Fotos: Jairo Moura / Cidade Verde
O deputado estadual Fábio Novo (PT) classificou sua derrota para a presidência da Assembleia Legislativa como "uma quebra de compromisso". Ele ressaltou que em um jantar na noite anterior à votação 19 parlamentarem confirmaram estar ao seu lado, mas apenas 14 votaram em seu nome para presidir o legislativo.
"O voto é secreto. Não dá para saber quem votou em mim ou não, mas política é confiança e isso foi a prova de que não há solidez na base. Não quero usar a palavra ‘traição’, mas eu seria hipócrita se dissesse que não houve queda de compromisso. Houve sim. Cinco quebraram o compromisso. Mesmo assim eu estou feliz. Entrei para a história, 26 anos depois, como um garoto que teve coragem de tentar. Eu tentei, plantei uma semente e acho que não tem mais volta. Daqui a dois anos vou lutar para que o regimento interno não seja modificado novamente", declarou Novo, em entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (2).
Caça às bruxas
Apesar do resultado, o deputado petista garantiu que ajudará Themístocles a gerir a Casa. “Eu posso ser candidato como qualquer outro. É prerrogativa minha e saio desse processo sem nenhuma mágoa. Eu vou ajudar na gestão de Themístocles, autêntico como sempre fui. Não foi uma caça às bruxas. A política é a arte do diálogo e modéstia à parte, eu sei dialogar. Defendi coisas óbvias, como a transparência. Se eu pequei por isso, quero continuar nesse pecado”, completou o parlamentar.
Alinhamento com Firmino
Sobre a aproximação com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), Fábio considerou ter “ganho um amigo” e admitiu que defenderá a união PT-PSDB em 2016. “Esse processo me mostrou que eu ganhei um amigo. Minha preferência pessoal é para que o PT apoie Firmino ano que vem, para trabalharmos em favor de Teresina e do Piauí. Tenho muito orgulho dessa amizade com Firmino. Fomos deputados juntos e defendemos que não poderia haver deputado de 1ª, 2ª e 3ª categorias. Eu defendia um legislativo mais independente e harmônico”, acrescentou Novo.
Duas derrotas
Ao ser questionado sobre as duas derrotas que o governo já sofreu em apenas um mês de mandato – APPM e Alepi –, Fábio Novo analisou: “Que bom que foi no começo. Dá para repensar as próximas estratégias e projetos”.
Jordana Cury
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