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Vidas roubadas: Usuários contam que drogas destruíram famílias

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O Notícia da Manhã está exibindo a série "Vidas Roubadas", que traz reportagens sobre o uso e tráfico de drogas. Ao todo, serão quatro matérias com imagens e entrevistas exclusivas.



A primeira delas foi apresentada na manhã desta terça-feira (2) e revelou que há atualmente 230 milhões de usuários no mundo, número que corresponde a 5% da população de 15 a 64 anos. A venda de drogas "assombra" 146 países e o Piauí é rota do tráfico internacional.

O material tem a assinatura do repórter Marcelo Fontenele. De acordo com a pesquisa, cocaína, maconha e crack são as drogas mais consumidas em Teresina e os bairros tidos como "zonas do tráfico" são o São Joaquim, a Vila Jerusalém e o Parque São Jorge.

A Polícia Militar estima que 90% dos crimes cometidos no Estado têm relação direta com o tráfico de entorpecentes e que 40% dos traficantes são do sexo feminino, geralmente esposas ou namoradas dos traficantes.

Também foi revelado que o tráfico de drogas é uma espécie de "negócio de família". "A gente prende o dono da boca de fumo, mas poucos dias depois, outro familiar ocupa o lugar dele na coordenação das vendas", explicou o capitão Fábio Abreu, subcomandante do Rone, ao repórter Marcelo Fontenele.


A série "Vidas Roubadas" traz ainda depoimentos de usuários que lutam para deixar o vício, que muitas vezes é um caminho sem volta. "Eu amo tanto a minha família, que tive que me afastar para preservá-los. Não consigo largar o tráfico, mas entendo que posso fazer o que eu quiser da minha vida, mas não posso prejudicá-los", contou o usuário Bruno Marinho, 31 anos.

O título "Vidas Roubadas" foi escolhido pela apresentadora Nadja Rodrigues. No segundo dia de série, a equipe de reportagem mostra as consequências do consumo das drogas para a saúde (fisiologia e psicologia), que pode levar até à morte. Na quinta-feira, a "Vidas Roubadas" revela o drama de pais e mães que possuem filhos viciados em casa. Os depoimentos emocionam.


A última reportagem da série refere-se às entidades de apoio aos dependentes químicos e às famílias dos viciados, já que quem convive com o problema em casa, também precisa de tratamento. No Piauí, não existe uma entidade de apoio às mulheres dependentes químicas.

"Foram muitos dias de trabalho, em horários e locais perigosos. Mas o resultado valeu à pena e deve sensibilizar a população e as autoridades", finalizou Marcelo. O Notícia da Manhã vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h.

Jordana Cury
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