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Brasil pode ter ao menos 44 mil mortes; isolar só idosos eleva nº para 529 mil

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Uma estratégia de isolamento social de manter só idosos em casa, como sugere o presidente Jair Bolsonaro, ainda poderia levar à morte mais de 529 mil pessoas no Brasil por covid-19. O número é metade do que se projeta para um cenário em que nada fosse feito no País para conter a dispersão do coronavírus (1,15 milhão de óbitos). Mas é bem mais alto do que a estimativa para um isolamento social rápido e amplo. Mesmo com essa restrição mais drástica, haveria ao menos 44 mil mortes pela doença.

Os números fazem parte da nova pesquisa do Grupo de Resposta à Covid-19 do Imperial College de Londres. Os cientistas vêm fazendo quase em tempo real projeções matemáticas do avanço da pandemia e avaliam as ações em andamento.

Foi um trabalho dessa equipe com projeções para Estados Unidos e Reino Unido que fez o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, recuar sobre a ideia de adotar isolamento vertical (quarentena só de alguns grupos, como idosos e doentes crônicos) Johnson foi diagnosticado com covid-19 na sexta-feira, 27.

Segundo o jornal The New York Times, estimativas feitas por esses cientistas também influenciaram a Casa Branca a enrijecer medidas de isolamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda o isolamento social. Já Bolsonaro tem criticado governadores que determinaram fechar o comércio e diz ter receio de uma crise econômica.

O trabalho mais recente do Imperial College, divulgado na quinta-feira, 26, expandiu a modelagem para 202 países. Liderados por Neil Ferguson, eles comparam possíveis impactos sobre a mortalidade em vários cenários: ausência de intervenções, com distanciamento social mais brando, que chamam de mitigação, ou mais restrito, a supressão.

As estimativas foram feitas com base em dados da China, onde a doença foi registrada pela primeira vez em dezembro, e de países de alta renda. Significa que para nações de baixa renda a realidade pode ser ainda mais grave do que a apontada. A estimativa de cerca de 44 mil mortes para o Brasil considera o cenário mais amplo de isolamento, e feito de modo rápido.

A eficácia do isolamento mais amplo se aplicaria em todo o mundo, segundo os pesquisadores. Eles estimam que, na ausência de intervenções, a covid-19 resultaria em 7 bilhões de infecções (quase toda a população global) e 40 milhões de mortes em todo o mundo este ano.

"Estratégias de mitigação focadas na blindagem de idosos (reduzir em 60% os contatos sociais) e desaceleração, mas não interrupção da transmissão (redução de 40% nos contatos sociais para uma população mais ampla) poderiam reduzir esse ônus pela metade, salvando 20 milhões de vidas, mas prevemos que, mesmo nesse cenário, sistemas de saúde em todos os países serão rapidamente sobrecarregados", dizem os cientistas.

O Brasil já prevê demanda crescente no SUS. No País, até a sexta-feira, já havia 92 mortes confirmadas.

"É provável que esse efeito seja mais grave em contextos de baixa renda, onde a capacidade é mais baixa. Como resultado, prevemos que o verdadeiro ônus em ambientes de baixa renda que buscam estratégias de mitigação podem ser substancialmente mais altos do que o refletido nessas estimativas", continuam os pesquisadores.

Apontam ainda que a demanda por ajuda médica só ficará em níveis manejáveis com adoção rápida de medidas de saúde pública para suprimir a transmissão, similares às de China e Coreia do Sul. Eles listam os testes em massa, o isolamento de casos e medidas mais amplas de distanciamento social.

"Se uma estratégia de supressão for implementada precocemente (com 0,2 morte por 100 mil habitantes por semana) e sustentada, então 38,7 milhões de vidas podem ser salvas. Se for iniciada quando o número de óbitos for maior (1,6 óbito por 100 mil habitantes por semana), só 30,7 milhões de vidas poderiam ser salvas", escrevem eles, sobre as projeções globais. "Atrasos na implementação de ações para suprimir a transmissão levarão a piores resultados e menos vidas salvas."

Consequências

Eles ponderam não considerar impactos sociais e econômicos mais amplos da supressão. Reconhecem que esses efeitos serão altos e podem ser desproporcionais em áreas de baixa renda.

Os pesquisadores reforçam, como já tinham dito em estudos anteriores, que as estratégias de supressão teriam de ser mantidas, com breves interrupções, até que vacinas ou tratamentos eficazes se tornem disponíveis.

Pesquisas sobre imunizantes já começaram, mas demandam uma série de testes e dificilmente a vacina chegará ao mercado ainda este ano. "Nossa análise destaca as decisões desafiadoras enfrentadas por todos os governos nas próximas semanas e meses, mas demonstra como uma ação rápida, decisiva e coletiva agora poderia salvar milhões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Wilson Witzel prorroga isolamento social no Rio de Janeiro por mais 15 dias

Foto: Marcos Correa/PR/Arquivo

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), anunciou a prorrogação do isolamento social no Estado por 15 dias, a partir da próxima segunda-feira, 30, ante a pandemia de coronavírus. "Eu não serei responsável pela morte de milhares de pessoas", afirmou na sexta-feira, 27, em uma transmissão ao vivo pelo Facebook. O governo não descarta estender a medida além do dia 6 de abril.

Acompanhado do secretário de Estado de Saúde do Rio, Edmar Santos, Witzel anunciou o decreto e pediu que a população continue em casa e mantenha o distanciamento social, citando a explosão de mortes na Espanha e na Itália, além da manutenção das medidas restritivas nos Estados Unidos. "Daqui para frente, se não mantivermos as restrições que o mundo inteiro adotou, nós teremos graves problemas pra poder salvar a sua vida", afirmou.

Witzel afirmou que está ciente das "dificuldades dos empresários" e da população que está sem trabalhar, mas citou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para defender a continuidade das medidas. "Uma economia doente é uma economia improdutiva", disse.

O secretário Edmar Santos ressaltou ainda a recessão que a Itália enfrenta após uma campanha publicitária do governo contra o isolamento. "O prejuízo lá, o desemprego e a fome, estão muito maiores do que se eles tivessem coragem de no primeiro momento acreditar no vírus e controlar a epidemia", afirmou.

Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro, Witzel criticou orientações de corte do isolamento social. "Aquele que diz que não é para ficar em casa vai ser responsabilizado, porque nós estamos na contramão do mundo. Falar para as pessoas irem pra rua hoje é criminoso", afirmou.

Cestas básicas

O governador afirmou que o Estado vai distribuir um milhão de cestas básicas, além do auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais e desempregados, para as famílias do Estado. Ele também agradeceu o trabalho de equipes de saúde, policiais, corpo de bombeiros e caminhoneiros. "Não vai faltar posto de conveniência para vocês", afirmou.

Disseminação acentuada

Para a manutenção das medidas, Witzel citou estudos científicos da área de pneumologia que apontam para uma disseminação acentuada no País. "Curiosamente, no Brasil o vírus está atingindo pessoas abaixo dos 50 anos. Depois de ler o artigo, fiquei muito preocupado também com os jovens", afirmou. Ele ressaltou que, como não há condições para testes em massa da população, a subnotificação do vírus pode ser exponencial.

O secretário Edmar Santos afirmou que o governo também vai iniciar testes com a hidroxicloroquina, mas desaconselhou o uso doméstico em larga escala. "Se você for tentar em casa, por conta própria, pode ter complicações graves, só pode ser orientada por um médico", pontuou.

Fonte: Estadão Conteúdo

Hospitais particulares redistribuem pacientes para evitar contaminação por covid

Foto: Arquivo Cidadeverde.com

Hospitais particulares de Teresina já anunciaram mudanças no atendimento a pacientes com a epidemia de Covid-19. Pacientes com suspeita ou em tratamento com o novo coronavírus serão atendidos separadamente em unidades específicas para evitar a propagação da Covid-19.

O Hospital de Terapia Intensiva (HTI), a Unimed e a Intermed anunciaram nessa sexta-feira (27) acordo operacional em que estabeleceram que os pacientes de "ambos os hospitais que apresentarem sintomas respiratótios serão atendidos no Hospital Unimed Primavera. Os demais beneficiários com outros problemas de saúde serão atendidos no Hospital HTI Casamater”.

Os beneficiários dos demais planos de saúde conveniados com o HTI continuarão sendo atendidos normalmente. O hospital também informou que pacientes com síndrome gripal com indicação de internação serão encaminhados para outros hospitais da rede privada referência no tratamento.

O objetivo da medida é "minimizar o risco potencial de infecção por coronavírus dos pacientes com outras patologias clínicas, cirúrgicas e de terapia intensiva”.

Valmir Macêdo
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Piauí adere ao aplicativo “Menor Preço Brasil” e consumidores podem conferir produtos

Ilustração

O Piauí aderiu a plataforma online “Menor Preço Brasil”. O aplicativo é destinado a fornecer, aos consumidores, informações sobre preços praticados pelo comércio varejista. A iniciativa foi desenvolvida pela Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul e já conta com 22 estados integrados.

O aplicativo está disponível para o sistema operacional Android (Google) e iOS (Apple). “Na tela do celular, o consumidor pode pesquisar o menor preço sobre um determinado produto na região em que ele está localizado no momento”, explica o superintendente da Receita Estadual do Piauí, Emilio Junior.

O Menor Preço Brasil traz informações sobre medicamentos, alimentos, vestuários e muitos outros produtos. Uma aba é destinada exclusivamente a combustíveis. A plataforma é capaz de rastrear preços em um raio de 30km. As informações são atualizadas em tempo real toda vez que um estabelecimento realiza uma venda a varejo. 

O superintendente explica que, no momento que uma nota fiscal é emitida, o aplicativo atualiza os preços. “Isso possibilita termos um preço fiel, já que a nota foi emitida e autorizada pela Sefaz”, destaca Emilio.

Além do Piauí, já aderiam ao aplicativo Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. 

Covid-19

Quem já baixou o aplicativo pode pesquisar preços de produtos destinados ao combate do coronavírus, como álcool em gel, máscaras e luvas. “O consumidor ganha tempo, pois já sabe onde encontrar o produto, e adquire pelo menor preço”, finalizou o superintendente.

 

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Sem produção, povo terá dinheiro, mas prateleiras estarão vazias, diz Guedes

Foto: Alan Santos/ PR

Em pronunciamento divulgado nesta sexta-feira (27), o ministro da Economia, Paulo Guedes fez coro ao presidente Jair Bolsonaro ao afirmar que, sem produção econômica, a população terá recursos financeiros, mas as prateleiras dos mercados estarão vazias.

Bolsonaro é crítico ao isolamento como forma de contenção da pandemia do novo coronavírus. Para ele, os idosos e pessoas com doenças preexistentes devem ficar em casa, enquanto jovens e adultos seguem com vida normal.

Guedes argumenta que, com o plano de emergência implementado pelo governo, as pessoas vão receber recursos para enfrentar o período de crise. Por isso, segundo ele, a produção em áreas essenciais não pode parar.

"O alerta do presidente é 'sim, vamos cuidar da nossa saúde, mas não podemos esquecer que ali à frente temos um desafio de continuar produzindo, alimentar nossos doentes, alimentar a população'", afirmou Guedes em vídeo divulgado pelo Ministério da Economia.

"Se não lembrarmos que temos que continuar resistindo com a nossa produção econômica também, vamos ter um fenômeno onde todo mundo está com os recursos, mas as prateleiras estão vazias porque nós deixamos a organização da economia brasileira entrar em colapso", disse.

De acordo com o ministro, "duas enormes ondas avançam em direção ao Brasil": a calamidade em saúde pública "que ameaça nossas vidas" e o risco de desemprego e crise econômica.

Guedes ressaltou que o governo tem medidas para atender toda a população, com ações específicas voltadas a trabalhadores formais, autônomos, aposentados e empresas. Segundo ele, o plano de emergência anunciado pelo governo já soma R$ 700 bilhões.

?Para o ministro, Bolsonaro alerta que o governo está lançando bilhões de reais na economia e que é necessário impedir uma desorganização do sistema.

Guedes, entretanto, não descartou o isolamento como forma de prevenção. Ele afirmou que "temos que ficar agora nesse isolamento por um tempo para nos protegermos e furarmos essa primeira onda", ponderando que é essencial manter as atividades como as de médicos, produtores rurais e caminhoneiros.

O ministro, que tem 70 anos, permaneceu no Rio de janeiro nesta semana, onde despacha de casa e participa de reuniões por videoconferência. Na última semana, ele fez o teste para a Covid-19 e o resultado deu negativo, segundo o ministério.

Fonte: Folhapress

Prefeito morreu com Covid-19 e é 1º óbito da doença no Piauí, confirma Sesapi


Foto: Ascom/Prefeitura

 

Os exames do prefeito de São José do Divino, Antônio Nonato Lima Gomes, conhecido como Antônio Felicia (PT), testaram positivo para o novo Coronavírus. Os resultados foram liberados neste sábado(28) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e informados pela Secretaria de Estado da Saúde.

O prefeito, de 57 anos, morreu na madrugada desta sexta(27), no Hospital Dr. José Brito Magalhães, no município de Piracuruca, depois de dar entrada com falta de ar intensa. A equipe médica não conseguiu fazer entubação do gestor que morreu em seguida. 

Ele tinha histórico de diabetes e teve uma evolução rápida da doença. Dois dias antes, já havia relato que estava com febre e dificuldades para respirar para o prefeito de Piracuruca Raimundo Alves, que o aconselhou a procurar atendimento em Teresina. 

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o governdor Wellington Dias confirma o exame do prefeito e revela que Atônio Felícia contraiu a Covid-19 de um colega de Parnaíba, que também testou positivo para a doença.

“Já foi verificado que ele provavelmente pegou o Coronavírus de uma outra pessoa de Parnaíba, que também deu confirmação positiva que está hospitalizada sobre os cuidados médicos e agora estamos trabalhando o mapa de todas as pessoas que mantiveram contato com os dois, mapear todo o histórico dessa situação para que possamos proteger”, informou o governador em vídeo gravado neste sábado, lamentando a morte do prefeito que era seu correligionário e amigo.

Equipes da Vigilância Epidemiológica do Estado já estão em Piracuruca, São José do Divino e na região de Parnaíba e mais pessoas devem se dirigir hoje.

Wellington disse ainda que os testes rápidos, que devem chegar hoje ao Estado, serão encaminhados para a região prioritariamente. “Para dar tranquilidade a quem não tem coronavírus e do outro lado adotar as providências necessárias sempre preocupado em salvar vidas. O Piauí já conta com 11 casos confirmados e com o primeiro óbito”, afirma.

Desde o envio dos exames do prefeito no Lacen (Laboratório Central), os funcionários da sede da prefeitura - um total de 15 - estão de quarentena.

O vice-prefeito do município de São José do Divino, Assis Carvalho, assumiu a gestão do executivo. Ele informou que o prefeito não tinha hábito de viajar para outros estados, o que possibilitaria a transmissão comunitária com alguém infectado por Covid-19.

“A rotina dele era esta, ele era agropecuarista, laticínio. Ele tinha toda essa rotina de estar acompanhando o funcionamento da sua fazenda e a rotina maior era no São José (do Divino)”, contou.

Foto: Ascom/Prefeitura

Enterro do prefeito nessa sexta-feira (27).

 

 


Caroline Oliveira
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Universidade desenvolve ventilador pulmonar que pode ser fabricado em massa

Foto: Coppe/UFRJ

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão desenvolvendo um protótipo de ventilador pulmonar mecânico para ser reproduzido em massa, de forma simples, rápida e barata, com recursos disponíveis no mercado nacional.

Desenvolvido pelo Programa de Engenharia Biomédica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) no Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe, o equipamento poderá contribuir para suprir, emergencialmente, a crescente busca dos hospitais por esses aparelhos, em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus.

A estimativa é de que, nas próximas semanas, o Brasil vai precisar de mais de 20 mil ventiladores pulmonares mecânicos para atender as vítimas do coronavírus, principalmente os casos mais graves de falta de ar e dificuldades respiratórias. A produção atual de ventiladores pelas empresas brasileiras é de 2 000 por mês, e mesmo com produção acelerada essas empresas não vão conseguir atender à demanda esperada.

Para reduzir essa lacuna, os pesquisadores da Coppe iniciaram uma campanha para obter financiamento e parcerias com empresas, instituições privadas e públicas. O objetivo é viabilizar a produção do protótipo, com rapidez e em larga escala. A iniciativa conta agora com a colaboração de pesquisadores de cinco programas de pós-graduação da Coppe, além de outras unidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e outras instituições de pesquisa do país. Várias empresas de grande porte têm se prontificado a ajudar no desenvolvimento, na distribuição e no financiamento dessa iniciativa.

Segundo o professor Jurandir Nadal, chefe do Laboratório de Engenharia Pulmonar e Cardiovascular da Coppe, uma versão preliminar do ventilador construída com recursos disponíveis no laboratório apresentou bom resultado em um modelo físico de pulmão, configurado em condições semelhantes aos pacientes acometidos de insuficiência respiratória.

No momento, os pesquisadores estão fazendo adaptações para a construção de um protótipo mais adequado à produção em escala industrial, o qual até a próxima semana deverá ser testado em pacientes, de acordo com a aprovação prévia de um comitê de ética em pesquisa com seres humanos.

"O ventilador pulmonar em desenvolvimento não pretende ser mais completo e versátil que os ventiladores de última geração disponíveis nas UTIs. Pelo contrário, é um recurso simples e seguro, porém emergencial, que deve ser utilizado somente quando não houver um equipamento padrão disponível, como pode acontecer em alguns locais durante a pandemia global", diz Nadal.

Uma rede de empresas está sendo montada para iniciar a produção imediata, após a aprovação dos testes com pacientes e adequação às normas de segurança. Segundo os idealizadores do projeto, uma empresa de grande porte, ou mais de uma, cuidará da produção do ventilador, mas algumas partes serão produzidas por vários fornecedores de forma distribuída.

Uma rede de empresas está sendo montada para iniciar a produção imediata, após a aprovação dos testes com pacientes e adequação às normas de segurança. "Recebemos muitas ofertas e já estamos em negociação com várias empresas e instituições. A Petrobras vem ajudando no desenvolvimento do modelo experimental, com a participação presencial de engenheiros de seu Centro de Pesquisas, o Cenpes. A Whirlpool tem acompanhado dia a dia o desenvolvimento e teste de peças e prestado preciosa ajuda no contato e seleção de potenciais fornecedores. Vale e Firjan se dispuseram a apoiar financeiramente o projeto, assim como o BNDES, o Ministério da Saúde, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o CNPq. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro já aprovou e liberou recursos para o projeto", relata o professor.

Uma apresentação detalhada do projeto está disponível em um site desenvolvido para o projeto, no qual é possível saber detalhes do projeto, necessidades futuras, colaboradores atuais e outras informações. O site disponibiliza também uma ficha de cadastro para potenciais colaboradores.

Fonte: Estadão Conteúdo

Dua Lipa faz trilha para fim do tédio em tempos de quarentena

Fotos: Reprodução/instagram/@dualipa

No pop, refinamento nem sempre é elogio. Quando o assunto é música que gruda rapidamente no ouvido, muito requinte pode simplesmente colocar obstáculos naquilo que é o mais essencial –acessar instantaneamente os sentimentos mais latentes de quem está ouvindo.

Em seu segundo disco, adiantado em uma semana depois de vazar na internet, Dua Lipa consegue unir as duas coisas com habilidade rara. Em pouco mais de meia hora, "Future Nostalgia" soa chique e direto, uma convocação à dança que não abre mão do esmero.

O disco chega três anos depois de seu álbum de estreia, ancorado por um hit massivo sobre empoderamento feminino - "New Rules" - que a levou ao primeiro escalão do pop, incluindo dois prêmios Grammy. Ela também virou um ícone fashion millennial, com celebridades do tamanho de Bruna Marquezine e Manu Gavassi (hoje participante do Big Brother Brasil) imitando o estilo da cantora, do cabelo curto às sobrancelhas grossas, passando pelas maquiagens básicas que destacam a boca.
Cercado de expectativa, "Future Nostalgia" traz Dua Lipa ligada à tomada do começo ao fim. "Você queria uma música atemporal/ Eu quero mudar o jogo/ Como a arquitetura modernista/ John Lautner está chegando", ela canta na faixa-título, citando o arquiteto conhecido pelas obras com aspecto futurista e comercial dentro do modernismo. A foto da capa, inclusive, é uma referência aos carros e lanchonetes americanas com essa estética.

Mais que anunciar novas tendências, contudo, é a confiança da frase que chama a atenção na música, e acaba guiando todo o disco. Em "Don't Start Now", ela debocha de um relacionamento antigo para apresentar sua versão renovada. "A decepção amorosa me mudou? Talvez, mas olha como estou agora."

A cantora inglesa de 24 anos embala a nostalgia disco-pop em arranjos modernos e quase sempre dançantes. Há acenos aos anos 1980 no estilo Carly Rae Jepsen ( "Break My Heart", "Cool"), mas texturas vocais que soam como Billie Eilish ("Pretty Please").

Nas 11 faixas, não espaço para baladas - a única exceção é a derradeira "Boys Will Be Boys"–, e o suingue dos graves dá o tom dançante contagiante que lembra tanto Kylie Minogue quanto Giorgio Moroder. Arranjos de orquestra aparecem em momentos pontuais (como na sequência "Hallucinate", "Love Again" e "Break My Heart"), anunciando ou potencializando ganchos pop –abordagem imortalizada por Quincy Jones em clássicos de Michael Jackson.

Com pianinhos doces e refrão repetitivo, "Good in Bed" soa quase como uma música de Lily Allen, em que Dua Lipa canta de maneira bem-humorada sobre uma casal que dá muito certo na cama mas não consegue ter a mesma sintonia fora dela.

Ela trabalha com diversos produtores, incluindo Stuart Price - com Madonna, New Order e The Killers no currículo - em "Cool" e "Physical", músicas com cara de new wave. Mas há uma coesão no álbum, delineada pelos vocais graves e o jeito de cantar cada vez mais bem resolvido de Dua Lipa.

O momento de maior vulnerabilidade aparece em "Break My Heart", quando a cantora expõe o medo de se decepcionar novamente conforme se vê apaixonada. Ainda assim, na faixa - com sample de "Need You Tonight", do INXS -, o medo parece mais uma celebração do próprio romantismo. Não surpreende que ela tenha escrito "Break My Heart" com a ajuda do - agora - namorado. tempos de confinamento devido ao avanço do novo coronavírus, "Future Nostalgia" ganha ainda mais apelo. Em um momento no qual as pessoas não podem frequentar shows, festas ou qualquer tipo de evento, Dua Lipa faz um convite irresistível à dança, chamando para um passeio pelas galáxias em "Levitating" ou pedindo para as coisas ficarem mais "físicas" em "Physical".

Sem tempo para o drama de parte do cenário pop atual, "Future Nostalgia" está recheado de potenciais hits de pista e dá o recado de que Dua Lipa chegou na cena para ficar. É também a trilha sonora para o fim do tédio, ainda que o tédio seja uma obrigação momentânea para muita gente em tempos de pandemia. Ainda não tinha sido tão difícil ficar em casa na quarentena.

FUTURE NOSTALGIA
Onde: Nas plataformas digitais
Autor: Dua Lipa
Gravadora: Warner

 

Fonte: Folha Press

Penélope Cruz doa 100 mil luvas e 20 mil máscaras para hospital de Madri


Penélope Cruz, 45, fez uma doação generosa para um hospital de Madri, na Espanha, para contribuir ao combate à pandemia do novo coronavírus, que já registra 64 mil casos confirmados e mais de 4 mil mortes por causa do vírus.

Por meio de sua rede social, a atriz contou nesta sexta-feira (27) que comprou cerca de 100 mil luvas e 20 mil máscaras. "Graças à ajuda logística da Inditex, conseguimos comprar 100 mil luvas de nitrilo e 20 mil máscaras do tipo FFP2, que agora chegaram ao hospital de La Paz em Madri", escreveu.

A atriz espanhola também disse que pretende fazer mais doações neste período difícil que o país europeu enfrenta com a Covid-19.

"Mesmo com as enormes dificuldades em obter e levar tais ferramentas fundamentais de saúde para seus destinos, esperamos que, em pouco tempo, possamos doar outros materiais que são tão necessários nesta crise", declarou.

A atriz também agradeceu aos profissionais que estão na linha de frente do combate à Covid-19. "Obrigada a cada heroína e heróis anônimos que colocam em risco sua própria saúde para ajudar a curar e manter a saúde de todos nós. Obrigada", disse.

O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira que 769 pessoas morreram vitimadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. O balanço de falecidos aumentou 18,8% na comparação com quinta-feira (26). O país é o que tem mais mortes provocadas pela Covid-19 no mundo.

Fonte: Folha Press

 

Estados e municípios cobram do Ministério da Saúde compra de respiradores

Com dificuldade para encontrar respiradores, Estados e municípios pedem para o governo federal ir ao mercado e centralizar a aquisição do produto essencial para o tratamento de casos graves da covid-19.

A pasta abriu na quinta-feira, 26, edital para compra dos primeiros 15 mil produtos deste tipo, mas fornecedores já avisaram que não têm estoque para entrega imediata.

A ideia dos gestores do SUS é evitar um leilão entre Estados e municípios pelas compras de respiradores, o que só beneficiaria empresas fornecedoras. O governo federal quer ainda ter o controle das vendas para impedir que os equipamentos sejam distribuídos de forma desigual.

Secretários estaduais e municipais cobraram o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) pela distribuição dos produtos. Em reunião realizada na quinta-feira, 26, eles argumentam que o Ministério da Saúde tem maior poder de compra e deve aproveitar para tentar baixar preços no mercado.

A ideia dos gestores do SUS não é proibir que um Estado busque os próprios produtos, segundo pessoas presentes na reunião. O governo federal tem dito que exige ser informado sobre as aquisições, para evitar que um Estado acumule equipamentos, enquanto outro local, com mais casos, está desassistido.

Segundo dados do governo, há cerca de 65 mil respiradores no País. Estão fora de uso 5,6% do total. O Sudeste concentra 33 mil unidades.

Em edital lançado na quinta, o governo busca 15 mil ventiladores pulmonares microprocessados com capacidade de ventilar pacientes adultos. A pasta chegou a elaborar uma versão prévia da licitação prevendo a compra de outros 15 mil respiradores do tipo "eletrônico portátil", mas a versão final foi modificada.

A corrida para aquisição de respiradores, essenciais para o tratamento de casos graves da covid-19, criou uma disputa entre o governo federal, Estados e municípios. Hospitais da rede privada também reclamam que ordens desencontradas para recolhimento de produtos ameaçam inviabilizar o atendimento de pacientes, além de expor equipes de saúde à contaminação por falta de insumos.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também reclama sobre o confisco de respiradores. Em videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na quarta, Doria prometeu ir à Justiça para evitar bloqueio de produtos. "Não faz nenhum sentido confiscar equipamentos e insumos. Se essa questão for mantida, tomaremos medidas necessárias no ramo judicial."

Em resposta a Doria, o ministro Mandetta defendeu compras centralizadas pelo governo federal. "No momento que temos um encurtamento de respiradores, fizemos o movimento para centralizar e para poder descentralizar de acordo com a epidemia", disse. Segundo o ministro, além de importações, a ideia é que quatro fábricas no Brasil produzam até 400 respiradores por semana. "Vamos conseguir assim abastecer todos os Estados. Não adianta cada local querer montar todos os aparelhos esperando casos. A gente vai mandando de acordo com a realidade de cada caso."

Fonte: Estadão Conteúdo

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