A presidente da Emgerpi, Lucile Moura, em entrevista ao Notícia da Manhã, afirmou que o ex-servidor Jaylles Fenelon viu “chifre em cabeça de cavalo” quando imaginou que estivesse comprovando irregularidades em obras com os documentos que levou à Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia.
Para Lucile, Jaylles disse que havia irregularidades, mas ela levou documentos de contratos, licitações e pagamentos. “O que aconteceu com o rapaz foi uma grande confusão. Ele vendeu uma grande mentira aos deputados. Não teve nenhuma pergunta que eu não tivesse uma resposta. Os deputados puderam ver toda a documentação que eu levei”, disse.
Durante a sabatina, a presidente foi muito questionada sobre as atribuições da Emgerpi e sobre o grande número de obras que a empresa acumula. Ele explicou que foi uma herança dos órgãos que foram extintos para a sua criação. “Lá tem muito trabalho. O que a oposição não aceita é que o governo tem muita obra. São mais de 3.500 no Estado todo. Todos os órgãos estão lotados de obras. Nós secretários chegamos até a ter que entrar em acordo para dividir algumas obras. Existe uma parceria muito forte [entre os secretários]”, explicou.
Presença da polícia
Em depoimento, Jaylles afirmou ter se sentido intimidado com a presença de dois agentes da Polícia Federal na sala de Lucile na Emgerpi. Os policiais estavam investigando o rompimento da Barragem Algodões I e foram conversar com a presidente da empresa.
"A filmagem comprova que nem olhar para o Jaylles os policiais olharam. Eu os atendi, eles foram embora e logo em seguida eu recebi Jaylles", comentou.
Leilane Nunes
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