuar só isso, eu consigo segurar."

"Por enquanto eu estou tranquilo. Nada de mais. É uma exceção. Não quero diminuir a percepção da gravidade [da Covid-19]. Reitero que acho grave, a maior crise da nossa geração possivelmente. Mas eu não tive nada que levasse a precisar de ajuda. Fui abençoado. Vou ficar isolado, me alimentar, me hidratar e esperar", disse.

Fonte: Folhapress

OMS reforça proposta de isolamento social contra coronavírus

Em discurso na cúpula extraordinária e virtual do G20, grupo dos países mais ricos do mundo, do qual o Brasil faz parte, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a tese de que o isolamento social é uma ferramenta de combate ao coronavírus, mas ressaltou que é preciso "fazer mais" para vencer a doença.


"A melhor e única maneira de proteger a vida, os meios de subsistência e as economias é parar o vírus. Sem desculpas, sem arrependimentos. Obrigado pelos sacrifícios que seus governos e pessoas já fizeram", afirmou Tedros aos líderes mundiais. "Essas medidas tiram um pouco do calor da epidemia, mas não a extinguirá. É preciso fazer mais", completou.

A estratégia de restrição social, recomendada pela OMS e adotada por diferentes países do globo para "achatar a curva" de contaminação pelo novo coronavírus, é criticada pelo presidente Jair Bolsonaro em razão de suas consequências econômicas. Bolsonaro participou da reunião virtual do G20 junto ao chanceler Ernesto Araújo e, aos líderes, mostrou uma caixa de hidroxicloroquina, medicamento ainda sem eficácia comprovada para tratamento do Covid-19.

Tedros voltou a pedir união entre os líderes para que a doença seja vencida globalmente. "A pandemia está se acelerando a uma taxa exponencial", afirmou o diretor-geral, para quem, "sem uma ação agressiva em todos os países", milhões podem morrer infectados pelo novo coronavírus. De acordo com a OMS, mais de 20 mil pessoas já foram a óbito pela doença em todo o mundo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Transporte aéreo no Brasil deve ter queda de 40% na receita em 2020, diz Iata

Foto: Raoni Barbosa/Arquivo/Cidade Verde

As companhias aéreas brasileiras devem ter uma queda de 40% na receita em 2020 na comparação com 2019 diante da crise no setor por causa do coronavírus. Os números foram apresentados nesta quinta-feira, 26, por Peter Cerdá, vice-presidente regional da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) para as Américas. Em termos monetários, as aéreas do País devem perder US$ 7,7 bilhões em receita no ano.

"Com as restrições, temos algumas aéreas que pararam tudo", disse ele, durante teleconferência com jornalistas. "Temos visto uma repercussão financeira grande, porque as empresas ainda precisam pagar contas e salários. Liquidez agora está se tornando um desafio", afirmou.

O cenário de crise também se aplica à Argentina, onde a estimativa da Iata é de que as aéreas tenham uma queda de 48% na receita em 2020 na comparação com 2019 (ou corte de US$ 2,4 bilhões). Para o Chile, a estimativa é de queda de 40%, ou US$ 1,8 bilhão.

Empregos

Segundo projeção da Iata, aproximadamente 62 mil empregos diretos no setor no Brasil estão em risco por causa da crise. Indiretamente, um total de 223 mil postos de trabalho estariam em xeque em todo o território nacional.

O cenário para o México é ainda pior. A estimativa da Iata é de que 97 mil postos de trabalho estão em risco, além de 437 mil vagas indiretas.

"Muitas dessas companhias aéreas têm liquidez para os próximos dois ou três meses. Pouquíssimas têm liquidez suficiente para passar pelo fim do verão. O cenário para a América Latina é bastante crítico".

Ele destacou ainda que a crise da covid-19 tem se mostrado mais grave e duradoura do que as outras pandemias. "Por isso pedimos que o governo suporte as companhias agora."

Cerdá relembrou ainda os dados divulgados na quarta-feira pela Iata que projetaram que a aviação comercial global deverá perder US$ 252 bilhões de receita em 2020. O número representa uma alta de mais de 120% ante a estimativa anterior, de US$ 113 bilhões.

Carga

Os membros da Iata foram questionados sobre os dados específicos para o setor de carga. Cerdá destacou que a associação ainda não tem números que apontam o reflexo no segmento. "Demanda de carga é muito grande. Como a grande maioria das cargas é transportada na barriga do avião e grande maioria das aeronaves está no chão, a demanda por carga é grande", comentou.

Algumas empresas estariam ocupando até a parte da aeronave que transporta passageiros com carga. "No curto prazo isso ajuda um pouco, mas no longo prazo a operação cargueira não vai suprir a ausência de operação de passageiros", disse.

Por Cristian Favaro
Estadão Conteúdo

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