Cidadeverde.com

Para Maia, empréstimo compulsório pode impactar empregos

Foto: Carolina Antunes/PR

 

Apesar da pressão de lideranças do Centrão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou que não irá apoiar, neste momento, a obrigação de empresas com patrimônio superior a R$ 1 bilhão emprestarem até 10% de seus lucros para o combate aos efeitos da covid-19. "Tirar renda do setor privado hoje pode acabar impactando empregos. Acho melhor fazer o enfrentamento primeiro e depois vemos como o setor privado pode colaborar", respondeu o parlamentar ao ser questionado em "live" por empresários sobre a medida.

O deputado Arthur Lira (PP-AL) apresentou na quarta-feira, 25, como líder do bloco que reúne os partidos PP, PL, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, PROS, Avante e Patriota, um pedido para que a proposta seja analisada com urgência pela Câmara. O bloco é composto por 225 deputados, 44% da Casa.

O autor da medida, o deputado Wellington Roberto (PB), líder do PL, justifica na sua proposta que a medida não representaria ação constritiva ou confiscatória do patrimônio. "Tendo em vista que outra característica que é própria dos empréstimos compulsórios é a obrigatoriedade de determinação do prazo e condições de seu resgate", diz.

'Orçamento de guerra'

Maia disse ainda que vai trabalhar no fim de semana para dar celeridade à proposta de emenda constitucional apelidada de "orçamento de guerra", que segrega os gastos deste ano destinados ao combate da crise. Questionado sobre as reformas, o deputado não quis jogar a toalha e não quis assumir que elas ficarão para o próximo ano. Maia disse que se houver previsibilidade, conseguirá organizar a agenda da reforma tributária.

Fonte: Estadão Conteúdo

 

Governador pede decisões técnicas sobre isolamento e manda avião buscar testes em Brasília

O governador Wellington Dias garantiu nesta sexta-feira (27) que o isolamento social vai permanecer até que as orientações técnicas apontem o contrário. Em entrevista ao vivo por videochamada ao Jornal do Piauí, ele reclamou da demora nos repasses de testes rápidos pela União e disse que o governo enviou uma aeronave a Brasília buscar exames para o estado. Wellington elencou os pontos acordados entre o Estado e a União e falou que há atrasos nas demandas do governo federal. Se referindo ao caso de Parnaíba, que liberou o funcionamento do comércio, fez um apelo e pediu que as decisões sejam técnicas. 

“A gente cobrou. Aquilo que foi acertado não está chegando. EPI, graças a Deus que a gente fez compras pelo Piauí para poder a gente não ter dificuldade, mas é importante que chegue. As UTIs que foram prometidas, graças a Deus que a gente tem essa sintonia aqui Governo federal, estado e Município e setor privado que está nos permitindo dar conta do recado sem depender das UTIs que não vieram”, disse.

Segundo o governador, o Piauí tem hoje 200 leitos de UTI para o coronavírus, sendo que nove deles estão sendo usados por pacientes, alguns já confirmados, outros sob suspeita. Mesmo considerando que o Piauí está em uma “situação confortável”, Wellington Dias reconhece que o estado precisa de mais leitos de terapia intensiva, salas de estabilização e leitos clínicos.

De acordo com o governador, dois impasses atrapalham o Piauí no enfrentamento à epidemia. Além do número insuficiente de testes para Covid-19, o desabastecimento das vacinas contra a gripe também é apontado como um problema para garantir a saúde da população.

Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

“Vários municípios receberam menos vacinas do que precisam para cobrir a meta. Então: SOS, manda vacina, porque cresceu o número de casos de H1N1, de Influenza. Não está dando coronavírus, mas está dando situações de H1N1, situações de influenza. Como é que resolver isso? É com vacina”, disse.

Wellington disse que o governo do Piauí enviou um avião a Brasília para acelerar o repasse dos testes pelo Ministério da Saúde. “Amanhã chegam os novos testes e com isso permite a gente trabalhar de forma mais acelerada”. 

Exames vindo da China

O governo do estado aguarda ainda a chegada de testes rápidos vindos da China. “Nós fomos ao embaixador da China. Eu fui individualmente e depois com o Nordeste e nós vamos receber amanhã a entrega da primeira remessa para testes rápidos do coronavírus. Com eles é possível o diagnóstico rápido”, contou.

Divergências políticas

Sobre o decreto municipal do prefeito Mão Santa, em Parnaíba, que libera o funcionamento do comércio e vai de encontro ao posicionamento do Estado, Wellington Dias pede foco.

“Vamos esquecer qualquer divergências políticas ou qualquer outra, vamos focar no nosso inimigo comum: o coronavírus. Vamos vencer, estamos vencendo até agora”, assinala. “Não vamos tomar nenhuma decisão demagógica, nenhuma decisão política eleitoreira por pressão de onde quer que seja. Vamos trabalhar com razão, com responsabilidade e com conhecimento científico”, completou. 

Decreto na segunda-feira

Na segunda-feira (29), o governo se reúne com o autoridades, municípios e equipes técnicas para avaliar a permanência das medidas de isolamento e suspensão do comércio. Segundo Wellington Dias, haverá modificações e elas serão norteadas pela capacidade do sistema de saúde.

“Certamente haverá uma alteração. A situação não é a mesma. A situação está mudando. Até agora temos uma situação de razoável estabilidade no Piauí. Queremos garantir que o número de pessoas que estão pegando coronavírus seja baixo para poder a contaminação não ser grande para poder a gente garantir que não tenha colapso na rede de saúde. É com base nisso que libera ou não libera mais o setor, não é com a minha vontade pessoal”.

Valmir Macêdo
[email protected]

Seduc cria comitê para definir regime especial de aulas no Piauí

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) instituiu um comitê que será responsável pela definição de estratégias e diretrizes sobre o regime especial de aulas não presenciais nas escolas da Rede Estadual de Ensino do Piauí, como medida preventiva à disseminação da doença Covid-19.

Com base em orientações do Conselho Estadual de Educação, que na tarde da quinta-feira (26) se reuniu para deliberar sobre como ficará o ensino público e privado das escolas que ainda estão sem aulas presenciais, cumprindo o isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus, a Seduc irá trabalhar diretrizes pedagógicas a serem adotadas para garantir o ensino aos seus mais de 250 mil alunos.

O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera de Brito Moura, esteve presente no Conselho, juntamente com o presidente Francisco Soares, para assinar a resolução Nº 061, que trata do regime de aulas não presenciais que será adotado no sistema educacional piauiense, nesse momento em que o Estado segue as determinações da área de Saúde, que recomenda o isolamento social para evitar a disseminação da Covid-19.

"Nesse momento, em que ainda estamos com portões fechados por causa do novo coronavírus, iremos trabalhar diretrizes que possam trazer à rede todas as ferramentas tecnológicas que temos à disposição para os estudantes e integrar toda a comunidade pedagógica nesse esforço de garantir o aprendizado dos nossos alunos", afirma o secretário Ellen Gera.

O secretário explica que a rede pública estadual fará uso das plataformas tecnológicas disponíveis como Canal Educação e Mediação Tecnológica, com aulas ao vivo e interativas, além de produzir material pedagógico para os alunos, garantindo o acesso dos mesmos a esse material de apoio.

"A Seduc segue as determinações da área de Saúde do governo, mas vai também seguir com o trabalho pedagógico para que possamos avançar no aprendizado. Não vamos abandonar nenhum estudante aqui no Piauí e toda a comunidade pedagógica da Seduc ira trabalhar fortemente para que tenhamos um avanço na nossa educação, mesmo nesse momento de crise da Covid-19", garante Ellen Gera.

 

Da Redação
[email protected]

Moraes, do STF, rejeita pedido de Bolsonaro para prorrogar prazos de MPs no Congresso

Foto: Cesar Itiberê/PR

 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, rejeitou o pedido do governo para estender o prazo de validade de medidas provisórias editadas pelo presidente Jair Bolsonaro durante a crise do coronavírus.
Moraes determinou apenas alterações nos regimes de deliberação e votação dessas normas, adaptando esses processos ao sistema de votação remoto estabelecido na Câmara e no Senado durante o período.

De acordo com a decisão, os pareceres emitidos pelos relatores das medidas provisórias no Congresso poderão ser lidos nos plenários de cada uma das Casas -e não na comissão mista que é usualmente formada para a discussão dos textos.

O governo havia solicitado "a suspensão da contagem dos prazos" para votação das medidas provisórias "durante a situação de excepcionalidade dos trabalhos do Congresso Nacional, até a retomada das condições de normalidade para obtenção do quórum para deliberação".

Em outros termos, o Palácio do Planalto alegava que essas normas corriam risco de perder a validade porque muitos parlamentares não participariam das sessões.
A legislação estabelece que as medidas provisórias, que passam a valer a partir do momento de sua publicação, precisam ser apreciadas pelo Congresso em no máximo 120 dias. Caso contrário, elas deixam de valer.

O ministro Alexandre de Moraes manteve esse prazo. Ele atendeu a uma manifestação feita pela Câmara e pelo Senado, que argumentaram que o pedido do governo "significaria na prática a revogação do princípio da separação de Poderes".

As duas Casas alegaram que a implantação do sistema remoto de votação, que tem sido usado nas últimas semanas para aprovar matérias de combate aos efeitos da crise enviadas pelo governo, é suficiente para garantir a atividade legislativa.

Moraes entendeu que "o Congresso Nacional continuará a funcionar e exercer todas suas competências constitucionais, como não poderia deixar de ser em uma Estado Democrático de Direito".
"Observe-se que, mesmo nas mais graves hipóteses constitucionais de defesa do Estado e das instituições democráticas –estado de defesa [...] e estado de sítio [...]– inexiste qualquer previsão de suspensão do prazo decadencial de validade das medidas provisórias, pois o texto constitucional determina a continuidade permanente de atuação do Congresso Nacional", escreveu o ministro.
Uma MP tem força de lei e validade de 60 dias, prorrogável por igual período. Ele precisa ser validada pelo Congresso -caso contrário, caduca. Há suspensão dos prazos durante o recesso do Legislativo.
O pedido inicial do governo é para que a contagem do prazo seja suspensa inicialmente por 30 dias, conforme ocorre no recesso parlamentar.

Além do governo, o PP, um dos partidos do chamado centrão da Câmara, acionou o STF para pedir a suspensão dos prazos. Na justificativa, a legenda diz que as MPs que estão hoje "condenadas à morte" por causa da proximidade do fim de prazo são assuntos que interessam à sociedade.


A ação coordenada atinge vários objetivos ao mesmo tempo. Ao público, passa a imagem de que os Três Poderes, que passaram por forte tensão nas últimas semanas em meio a declarações de Bolsonaro, estão unidos no enfrentamento da pandemia.

Essa imagem de união, no entanto, ficou arranhada depois do pronunciamento de Bolsonaro na noite desta terça-feira (24), no qual criticou o fechamento de escolas, atacou governadores e culpou a imprensa pela crise.

Maia classificou o discurso como equivocado, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que "o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população".

A suspensão do prazo das MPs também atende a interesses de Executivo e Legislativo. Como o Congresso está focado em debater e votar propostas voltadas ao combate à crise do coronavírus, o governo ganha tempo para que a situação se normalize e os parlamentares possam apreciar matérias que o Executivo considera importante para resolver a situação fiscal do país.

Duas dessas MPs caducariam nas próximas semanas: o fim da exclusividade da Casa da Moeda para fabricação de papel moeda e passaporte, que expira em 14 de abril e abre caminho para privatizar a estatal; e a do emprego Verde e Amarelo, que reduz encargos para empregadores e perde validade em 20 de abril.


Para o Congresso também é interessante suspender o prazo. Se as MPs perdessem a validade, isso poderia ser usado pelo governo em uma narrativa de que o Legislativo engessa o Executivo e impede Bolsonaro de adotar as medidas que julga necessárias em sua gestão. Apoiar a suspensão, portanto, ajudaria a evitar confrontos com o Executivo.

Para o líder do Cidadania na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (SP), a decisão é um aceno do Legislativo ao governo. "Para não criar um clima de insegurança, estamos de acordo com a suspensão e buscamos alternativas para ampliar prazo", afirmou.


"Queremos colaborar com o governo para que as medidas continuem em vigor e sejam analisadas devidamente pelo Congresso", complementou.


Em paralelo, o Congresso estuda maneira de acelerar o rito das medidas provisórias, afirmou o presidente da Câmara em entrevista à GloboNews nesta terça-feira.


Ao citar o texto que muda as regras de atendimento à Lei de Acesso à Informação durante a crise do coronavírus, Maia defendeu a adoção de um rito sumário para MPs, em que as medidas não precisassem passar por comissão mista e fossem direto para o plenário de Câmara e Senado.


"Porque é exatamente essa preocupação. Algumas matérias talvez o governo vá além do necessário e a gente precisa, nesse caso, num momento de crise, que a tramitação das MPs seja mais rápida para que a gente coloque logo no plenário e ajuste aquilo que tem de excesso nessa ou em qualquer coisa medida provisória."

Fonte: Folhapress

Prefeitura cria Programa Teresina Solidária para arrecadar alimentos durante pandemia

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com


A Prefeitura de Teresina lançou nesta sexta -feira (27) uma ação de apoio emergencial destinado aos trabalhadores autônomos que suspenderam suas atividades em cumprimento a medida de combate ao novo Coronavírus. Chamada de Teresina Solidária, a iniciativa pretende mobilizar a população, a partir deste sábado (28),  para fazer doações de gênero alimentícios e cestas básicas através de uma plataforma que vai articular as ações do poder público municipal e da sociedade civil.

“Essa crise afetou principalmente os trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda. Precisamos apoiar essa parcela da população que mais precisa de ajuda nesse momento”, ressaltou o prefeito Firmino Filho.

Como aderir

As famílias poderão requerer o benefício a partir de amanhã (sábado) por meio de uma plataforma de cadastro que será disponibilizado no site da Prefeitura (www.teresina.pi.gov.br), colocando suas informações socioeconômicas básicas. As declarações passarão pela análise de técnicos da Semcaspi. 

Como ajudar

Quem quiser ajudar, seguindo as orientações de prevenção, pode levar suas doações a partir de amanhã (28) em dois pontos de recolhimento, no horário das 8h às 13h: o Centro Paroquial de Fátima, localizado na Praça D. Avelar - Bairro de Fátima e o depósito da Semcaspi, na Rua Pedro Freitas, nº 1995 - Bairro São Pedro. Todo o trabalho dos envolvidos na ação será feito por escala e com uso de equipamentos de proteção individuais recomendados pelos órgãos de saúde.

“Os donativos serão entregues às famílias pela rede de solidariedade cumprindo todo o protocolo de higienização pelas equipes da organização, formadas por servidores do município e representantes de entidades de assistência social”, afirma o secretário da Semcaspi, Samuel Silveira.

Para a coordenadora do comitê, Janaína Carvalho, a ação é de extrema importância nesse momento de mudança na rotina das famílias. “Muitos trabalhadores perderam a capacidade de provisão das suas famílias. Os efeitos do atual contexto apresentado exigem de todos nós uma sensibilidade e uma atitude de solidariedade”, ressalta.

O trabalho de mobilização e divulgação será feito pelas redes sociais, imprensa e ainda contará com o apoio de entidades não-governamentais, líderes religiosos e com o Teresina Transforma, plataforma de voluntariado que já conta com 700 inscritos (teresinatransforma.pmt.pi.gov.br). Para mais informações, foram disponibilizados os  telefones 3131-4729 e 3131-4730.

A coordenação do programa está a cargo de um comitê formado pelas secretarias de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), Fundação Wall Ferraz (FWF), Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM) e Prodater. Nesta ação, a sociedade civil e ONG´s serão representadas pela Associação Social Arquidiocesana (ASA).

 

Da Redação
[email protected] 

Firmino sobre liberar isolamento: "Quem vai se responsabilizar pelas mortes?"

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, foi duro nesta sexta-feira (27) e afirmou que não é prudente liberar as medidas restritivas na cidade. Segundo ele, se isso for feito é jogar a população no escuro, pois ainda não se sabe como o coronavírus vai se propagar no estado. Firmino chega a questionar de quem seria a culpa por possíveis mortes.

“Não podemos retirar as medidas no momento, caso contrário estaríamos jogando nossa população no escuro. Se liberar e no mês seguinte tiver 4 mil pessoas mortas, quem vai se responsabilizar? Precisamos ter prudência”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.

Firmino fez questão de frisar que a crise econômica não é culpa das medidas restritivas e sim da própria situação sanitária do mundo. “Dizer que a crise é por conta das restrições isso não é verdade. A crise econômica é derivada do vírus. Se não tiverem medidas restritivas e o vírus se espalhar e as mortes se multiplicarem, não vai ter comércio também. Trabalhadores não vão ao trabalho sabendo que vão ser infectados e irão morrer. Os clientes não vão para as lojas sabendo que vão ser infectados e vão morrer. A crise econômica é decorrente da crise sanitária e não das medidas restritivas. É uma necessidade para se poupar vidas”, destacou, admitindo que essas medidas têm consequências. 

“As medidas restritivas têm consequências sobre a vida da população. Elas levam a redução da atividade econômica, queda de vendas, desemprego, dificuldade, até a fome. É por isso que estamos mobilizados para que o governo federal possa intervir para aquecer a economia e a gente não sofra tanto”, acrescentou.

O prefeito defende que a população se informe sobre a gravidade do caso e que a única alternativa é o isolamento. “Nenhuma medida pode ser debatida sem que a gente entenda o contexto que está acontecendo. Temos uma grave crise sanitária. Não é uma crisezinha qualquer e pode abater grande parte da nossa população se nós não fizermos nada. A única alternativa pregada pela OMS é o distanciamento social. É importante que se leve a sério o que os especialistas dizem. Essa é a posição da imensa maioria dos países civilizados. Essa era a posição do Ministério da Saúde até meados dessa semana. Todas as outras alternativas fracassaram. Para deter a velocidade do vírus é o isolamento social”, afirmou, mandando um recado para a classe política.

“Não é o momento de politizar nenhuma discussão”, disse.

Pedido de desculpa

Durante a entrevista, Firmino Filho pediu desculpas aos moradores de ruas sobre a falta de assistência nos primeiros dias de isolamento.

“Não houve uma avaliação correta com relação aos moradores de rua. Não antevemos que o problema cresceria. Como as pessoas não estão mais circulando no Centro, os moradores tinham o seu ganha pão com a atuação dos transeuntes e isso acabou. A prefeitura está com todos os seus programas abertos dando assistência. Vamos distribuir cestas básicas e abrir o restaurante popular. Foi um erro da prefeitura e eu assumo a culpa e o erro e peço desculpas. Foram muitas decisões tomadas e assim erros são cometidos”, finalizou.

Veja a segunda parte da entrevista:

Hérlon Moraes
[email protected]

Cuidados com compras de supermercados são essenciais para evitar contaminação pelo coronavírus

Foto: Arquivo Cidade Verde

A ida ao supermercado se tornou uma das poucas atividades que muitos brasileiros estão fazendo fora de casa, no período de quarentena. E para que os riscos de ser contaminado pelo novo coronavírus sejam minimizados, é necessário que as pessoas tomem alguns cuidados, tanto dentro do próprio estabelecimento como quando chegar em casa.

A gerente de Vigilância Sanitária da Fundação Municipal de Saúde, Jeanyne Seba, conta que os supermercados já foram orientados a higienizar os carrinhos e cestas de compras dentro do estabelecimento, além de disponibilizar pias ou álcool gel 70% para que os clientes higienizem suas mãos. “O primeiro cuidado que é preciso ter, ao chegar no supermercado, é higienizar as mãos e pegar as cestas e carrinhos no lote de higienizados”, disse.

Ela alerta ainda que é importante que apenas uma pessoa por família possa ir ao supermercado, para evitar aglomerações nestes locais. “Se for uma mulher, é importante que se ela tiver cabelo longo, ela saia de casa com ele preso e sem usar qualquer adereço, como pulseiras, brincos, relógios. Para agilizar as compras, é importante que ela leve uma lista, e, ao passar suas compras, é indicado que não fale com o caixa e use cartão de crédito, para evitar que, tanto ela, quanto o funcionário do supermercado tenha contato com o dinheiro”, disse.

Jeanyne ressalta ainda que, ao chegar em casa, os cuidados devem continuar. “Ao chegar em sua residência, a pessoa não deve de maneira nenhuma entrar com calçados, deve deixá-los do lado externo. Todas as compras devem ser colocadas em cima de uma mesa que possa ser higienizada depois. Ela vai tomar um banho, enquanto outra pessoa arruma as comprar. Se ela mesma for arrumá-las, é importante que faça isso depois de banhada. As sacolas precisam ser retiradas, as embalagens, que puderem, devem ser higienizadas com água corrente, aquelas que não for possível necessitam ser pulverizadas, ou seja, limpas com uma solução que deve ser preparada com 3 colheres de sopa de água sanitária para um litro de água. As mercadorias como saco de feijão e arroz, por exemplo, devem ser pulverizadas ou limpas com um pano molhado com esta solução”, disse.

Já no caso das frutas e verduras, elas precisam ser lavadas em água corrente e serem colocadas de molho em uma solução de água sanitária, na proporção de uma colher de sopa para um litro com água. E depois devem ser lavadas.

Da Redação 
[email protected] 

Coronavírus causa cancelamento em massa de voos no mundo, e Guarulhos perde 76% das decolagens

Foto: @latamairlines

Cancelamentos em massa de voos atingiram os cinco continentes em meio à pandemia do coronavírus e ao fechamento de fronteiras como medida para evitar a propagação da Covid-19. Na terça (24), os aeroportos de todo o mundo realizaram metade do número de voos em comparação ao mesmo dia da semana anterior (17).

Em Guarulhos, o mais movimentado do país, 76% dos voos programados para a terça não foram realizados.

Com base em informações do FlightRadar24, a reportagem contabilizou a diferença entre as decolagens programadas e aquelas que de fato ocorreram. A contagem leva em conta os voos que entraram no radar de monitoramento do site em 25 aeroportos de 16 países (cinco no Brasil).
A plataforma opera por mais de 20 mil receptores espalhados pelos continentes para

rastrear voos pelo planeta -são mais de 180 mil por dia. É usada por companhias aéreas e por empresas como Airbus e Embraer.

Maior do mundo em número de passageiros, o aeroporto de Atlanta, nos EUA, realizou metade das partidas previstas para a terça.

Na França, na Espanha e na Itália -país mais afetado pela Covid-19, com mais de 8.000 mortos-, a intensidade dos voos cai desde o fim de fevereiro, mas o fenômeno só ganhou força em março.
No dia 17, a União Europeia fechou suas fronteiras para cidadãos não residentes. A medida atingiu o aeroporto de Estocolmo, ainda que a Suécia não tenha adotado política de confinamento.

Em território italiano, o primeiro decreto de quarentena, que suspendeu aulas e restringiu o comércio e a circulação de pessoas, é de 9 de março. Um dia depois, no aeroporto de Milão, região mais afetada, houve 66 das 237 decolagens previstas (28%). Na última terça, foram apenas 8 das 142 marcadas (6%).

A província já conta mais de 4.000 mortos, segundo balanço da quinta (26), e reconheceu erros ao não estipular as medidas de isolamento com mais antecedência. Um mês antes, as autoridades haviam lançado a campanha "Milano non si ferma" (Milão não se fecha).

Na China, primeiro epicentro da doença, o aeroporto de Pequim operou com capacidade reduzida em fevereiro e março. Wuhan, cidade onde o surto teve início, está em quarentena desde 23 de janeiro, e há apenas voos considerado essenciais. A circulação de pessoas deve começar a ser retomada em abril.

Mesmo países proporcionalmente menos afetados, como Austrália, África do Sul, Emirados Árabes e Chile, viram quedas drásticas no número de decolagens em meio ao fechamento de fronteiras para evitar a propagação do vírus.

A exceção em todo o mundo é o Japão, onde as medidas de restrição à circulação de pessoas foram mais brandas e a contaminação está controlada. No dia de menor movimento, 14 de março, o aeroporto de Tóquio teve 69% das decolagens programadas.

No Brasil, foram analisados os dados de Guarulhos (em São Paulo), Galeão (no Rio), Brasília, Salvador, Porto Alegre e Manaus.
Proporcionalmente, o mais afetado foi o aeroporto gaúcho. Na terça, só 11% dos voos programados chegaram a decolar. Já o paulista, maior entre os brasileiros, perdeu 295 das decolagens, e operava com 24% do previsto.

No país, os aeroportos começaram a registrar quedas nos voos entre 16 e 17 de março. Naquele dia, o Brasil tinha 349 infectados em 17 estados e no Distrito Federal. A cidade mais afetada é São Paulo, onde o primeiro caso de Covid-19 foi detectado, em 26 de fevereiro.

Em Manaus, o impacto do cancelamento de voos chegou de maneira mais suave. O Amazonas, primeiro estado do Norte a confirmar a Covid-19, registrou o caso número 1 no dia 13, quando a doença já estava nas demais regiões do país.

No domingo (22), o aeroporto manauara manteve cerca de 55% das decolagens previstas, enquanto em Brasília, Salvador e Porto Alegre o índice não passou de 40%.
Mesmo em Guarulhos e no Galeão, os maiores do país, foram realizadas aproximadamente metade das partidas programadas.

Dois dias antes, o Ministério da Saúde afirmou haver transmissão comunitária ou sustentada em todo o país. Isso significa que a contaminação acontece mesmo entre pessoas que não viajaram e que não têm vínculo com algum dos casos confirmados registrados anteriormente.

As companhias aéreas Gol, Latam e Azul reduziram drasticamente suas operações.
Até 30 de abril, a Azul manterá apenas 10% da capacidade, com 70 voos diários para 25 cidades. As únicas rotas internacionais em operação são para Orlando e Fort Lauderdale, ambas no estado americano da Flórida.

A Gol deve manter 50 voos diários, apenas entre capitais. Rotas regionais e internacionais foram suspensas até maio.
Na Latam, paralisações atingem 70% das operações.

Fonte: Flávia Faria e Diana Yukari/Folhapress                

Caixa diz precisar de aprovação do Senado e de decreto para pagamento dos R$ 600


O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco aguarda a aprovação do Senado para poder iniciar o pagamento social de R$ 600 ao mês para trabalhadores informais. Ele disse que o pagamento deve ocorrerá em agências bancárias, lotéricas e pelo celular.

De acordo com Guimarães, o pagamento deve ter um escalonamento da mesma forma que ocorreu com o saque do FGTS no ano passado.

Um calendário deve ser divulgado. Ainda segundo ele, aqueles que possuem conta na Caixa receberão o valor integral em suas contas Os que não forem correntistas do banco podem fazer transferência gratuita para outros bancos.

"A Caixa fará parte do esforço sempre para ajudar a população", disse durante coletiva de imprensa ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

Fonte: Estadão Conteúdo

Brasil participará de teste global de cloroquina contra coronavírus

Foto: Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo

Em colaboração com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil integrará ensaio global para teste de medicamentos contra o coronavírus, incluindo a cloroquina e hidroxicloroquina.

No país, o projeto prevê a participação de 1.200 pacientes internados em 18 hospitais de 12 estados. Os testes em voluntários serão iniciados assim que os medicamentos forem enviados pela OMS. O custo do projeto é de R$ 4 milhões.

Na Fiocruz -que lidera esse ensaio no Brasil-, os estudos serão realizados no Centro Hospitalar que já está sendo construído no campus da Fundação, em Manguinhos. Segundo a Fiocruz, o centro contará com 200 leitos -cem deles disponíveis dentro de 48 dias- exclusivamente destinados a tratamento intensivo e semi-intensivo para pacientes graves infectados pelo Sars-CoV-2.

Fonte: Folhapress

Posts anteriores