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Margarete: "Carta é pela manutenção da democracia e não apenas pelo governo"

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A governadora em exercício, Margarete Coelho (PP), declarou que o apoio dos governadores, declarado na “carta à legalidade” formulada pelos gestores nessa terça-feira (08) em reunião com a presidente Dilma Rousseff, não é simplesmente uma questão de apoio ao governo, mas à manutenção do Estado Democrático de Direito. Durante o encontro também foram definidas estratégias de combate ao surto de microcefalia.

“Não é de apoio pessoal a ela (Dilma), mas à legalidade, ao Estado de Direito, às instituições democráticas. Na verdade, mais do que um encontro com os governadores do Nordeste, foi uma reunião da qual se retirou uma carta pela legalidade, que não é especifica ao apoio à presidente, mas é uma carta de apoio ao Estado Democrático de Direito”, afirmou a governadora. Ontem ela cumpriu nesse encontro, sua primeira agenda como chefe do executivo em exercício.

Durante a reunião com a presidente Dilma, 19 governadores assinaram a carta, no mesmo dia em que em que a oposição venceu a votação para compor a comissão do processo de impeachment. Margarete disse que na reunião se debateu as possibilidades de enfrentamento de crise no governo. “Foi debatido que cenário é este que estamos vivendo e se ele enseja um momento de processo de impeachment”, esclareceu Margarete não concordando com a abertura do processo.

Mais uma vez a então governadora reiterou que o PP fez parte desse projeto de governo. “O PP apoiou as eleições nas urnas e faz parte do governo, tem ministros do Partido Progressista. Então nesse caso, se não se concorda, nós teríamos que sair do governo, o que não é o caso. Em se mantendo no governo, claro que há um compromisso com a governabilidade”.

Sexismo
Declarações de oposição e manifestações contra Dilma são consideradas fruto de sexismo, evidenciados nas redes sociais. Sobre a questão, Margarete disse não ter dúvidas de que muitas críticas são direcionados à presidente pelo simples fato de ela ser mulher. Contudo, ela diz que há que se considerar que ela foi eleita por maioria de votos.

“Não tenho dúvida que as cobranças para a mulher são sempre no superlativo, exacerbadas quando se trata de mulher e é claro que algumas manifestações são claramente sexistas. Algumas você percebe que tem um cunho de não se considerar a mulher no espaço do poder, mas acima de tudo, a gente precisa entender que há um processo instaurado, houve uma eleição que não foi julgada ilegal”, salientou a governadora. 

Ela acrescenta: “Há uma votação de prestação de contas que ainda não se encerrou e há todo um cenário que está indefinido, tem uma construção sedimentada e não se põe em risco as instituições democráticas quando não se tem um cenário bem definido. A impressão que se dá é que há um processo em busca de um fato”.

Epidemia 
“Combater o mosquito na modalidade larva e na de inseto também. Já estão sendo mobilizados todos os municípios, todas as instituições, no sentido de se combater a epidemia. Além disso, o Piauí também vai compor o seu comitê gestor, como em todos os Estados, para se manter em comunicação com o governo federal”. Estas foram as prioridades apontadas por Margarete, que foram discutidas durante a reunião no Palácio do Planalto.

A governadora disse que vive-se agora um estado de incerteza e insegurança muito grandes, que requer toda uma mobilização do exército, dos Estados, de todos os âmbitos dos poderes, a fim de que o problema seja enfrentado.

Na ocasião foi anunciado o Plano Nacional de Enfrentamento da Microcefalia, juntamente com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, e demais chefes do executivo dos estados. O secretário de Saúde do Piauí, Francisco Costa, também participou do momento.

 

Lyza Freitas
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