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Firmino Filho entrevista médico Paulo Márcio e reforça pedido de isolamento

Reprodução/Instagram

A cobrança pela reabertura do comércio de Teresina (PI) foi um dos temas da transmissão ao vivo na página do prefeito Firmino Filho (PSBD) no Instagram. Mas não foi o gestor quem criticou o pedido pelo afrouxamento do isolamento social, adotado para conter o avanço do novo coronavírus.

Na transmissão, o prefeito entrevistou o cardiologista Paulo Márcio, presidente da Associação Médica Brasileira no Piauí (AMB-PI). Firmino Filho fez várias perguntas, com raros comentários. Uma das questões foi sobre o movimento feito por alguns empresários, segundo o prefeito, para a reabertura do comércio. 

Paulo Márcio respondeu defendendo a manutenção do isolamento social.  "Empresários já me telefonaram e minha resposta eu já dei: eu desincentivei. E fui categórico como estou sendo agora: se abrir sem o rigor de proteção, o seu funcionário pode se contaminar e contaminar o seu cliente". 

O médico ainda relatou ter suspendido seus atendimentos de consultório quando os casos suspeitos começaram a aparecer. Três dias depois, um paciente seu testou positivo. "Se eu tivesse mantido os atendimentos, ele contaminaria meus pacientes e provavelmente a mim", contou Paulo Márcio. 

Uma carreata batizada de #VoltaBrasil, programada para este sábado (28) por movimentos de Direita, foi cancelada. Outra carreata está marcada para 10h da manhã de segunda-feira (30), saindo da ponte estaiada em direção ao Palácio de Karnak, defendendo que "o Brasil volte a funcionar" e o isolamento de idosos e enfermos. 

Na entrevista concedida ao prefeito Firmino Filho, Paulo Márcio criticou o isolamento vertical, de apenas parte da sociedade, por permitir que os mais jovens se contaminem na rua e levem o vírus para dentro de casa. 

Firmino Filho perguntou o que o médico concorda com o decreto assinado por ele, na semana passada, suspendendo atividades econômicas na capital. "O decreto feito pela prefeitura de Teresina foi igual ao decreto feito pelas cidades do mundo que deram certo", respondeu Paulo Márcio, acrescentando que os próximos 15 dias de confinamento serão determinantes para o combate à Covid-19. 

A transmissão teve pico de pouco mais de 500 pessoas acompanhando ao vivo simultanemente. 

Firmino Filho reafirmou que o Brasil vive batalhas sanitária, econômica e também de comunicação. "É fundamental que nós possamos ouvir especialistas, ouvir aqueles que dedicaram a sua vida ao estudo e à prática da saúde", pontuou. 

Fábio Lima
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Mais de 5 mil presos deixam prisões em 3 estados devido ao coronavírus

Foto: Reprodução/GoogleStreetView

A pandemia do novo coronavírus tem feito com que presos provisórios, idosos ou que tenham doenças crônicas severas sejam libertados das prisões para evitar o avanço da contaminação.
No Sul do país, já tiveram autorização para deixar a prisão nos últimos dez dias cerca de 4.500 presos. Na Bahia, outros 800, número que ainda vai aumentar.

As decisões dos magistrados têm seguido a recomendação 062/2020 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que indica a adoção de medidas em todo o país no sistema prisional para coibir o avanço do coronavírus.

A recomendação é de que, para reduzir riscos epidemiológicos, os juízes considerassem a reavaliação das prisões provisórias, priorizando mulheres gestantes, lactantes, mães ou responsáveis por criança de até 12 anos ou por pessoa com deficiência, assim como idosos, indígenas, pessoas com deficiência ou que se enquadrem no grupo de risco.

Além disso, presos em cadeias com ocupação superior à capacidade, prisões preventivas que excederam 90 dias ou relacionadas a crimes sem violência estão entre os motivos apontados para que presos deixem as prisões temporariamente.

Em Santa Catarina, foram libertados 1.077 presos das unidades prisionais do estado, de acordo com a Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa. As prisões abrigam cerca de 23 mil detentos.
A saída foi determinada pela Justiça e seguida pela secretaria catarinense.

Na Bahia, cerca de 800 presos que estavam no semiaberto ou em prisão administrativa já foram libertados por terem mais de 60 anos ou serem portadores de doenças graves, entre outros casos.
Além dos 800 que já deixaram as prisões, outros mais de 100 devem sair nos próximos dias, segundo o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia, Nestor Duarte.

"São todas oriundas de decisão judicial, eu não tenho o poder de mandar ninguém para casa. Calculamos que, nessas condições de sexagenário ou portadores de doenças, chegaremos a pouco mais de 900 detentos", disse.

Segundo o secretário, após a decisão do CNJ foram feitas reuniões com desembargadores, Ministério Público e Defensoria, em que ficou acertado que os juízes tomariam as decisões caso a caso, para que os presos cumpram a pena em casa até passar a fase crítica da pandemia.
"Eu disse que não tinha como colocar tornozeleira em todos, elas vêm da China e o fornecedor não tinha como entregar. A partir disso, aguardamos as decisões e ontem [sexta] mesmo chegaram 48 decisões para liberar presos."

Com isso, o total de presos em cadeias na Bahia, que era de 15.200, caiu para cerca de 14.400.
O Ministério Público Estadual emitiu recomendação na quinta-feira (26) à Secretaria de Segurança Pública da Bahia sobre prevenção e contenção do coronavírus entre os presos.
Entre os pedidos estão os de que em novas prisões os detidos não fiquem em custódia nas delegacias e que sejam levados a unidades do sistema prisional. Segundo a Promotoria, há mais de 1.300 presos custodiados em repartições policiais, civis e militares na Bahia.

Já no Rio Grande do Sul, juízes decidiram pela soltura de cerca de 3.400 presos nos últimos dez dias, segundo levantamento do Ministério Público Estadual. O órgão tem questionado decisões como a de Itaqui, onde foi concedida prisão domiciliar a 58 detentos.

Os processos dos presos que tiveram concedida a prisão domiciliar estão sendo analisados individualmente por um promotor para elaborar os recursos cabíveis.

Na cidade, foram beneficiados presos que tinham prazo suficiente para a progressão de regime e aos que estavam no regime fechado com progressão prevista para os próximos três meses, por exemplo.
Conforme a Promotoria, todos os detentos que já estavam no semiaberto e aberto tiveram a concessão da prisão domiciliar sem precisar passar a noite na prisão. A concessão do benefício de maneira indistinta pode ter resultados graves, na avaliação do órgão.

Em Bagé, o TJ (Tribunal de Justiça) suspendeu, após pedido do Ministério Público, decisão que libertava 119 presos. O estado tem 152 prisões, que abrigam cerca de 40 mil presos.
Na terça-feira (24), agentes penitenciários do estado ainda fizeram a remoção, após decisão judicial, de 116 presos que estavam e delegacias, principalmente no Vale do Sinos, a maioria deles em Novo Hamburgo e São Leopoldo. Eles foram levados para dois prédios que foram reformados. 

Fonte: FolhaPress

Espanha determina que todos os trabalhadores não essenciais fiquem em casa

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou neste sábado (28) que todos os trabalhadores de atividades não essenciais devem ficar em casa de 30 de março a 9 de abril.
O objetivo é reduzir os contatos entre os espanhóis para ajudar a frear a pandemia de coronavírus, que já afetou 72.248 pessoas no país, com 5.812 mortes.

Sánchez afirmou em pronunciamento que "este é o momento ideal" para reduzir a mobilidade de todos, não só pelo número de casos e mortes registrados mas também porque "a sociedade está pronta para cumprir essa medida".

Nas últimas duas semanas, espanhóis podiam sair se carregassem um certificado de que precisavam ir ao trabalho. Sem o papel, estavam sujeitos a multa de 600 euros (equivalente a R$ 3.390).
O feriado de Semana Santa é um dos motivos que ajuda a restrição, segundo ele. Trabalhadores e empresas devem negociar para que as horas não trabalhadas nos dias úteis sejam compensadas quando o país voltar ao normal.

O pronunciamento de Sánchez ocorre num momento em que a Espanha registra recordes diários de mortes. Neste sábado (28), foram 832, o maior número em 24 horas desde que o primeiro caso foi confirmado no país, em 30 de janeiro.

"O mais importante agora é reduzir o número de hospitalizados e o crescimento dos infectados", disse.
No último dia, o aumento dos casos confirmados foi de 12,7%, uma desaceleração em relação aos 14% da sexta, mas o primeiro-ministro afirmou que os números ainda podem continuar altos, porque a Espanha está aumentando o número de testes.

A principal preocupação no momento é a superlotação dos hospitais: há 4.165 doentes em estado grave, com necessidade de tratamento intensivo. O país está chegando ao pico da pandemia, segundo o Centro de Coordenação de Emergências Sanitárias.

Na entrevista após o comunicado, Sánchez voltou a criticar vizinhos europeus por se recusarem a aprovar um plano de recuperação econômica mais solidário com os países mais pobres.
A Espanha defende a emissão conjunta de títulos de dívida (apelidados de "coronabonds"), para que todos os países tenham acesso a financiamento nas mesmas condições. A proposta levou a um impasse os líderes dos 27 membros da União Europeia, depois de seis horas de reunião.

Assim como na primeira tentativa de estabelecer um orçamento dos próximos sete anos (também encerrada em impasse), o Conselho Europeu desta quinta (26) ficou polarizado entre dois grupos: Frugais e Grupo dos 9, que inclui Itália e Espanha, os países mais afetados pelo coronavírus, além de Bélgica, França, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Portugal e Eslovênia.
Os Nove argumentam que nenhum país tem responsabilidade pela crise pela qual estão passando, por isso não deveriam ser punidos por fatores alheios à pandemia, como déficits nas contas públicas.
Mas a ideia de subscrever empréstimos para bancar gastos públicos de outros países é rejeitada pelos Frugais (Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia, com apoio da Alemanha e da Finlândia), para os quais a pandemia ainda está em evolução e é cedo para dar um passo tão grande quanto uma emissão comum de dívida.

O grupo é formado por países "doadores", cuja participação nas receitas da União Europeia é maior que os recursos que recebem do Orçamento, mecanismo que está na base do funcionamento do bloco europeu: os membros mais ricos contribuem para financiar o desenvolvimento dos mais pobres. 

Fonte: FolhaPress

Ministério recomenda medidas de segurança para empresas com delivery no Piauí

Foto: Ascom/PMT

Os restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos do Piauí, que estiverem trabalhando com entrega de alimentos, têm até a próxima terça-feira (31) para comunicar ao Ministério Público do Trabalho no Piauí medidas de segurança. A medida visa garantir a segurança dos trabalhadores no período da quarentena, e também, apresenta normas para garantir que as entregas por delivery não se contaminem pelo novo coronavírus. 

Os estabelecimento devem seguir nomras de higiene e de segurança. A notificação recomendatória foi encaminhada, na tarde da última quinta-feira, ao Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia do Piauí e ao Sindicato Intermunicipal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Piauí.

A primeira das recomendações impõe a redução de 50% da atividade dos estabelecimentos para serviços de alimentação preparada exclusivamente para entrega. Os espaços coletivos devem ser isolados e a entrada de clientes para receber encomendas limitadas a uma pessoa por família, de preferência fora do grupo de risco, e limitação do número de clientes a uma pessoa a cada 5 m² do estabelecimento.

A instalação de anteparos físicos que reduzam o contato dos operadores de caixas com o público em geral é outra recomendação do MPT aos estabelecimentos que fornecem alimentos preparados. As embalagens devem ser higienizadas com material sanitizante antes de disponibilizá-las aos entregadores e clientes. 

O Ministério Público do Trabalho recomendou também a implantação de medidas de organização de filas de clientes para que se mantenha o distanciamento mínimo de 1,5m entre uma pessoa e outra.

As térmicas que guardam os alimentos no transporte precisam ser constantemente higienizadas também. E os equipamentos de pagamento eletrônico (máquinas de cartão de crédito e débito) devem ser higienizados após cada utilização com álcool líquido 70%.
Outra providência que os donos desses estabelecimentos devem adotar é o fornecimento regular de máscaras aos trabalhadores que desempenham as atividades em que haja manipulação de gêneros alimentícios. Como também a reorganização das escalas de trabalho para reduzir o número de trabalhadores por turno, flexibilizando os horários de início e fim de jornada para que não coincidam com os horários de maior utilização de transporte público.

A higienização das superfícies de toque nos estabelecimentos deve ser feita a cada três horas durante o período de funcionamento. Cadeiras, maçanetas, portas, bancadas e corrimões precisam ser limpos com álcool em gel 70% com regularidade. As instalações sanitárias precisam ser limpas a cada utilização ou, no mínimo, a cada três horas durante o funcionamento. 

Entre os itens básicos para o funcionamento, a disponibilidade de álcool em gel 70% na entrada dos restaurantes e lanchonetes, em lugares estratégicos, para utilização dos clientes e funcionários.

Mais de 11 milhões no Brasil moram em casas superlotadas

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

Na casa de Geovane Gonçalves, 24, vivem ele, sua mãe, seu padrasto, seu irmão, mais duas irmãs, sua filha de cinco anos, seis gatos e um cachorro. São sete pessoas e sete bichos para duas camas de solteiro e um sofá.

Como a conta não bate, o jeito é se espremer durante os longos dias de quarentena. "Nos revezamos. Um vai pra TV, outro fica no celular, mas estamos evitando as notícias pra não ficar em pânico", diz o atendente de loja, morador da favela da Rocinha, na zona sul do Rio.

Geovane e sua família estão entre os 11,5 milhões de brasileiros que moram em casas superlotadas, ou seja, que abrigam mais de três pessoas por dormitório. O número é de 2018, da mais recente Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE.

Isso significa que quase 6% da população vive em ambientes abarrotados que tornam quase impossível o tal isolamento social, tratado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das principais ferramentas para conter o novo coronavírus.

Os cômodos cheios são uma realidade mais comum entre os pretos e pardos (7%) e entre as mulheres solteiras com filhos de até 14 anos. Nesse último recorte, há ainda um abismo entre as chefes de família brancas (8%) e negras (12%).

O problema é maior nas capitais, onde a doença está mais concentrada até agora. As três cidades com o maior número de casos confirmados ­""São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza"" estão entre as com mais habitantes morando em domicílios hiperadensados. A capital paulista acumula um terço dessas pessoas.

Quem ganha em termos proporcionais, porém, é o Norte do país, onde 13% da população vive em locais superocupados. Em Macapá, por exemplo, essa é a condição de nada menos que um quinto dos moradores.

Em Manaus, a autônoma Aldineia Viana, 35, tem passado o dia inteiro com o marido e três filhos dentro de uma quitinete, geminada a outras quatro quitinetes dentro de uma vila. "A moradia piorou 100%. Agora, com esse coronavírus, acabou de vez", diz ela.
Eles viviam em uma casa em uma invasão no extremo norte da cidade, mas há um mês a área foi alvo de uma ação de reintegração de posse que retirou cerca de 2.300 famílias. Agora, o aluguel social pago pelo governo estadual aos desalojados, de R$ 600, é a única renda da família.

Para Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, coordenador do Observatório das Metrópoles (que reúne 400 pesquisadores no país), o problema do adensamento das moradias tende a piorar ainda mais com a crise do coronavírus e, consequentemente, a crise econômica que virá.

"Evidentemente uma estratégia das pessoas vai ser se aglomerar nas casas que já existem, considerando o aumento do desemprego e as pessoas que vivem de rendas que só suprem o hoje", diz ele, que é professor titular do instituto de pesquisa e planejamento urbano da UFRJ.

Ribeiro destaca ainda a dificuldade de se evitar aglomerações na vizinhança. "Além do adensamento das moradias, tivemos o adensamento da ocupação do solo, com os puxadinhos. O quadro habitacional do Brasil se agravou bastante a partir de 2016, com a crise e a paralisação de programas como o Minha Casa Minha Vida", avalia.

Outros números habitacionais dão a dimensão das dificuldades do Brasil em tempos de coronavírus: 6 milhões (3%) não têm banheiro em casa, 31 milhões (15%) não têm abastecimento de água próprio e 42 milhões (20%) não têm acesso à internet no domicílio, pelo computador ou dispositivo móvel, segundo a PNAD de 2018.

Mais um dado que assusta diante da pandemia é o fato de que 1 milhão de pessoas (0,5%) moravam em apenas um cômodo em 2010, ano mais recente do Censo do IBGE. É como a auxiliar de serviços gerais carioca Adriana dos Reis, 50, vive até hoje.

Sua casa na Rocinha é repartida em duas por uma toalhinha. De um lado, dormem ela e o marido; do outro, os dois filhos. A única divisória é um pequeno banheiro, que fica colado num espaço onde se empilham a pia, a máquina de lavar roupa, a geladeira e o microondas.

Para Ribeiro, a situação atual lembra as epidemias de varíola e febre amarela que acometeram principalmente o Rio de Janeiro no início do século 20, impulsionadas pelas condições sanitárias dos cortiços que dominavam o centro da então capital do país.

Na época, uma das soluções levadas a cabo pelo prefeito Pereira Passos foi o chamado "bota-abaixo", que derrubou as moradias e empurrou as camadas mais pobres para os morros e periferias, fazendo surgir a primeira favela brasileira, o Morro da Providência.

"Hoje, uma solução autoritária como essa é mais difícil, porque estamos falando de um terço da população em favelas", reflete Ribeiro. "Mas estou com uma certa esperança de que o coronavírus faça a gente acordar para o fato de que as extremas desigualdades que vivemos são intoleráveis e não atingem só essas pessoas, e sim a sociedade como um todo." 

Fonte: Folha Press

Brasil registra 114 mortes e 3.904 casos de coronavírus, revela Ministério da Saúde

 

O Brasil registrou hoje, em atualização da plataforma do Ministério da Saúde, 3.904 casos confirmados da covid-19, transmitida pelo novo coronavírus. O número corresponde a 487 novas confirmações em relação à última atualização de ontem dos dados da pandemia no País, 14% de incremento.

As mortes pela doença chegam a 114, com aumento de 19 casos em relação a ontem. O índice de letalidade está em 2,8%. O horário de fechamento dos números foi às 15h deste sábado, 28.

O País tem infectados em todas as regiões e Estados. São Paulo é a unidade da Federação mais afetada pela doença, com 1.406 casos confirmados. Em seguida, Rio de Janeiro (558), Ceará (314) e o Distrito Federal (260).

Neste sábado, o governo do Distrito Federal, informou, que errou ao divulgar o registro da primeira morte por covid-19 na sexta-feira. Segundo o GDF, a suspeita foi descartada após o teste do homem dar negativo para a doença. Até o momento, nenhuma morte foi registrada na capital do Brasil.

90% das vítimas fatais por Covid-19 tinham acima de 60 anos

O Ministério de Saúde divulgou neste sábado, 28, o perfil dos óbitos por Covid-19, transmitido pelo novo coronavírus. Segundo os dados, 90% das vítimas fatais tinham acima de 60 anos Ainda, 84% apresentaram pelo menos um fator de risco. Entre eles, cardiopatia, diabetes e pneumopatia.

Até o momento 61,4% das pessoas que vieram a óbito foram homens, 62 casos. Já mulheres representam 38,6%, com 39 casos. O maior número de óbitos foram registrados na última quinta-feira, 26, quando 14 pessoas morreram.

Até as 15h deste sábado, 28, quando os dados apresentados foram fechados, 15.140 pessoas estavam hospitalizadas por conta da Covid-19. Deste, 569 foram confirmados com a doença.

Fonte: Estadão Conteúdo

Governador baixa decreto e determina retorno de servidores à Secretaria de Saúde

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O governador Wellington Dias (PT) baixou decreto que suspende todas as cessões ou disposições dos profissionais que pertencem aos quadros da Secretaria Estadual de Saúde. Com a medida, o governo quer o máximo de profissionais possível trabalhando nas ações de combate a pandemia do novo coronavírus.

O decreto diz que o retorno afetará os profissionais que estão cedidos a unidades não relacionadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os profissionais têm até 24 horas para se apresentarem à secretaria.

Os servidores que não retornarem no prazo previsto passarão por sindicância. Os diretores dos hospitais ficam autorizados a instaurar o processo, diante de falta injustificada e quando for comprovado que o servidor apresentou atestado médico, mas continua trabalhando na rede privada. 

O Piauí já registra a primeira morte por covid-19. O estado possui 11 casos. Um foi confirmado na cidade de São José do Divino, outro em Parnaíba e os demais são de Teresina. 

 

Lídia Brito
[email protected] 

Governo monitora família do prefeito morto com coronavírus

Foto:IzabelaPimental/CidadeVerde.com

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Prefeitura de São José do Divino e Prefeitura de Piracuruca, está monitorando os familiares e as pessoas que tiveram contato recente com o prefeito de São José do Divino, Antônio Nonato Lima Gomes. Ele faleceu na última quinta-feira (27) e teve resultado positivo em seu exame para Covid-19. 

Segundo o secretário de Saúde, Florentino Neto, os protocolos definidos orientam o isolamento domiciliar, observando o surgimento ou não dos sintomas. Ele informa que a Sesapi já está trabalhando em conjunto e mantendo contato com as prefeituras e com a gerência regional de Parnaíba, onde também foi confirmado um caso da doença. 

“Estamos analisando a nova configuração de casos no nosso estado, já que temos um caso novo em Parnaíba e o caso de São José do Divino. Sabendo disso, estamos desenvolvendo ações com as prefeituras dos municípios e com a gerência regional de Parnaíba e estamos cumprindo o que estabelece nosso plano de contingência. Este trabalho em conjunto e de monitoramento é essencial para contermos a proliferação do vírus e o surgimento de mais casos no nosso estado”, destacou o Secretário Florentino Neto.

A cidade de São José do Divino possui 5. 148 habitantes. 

Secretário e médico fazem apelo após três cidades do Piauí registrarem casos de Covid-19

Foto: Arquivo/CidadeVerde.com 

O secretário Estadual de Saúde, Florentino Neto, fez um apelo neste sábado (28) para que a população do Piauí fique em casa.

O pedido é reforçado após o estado confirmar a primeira morte por Covid-19. A Secretaria de Saúde informa que além de Teresina, as cidades de São José do Divido e Parnaíba apresentaram diagnósticos positivos para a doença. Até o momento, o maior número de casos é na capital. 

A primeira vítima foi o prefeito da cidade de São José do Divino, Antônio Felícia (PT). “Hoje pela manhã recebemos do Laboratório Central a confirmação da informação de mais dois casos de covid-19 no Piauí. Divulgamos imediatamente. Um desses casos diz respeito ao primeiro óbito que temos no Piauí, que é do prefeito de São José do Divino, Antônio Felícia. Na verdade há a situação que temos que analisar a nova configuração, que estamos com os números. Antes só tínhamos casos confirmados em Teresina e agora temos casos confirmados em São José do Divino e em Parnaíba”, declara Florentino Neto.

Diante do crescimento do número de casos, já são 11 no estado, e da primeira morte, o secretário fez mais uma fez o apelo para que a população fique em casa. 

“Estamos desenvolvendo ações  com as  prefeituras de São José do Divino e de Piracuruca. Estamos com a gerência regional em Parnaíba, com uma interlocução que temos que fazer com o município. Cumprindo o que estabelece o nosso plano de contingência. Recomendamos o isolamento. Em todos os casos existe um trabalho de  investigação epidemiológica e um trabalho de  busca de condições que permitam  fazer a contenção da proliferação do vírus”, afirma.

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O mesmo pedido foi feito pelo diretor do Hospital Natan Portela,  o infectologista José Noronha. O médico  faz um apelo para que a população da capital cumpra a determinação de isolamento social. Para garantir que as pessoas não saiam de casa, o prefeito Firmino Filho (PSDB) baixou decreto que determina o fechamento de atividades escolares, comerciais, culturais, esportivas, e toda ação que possa gerar aglomeração de pessoas. 

“O primeiro óbito ocorreu. Todos receberam essa notícia pelos meios oficiais de informação. Desde que criamos esse protocolo,  saberíamos que esse dia chegaria. Isso não muda os protocolos estabelecidos, não muda toda programação da rede de assistência à saúde. Agora fazemos um apelo para que a população fique em casa, para que mantenha as medidas de isolamento social. Fiquem em casa, se proteja, proteja seus idosos, seus filhos, proteja os nossos profissionais de saúde que estão aqui, trabalhando por vocês da população”, diz  José Noronha.

O médico alerta para os cuidados que as pessoas que tiveram contato com os pacientes diagnósticados  com coronavírus devem tomar. 

“Quem teve contato com os pacientes positivos e  não possui sintomas gripais, fique em casa, isolado para observar se vai aparecer sintomas ou não. Quem possui sintomas gripais também fique em casa de repouse, se hidrate e fique em isolamento familiar domiciliar. Caso tenha febre persistente por mais de 24 horas, associada ou não a falta de ar, procure o serviço de saúde”, destacou. 

Lídia Brito
[email protected] 

 

Prefeitura pede participação da sociedade para arrecadar mais de 10 mil cestas básicas

Foto: Google Maps

A Prefeitura de Teresina lançou  uma ação de apoio emergencial destinado aos trabalhadores autônomos que suspenderam suas atividades em cumprimento a medida de combate ao novo Coronavírus. O objetivo da campanha Teresina Solidária é arrecadar pelo menos 10 mil cestas que serão distribuídas para famílias carentes, que passam por dificuldades devido à paralisação das atividades econômicas. 

“Essa crise afetou principalmente os trabalhadores autônomos e pessoas de baixa renda. Precisamos apoiar essa parcela da população que mais precisa de ajuda nesse momento. Tem gente que com o dinheiro que vai ganhando por dia, junta tudo para fazer a feira no sábado. Paradas, essas pessoas ficam sem a feira”, redisse o prefeito Firmino Filho.

As famílias passaram a requerer o benefício a partir deste sábado (28) por meio de uma plataforma de cadastro que será disponibilizado no site da Prefeitura (www.teresina.pi.gov.br), colocando suas informações socioeconômicas básicas. As declarações passarão pela análise de técnicos da Semcaspi. 

Quem quiser ajudar, seguindo as orientações de prevenção, pode levar suas doações a partir de amanhã (28) em dois pontos de recolhimento, no horário das 8h às 13h: o Centro Paroquial de Fátima, localizado na Praça D. Avelar - Bairro de Fátima e o depósito da Semcaspi, na Rua Pedro Freitas, nº 1995 - Bairro São Pedro. Todo o trabalho dos envolvidos na ação será feito por escala e com uso de equipamentos de proteção individuais recomendados pelos órgãos de saúde.

“Os donativos serão entregues às famílias pela rede de solidariedade cumprindo todo o protocolo de higienização pelas equipes da organização, formadas por servidores do município e representantes de entidades de assistência social”, afirma o secretário da Semcaspi, Samuel Silveira.

Para a coordenadora do comitê, Janaína Carvalho, a ação é de extrema importância nesse momento de mudança na rotina das famílias. “Muitos trabalhadores perderam a capacidade de provisão das suas famílias. Os efeitos do atual contexto apresentado exigem de todos nós uma sensibilidade e uma atitude de solidariedade”, ressalta.

O trabalho de mobilização e divulgação será feito pelas redes sociais, imprensa e ainda contará com o apoio de entidades não-governamentais, líderes religiosos e com o Teresina Transforma, plataforma de voluntariado que já conta com 700 inscritos (teresinatransforma.pmt.pi.gov.br). Para mais informações, foram disponibilizados os  telefones 3131-4729 e 3131-4730.

A coordenação do programa está a cargo de um comitê formado pelas secretarias de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), Fundação Wall Ferraz (FWF), Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM) e Prodater. Nesta ação, a sociedade civil e ONG´s serão representadas pela Associação Social Arquidiocesana (ASA).

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