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Ministério da Saúde confirma 9 casos de Covid-19 no Piauí

Reprodução/TV Brasil

Ampliada às 18h08

Em coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira (26), o Ministério da Saúde confirmou 9 casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Piauí. 

Até ontem (25), segundo números da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), eram 8 casos confirmados no estado. 

O boletim do Ministério da Saúde sempre é divulgado no final da tarde, horas antes dos números da Sesapi, que saem à noite. Porém, pouco antes das 18h, o Governo do Estado antecipou essa divulgação e confirmou o novo caso. Todos os testes positivos para o novo coronavírus são de Teresina.

No Piauí, segundo Boletim da Secretaria de Saúde do Estado, o número de casos suspeitos chega a 190. Os casos descartados agora somam 192. São 391 notificações no estado, sem mortes confirmadas. 

 

Em todo o Brasil, são 2.915 casos confirmados, com 77 mortes: 58 em São Paulo, 9 no Rio de Janeiro, 3 em Pernambuco, 3 no Ceará, e uma morte em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, e Amazonas - o ministério informou que houve erro no registro de uma morte no Distrito Federal. 

Dos pacientes internados em todo o país, 205 estão em enfermarias e outros 194 ocupam leitos de UTI. No Piauí, segundo o Ministério da Saúde, dois pacientes estão internados em enfermaria e um em UTI. 

Os pacientes que tiveram teste confirmado para Covid-19 e se sabe que estão internados são o apresentador Marcelo Magno, da TV Clube, e o empresário João Claudino Júnior, do Grupo Claudino - ambos em quartos de hospital. 

O maior número de casos suspeitos no Nordeste é no Ceará, que chegou a 235 confirmados com Covid-19, seguido pela Bahia, com 104. O Piauí é o segundo a apresentar menos casos, ficando atrás somente da Paraíba - 5 confirmados. 

Fábio Lima
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Governador garante prorrogação de prazo do IPVA que vence dia 31

O governador Wellington Dias anunciou nesta quinta-feira (26) que vai prorrogar o prazo de pagamento do IPVA previsto para o dia 31 de março e manter o desconto atual de 5%.

Wellington Dias usou as redes sociais para anunciar, em uma transmissão ao vivo, sobre a reunião que irá atualizar o atual decreto com as medidas estaduais durante a pandemia de Covid-19.

Sobre o IPVA, o governador explica que o prazo é prorrogado para quem não tiver condições de efetuar o pagamento até a data prevista.

“A medida que nós adotamos foi de ter um prazo mais alongado. Nós estamos colocando 90 dias a mais do que foi colocado. Quem tiver condições, paga a gora. Quem não tiver condições, com a mesma vantagem do momento (5%) pode pagar no próximo mês, no segundo mês ou no terceiro mês seguinte. Ou seja, com isso conseguir garantir um benefício às pessoas que têm dificuldade neste primeiro momento", disse. 

Pagamento em 3 cotas

O pagamento do IPVA pode ser feito também em 3 cotas, só que sem desconto. O vencimento da 1ª cota acontece no dia 31 de março. As seguintes no dia 30 de abril e 29 de maio, último dia útil do mês.

Valmir Macêdo
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Primeira capital com toque de recolher, Campo Grande amplia confinamento

Foto: Marcos Corrêa/PR

Um dia após a fala do presidente Jair Bolsonaro criticando ações de governadores e prefeitos pelas medidas de isolamento social devido ao coronavírus, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) assinou decreto na noite desta quarta-feira (25) ampliando o toque de recolher decretado na capital do Mato Grosso do Sul.

A partir desta quinta-feira, 26, todo o comércio e a circulação de veículos e pessoas devem paralisar das 20h às 5h. Desde sábado (22), quando foi imposto, o recolhimento ia das 22h às 5h

A capital sul-mato-grossense foi a primeira do País a decretar a medida, que também suspendeu o transporte coletivo. Conforme o prefeito, a decisão de ampliar em duas horas o confinamento domiciliar deveu-se ao aumento no desrespeito à medida, que ele atribuiu à fala presidencial.

Na noite seguinte ao pronunciamento, o número de denúncias de descumprimento registrado pela Guarda Civil Metropolitana saltou de 270 para 1.100. O prefeito afirmou que aglomerações com mais de 20 pessoas não serão toleradas e que, a partir das 20h, quem estiver na rua sem motivo aceitável será conduzido à delegacia. Os veículos serão apreendidos.

O confinamento ampliado em duas horas vale nos fins de semana, de sexta a domingo - durante a semana será das 22h às 6h. O decreto vigora até 5 de abril, quando a medida será reavaliada. A fiscalização é feita por 55 guardas municipais com o suporte de um drone.

Na noite de quarta, 13 bares que descumpriam o toque de recolher foram fechados. Conforme Trad, o confinamento está amparado em portaria do Ministério da Saúde que decretou emergência em saúde pública de importância nacional, confirmada por lei federal. O Mato Grosso do Sul tem 24 casos confirmados de coronavírus, sendo 22 na capital, mas não registra óbito pela doença.

Fonte: Estadão Conteúdo

Prefeitura deve distribuir cestas básicas para 42 mil famílias de alunos municipais

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O prefeito Firmino Filho afirmou nesta quinta-feira (26) que a prefeitura estuda distribuir, a partir da próxima semana, cestas básicas para as famílias de alunos municipais. Pelo menos 42 mil famílias devem receber cestas. As famílias que são assistidas por programas sociais como o Bolsa Família, devem ter prioridade.

Por decreto, as escolas municipais estão com as portas fechadas e devem retornas as atividades somente depois da crise na saúde mundial, provocada pela pandemia do coronavírus. Alguns alunos têm na merenda escolar uma importante fonte de refeição. 

Diante dessa realidade, a assistência social da prefeitura fará o trabalho de cadastramento das famílias necessitadas. Firmino afirma que é uma medida emergencial e lembra que ações mais efetivas dependem do Governo Federal. 

”É claro que as ações mais efetivas dependem do Governo Federal. É a União que pode se endividar. A prefeitura não pode se endividar para comprar cestas básicas. É uma medida assistencial. Mas acredito que nos próximos dias o Governo Federal deve apresentar medidas mais duras na área da economia. Mais recursos devem ser liberados”, destaca. 

As cestas básicas devem ser adquiridas com recursos do Tesouro Municipal. Porém, uma campana de arrecada deve ser realizada. A população de rua também deve receber assistência de acordo com o prefeito. 

Lídia Brito
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Bares e restaurantes pedem ajuda a bancos e alertam para impacto a 6 milhões

Foto: RICARDO CASSIANO/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

 

O setor de bares e restaurantes se uniu para suplicar a ajuda dos bancos e do governo Bolsonaro para combater os estragos da pandemia do coronavírus nos negócios e nas vidas das 6 milhões de pessoas que suportam o segmento. Em carta aberta às instituições financeiras, destinada aos banqueiros, listam em torno de sete pedidos que incluem crédito para capital de giro, carência nos pagamentos e contrapartida do governo do lado das garantias para sobreviverem à crise.

As medidas de isolamento e quarentena adotadas, embora necessárias para conter a propagação do coronavírus no Brasil, impactam diretamente o fôlego financeiro das empresas no País, mas, principalmente, os pequenos e médios negócios. Desde que o primeiro caso foi registrado, o pedido por crédito explodiu nos bancos, com grandes companhias acessando linhas já disponíveis, prevendo dias mais difíceis.

O problema é que os pequenos negócios, que ao lado das pessoas físicas vinham sendo o motor para o crescimento do crédito no Brasil, representam um risco maior na crise, o que faz com que os bancos sejam mais seletivos, secando as fontes de recursos para esse público. Empresários reclamam que não têm conseguido dinheiro na praça, principalmente nos bancos privados.

Algumas medidas para financiar a folha de pagamentos das empresas estão em debate entre bancos públicos e privados juntamente com o governo. A dificuldade de orquestrar uma saída única e eficaz, porém, adia uma decisão no curto prazo, complicando a vida financeira das empresas.

Para ajudar os bancos a atravessarem a crise por conta da covid-19, o Banco Central anunciou ações que injetam R$ 1,2 trilhão em liquidez no sistema financeiro. Entretanto, especialistas do segmento atentam para o fato de que, agora o problema é endereçar o risco de crédito existente já que empresas e pessoas físicas não terão oxigênio para honrar seus compromissos com os negócios paralisados. O entendimento é de quem, sem uma contrapartida do governo, os bancos privados não vão embarcar nessa e sobrará novamente para as instituições públicas atuarem na linha de frente.

Na carta aos bancos, representantes de bares e restaurantes chamam atenção para os impactos que já estão sentindo. Alertam ainda para o risco de 6 milhões de pessoas, contingente que suporta o setor no Brasil, "sumir" dos extratos bancários "em muito pouco tempo" e o risco desses negócios "deixarem de existir".

"Hoje não temos nada a comemorar. Estamos em terra arrasada. Despensas e câmaras frias vazias, funcionários em casa, portas fechadas. A penúria ronda nossa classe e nos coloca contra a parede. Estamos desesperados", relatam os representantes do setor de bares e restaurantes, em carta aberta aos bancos.

As medidas solicitadas pelo setor incluem crédito de longo prazo, acima de 48 ou 60 meses, 12 meses de carência para a primeira parcela e taxas de juros próximas à Selic, que está em 3,75% ao ano. Além disso, bares e restaurantes chamam atenção para a necessidade de os empréstimos serem garantidos por um fundo garantidor do Governo e não com garantias dos empresários de bares e restaurantes, exclusão de certidões negativas de débito (CND) e ainda a prorrogação ou renegociação das operações de crédito já contratadas com juros iguais ou menores dos já praticados, com carência de 12 meses.

Além dos pedidos, o segmento cobra uma "resposta imediata" dos bancos. "É hora de vocês mostrarem uma resposta imediata a todas as pessoas físicas e jurídicas, incluindo governos, que ajudaram os bancos a terem lucros vultosos, em um País com diferenças abissais...", enfatizam os representantes de bares e restaurantes.

A carta, com data de quarta-feira, é assinada pelo setor, incluindo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel); Associação Nacional de Restaurantes (ANR); plataforma de gastronomia Mundo Mesa; a Escola de Negócios da Gastronomia (EGG) e ainda o movimento SOS Bares e Restaurantes, capitaneado por chefs e donos de restaurantes para alertar os impactos da covid-19 no segmento.

"Estamos sem oxigênio e precisamos de intervenção já. A partir de amanhã (quinta-feira) nosso setor deixa de insuflar dinheiro em seu negócio. Lastimamos. É uma pena", ressaltam.

A alternativa para que isso não ocorra, destacam, é uma ajuda dos bancos. "Estamos pedindo ajuda real, verdadeira, que nos levante sem nos subjugar, que nos dê força e dignidade. Sem mesquinhez. Um convite para que os senhores não percam dinheiro, não percam mercado, mas simplesmente deixem apenas por um ano de lucrar sobre os negócios de bares e restaurantes", enfatizam na carta.

Por Aline Bronzati
Estadão Conteúdo

Juiz autoriza suspensão de impostos para manter cinco mil funcionários de empresa

O juiz Ronaldo Valcir Spanholo, da 21ª Vara Federal do Distrito Federal, concedeu liminar a uma empresa para suspender por três meses o recolhimento de quatro impostos federais, incluindo o PIS/Cofins, de forma a garantir a contratação de cinco mil funcionários do estabelecimento durante a crise do coronavírus. O magistrado pediu que a beneficiada amplie o pedido, de forma a englobar tributos estaduais e municipais na ação.

Em contrapartida, a empresa deverá apresentar à Justiça provas de que manteve os cinco mil postos de trabalhos narrados no pedido de liminar. A decisão cabe recurso e não é de repercussão geral, ou seja, não é aplicada automaticamente a casos semelhantes.

Segundo Spanholo, o mundo "está passando pelo seu pior momento desde a Segunda Guerra Mundial" devido ao avanço do novo coronavírus, que além da crise sanitária, também está provocando crise econômica. Dessa forma, empresas correm o risco de demitir funcionários durante a quarentena.

"Por isso, ao menos no sentir deste julgador, merece ser prestigiada toda e qualquer ação série e eficaz que seja capaz de minimizar o potencial destruidor que o fechamento de postos de trabalho (e até mesmo de empresas) gerará, muito em breve, no seio da nossa sociedade", afirma.

De acordo com o magistrado, a decisão pode soar como "preocupação exagerada' por parte de quem "desfruta de boa segurança financeira". "Inclusive, não seria surpresa muitos defenderem a simplista ideia de que crises como esta fazem parte da vida de quem escolhe os riscos da iniciativa privada e/ou todos correm o risco natural de perder o emprego. Mas a realidade do momento passa longe de uma situação de normalidade", afirma.

"Diria mais, diria que só quem viveu a agonia de não ter a certeza de como fará amanhã para garantir o pão nosso de cada dia (seu, e dos seus), só quem viveu a agonia do tamanho do desafio que é para manter abertas as portas de qualquer negócio no Brasil, sabe que o quadro que se avizinha é desesperador", continua o Spanholo.

O juiz pontuou que o pedido da ação não busca a dispensa do pagamento de impostos nem a extinção de créditos pendentes com a União, mas sim evitar a "concretização da inadimplência e a irradiação dos efeitos jurídicos dela decorrentes".

Por Paulo Roberto Netto
Estadão Conteúdo

 

Maia defende auxílio de R$ 500 a trabalhadores informais durante crise do coronavírus

Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quinta-feira (26) auxílio de R$ 500 a trabalhadores informais afetados pela crise do coronavírus, valor superior aos R$ 300 que o governo estava disposto a conceder e aos R$ 200 da proposta inicial.

A declaração foi dada em coletiva antes da votação do projeto que prevê a concessão do benefício como forma de amenizar o impacto da crise do coronavírus sobre a renda desses profissionais.
"Se nós precisamos garantir o isolamento das famílias nós temos que dar previsibilidade, como tenho falado, e a renda para que essas pessoas passem pelos próximos 30 dias", defendeu.

Para ele, a proposta que o governo fez é pequena para atender às necessidades da população brasileira. "Eu entendo a posição do governo. O governo ainda trabalha com a questão do impacto fiscal, que, neste momento, não é a questão mais importante."

A renda ajudará a arcar com o aluguel de micro e pequenos empresários, que também terão recursos para pagar salários de seus funcionários defendeu.
O impacto estimado gira em torno de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões, segundo Maia.

"Mas em relação ao que o Brasil precisa investir, garantir à sociedade brasileira, é muito pouco", afirmou.
Maia defendeu ainda que se construam mais alternativas para ajudar as empresas a lidarem com a crise.

"Uma alternativa que está sendo discutida é um empréstimo de longo prazo com uma carência, com o governo sendo garantidor. O governo já garantiu certificados do sistema financeiro de forma justa em 2008", disse. "Agora está na hora de garantir o salário dos trabalhadores nesse momento de necessidade de isolamento e de paralisia da economia brasileira e mundial."

O deputado advertiu ainda que, sem essas soluções, a sociedade vai acabar saindo do isolamento. Ele reconheceu que o ideal seria um valor maior, mas defendeu que se dê um passo de cada vez.

O texto que será apreciado indica que o auxílio não poderá ser concedido a beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família. Também estão excluídos trabalhadores que recebam aposentadoria.

O auxílio também só seria concedido àqueles que tiverem renda mensal per capita de até meio salário mínimo. A renda familiar não pode superar três salários mínimos.

O benefício será dado a microempreendedores individuais, contribuintes individuais e trabalhadores informais que estivessem inscritos no Cadastro Único do governo federal até 20 de março.

Segundo o projeto, até dois membros da família poderão receber o auxílio, que será pago por bancos públicos federais em conta-poupança digital. A instituição financeira poderá abrir automaticamente a conta em nomes dos beneficiários.

Fonte: Folhapress

 

Para o presidente é fácil falar, diz 1º atleta brasileiro a contrair Covid-19

Reprodução/Instagram @elchecfoficial

O atacante Jonathas Cristian de Jesus, 31, voltou em janeiro deste ano ao Elche, time da segunda divisão da Espanha, motivado a reviver os melhores dias da carreira.

Em 2015, pelo mesmo clube, ele terminou a temporada da La Liga com oito assistências e 14 gols, um a menos do que o francês Karim Benzema, do Real Madrid, e dois atrás do uruguaio Luis Suárez, do Barcelona.

No último dia 15, porém, Jonathas passou a se preocupar não mais com metas dentro de campo, mas com a própria vida. O jogador foi o primeiro caso conhecido de um atleta profissional brasileiro a receber diagnóstico positivo do novo coronavírus e desenvolveu a doença Covid-19.

Em depoimento à reportagem, ele relata ter sofrido fortes dores nas últimas semanas e discorda da declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de que pelo seu histórico de atleta teria no máximo "um resfriadinho" caso contraísse o vírus.

"Como eles [políticos] não pegaram, principalmente o presidente, falar assim é fácil", afirma.

Até quarta-feira (25), a Espanha registrava 56.188 casos da doença e 4.089 mortes -segundo maior número, atrás somente da Itália.

Foi tudo muito rápido. Acordei mal, mas achei que fosse só mais uma gripe, então fui levando. A partir do segundo dia percebi que havia algo estranho comigo.

Estava me sentindo muito diferente de quando fico gripado. Não conseguia caminhar, tive febre, dores de cabeça e por todo o corpo. Tossia sem parar. Vendo todo o noticiário de coronavírus, resolvi ligar para o médico do clube. Ele, imediatamente, me mandou ficar em casa.

Fiz um exame que confirmou que eu estava com a Covid-19. Passei a me submeter a algumas precauções: boa alimentação, muito líquido, nenhum treino e isolamento.

A minha família ficou no Brasil, não veio comigo para a Espanha. Tenho duas filhas, nos falamos diariamente, e tenho pedido muito para que fiquem em casa. Fazendo isso me passam uma tranquilidade maior para continuar.

É um período difícil. Tenho ficado em casa, assisto ao dobro ou triplo de filmes a que assistia antes. Procurei, também, ler livros e conversar ao máximo com os amigos.

Infelizmente, entrei para a estatística como o primeiro atleta brasileiro a ser infectado. E tenho dito para que tomem muito cuidado. Cuidem de si e do próximo, isso é muito importante. Os riscos precisam ser levados muito a sério, mas acredito que logo isso tudo vai passar.

Já são quase duas semanas e hoje me encontro bem melhor. Treino todos os dias normalmente, sem restrições, por meio dos trabalhos de vídeo passados pelo preparador físico do clube.

Antes, ainda tomava remédios para dor de cabeça e febre, que eram recorrentes, mas agora não tomo mais nada. Preciso somente ter cuidado com a alimentação.

Temos um grupo do clube em que todos se conectam e fazemos os trabalhos juntos. Antes de me recuperar, o meu corpo ficou totalmente debilitado. Diria que é impossível ter vida normal com a doença ou tentar fazer algum exercício.

Tenho acompanhado as notícias no Brasil e no mundo. Essas mortes que têm acontecido são muito tristes, principalmente na Itália.

Como eles [políticos] não pegaram, principalmente o presidente [Jair Bolsonaro], falar assim [sobre a doença ser comparada a um "resfriadinho"] é fácil.

É claro que queremos que tudo se normalize, tem muita gente perdendo os seus empregos, sendo prejudicada nos comércios, em suas empresas. Somos os primeiros que queremos que normalize, mas não é assim. Temos que pensar na saúde das pessoas.

Acho que como a economia do Brasil está caindo, querem que tudo volte ao normal logo. Estão pensando muito neles e pouco nas pessoas, principalmente as idosas que, se contraírem o vírus, têm grandes possibilidades de ficarem muito mal. Posso falar com autoridade porque passo por isso e, mesmo sendo um atleta, sofri muito com as dores. Imagine uma pessoa de mais idade?

Fui o único infectado na minha equipe. Fiquei muito mal, mas acredito estar bem agora. Devem fazer outro exame para saber se estou 100% curado, mas, pelo o que estou sentindo, acredito que o vírus já saiu do meu corpo.

Agora, há uma conversa entre capitães das equipes e responsáveis pela liga para saber o que vão fazer. Eles têm feito reuniões, mas é um assunto interno e praticamente não tem chegado nada a nós. Não sabemos, de fato, como vai ficar tudo isso.

Todos os países passam por muita indefinição, vemos jogadores contribuindo e ajudando abaixando os seus salários. O mundo todo está assim, parado, os clubes têm sido muito prejudicados, também. É normal que aconteça isso, mas tudo tem sido conversado e esclarecido.

O meu contrato vai até o final do campeonato agora, mas ainda gostaria de continuar aqui. Se não continuar, quero permanecer na Europa.

KLAUS RICHMOND
SANTOS, SP (FOLHAPRESS) 

 

Com segurança do Planalto, sobe para 25 os casos de coronavírus próximos a Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/PR

Um dos integrantes da equipe de segurança e logística do presidente Jair Bolsonaro está internado em Brasília por causa da Covid-19. Ari Celso Lima de Barros, que acompanha as comitivas presidenciais em viagens pelo país, faz tratamento no Hospital de Base, maior unidade de saúde pública do Distrito Federal.

Com a confirmação desse caso, subiu para 25 o número de pessoas próximas ao presidente que testaram positivo para o novo coronavírus. A maioria dos infectados foi com ele na viagem aos Estados Unidos, no início do mês, quando se encontrou com o mandatário americano, Donald Trump.

Lima de Barros é capitão da Polícia Militar do DF, cedido ao Gabinete de Segurança Institucional de Presidência, tendo experiência pregressa como motorista em alguns órgãos públicos.
Ele integra as equipes que vão previamente aos locais em que o presidente tem agenda para checar as condições de segurança, retornando a Brasília após encerrado o compromisso oficial.
Segundo profissional da saúde no DF ouvido pela reportagem, seu estado de saúde é delicado, pois ele tem comorbidades.

Lima de Barros não esteve nos EUA, mas acompanhou Bolsonaro em ao menos três outras agendas desde novembro de 2019.

O Portal da Transparência registra o pagamento de diárias para ele em deslocamento para São Paulo entre 2 e 5 de março. Em 5 daquele mês, Bolsonaro viajou à cidade para encontro com empresários e almoço oferecido pelo presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Em 29 e 30 de janeiro, o capitão foi para a Grande Belo Horizonte. No dia 30, Bolsonaro sobrevoou áreas atingidas pelas chuvas na região, fez uma reunião e deu entrevista sobre o assunto na capital mineira.

Lima de Barros também estava na equipe que voou para Vitória do Xingu (PA) em novembro do ano passado, em apoio à comitiva do presidente. Na ocasião, ele participou da inauguração da última turbina da hidrelétrica de Belo Monte.

São 24 os infectados que estiveram na comitiva de Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos.
Apesar de ter tido contato com essas pessoas, Bolsonaro manteve sua rotina de trabalho no Palácio do Planalto e até participou de manifestações em apoio ao seu governo, postura quer gerou críticas.
O presidente afirmou ter feito dois exames para constatar a eventual presença do novo coronavírus, que alega terem dado negativo. No entanto, ele vem se negando a mostrar os resultados.

Dois ministros do governo já receberam teste positivo: o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).
Apesar da recomendação de infectologistas de isolamento de pessoas contaminadas, Heleno voltou a despachar no Planalto esta semana.

Outros infectados são o deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC), o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, e o secretário especial de Comércio Exterior, Marcos Troyjo.
Roscoe diz ter conversado com Bolsonaro em Miami e almoçado com ele, mas não na mesma mesa.

Troyjo não apresentava sintomas e trabalhava de casa em isolamento, segundo nota do Ministério da Economia.

Outro integrante da comitiva, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, teve o diagnóstico confirmado.

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência havia informado no último dia 15 que quatro membros da equipe que serviu de apoio à viagem de Bolsonaro a Miami também se contaminaram.
O publicitário Sérgio Lima, responsável pela comunicação da Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro quer criar, informou que está com o coronavírus. A reportagem confirmou que ele esteve com a comitiva do presidente nos Estados Unidos.

Além de Lima, ao menos outras seis pessoas que estiveram próximas a Bolsonaro durante viagem aos EUA estão infectadas.
Anunciaram que contraíram a doença o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington.

A advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil, disse que seu exame deu positivo. Ela está em isolamento e, pelas redes sociais, tem atualizado seu estado de saúde.

Entre os anfitriões, o prefeito de Miami, Francis Suarez, anunciou no dia 13 ter recebido o diagnóstico. Ele participou de evento com Bolsonaro e sua comitiva no dia 9.
A reportagem também confirmou que o número 2 da Secom, Samy Liberman, teve resultado positivo para o novo coronavírus.

Ele compareceu ao Planalto ao regressar da viagem, o que gerou reclamação e desconforto de funcionários da Presidência. Questionada formalmente, a Secom não quis comentar o resultado do exame de Liberman.

O chefe de cerimonial do Ministério de Relações Exteriores, Alan Coelho de Séllos, também foi diagnosticado com a doença. Ele fez parte da comitiva aos Estados Unidos e auxiliava o ministro Ernesto Araújo, cujo teste deu negativo.

Fonte: Folhapress

Sesapi confirma que nenhum profissional da Saúde do estado está com coronavírus

Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) divulgou na tarde desta quinta-feira que até agora não notificou nenhuma contaminação dos profissionais de saúde do Estado pela Covid-19. 

Em nota, a Sesapi reconhece que profissionais da Saúde "são o grupo populacional de maior risco porque trabalham diretamente nas áreas com pacientes acometidos pelo vírus. No mundo, pelo menos 12% dos profissionais da área de saúde acabam sendo contaminados".

A Secretaria de Saúde reforça que "o Governo do Estado do Piauí tem feito parcerias com empresas para confecção de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e aventais, para que os profissionais trabalhem com extrema proteção".

O superintendente de Gestão de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Alderico Tavares, disse que o Piauí tem primado pelo uso de EPIs como matéria prima essencial nesse momento de crise. 

“Estamos também adquirindo os testes rápidos para esses profissionais da linha de frente e vamos estabelecer um protocolo clínico, de acordo com a sintomatologia de cada um. Mudamos até mesmo as escalas de trabalho nos hospitais. Os estudos mostram que quanto menos o profissional está exposto numa área infectada, menos chances têm de contaminação”, explica.

Tavares também acrescenta que os plantões diurnos foram divididos em turnos de seis horas. “Também reduzimos o número de servidores nas áreas administrativas dos hospitais para evitar aglomeração”.

Já o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, enfatiza que o Governo tem investido em parcerias com fábricas do Estado para aumentar o número de Equipamentos de Proteção Individual para seus profissionais. 

“A rápida disseminação do vírus desafia qualquer sistema de saúde, mas estamos lutando para proteger ao máximo possível quem está na linha de frente no combate: os valorosos profissionais da saúde que estão todos os dias nos hospitais”, diz.

 

Carlienne Carpaso (com informações da Sesapi)
[email protected] 

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