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Video de aluna agredida em frente a escola municipal circula na internet

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O vídeo da agressão a uma estudante de 13 anos da Escola Municipal Professor Itamar de Sousa Brito, no bairro Pedra Mole, zona leste de Teresina está circulando pela internet. Na gravação, feita na sexta-feira (10), é possível ver a garota acuada atrás de um ônibus, sendo xingada e esbofeteada por outras três colegas que estudam no mesmo colégio na rua em frente à unidade escolar.


A adolescente de iniciais T. S. F. diz que a razão da agressão é que as alunas queriam que ela tivesse o relacionamento com um rapaz de outra escola. “Elas me puxaram para detrás do ônibus e começaram a me bater porque queriam que eu namorasse um menino de outro colégio, mas eu não quis. Elas têm raiva de mim, mas não sei por que”, descreve.


A mãe da garota, Célia Maria de Sousa, disse que irá tirá-la da escola. “Estou me sentindo muito humilhada porque eu não consegui resolver e preciso chamar as autoridades. Ela está sendo ameaçada. Outro dia, acompanharam ela e disse que se a polícia aparecer na casa delas, minha filha era uma menina morta. Vou deixar minha filha aqui por que?”, questiona, revoltada.


O diretor do colégio, José Liberato, afirmou que o fato aconteceu fora da escola, por isso, não é de sua responsabilidade. “Nós chamamos o Conselho Tutelar que sempre vem, vai na casa das famílias e se reúne com os alunos”, pontua.



Conselho Tutelar

O conselheiro tutelar Djan Moreira explicou que o caso das garotas será comunicado ao Ministério Público e ao juizado especial da Infância e Adolescência. Porém, como o fato ocorreu do lado de fora da escola, a unidade não será responsabilizada. Os pais e responsáveis também serão chamados para comparecerem ao conselho.

Sobre a possibilidade da menor estar sendo obrigada a namorar com um rapaz maior de idade que estuda em outra escola, Djan afirmou que se ela tiver 14 anos configura-se estupro de vulnerável.

A escola Itamar Brito solicitou a presença do Conselho Tutelar para mediar conflitos em 54 casos de adolescentes com problemas entre abril e o início desse ano. "São casos de falta de respeito a professores, brigas entre colegas, conflito familiar e a maioria são mulheres. Lembramos aos adolescentes que aqueles que estão cometendo ato infracional, do mesmo jeito que tem a lei para defender tem a lei para punir. A gente dá conselhos e vê com muita tristeza esse tipo de caso", declarou.

Ampliada às 13h40 (horário local)

Carlos Lustosa Filho
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