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Governo afirma que não irá pagar para usar o Verdão como hospital de campanha

Fotos: Jorge Henrique Bastos/CCom

O governo do Piauí afirmou nesta quinta-feira (2) que não irá pagar pelo uso do ginásio poliesportivo Dirceu Arcoverde, o Verdão, durante a operação do local como hospital de campanha. A informação é para rebater outra que circula nas redes sociais afirmando que o Executivo teria alugado o espaço, que agora funciona por meio de uma Parceria Público Privada (PPP). 

A Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informaram que a posse do ginásio se mantém com o Estado e que não haverá nenhum pagamento referente a aluguel ou ocupação do espaço. As duas secretarias explicaram que o uso do local obedece ao contrato de concessão e que os únicos custos para o estado serão a montagem e manutenção do hospital de campanha. 

“É uma pena que estejam usando esse momento tão delicado para o uso político, mas é importante esclarecer que no caso do Hospital serão remunerados apenas os serviços prestados para que a estrutura funcione, como instalação dos leitos, aluguel de geradores, segurança e limpeza, entre outros”, explica o secretário de Saúde Florentino Neto. 

“A modelagem das PPPs permite que o Estado retome o espaço e utilize quando for conveniente para o bem comum, em situação graves como a que estamos enfrentando agora”, reforça Viviane Moura, superintendente da Suparc. 

A instalação e montagem da estrutura no Ginásio Verdão ficará a cargo da empresa Progen S.A, que comprovou, junto a Concessionária, a capacidade técnica para execução dos serviços e foi responsável pela instalação de cerca de dois mil e duzentos leitos de campanha em São Paulo (SP), com o apoio do Hospital Albert Einstein, referência em saúde. 

A Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc) é responsável, junto com a SESAPI, pela estruturação do projeto de instalação do Hospital e, após a conclusão, os atendimentos e a gestão ficam sob a responsabilidade exclusiva da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).

Viviane Moura, superintendente da Suparc, explica que a liberação dos recursos para que a concessionária viabilize a construção do Hospital segue a regra adotada nos demais modelos existentes no país, e será conforme fluxo e prazos definidos no projeto e há ainda o Comitê de Monitoramento que vai acompanhar toda essa execução. 

A escolha pelo Verdão para abrigar essa estrutura levou em conta aspectos técnicos como disponibilidade, localização estratégica, estacionamento próprio e as várias salas de apoio existentes dentro do ginásio, entre outros atrativos. 

O governo informou ainda que o formato de contratação de hospital de campanha no Verdão é semelhante ao usado no estádio do Pacaembu e Anhembi, em São Paulo, que também funcionam como PPP por lá.

Da Redação
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HPM abre 40 leitos exclusivos para a Covid-19

Foto: Divulgação PMPI

O Hospital da Polícia Militar (HPM) passou nos últimos 10 dias por um processo de estruturação física que contemplou o reordenamento do fluxo de profissionais de saúde e de pacientes de modo que possibilite a assistência com o mínimo de riscos. Nesse período de tempo também foi elaborado o fluxo dos processos assistenciais multiprofissionais. O HPM está configurado na rede estadual de saúde como uma unidade sentinela para o recebimento de pacientes oriundos das unidades básicas de saúde, UPAs e hospitais do interior do estado.

De acordo com o tenente coronel Marcos Rogério, diretor do HPM, todos os pacientes que eram atendidos no HPM foram remanejados, mas alerta que a unidade de saúde não é porta aberta.

“Não vá pensando que passando aqui na frente e acha que está com suspeita de Coronavírus vai entrar e ser atendido. A pessoa tem que primeiro procurar uma unidade básica de saúde e caso seja necessário, ela será regulada para um dos hospitais sentinelas, que entre eles, está o HPM”, afirmou o coronel Marcos Rogério. 

 Serão oferecidos leitos de internação clínica e de estabilização. 

Atendimento aos PMs

Ele informou ainda que houve um entendimento com o comando da Polícia Militar, que os militares, com suspeita da Covid-19, também serão atendidos no local. “Nós somos policiais militares e vamos ter médicos e enfermeiros militares prontos para atender os policiais que estão nas ruas correndo risco de serem contaminados”, ressalta o diretor. 

Outros hospitais 

Além do HPM, outros hospitais de referência para a Covid-19 são: Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela, Maternidade Dona Evangelina Rosa, Hospital Infantil Lucidío Portela, Hospital Municipal do bairro Monte Castelo e a maternidade municipal do Promorar. 

 


Da redação
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Obras dos hospitais de campanha seguem em ritmo acelerado em Teresina

Foto: Ascom FMS

Nesta quinta-feira (02), o prefeito Firmino Filho visitou a construção do Hospital de Campanha localizado na quadra de badminton da Universidade Federal do Piauí (UFPI), cuja obra segue em ritmo acelerado. Além deste, um outro estabelecimento está sendo construído no Lar da Fraternidade para atender pacientes com coronavírus em Teresina.

A previsão é de que a conclusão da parte estrutural dos hospitais de campanha ocorra em 15 dias. O ginásio Verdão também será preparado para virar hospital de campanha e receber pacientes infectados pelo novo coronavírus. 

“Após essa primeira etapa, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) deverá instalar os equipamentos necessários e contratar profissionais de saúde para garantir o atendimento a casos de baixa e média complexidade decorrentes do Coronavírus”, explica o presidente da FMS, Manoel Moura Neto.

O espaço contará com 84 leitos de internação e 04 de estabilização, totalizando 88 leitos. “Os casos de Covid-19 podem aumentar exponencialmente e serão necessários leitos hospitalares. Estamos nos preparando para esse cenário, que queremos que não aconteça, mas se acontecer, poderemos garantir atendimento em saúde e amenizar o sofrimento das pessoas”, afirma Firmino Filho.

Em Teresina, o outro hospital de campanha será instalado no Lar da Fraternidade e terá 35 leitos de internação e 01 de estabilização. O espaço foi cedido à prefeitura pela Ação Social Arquidiocesana (ASA) e a FMS iniciou as modificações estruturais necessárias.

“Estamos trabalhando arduamente para entregar essas unidades à comunidade com a máxima qualidade e no menor tempo possível”, ressaltou a gerente de Engenharia da FMS, Caroline Bastos.

Hospitais são temporários

Os hospitais de campanha são estruturas temporárias. Nestas unidades, as vagas dos leitos serão reguladas e disponibilizadas, exclusivamente, para pacientes vindos de outros hospitais e UPAs de Teresina , em ambulâncias do SAMU e que se enquadrem em casos de baixa e média complexidade decorrentes da Covid-19. Se houver necessidade, serão transferidos para locais que atendem casos de alta complexidade.

Da redação
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Estoque de equipamento de proteção individual da Saúde já está zerado


Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

Semanas antes do pico esperado do novo coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde está sem estoques de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, para distribuir a profissionais de saúde.

A pasta aguarda resultado de negociação com fornecedores do exterior. A expectativa é que a reposição do estoque seja encaminhada ainda na noite desta quinta-feira, 2. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Ministério da Saúde ao Estado/Broadcast.

O governo já distribuiu cerca de 40 milhões de itens de proteção aos Estados. A expectativa é conseguir outros 720 milhões de produtos, sendo 200 milhões de máscaras, mas ainda não há resultado das negociações.

Segundo secretários Estaduais ouvidos pela reportagem, há regiões com mais e menos estoques, mas o ministério tem feito entregas até agora de equipamentos de proteção. Um pedido dos gestores do SUS é para usar aviões, inclusive da FAB, para agilizar o envio dos produtos.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse na quarta-feira, 1º, que contratos do governo brasileiro com empresas da China para compras de equipamentos foram desfeitos após os Estados Unidos enviarem mais de 20 aviões cargueiros para adquirir os mesmos itens. "As nossas compras, que tínhamos expectativa de concretizar para poder abastecer, muitas caíram", disse Mandetta.

Mandetta disse que o cenário para compras é inseguro. "Eu só acredito na hora que estiver dentro do País, na minha mão. Às vezes o colapso é: você tem dinheiro, mas não tem o produto."

O ministro da Saúde traçou um cenário de extrema dificuldade para aquisição de insumos básicos de proteção e recomendou à população que pare de comprar máscaras descartáveis e faça a sua própria peça de proteção, com pano e elástico. "Hoje, nós estamos muito preocupados com a regularização de estoque desses equipamentos", disse Mandetta.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, representantes da indústria dizem já ter alertado o governo federal a apresentar logo a sua proposta ao mercado - caso contrário, poderá ficar para trás na corrida global por produtos contra a pandemia.

A indústria brasileira tem tentado aproveitar a queda de casos na China para importar de lá produtos hospitalares. "Claro que vamos disputar isso com Europa, EUA e outros países", disse ao Estado o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo), Franco Pallamolla.

Respiradores

O governo fechou a compra de 15 mil respiradores do tipo "pulmonar microprocessado com capacidade de ventilar pacientes adultos e pediátricos". A compra custou R$ 1,014 bilhão e a fornecedora é a "Santos-Produtos do Brasil (Macau) Companhia de Investimento e de Comércio LDA", segundo a publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.

 

Por Mateus Vargas do Estadão Conteúdo

Vacina contra coronavírus testada nos EUA produz anticorpos em roedores

Foto: CLAUDIO FURLAN/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

A mais nova candidata a vacina contra o coronavírus teve resultados positivos no primeiro teste em animais. Apelidado de PittCoVacc, o fármaco, aplicado em camundongos, foi capaz de estimular a produção de anticorpos suficientes para a neutralização do Sars-CoV-2 dentro de duas semanas deois da aplicação. O nome da vacina homenageia a Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA), onde é realizada a pesquisa.

Apesar do avanço, o estudo ainda requer acompanhamento a longo prazo dos animais em que a vacina foi testada para confirmar a imunização. Os camundongos que receberem a vacina da Mers, por exemplo, mantiveram a imunização por um ano. A situação da vacina contra a Sars-CoV-2 parece repetir o feito.

A base para a vacina já existia graças a estudos anteriores para vacinas contra a Sars e a Mers, segundo os pesquisadores. Daí em diante, o que o grupo fez foi aplicar uma técnica já utilizada para vacinas contra a gripe, que consiste em usar pedaços da proteína do vírus (cultivado em laboratório) para induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos.

A administração da vacina será por meio de matrizes de microagulhas dissolvíveis, ou seja, uma peça cujo tamanho não excede a ponta de um dedo e que tem cerca de 400 microagulhas feitas de açúcar e com pedaços da proteína do vírus.

Essa peça é colada na pele do paciente, como se fosse um adesivo, e por meio das agulhas, que liberam a vacina sob a pele, o fármaco chega ao organismo. Além disso, a matriz de microagulhas se mantém como curativo, uma vez que as agulhas dissolvem na aplicação.

O uso dos adesivos de microagulhas ajuda a evitar irritações na pele e infecções causadas durante a retirada de agulhas ou quebra de microagulhas não dissolvíveis.

De acordo com os pesquisadores, o sistema produtivo da vacina é escalável, ou seja, pode ser reproduzido com facilidade para atender a demanda. Isso porque tanto as células utilizadas para produção das proteínas do vírus quanto as matrizes de microagulhas podem ser produzidas em massa.

Outra boa novidade, neste caso, é que a vacina não precisa ser mantida em refrigeração, podendo ser armazenada em temperatura ambiente até a aplicação, reduzindo os custos de transporte e armazenamento refrigerado.

Em comunicado, os pesquisadores dizem acreditar que a urgência da demanda por uma vacina contra o coronavírus pode cortar de um ano para alguns meses a concessão de autorização para o início dos ensaios clínicos, com testes em humanos.

 

Fonte: Matheus Moreira da Folhapress

Prefeitura determina fechamento de lojas de construção e de peças para veículos

Foto: Haroldo Fabrício

Atualizada às 16h42.

O prefeito Firmino Filho anunciou no início da tarde desta quinta-feira (2), o fechamento de lojas de material de construção e de peças para veículos. O gestor tomou a medida, que começa a valer nesta sexta (3), para restringir ainda mais a circulação de pessoas em Teresina. Um novo decreto foi divulgado substituindo o anterior, que liberava o funcionamento desses estabelecimentos. 

Em comunicado, a prefeitura Municipal de Teresina informou que a determinação se dá em “necessidade e importância de garantir, cada vez mais, o isolamento e distanciamento social”. 

Mais cedo, o prefeito Firmino Filho fez um desabafo nas redes sociais sobre a insistência de algumas pessoas em desobedecer o isolamento social. Segundo o prefeito, algumas pessoas só irão perceber a gravidade da pandemia provocada pelo coronavírus quando uma “catástrofe acontecer”.

Em entrevista, Firmino chegou a anunciar que analisa a possibilidade de fechar o transporte público devido ao aumento no número de passageiros nos últimos dias, mesmo com algumas medidas, como a suspensão do passe livre para usuários.

Clínicas veterinárias vão funcionar parcialmente

Clínicas e hospitais veterinários, para os casos de urgência e emergência, e lojas agropecuárias, para o abastecimento de insumos agrícolas e de natureza animal, estão liberadas para funcionamento, mas com horário estabelecido de 7h às 13h. Estabelecimentos de fabricação de sabão, detergente, produtos de limpeza e de higiene pessoal também permanecem liberados.

Veja o que muda

Com o novo decreto (clique aqui para acessar), voltam a estar suspensas as atividades de:

  • VI- lojas de venda de peças para veículos;
  • VII - de lojas de material de construção.

A suspensão do funcionamento das atividades passa a não se aplicar a estabelecimentos:

  • de fabricação de sabão, detergente, produtos de limpeza e de higiene pessoal;
  • de agropecuárias, para o abastecimento de insumos agrícolas e de natureza animal, estabelecido o horário de funcionamento de 7 às 13h;
  • de clínicas veterinárias e hospitais veterinários, para os casos de urgência e emergência – estabelecido o horário de funcionamento de 7h às 13h; 
  • de estabelecimentos exclusivamente de venda de medicamentos veterinários e de venda de rações – estabelecido o horário de funcionamento de 7h às 13h.

Valmir Macêdo
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São Paulo afasta 600 policiais por suspeita de Covid-19

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

O número de policiais civis e militares de São Paulo com suspeita de infecção pelo coronavírus explodiu na última semana e chega a cerca de 600 profissionais afastados no estado. São funcionários que estão internados ou cumprindo ordens médicas de isolamento por 14 dias. Só da PM são cerca de 450 profissionais afastados.

Na semana passada, quando foram iniciadas medidas mais concretas de proteção da tropa (como o uso de luvas e máscaras), membros da cúpula das polícias estimavam um contingente infectado inferior a dez profissionais.

A expectativa do comando da PM, segundo a reportagem apurou, é que o quadro se agrave até o próximo dia 15, quando é esperado o pico de contágio no estado. A corporação está preparada para o afastamento de até 20% da tropa (cerca de 17 mil policiais), embora acredite que o número deva ficar bem abaixo disso. Caso a situação se agrave, há pronto um plano para suspender férias e licenças-prêmio, que seria suficiente para repor o contingente e manter o policiamento normalmente.

O número de afastados hoje representa cerca de 0,5% dos cerca de 120 mil policiais civis e militares de SP da ativa, incluindo a Polícia Científica. Para tentar reduzir os afastamentos, a PM deve começar a realizar nesta quinta (2) exames rápidos. Quem não tiver a doença volta ao trabalho imediatamente ou fica afastado por tempo menor.

Um dos primeiros grupos que serão testados são os cerca de 800 profissionais do Centro de Operações da PM, do telefone 190 –onde trabalhava a sargento Magali Garcia, 46, que morreu na segunda (31) após complicações da Covid-19. Outras 20 pessoas que trabalhavam com ela foram afastadas após apresentarem sintomas como febre e tosse.

O número de policiais contaminados vem sendo tratado com reserva pela cúpula da Segurança Pública, que teme elevar a tensão entre policiais e interferir no moral da tropa –mais do que nunca, peça fundamental para o governo paulista no controle social. Para o sociólogo Luís Flávio Sapori, professor da PUC-Minas, a polícia paulista não tem opção a não ser se proteger como profissionais da saúde de forma a evitar o exemplo da polícia de Nova York (EUA), que tem 10% do efetivo já infectado (5.500 profissionais).

"Não vejo alternativa a não ser disseminar os equipamentos de proteção individual. Os policiais se tornaram um grupo de risco importante pelo trabalho que precisam continuar exercendo", afirma. Segundo o coronel da reserva Glauco Carvalho, ex-comandante da PM na capital, um dos trabalhos do comando tem sido justamente garantir a higidez da tropa.

"A grande preocupação do comando agora é diminuir atividades de rotina administrativa, para que todos os comandantes, ao menos uma vez por dia, possam conversar com a tropa, para tranquilizá-la", diz. "A PM vai ter papel ainda mais fundamental conforme a disseminação da doença. Ela deverá ser empregada em larga escala, seja para socorro de pessoas, seja para o descontrole de grupos sociais necessitados, dada a crise econômica que se vislumbra."

O presidente da Associação dos Delegados de São Paulo, Gustavo Mesquita Galvão Bueno, diz que o sentimento entre policiais civis é de preocupação, porque parte deles está no grupo de risco. Cerca de um terço tem condições de se aposentar, por exemplo, e delegacias continuam recebendo gente no mesmo volume.

"As pessoas têm que se conscientizar que [ao ir à delegacia] estão colocando em risco não só os policiais mas elas próprias, e que todo o sistema de saúde que precisa ser preservado no momento", afirma.

O delegado defende uma campanha do governo paulista de divulgação da ampliação da delegacia eletrônica. Neste mês, a ferramenta passou a permitir o registro de quase todos os crimes, com exceção de homicídio, latrocínio (roubo com morte), estupro e violência doméstica.

Bueno também defende que a Polícia Civil reestruture os distritos policiais para evitar o contágio, como fizeram por conta própria os policiais do 27º DP (Campo Belo), que construíram um esquema de proteção para as equipes que atendem ao púbico.

"Se pensar em um cenário que esse efetivo precise ser afastado, fique doente e faleça, aí sim a gente vai ter um colapso no sistema de segurança pública."Outro grupo de profissionais com preocupações redobradas são os médicos legistas, que, por decreto da Secretaria de Estado da Segurança Pública, estão autorizados desde 21 de março a só realizarem necropsia em casos absolutamente necessários.

"O risco de contaminação local, até na sala de necropsia, é muito grande. Se você fizer a necropsia de uma pessoa que tem Covid-19, vai espalhar para o material da necropsia, para a sala, para todo mundo que está trabalhando lá", diz o presidente Associação dos Médicos Legistas do Estado de São Paulo, Celso Domene, 74. "Não dá para brincar com essa doença."

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança informou que todo policial com suspeita ou diagnóstico de Covid-19 está devidamente afastado, conforme orientações do Comitê de Contingência do Coronavírus. A instituição afirma que acompanha o quadro clínico dos profissionais, fornecendo todo o suporte necessário para sua recuperação.

"A SSP também tem adotado todas as medidas necessárias para garantir a proteção acerca da Covid-19, como aquisição e distribuição de novos EPIs (equipamentos de proteção individual), máscaras e luvas, para os servidores e agentes de segurança."


Fonte: Rogério Pagnan- Folhapress

Atenção Básica destaca 20 UBS para atendimento exclusivo a casos de síndrome gripal

Foto: Arquivo


Em função da reorganização no serviço de atendimento aos casos suspeitos de COVID-19 e o andamento dos serviços na Atenção Básica Municipal, a Fundação Municipal de Saúde definiu nesta quarta-feira (01) uma nova estratégia de atendimento. Agora, 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS) atenderão exclusivamente os casos de síndrome gripal, enquanto as outras 71 ficam a cargo das demandas da Estratégia Saúde da Família.

Entre as UBSs exclusivas para síndrome gripal, estão as 10 que já atendem em horário estendido (de segunda a sexta, das 7h às 21h, e aos sábados, das 7h às 17h), e mais 10 que funcionam de segunda a sexta, das 8h às 17h. A lista inclui unidades nos pontos centrais das quatro zonas da cidade que devem ser procuradas por pacientes com sintomas suspeitos para COVID-19, onde receberão atendimento e encaminhamento caso necessário.

Já as outras 71 UBS responderão às demandas regulares da Atenção Básica como atendimento a gestantes, hipertensos, diabéticos, crianças com problemas que não sejam gripais e todos os serviços que funcionavam antes da pandemia. “É importante destacar que está sendo permitida a realização de consultas nestes grupos, porém continua a recomendação de evitar aglomerações”, explica Kledson Batista, diretor de Atenção Básica da FMS, que exemplifica: “Se você é um hipertenso que precisa apenas buscar receita, você irá medir a pressão e receber a sua medicação. Se você faz pré-natal mas não está sentindo nada ou não chegou seu período de consulta, aguarde. Mas se você precisa fazer consulta pré-natal porque já está sentindo algo ou porque já está no momento, procure uma das UBSs que não estejam atendendo síndromes gripais”, exemplifica ele.

O diretor frisa que neste momento estas 71 UBSs estão sendo orientadas a atender pacientes de qualquer zona da cidade, mesmo que eles sejam acompanhados originalmente por outra unidade. “Isso é possível graças ao sistema E-sus, que possibilita aos médicos acessarem o prontuário eletrônico de qualquer paciente atendido nas UBSs pela internet”, diz Kledson Batista. Além disso, estas unidades também estarão encarregadas de realizar serviços como retirada de pontos, curativos e troca de sondas, entre outros.

Já o atendimento odontológico está concentrado nas UBSs dos bairros Saci e Buenos Aires, apenas para casos estritamente necessários, como dor de dente intensa, inchaço bucal, edemas e traumas dentários. Já a vacinação está acontecendo exclusivamente para a Campanha de Vacinação contra a gripe, sendo que a rotina de atualização de cadernetas será normalizada a partir do dia 16 de abril.

Segundo o presidente da FMS, Manoel Moura Neto, a reorganização está em sintonia com recomendações da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) enviadas ao Ministério da Saúde. “A experiência de outros países têm mostrado que minimizar o contato presencial entre profissionais de saúde e usuários com síndrome respiratória agora, bem como evitar aglomeração de pessoas nestas unidades, é crucial para impedir a propagação do vírus, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde sobre a organização da atenção à COVID-19”, comenta o presidente.

Confira a lista das UBS com atendimento exclusivo para síndrome gripal

SUL
UBS Portal da Alegria
UBS Irmã Dulce
UBS Dagmar Mazza
UBS Parque Piauí
UBS Monte Castelo
UBS Promorar

SUDESTE
UBS Todos os Santos
UBS Novo Horizonte
UBS Carlos Alberto Cordeiro

NORTE
UBS Poty Velho
UBS Santa Maria da Codipi
UBS Real Copagre
UBS Karla Ivana
UBS Mocambinho

LESTE
UBS Taquari
UBS Planalto Uruguai
UBS Cidade Jardim
UBS Satélite
UBS Santa Isabel
UBS São João

 

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Bolsonaro diz que auxílio emergencial começa a ser pago na próxima semana

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (2) que os pagamentos do benefício de R$ 600 para os informais afetados pela crise do novo coronavírus deve começar na semana que vem.

A intenção da ajuda é amenizar o impacto econômico do Covid-19 sobre a situação financeira da população que perdeu ou teve sua renda reduzida. "Está a todo vapor. Semana que vem começa a pagar", disse Bolsonaro, ao sair do Palácio da Alvorada em Brasília.

"Eu assinei ontem [quarta-feira], estava aguardando outra Medida Provisória porque não adianta dar um cheque sem fundo", acrescentou. Apesar da declaração, a sanção presidencial da medida ainda não foi publicada no Diário Oficial da União. De acordo com o presidente, o governo aguarda a edição de uma MP com a indicação do crédito para cobrir a despesa. Nesta quarta (1), Bolsonaro disse que o custo da concessão do benefício será de R$ 98 bilhões e que 54 milhões de pessoas serão atingidas.

O auxílio foi apelidado de "coronavoucher" e será pago em três prestações mensais, conforme texto votado no Senado na segunda-feira (30). O valor pode chegar a R$ 1.200 para mães responsáveis pelo sustento da família. O projeto foi aprovado por unanimidade pelos senadores na segunda-feira (30), com 79 votos a favor. A proposta havia sido aprovada na última quinta-feira (26) em votação simbólica e remota na Câmara.

Inicialmente, a equipe econômica queria conceder R$ 200 aos informais. Pouco depois, admitiu elevar o valor a R$ 300. O presidente Bolsonaro decidiu anunciar o aumento no valor do auxílio que o governo pretende dar a trabalhadores informais para R$ 600 para tentar esvaziar o discurso da oposição no Congresso e retomar protagonismo sobre a medida. Tem direito ao benefício cidadãos maiores de 18 anos que não têm emprego formal; não recebem benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, exceto o Bolsa Família; têm renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135); não tenham recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.

Ainda não foi definido o cronograma para pagamento do auxílio emergencial, mas o calendário terá os mesmos moldes do utilizado para o saque-imediato do FGTS, de acordo com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Clientes da Caixa deverão receber os depósitos diretamente nas suas contas bancárias, também como ocorreu no saque-imediato.

Correntistas e poupadores de outros bancos poderão optar por transferir os valores para suas contas sem a cobrança da transferência, segundo Guimarães.


Fonte: Folhapress

Na zona Sul, população sai de casa e lota fila de agência; veja flagrantes

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Na Avenida Deputado Ullisses Guimarães, no bairro Promorar, zona Sul, a movimentação é intensa nesta quinta-feira (2). Dezenas de pessoas se aglomeram em uma agência lotérica que funciona em um posto de combustíveis. A movimentação de veículos também é intensa e muitos pontos comerciais alvos do decreto permanecem em funcionamento.

Frigoríficos, farmácias e supermercados da região também atendem um fluxo considerável de moradores.

O feirante Paulo Pereira tem uma barraca de frutas e verduras no canteiro da avenida. Ele relata que o movimento do local não diminuiu com o decreto de isolamento. 

"Fez foi aumentar. Essa agência aí enquanto está aberta não falta movimento. É muita gente", disse o vendedor que é morador do Parque Vitória e tem três filhos. 

O consumo com o isolamento social aumentou as vendas do feirante. "Pessoal antes levava só uma dúzia, agora levam duas, três", contou.

Na fila para a agência lotérica a lavadeira Eliana de Sousa, 46 anos, quer desbloquear seu cartão da Caixa. "Sou autônoma e preciso desse auxílio do governo. Tenho que desbloquear o cartão aqui senão vou ter que ir pra agência no Centro", disse ela que ainda relatou surpresa com a quantidade de pessoas na rua.

Mesmo com a determinação do poder público, pontos comerciais fixos do Promorar estão infringindo a recomendação.  O Cidadeverde.com flagrou dois salões de beleza abertos e em atendimento.

O prefeito Firmino Filho (PSDB) fez um desabafo nas redes sociais e mostrou preocupação com o fato das pessoas não cumprirem o isolamento. Segundo ele, muitas pessoas só tomarão consciência da gravidade da pandemia provocada pelo coronavírus, quando uma catástrofe acontecer na cidade.  

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