A indústria de confecção de Piripiri, cidade localizada a 157 quilômetros ao norte de Teresina, tem faturamento bruto anual de mais de R$ 22 milhões e gera quase 600 empregos diretos.
Esses e outros dados são revelados pelo Diagnóstico da Indústria da Confecção de Piripiri. O estudo foi realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, por meio do escritório da instituição naquele município.
De acordo com a pesquisa, anualmente são produzidas cerca de oito milhões de peças. 72% da mão de obra é composta por mulheres.
Entre os segmentos de peças produzidas pelas empresas da região estão a moda masculina, roupas de aluguel, jeans, uniformes, modinha sendo que o destaque é para a moda íntima.
A indústria de confecção agrega colaboradores de diversas funções, a exemplo, de estilistas, operador de máquinas, cortador, embalador, vendedor, serviços gerais, auxiliar de escritório, serigrafista, supervisor de produção, recepcionista, vigia, líder de produção, estoquista, serviços de lavanderia, office boy, cronometrista, gerente, mecânico, limpador de peças, bordador e design.
Dos funcionários dessas empresas, 68% tem idade entre 26 e 35 anos. Destaca-se também que a matéria-prima utilizada é genuinamente piauiense.
Boa parte da produção é vendida para outros Estados. Maranhão, Pará e Ceará estão entre os principais compradores.
Os canais de distribuição dos produtos são as lojas, internet e representantes. O número de sacoleiras é de mais de sete mil.
O diagnóstico mostra ainda que os principais meios de divulgação utilizados pelas empresas são anúncios em rádio, mídias sociais e portais de notícia. 71% dos empreendimentos têm a marca registrada por meio do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, Inpi.
Entre os principais problemas enfrentados pelo setor estão a falta de mão de obra qualificada, falta de incentivos financeiros e fiscais, necessidade de um centro industrial e deficiência na aquisição de matéria prima na própria cidade.
A pesquisa foi elaborada através de um questionário com 30 perguntas. As informações prestadas foram somente utilizadas pelo Sebrae no Piauí para montar o diagnóstico.
“O objetivo foi o de conhecer mais detalhes sobre a indústria que mais gera emprego e renda no município para que possamos, juntamente com os diversos parceiros, proporcionar as melhores soluções para o setor”, avalia o gerente do Sebrae em Piripiri, Helder Freitas.
A partir da análise foram listadas sugestões de melhorias como facilitação de empréstimos, apoio de governantes, capacitação de mão de obra, maior participação em feiras e eventos do setor; criação de um centro industrial; caracterização de Piripiri como pólo de confecção entre outras.
O diagnóstico responde a outros questionamentos entre os quais estão o tipo de incentivo que os funcionários recebem; colaboradores indiretos e qual tipo de serviço contratado; necessidades atuais de capacitação; como é realizado o processo de criação de peças; participação em feiras e processo de formação de preço dos produtos.
Para realização da pesquisa foram entrevistados empresários de 37 empreendimentos.
Segundo Helder Freitas, em setembro serão realizadas capacitações que terão como tema principal o associativismo.
“Com as empresas do polo de confecção unidas, o setor irá se fortalecer e se tornar ainda mais competitivo”, destaca o gerente.
Freitas afirma que as ações das instituições parceiras como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial , Senai e a Prefeitura Municipal de Piripiri e outras são essenciais para a consolidação do polo.
A empresária Josilene Vieira Maciel, da Duallto, considera que a partir desse diagnóstico o segmento de confecção em Piripiri poderá crescer.
“Esse estudo é uma forma de nos organizarmos e mensurar riscos. Além disso, as informações podem nos auxiliar a encontrar novas oportunidades”, afirma Josilene que destaca a atuação do Sebrae, por meio de cursos e consultorias, para o setor.
Maiores informações no escritório do Sebrae em Piripiri, localizado na Rua Santos Dumont, nº 584 – Centro; ou pelo telefone (86) 3276-1929.
Da Editoria de Cidades
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