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Obras do Lagoas do Norte são suspensas após decreto de contenção da Covid-19

O Programa Lagoas do Norte suspendeu as obras de construção do Canal do Matadouro e da requalificação urbana e ambiental nas lagoas do Mazerine, Oleiros, Piçarreira e São Joaquim. A medida tem como base o decreto do prefeito Firmino Filho e a decisão do Sindicato da Indústria e da Construção Civil (Sinduscon) do Piauí.

A decisão visa conter a disseminação da Covid-19 e proteger a saúde dos trabalhadores da construção civil. Segundo o sindicato, a medida não terá prejuízos aos pagamentos de salários dos trabalhadores.

A previsão é de que as obras sejam retomadas o mais rápido possível. O Canal do Matadouro está em fase de urbanização. Serão instalados equipamentos de convívio social, playgrounds, academia, bancos, iluminação pública, além de arborização.

Já a obra nas lagoas está na primeira etapa, concentrada na lagoa do Mazerine. No local está sendo feita toda a parte de drenagem, limpeza da lagoa e reforma da quadra poliesportiva. Além disso, serão instalados equipamentos esportivos, como miniquadras de basquete e academia, equipamentos de convívio social, como bancos e quiosques, e equipamentos públicos como lixeiras, iluminação e pavimentação. Na sequência, a obra passará para as demais lagoas.

Da Redação
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Comissão de Emergência decide na segunda se flexibiliza decreto sobre quarentena

 

Atualizada às 16h18

A Comissão Organizadora Emergencial do Piauí deverá decidir na segunda-feira (30) se as medidas preventivas do decreto - divulgado na semana passada determinando a suspensão de alguns serviços - serão mantidas ou prorrogadas devido a pandemia do novo coronavírus. A depender dessa reunião, alguns estabelecimentos poderão ser reabertos, por exemplo. "Até segunda não muda nada", garante o governador em vídeo gravado.

A informação foi divulgada pelo governador Wellington Dias em coletiva virtual nesta quinta-feira (26). O gestor comentou que a audiência acontecerá para que ele possa ouvir gestores estaduais, municipais e federais, além de técnicos, para "garantir uma tomada de decisão sobre o decreto". 

"Esse decreto tem um prazo de até terça-feira (31). Vamos ter que tomar uma decisão: mantém a decisão da forma como está? É possível alguma alteração? É possível liberar algum setor? É possível restringir outro (setor)? Com base no que está acontecendo e vai acontecer até domingo (29) vamos ter na segunda essa avaliação e, com base nela,estarei tomando decisões", disse o governador.

Wellington Dias ressaltou que o Estado vai "continuar seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e equipes técnicas para que, na próxima semana, possamos ter as condições de tomar medidas mais positivas”.

Veja nota divulgada pelo governo do estado:

O governador Wellington Dias esclarece que não há decisão de reabrir o comércio na segunda-feira (30). O que está previsto para esta data é uma nova reunião com o Comitê de Organização de Emergência (COE) para AVALIAR o resultado das medidas de contenção adotadas até o momento e definir novas ações para os próximos 15 dias, já que o decreto 18.884, que estabeleceu medidas de emergência no estado e suspende as aulas na rede estadual, vence nesta data. 

Vale destacar que o decreto 18.902 de 23 de março, que suspende as atividades comerciais e de serviços no estado, continua vigente. 

Todas as medidas estão sendo tomadas e continuarão, até que a proliferação do vírus seja controlada e haja segurança para a saúde da população. Qualquer alteração nas medidas vigentes atualmente, serão discutidas e tomadas seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde. 

O governador assegura ainda que as decisões também serão tomadas ouvindo representantes do setor empresarial, trabalhadores e municípios.

Dados

Até a manhã desta quinta-feira (26), dos 348 casos notificados, oito foram confirmados para a Covid-19, outros 173 foram descartados. O Piauí continua com 167 casos suspeitos. Nenhuma morte pela doença está confirmada no estado. 

"A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio do Laboratório Central do Piauí (Lacen), descartou três óbitos registrados na rede estadual. Outros quatro casos estão sendo investigados. Os casos descartados foram atendidos em Bom Jesus, Oeiras e Teresina. Os que estão sob investigação foram em São Raimundo Nonato, Bom Jesus e Teresina. O resultado deve sair nos próximos dias", informou o Governo do Estado.

Carlienne Carpaso
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Governo busca apoio do Exército para ações de enfrentamento à Covid-19 e às enchentes

Fotos: Relações públicas 25 BC

 

O Governo do Estado continua buscando soluções para o combate da pandemia da Covid-19. Para colaborar com as ações desenvolvidas, agora o Estado contará com o apoio do Exército Brasileiro. O governador Wellington Dias se reuniu, nesta quinta-feira (26), com representantes da instituição, além do secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, para discutir o trabalho integrado que será feito no Piauí.

De acordo com o chefe do Executivo piauiense, o Exército estará presente nos aeroportos de Teresina e Parnaíba, bem como nas divisas do estado. “Foi uma importante reunião com a equipe do Exército Brasileiro.

Além de todas as equipes que já temos, atuando contra o coronavírus, vamos contar com esse reforço especial, que tínhamos solicitado, do Exército Brasileiro, nos aeroportos de Teresina e Parnaíba. Eles também irão nos apoiar, com a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), integrada com as equipes de saúde municipal, estadual, Vigilância Sanitária e coordenada pela nossa Comissão Organizadora Emergencial do Piauí”, detalhou Wellington.

“Discutimos as possibilidades de apoio do Exército nesse momento de crise, ouvimos algumas demandas do Estado e vamos analisar o que o Exército pode contribuir com a sociedade piauiense neste momento. Temos a questão das enchentes, hoje mesmo vamos enviar um efetivo a Barras para apoiar a população nessa situação, temos a situação do coronavírus, que colocamos nosso pessoal do posto médico à disposição para contribuir no estado e minimizar os efeitos desse vírus, e também vamos analisar uma solicitação do governador, que é a questão do controle das entradas no estado, nas divisas e no aeroporto, principalmente a questão dos ônibus clandestinos, que tende a subir um pouco devido à situação. Vamos fazer a análise de todas essas demandas, conversar com a Segurança Pública do Estado para saber realmente qual o efetivo necessário e vamos levar para nosso superior o mais rápido possível”, frisou o comandante do 25º Batalhão de Caçadores, Márcio Costa.


O governador falou da necessidade do apoio do Exército para atuar junto à Defesa Civil, estadual e municipais, e o Corpo de Bombeiros na assistência às famílias atingidas pelas chuvas. “Será um apoio necessário neste momento.

A prioridade são os municípios de Barras, Batalha e Piripiri, onde serão encaminhadas equipes que irão colaborar no enfrentamento às situações causadas pelas chuvas e cheias”, afirmou o governador.

Da Redação
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Comandante da PM alerta para notícias falsas sobre arrastões

O comandante da Polícia Militar do Piauí,  coronel Lindomar Castilho, gravou um vídeo rebatendo que muitas informações compartilhadas nas rede sociais envolvendo roubos e arrastões são falsas. O Piauí está cumprindo medidas de isolamento social por conta do coronavírus desde a semana passada.

"Tem chegado ao conhecimento da Polícia Militar notícias de arrastões que não passam de Fake News. Podemos assegurar que estamos nas ruas, com patrulhamento garantido e permamente em todos os bairros, e na zona comercial também", disse no vídeo acima.

O coronel pediu tranquilidade aos cidadãos e que as pessoas não acreditem em informações anônimas que chegam até elas, "que não sabem nem de onde vem".

"Fiquem tranquilos. Permaneçam em casa. A única medida que realmente importa neste momento para enfrentar essa grave crise da saúde é ficar em casa: PM na rua e cidadão em casa". 

Lindomar Castilho também destacou que os cidadãos podem acionar a Polícia Militar poe meio do número de telefone 190 ou pelo aplicativo "PMPI Cidadão". 

Carlienne Carpaso
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Senado aprova restrição à exportação de produtos de combate à covid-19

Foto: Leopoldo Silva/ Agência Senado 

O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (25), o projeto que permite a proibição ou a restrição de exportação de produtos considerados essenciais ao combate à epidemia de coronavírus no Brasil (PL 668/2020). Foram 76 votos favoráveis e apenas uma abstenção. A matéria, aprovada na forma de um substitutivo, abrange saneantes, produtos para a saúde, medicamentos e imunobiológicos, o que inclui álcool em gel e máscaras hospitalares.

Dos deputados Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ) e Carmen Zanotto (Cidadania-SC), o projeto foi aprovado na Câmara na semana passada e chegou ao Senado em regime de urgência. Como foi modificado pelos senadores, retorna para nova análise dos deputados.

A matéria foi votada de forma remota, em um esforço do Senado em aprovar projetos que tratem do combate à epidemia do coronavírus. A sessão foi coordenada pelo senador Antonio Anastasia (PSD-MG), primeiro vice-presidente do Senado. O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre, está afastado de suas atividades legislativas, justamente em recuperação de covid-19.

A relatora da matéria, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), elogiou a proposta. Ela, no entanto, apresentou um substitutivo para “corrigir a terminologia empregada” e “ampliar seu escopo para abranger, também, os medicamentos e imunobiológicos, além de outros produtos para a saúde, que não estavam contemplados no texto original”.

Na versão aprovada pela Câmara, o projeto criava uma lei específica. Porém, o substitutivo inseriu as modificações na lei que trata do enfrentamento do coronavírus (Lei 13.979, de 2020). A relatora destacou que a medida terá validade apenas durante o período em que vigorar no país a situação de emergência de saúde pública.

— O substitutivo é um aprimoramento que objetiva conferir maior efetividade à lei. O país não pode, neste momento de dificuldades, abrir mão de sua produção dos insumos de saúde imprescindíveis ao controle da doença. Trata-se de uma questão de soberania — registrou a senadora.

Emendas

Eliziane acatou uma emenda, apresentada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que deixa a cargo do governo a regulamentação da definição de quais produtos e insumos serão objeto da restrição de exportação, de modo que a lista possa ser constantemente atualizada “de acordo com as reais necessidades do país”. A ideia, segundo o senador, que é líder do governo, é não penalizar indevidamente as empresas do setor.

O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) também apresentou uma emenda para que a proibição ficasse suspensa enquanto a demanda nacional por esses produtos destinados à exportação estivesse suficientemente suprida. Pela sugestão do senador, o Executivo também ficaria responsável pela regulamentação dos critérios de suspensão. A relatora apontou que, apesar de formalmente rejeitada, a sugestão de Vanderlan está contemplada no substitutivo.

Elogios

Os senadores Roberto Rocha (PSDB-MA), Daniela Ribeiro (PP-PB) e Otto Alencar (PSD-BA) elogiaram o relatório de Eliziane Gama. Otto definiu o trabalho da relatora como “maravilhoso”, enquanto a senadora Leila Barros (PSB-DF) classificou o relatório como “brilhante”.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou voto favorável à matéria, destacando que o Senado está unido na resolução da crise do coronavírus. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) defendeu um projeto sobre renda mínima e pediu uma coordenação central, para que essa crise não se torne uma disputa entre brasileiros.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) alertou para que o país tenha cuidado com o projeto, para que as empresas não sejam prejudicadas e para que o Brasil não seja visto como um país sem solidariedade. O senador Reguffe (Podemos-DF) pediu equilíbrio para enfrentar a crise e apelou pela manutenção do isolamento social. Na mesma linha, Major Olímpio (PSL-SP) também defendeu o confinamento para “não alargar o número de vítimas” e pediu o fim das divergências.

— Uma vida vale demais. Já temos 57 mortes no Brasil — lamentou.

Fonte: Agência Senado

Saúde estima que SUS demandará mais de R$ 10 bilhões contra o coronavírus

O Ministério da Saúde calcula que o novo coronavírus trará um custo adicional superior a R$ 10 bilhões para o SUS (Sistema Único de Saúde). Apenas com internações em UTIs (unidades de terapia intensiva), o montante necessário seria de R$ 9,3 bilhões.

A estimativa foi feita considerando um cenário de infecção de 10% da população. Mesmo assim, as projeções são consideradas conservadoras, pois o ministério leva em conta um custo médio por internação que cobre apenas custos variáveis de repasses federais, sem os custos fixos e repasses variáveis adicionais feitos por estados e municípios.

Nesta semana, o Ministério da Saúde chegou a informar à pasta da Economia que o impacto do novo coronavírus para o SUS poderia ultrapassar R$ 410 bilhões em custos adicionais, conforme informação publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo site da CNN Brasil.

Técnicos, contudo, afirmam que houve um erro de digitação e que o número correto seria R$ 10 bilhões. Em nota, a pasta diz que o documento será corrigido.
"Trata-se de um erro material. O valor estimado correto seria R$ 10 bilhões. O algarismo '4' foi escrito por engano -deveria ser um cifrão, que fica na mesma tecla do '4'. O erro passou despercebido na revisão do documento", diz nota do ministério.

De qualquer forma, a preocupação levantada pelos técnicos nos documentos contrasta com o discurso do presidente Jair Bolsonaro. Ele vem protestando contra o que chama de "histeria" em torno do assunto, chamando a doença de "gripezinha" e criticando o fechamento do comércio por parte de governadores.

Enquanto isso, o Ministério da Saúde alerta à Economia que a demora no controle da doença aumenta ainda mais os custos demandados. A pasta lembra do surto de ebola em 2014, que poderia ter sido controlado por menos de US$ 200 milhões em abril de 2014, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Em poucos meses, o montante necessário já havia subido para US$ 4 bilhões.
"Com muita frequência, a detecção, o diagnóstico e o controle dos surtos de doenças são tentados apenas com atraso e após a infecção de muitos seres humanos. Quando o contágio cresce exponencialmente, o custo de controlar os surtos epidêmicos aumenta em conjunto", afirma a Saúde em documento.

Os técnicos afirmam que a mitigação é a única opção. "Quando o controle de surtos falha, a prevenção de uma epidemia se torna mais desafiadora e mais dispendiosa à medida que o contágio se espalha e, eventualmente, se torna impossível. A mitigação da epidemia continua sendo a única opção política. Atrasos na detecção e controle são, em última análise, muito caros, porque os custos de contágio e mitigação crescem exponencialmente", ressalta a pasta.

A argumentação faz parte de uma proposta do Ministério da Saúde para pedir ao Banco Mundial financiamento para ações de enfrentamento do novo coronavírus, reunidas sob o título "Programa emergencial de apoio para o enfrentamento da pandemia de Coronavírus (Covid-19) no Brasil".

O valor estimado de financiamento é de US$ 100 milhões. Pelo caráter de bem público da resposta ao vírus, a pasta acredita que o empréstimo teria isenção de taxa no primeiro ano.
O dinheiro seria usado para compra de kits de testes moleculares e rápidos para detecção, contratação de serviço de atendimento pré-clínico (por meio do atendimento à distância, para evitar sobrecarga nos hospitais públicos e privados) e contratação de profissionais de saúde em caráter emergencial.

Nesta semana, a pasta anunciou que irá ampliar para 22,9 milhões a oferta de testes de diagnóstico do novo coronavírus. Deste total, parte viria de doações de empresas e, outra, por meio da aquisição pela pasta. Os valores, porém, não foram divulgados.

Já o documento projeta gastos de US$ 27,6 milhões -sem, contudo, informar quantidades.
Em outro trecho, o texto ainda diz ser "urgente" aumentar a oferta de profissionais de saúde para o enfrentamento da crise e cita edital para contratação emergencial de 5.811 médicos por meio do programa Mais Médicos.

Também prevê necessidade de financiamento do Banco Mundial para uso de ferramentas de telemedicina no atendimento pré-clínico aos pacientes. O custo estimado para a contratação de médicos é de US$ 62,4 milhões e, para a telemedicina, de US$ 10 milhões.

A ideia é usar os recursos na expansão da primeira fase de implantação do serviço, "com objetivo de alcançar escala nacional".
 

Fonte: Folhapress

Moraes, do STF, suspende medida de Bolsonaro que restringiu acesso a informações

Foto: Cesar Itiberê/PR

 O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu nesta quinta-feira (26) os efeitos da medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que criava restrições ao acesso a informações.

"A Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, consagrou expressamente o princípio da publicidade como um dos vetores imprescindíveis à administração pública, conferindo-lhe absoluta prioridade na gestão administrativa e garantindo pleno acesso às informações a toda a sociedade", escreveu o ministro do Supremo.

A medida de Bolsonaro desobrigava temporariamente órgãos da administração pública de responder parte de pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação.
O texto havia sido editado na noite de segunda-feira (23) e suspendia prazos de atendimento às solicitações de dados e documentos em órgãos cujo pessoal estivesse submetido a quarentena, teletrabalho ou regimes equivalentes e que, necessariamente, dependessem de acesso presencial do servidor que fosse analisá-las.

A MP de Bolsonaro diz que os cidadãos que os formularam terão de reiterá-los no prazo de dez dias. A nova norma diz ainda que "não serão conhecidos", ou seja, nem passarão por análise de mérito recursos contra negativas de resposta baseadas na regra criada pela MP.

O texto, que já estava valendo com força de lei, prevê o atendimento prioritário de pedidos de acesso à informação relacionados às medidas de enfrentamento ao novo coronavírus.
A Lei de Acesso à Informação está em vigor desde 2011. Foi aprovada pelo Congresso a partir de proposta do governo Dilma Rousseff.

A legislação regulamenta dispositivos da Constituição que preveem o acesso da coletividade aos dados e documentos produzidos pela administração pública.
A obrigação de transparência consta da LAI como uma regra geral, salvo exceções.

A lei diz que a informação requerida por qualquer cidadão deve ser respondida de imediato ou em no máximo 20 dias, prorrogáveis, justificadamente, por mais dez. Em caso de negativa, cabem recursos ao requerente.

Fonte: Bruno Boghossian/ Folhapress      

Ministério da Saúde afirma que 'errou' ao pedir R$ 410 bilhões a Paulo Guedes

Foto: Isac Nóbrega/PR

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, 26, que "errou" ao afirmar em documento oficial enviado ao Ministério da Economia que precisaria de R$ 410 bilhões extras para enfrentar a pandemia do novo coronavírus no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a assessoria da pasta, o valor correto é de R$ 10 bilhões. O jornal O Estado de S. Paulo revelou que a pasta enviou na última terça-feira, 24, um ofício assinado pelo ministro Luiz Henrique Mandetta relatando da necessidade de aporte de recursos. O documento foi encaminhado para o ministro Paulo Guedes.

Em nota, o ministério disse que colocou o número quatro onde deveria estar um cifrão. No documento, contudo, há um cifrão antes do número quatro. "Esclarecemos que, de fato, a cifra consta em documento preliminar enviado ao Ministério da Economia com vistas a negociação de empréstimo junto ao Banco Mundial. Porém, o valor está errado. Trata-se de um erro material. O valor estimado correto seria R$ 10 bilhões. O algarismo "4" foi escrito por engano - deveria ser um cifrão, que fica na mesma tecla do '4'. O erro passou despercebido na revisão do documento O Ministério da Saúde solicitou ao Ministério da Economia na manhã desta quinta-feira a devolução do estudo para as correções devidas", informou o Ministério da Saúde.

O Estado apurou que a nota foi elaborada após o presidente Jair Bolsonaro questionar o ministro Mandetta sobre o valor solicitado a Paulo Guedes. Bolsonaro tem minimizado a pandemia do coronavírus. Ele já disse várias vezes que trata-se de uma "gripezinha". O discurso do Ministério da Saúde contraria o do presidente e, no documento, a pasta chega estimar que 10% da população brasileira pode ser infectada.

Apenas para estas internações, a equipe da saúde espera gastar R$ 9,3 bilhões. No documento enviado a Guedes, a pasta reconhece que a cifra é bastante subestimada.

Bolsonaro, em discurso nos últimos dois dias, já criticou, inclusive, o isolamento das pessoas como uma forma de combate à doença, por considerar que há uma "histeria" no tratamento do assunto.

O Estado procurou o Ministério da Saúde, por meio da assessoria, questionando o valor de R$ 410 bilhões por duas vezes. Nas ocasiões, em nenhum momento, a pasta questionou o valor. O jornal também conversou com técnicos do primeiro escalão do ministério que participaram da elaboração do documento. Também não houve qualquer contestação a cifra.

Fonte: Estadão Conteúdo

Juiz fixa medidas para atendimento a moradores de rua em Teresina durante pandemia

Foto: Roberta Aline

O juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, da 1ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública de Teresina, deferiu o pedido de liminar em Ação Civil Pública e fixou medidas que devem ser cumpridas pelo Governo do Estado do Piauí e pela Prefeitura de Teresina para atendimento e proteção dos moradores de rua em face à pandemia do novo coronavírus.

A decisão determina que os órgãos devem distribuir alimentação às pessoas em situação de rua e àquelas pessoas que dependem da alimentação do Restaurante Popular, que foi fechado em virtude do decreto de calamidade pública; bem como água potável para consumo pessoal, em vários pontos da cidade de Teresina.

“Em meu entendimento, até pode ser determinada a suspensão temporária dos serviços prestados por este restaurante, desde que outras alternativas sejam postas em prática para manter o mínimo de dignidade às pessoas que dele dependam. Apesar da grave epidemia, não me parece proporcional nem razoável impor, a qualquer custo, a interdição ou fechamento de certos estabelecimentos que garantem um meio de subsistência aos moradores de rua. Em minha concepção, a COVID -19, por mais grave que seja, não justifica o sacrifício de uma classe social desfavorecida de recursos financeiros”, diz o magistrado na decisão.

O juiz determina ainda que Estado e Prefeitura forneçam abrigos para acolhimento da população vulnerável em condição de abandono e situação de rua, em locais arejados, que tenham espaços suficientes para serem alojados sem aglomeração. O Centro Pop também deverá ser reaberto, todos os dias da semana, nos três períodos, para facilitar o acesso a banhos e outras formas de higiene.

A decisão também fixa a distribuição de equipamentos de proteção à saúde aos profissionais da Assistência Social e àqueles cuja atividade seja imprescindível para apoio em situação de crise, a exemplo dos policiais; a ampliação, com urgência, das equipes de Saúde da Família, das unidades básicas de saúde (UBS), do Consultório de Rua, bem como a contratação de assistentes sociais, ou que sejam remanejados os já existentes, para as equipes volantes das respectivas competências, de atendimento à polução em situação de rua;

Determina, ainda, ampliação do acesso aos benefícios assistenciais, nas suas respectivas competências, relativo a auxílio-funeral e aluguel social; a convocação de guardas municipais para fins de dar apoio e segurança aos abrigos que serão instituídos durante o período da pandemia, devidamente protegidos com os EPIs; a ampliação dos Serviços de Verificação de Óbitos, e Plantão Funerário, nas diferentes zonas de Teresina, disponibilizando informações necessárias para acesso ao auxilio funerário; e o aumento das equipes do Instituto Médico Legal para fins de identificação, investigação e preenchimento de declaração de óbito, em pessoas em situação de rua.

“Basicamente, é uma decisão que estabelece que as políticas públicas de prevenção contra o contágio da virose devem incluir igualmente todas as pessoas, independentemente da classe social. Os magistrados do Piauí estão atentos a esse momento excepcional da pandemia, trabalhando em plantão extraordinário, para que as pessoas tenham suas demandas urgentes atendidas pela Justiça”, finaliza o presidente da Associação dos Magistrados Piauienses, Leonardo Brasileiro.

Fonte: Amapi

Tony Awards, considerado o Oscar do teatro, é adiado por causa do coronavírus

A premiação do Tony Awards, considerada a mais importante do teatro americano, não vai mais ocorrer em 7 de junho. A cerimônia foi adiada por causa da pandemia do novo coronavírus, segundo informações divulgadas pela organização do evento em um comunicado.

Não foi anunciada uma nova data, que deve ser estabelecida assim que a Broadway voltar a funcionar. O evento seria realizado no Radio City Music Hall, em Nova York, e transmitido pela emissora americana CBS.

A 74ª edição do prêmio Tony se junta à série de eventos que foram cancelados por causa da pandemia de coronavírus em todo o mundo.

Festivais como o Lollapalooza e o Coachella foram adiados. O Festival de Cannes e toda a programação da Broadway foram suspensos. Museus como o Louvre, o Prado e o MoMA também fecharam as portas, por exemplo.

No Reino Unido, o Olivier Awards, também uma tradicional premiação do teatro, foi adiado devido à Covid-19.

Fonte: Folha Press

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