O incêndio que atinge a cidade de São Raimundo Nonato, situada a 517 km de Teresina, não chegou ao Parque Nacional Serra da Capivara. É o que garantiu o coordenador do Prevfogo, Francisco Medeiros, órgão do Ibama que trabalha no combate e prevenção de incêndios.

Medeiros explicou, em entrevista ao Notícia da Manhã de hoje (26), que os brigadistas estão trabalhando no entorno do parque para evitar que o fogo se alastre.

Em todo o Piauí, até o início do mês, foram registrados mais de 2.500 focos de incêndios. A proliferação dos incêndios se deve principalmente à ação humana. Porém, as altas temperaturas, a baixa umidade do ar e a vegetação seca contribuem para o aumento dos registros.

"O incêndio em São Raimundo ainda não atingiu o parque e a brigada está trabalhando para isso", declarou.

Os trabalho dos brigadistas já conseguiu diminuir em 50% a incidência dos sinistros no Estado. Os profissionais são, geralmente, pessoas com conhecimentos agrícolas, contratados e treinados pelo Corpo de Bombeiros para atuarem nas regiões em que vivem.

Leilane Nunes
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As atividades desenvolvidas pelo Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) no território São João do Piauí foram tema de reunião entre representantes do poder público, entidades executoras e comunidades beneficiadas. O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira (13) no auditório da Câmara Municipal de São Raimundo Nonato.

O momento foi dedicado a discussões relacionadas a realidade vivida pelo PDHC em todos os estados brasileiros onde as atividades são desenvolvidas. A preocupação tem justificativa: há seis meses o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), órgão financiador do PDHC, não realiza o repasse de recursos financeiros referentes ao custeio das atividades.

Com salários atrasados, os técnicos que acompanham as famílias beneficiadas – 1.059 apenas no território Serra da Capivara – paralisaram suas atividades. As entidades executoras seguem o mesmo caminho e buscam alternativas para solucionar o problema. Sem recursos para manutenção da assessoria técnica e suporte das equipes de trabalho, as entidades estão se articulando em nível estadual a fim de cobrar uma definição por parte do governo federal.

Para Hildebrando Pires, coordenador da Cáritas Diocesana de São Raimundo Nonato, uma das entidades executoras do projeto no território Serra da Capivara, o momento exige atenção por parte da sociedade. 

"É necessário que a mobilização seja feita pensando em três situações: repasse dos recursos que estão em atraso; contingenciamento dos recursos do PDHC; e a continuidade do projeto", pondera. Segundo as entidades executoras, é possível que nos próximos meses haja diminuição no valor dos recursos destinados ao projeto.

A dificuldade financeira foi confirmada pelo gerente financeiro do projeto, Geraldo Firmino. “O caixa que nós temos garante até agosto as despesas fundamentais (aluguel, telefone, água, entre outras), então não temos caixas para liberar recursos para as parceiras”, afirma. Firmino atribui as dificuldades atuais à mudança na chefia do Ministério do Desenvolvimento Agrário, assumido por Pepe Vargas em março de 2012.

Também presente ao evento, o deputado federal Jesus Rodrigues (PT/PI) afirmou que dialogou recentemente com a equipe ministerial, ressaltando que Vargas teria assegurado a regularização do PDHC para os próximos meses. No entanto, a continuidade do projeto ainda é incerta.

Um documento com encaminhamentos propostos e assinaturas colhidas em meio às famílias acompanhadas pelo projeto será encaminhado à secretaria geral da presidência da república, aos congressistas piauienses e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Da Editoria de Cidades

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