O senador João Vicente Claudino (PTB) não se intimidou com as investidas do governador Wilson Martins (PSB) e voltou hoje a contestar os números divulgados pelo governo sobre as escolas por tempo integral. 

Em consulta feita ao MEC, o senador reafirmou, com os dados oficiais em mãos, que o Estado só tem 40 escolas por tempo integral e não 181 como divulgou o governador em coletiva no Palácio de Karnak.

“Não sou contra a escola integral. O que estou colocando é que o número do MEC não bate com os dados do governo do Estado. Eu queria que tivesse era 500 escolas por tempo integral ou 800 no Piauí. Defendo o projeto, mas o que precisa é esclarecer. Se há erros, têm que serem corrigidos”, disse o senador.

João Vicente informou que levantamento, enviado pela direção do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) ao seu gabinete, informa que no Piauí só existem 40 escolas – das 800 existentes – com tempo integral. "Estamos levantando outros dados e fizemos vários questionamentos", comentou o senador. 

Em coletiva dada a imprensa na manhã de hoje, o governador Wilson Martins garantiu que hoje no Estado funcionam 181 escolas com tempo integral.

Para JVC os dados não condizem com a realidade e a educação no Piauí precisa realmente de uma atenção especial.

"Usamos números do MEC e os dados são outros bem diferentes. Nós queremos entender. Nossa atuação deve ser baseada em responsabilidade.", completou o senador que afirmou ainda: "A nossa intenção é contribuir para que o estado atinja o nível de educação suficiente."

João Vicente alertou ainda que o PTB nas eleições deste ano “não vai fabricar nenhum candidato” e admitiu que o desafio será Teresina.

"O grande ponto diferencial do PTB foi enfrentar o desafio de Teresina. Em política, você não foge de comparações de postura, de posicionamento. Enfrentamos mobilizações, mas conseguimos. Um exemplo é a isenção para que a passagem não aumentasse mais."

Para João Vicente as possibilidades de aliança com o PT ainda não são definitivas. Mas, o senador aproveitou a entrevista para apontar que confia na forma de atuação de cada partido e que defende o apoio político a Elmano.

"Todos os partidos são independentes, mas esperamos que os partidos que participaram de nossa administração, se transformem em apoio político para 2012.", concluiu o senador.

Questionamento do senador

 

Yala Sena e Rayldo Pereira