Cidadeverde.com

Estudo defende vacina da poliomielite como proteção contra Covid-19

Fotos: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

 

A corrida para produzir uma vacina específica contra o novo coronavírus ainda está longe de terminar. Sem ela, um grupo internacional de pesquisadores acredita que outro caminho pode ser adotado para proteger ao menos parcialmente a população que ainda não teve contato com o Sars-CoV-2. Eles defendem o uso vacina oral contra a poliomielite (VOP), cuja eficácia e segurança estão demonstradas há mais de meio século.

Os argumentos em favor da imunização, designada com a sigla inglesa VOP, estão em artigo na última edição da revista especializada Science, uma das mais importantes do mundo. A equipe responsável pela proposta inclui um peso-pesado no que diz respeito ao combate a vírus pandêmicos: o médico americano Robert Gallo, da Universidade de Maryland, considerado um dos descobridores do HIV.

Mesmo em países como o Brasil, onde crianças costumam receber várias doses da vacina contra pólio, poderia haver benefícios consideráveis da abordagem, diz o grupo.

"Primeiro, o efeito da vacinação original pode se enfraquecer com o tempo; em segundo lugar, já vimos que os efeitos benéficos inespecíficos desse tipo de vacina ficam mais fortes com cada dose extra", disse à reportagem uma das autoras da proposta, Christine Benn, da Universidade do Sul da Dinamarca.

"Inespecíficos", aliás, talvez seja a palavra-chave da declaração de Benn. Os efeitos específicos da VOP correspondem, é claro, à proteção contra o vírus causador da paralisia infantil, que é bem diferente do novo coronavírus. No entanto, uma série de pistas, algumas coletadas há décadas, outras mais recentes, sugerem que a vacina pode desencadear um efeito protetor mais generalizado no sistema imune, temporário, mas significativo.

Isso provavelmente tem a ver com o fato de que a vacina da pólio é feita com vírus classificados como vivos e atenuados (enfraquecidos). Ou seja, eles normalmente não são capazes de causar paralisia infantil, mas ainda assim se replicam (reproduzem-se) no organismo. O mesmo vale para a vacina contra o sarampo.

Estudos em países que começaram a testar a vacina contra poliomielite no século passado, ou nos que introduziram a vacinação em larga escala para crianças em épocas mais recentes, indicam que o uso da VOP está associado a diminuições significativas de casos de outras doenças virais, como gripes. Houve também uma redução da mortalidade infantil muito superior ao que seria esperado apenas pela supressão da poliomielite. O caso mais dramático é o de Guiné-Bissau, país de língua portuguesa na África Ocidental: a VOP está associada a uma queda de 32% nas mortes durante a primeira infância.

A principal hipótese que explicaria esse efeito protetor mais geral é a de que os vírus vivos atenuados da vacina estão ativando a chamada imunidade inata, a primeira linha de defesa do organismo.

Mesmo sem ter anticorpos específicos contra um vírus, o organismo, com a ajuda da imunidade inata, produz moléculas como o interferon, bem como certas células de defesa, que podem contra-atacar até mesmo o patógeno desconhecido com algum grau de sucesso. Assim, a VOP poderia deixar o organismo com bom "preparo físico", digamos, para enfrentar o coronavírus.

"É uma resposta completamente inespecífica, rápida e que dura relativamente pouco", resume a bióloga Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência.

"De fato, a duração e o mecanismo específico desse efeito protetor não são conhecidos", diz Konstantin Chumakov, do Escritório de Pesquisa e Análise de Vacinas da FDA, agência reguladora de fármacos do governo americano. Um dos autores do artigo na Science, ele diz que os vírus de pólio atenuados se replicam por até oito semanas no organismo, e que isso acontece mesmo no caso dos adultos que receberam a vacina na infância.

A equipe americano-dinamarquesa está começando a submeter a ideia a uma prova de fogo em Guiné-Bissau. Um grupo de 3.400 adultos, com idade acima de 50 anos (os mais vulneráveis ao novo coronavírus, portanto) vai receber a VOP ou placebo e será acompanhado por seis meses, considerando tanto a transmissão e os sintomas da Covid-19 quanto os efeitos de outras doenças infecciosas.

"Minha visão pessoal: a ideia é interessante, mas completamente especulativa por enquanto. Quero ver se vai funcionar", afirma Pasternak.

REINALDO JOSÉ LOPES
SÃO CARLOS, SP (FOLHAPRESS)

 

Piauí ultrapassa 9 mil casos e registra 18 novas mortes por coronavírus

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Ampliada às 19h56

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou, nesta quinta-feira (11), mais 18 mortes e 514 testes positivos de pacientes para o novo coronavírus. O dia foi marcado também por recordes na ocupação hospitalar, que chegou a 66% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). 

Com os novos registros são 317 mortes e 9.337 casos acumulados desde março, quando o Piauí teve seus primeiros testes positivos e óbitos. 

Foram 10 mortes de pacientes de Teresina: seis homens (26, 49, 68, 69, 84 e 89 anos) e quatro mulheres (20, 70, 75 e 77 anos). 

Dos pacientes da capital, o homem de 49 anos e a mulher de 20 anos estão fora do perfil de grupo de risco para o novo coronavírus (não eram idosos nem tinham doenças que poderiam agravar o quadro de saúde.

Também foram confirmadas mais quatro mortes de Parnaíba: duas mulheres (65 e 88 anos) e dois homens (73 e 78 anos). 

A décima morte de Água Branca foi de uma mulher de 72 anos. 

O sexto óbito de Picos foi de um homem de 40 anos de idade. 

Com os primeiros óbitos de Cajueiro da Praia (mulher, 90 anos) e  Barro Duro (homem, 56 anos), agora são 64 municípios que tiveram algum paciente que perdeu a vida por conta da covid-19. 

A data de confirmação não coincide necessariamente com a da morte, uma vez que alguns testes só ficam prontos dias após o falecimento do paciente. 

Entre as 317 pessoas que faleceram, 200 são homens e 117 mulheres. A maioria tinha 60 anos ou mais - 236 no total. 

 

Casos confirmados
A marca de 514 novos testes positivos em 24 horas é a segunda maior desde março - o recorde ainda é do dia 4 de junho, quando foram confirmados 653 casos em apenas um dia. 

Agricolândia (1) e Palmeira do Piauí (1) tiveram seus primeiros caoss registrados. São 179 municípios do Piauí que têm ou tiveram pacientes infectados pelo coronavírus - 79,9% do total. 

Situação hospitalar
A ocupação de leitos dedicados a pacientes suspeitos ou com o novo coronavírus chegou a seu maior número desde o início da contagem de internações, em abril. São 621 leitos ocupados - no dia anterior eram 595. 

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para covid-19 também bateu recorde: são 225 internados. Há um mês, o Piauí tinha 220 vagas de terapia intensiva e não suportaria tantos pacientes. Com a chegada de novos equipamentos nas últimas semanas, são 336 vagas disponíveis hoje - 66,96% ocupadas. 

Somados os pacientes em UTI e nos leitos de estabilização (10), são 235 leitos com respirador ocupados - 60,10% da capacidade atual. 

Os leitos clínicos chegaram a sua maior ocupação: 358 internados - 39,43% da capacidade atual. 

Foram mais 10 altas médicas nas últimas 24 horas - 651 no total acumulado. 

 

Fábio Lima
[email protected]

Teresina responde por 68% dos pedidos de seguro-desemprego em maio, diz Ministério

Foto: Hérlon Moraes

Teresina foi responsável por 68% das demissões que ocorreram no mês de maio no Piauí. Foram 4.811 pedidos de seguro-desemprego registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os dados são da Superintência Regional do Trabalho (SRT). No total, o estado registrou 7.071 mil desligamentos no mês passado, batendo o recorde em 2020.

Após Teresina, a cidade que mais registrou demissões foi Parnaíba (424), seguido de Picos (247), Floriano (151) e Piripiri (107). Os dados são baseados em pedidos do seguro-desemprego. 

Veja o ranking: 

  1. Teresina: 4.811
  2. Parnaíba: 424
  3. Picos: 247
  4. Floriano: 151
  5. Piripiri: 107

O superintendente Regional do Trabalho no Piauí, Philippe Salha, acredita que o número acentuado de demissões na capital é devido ao fechamento das atividades econômicas por causa da pandemia do novo coronavírus.

"É um número assustador e desproporcional a quantidade de mão-de-obra dispensada em Teresina em relação as outras cidades do estado. Fazendo uma análise dos outros meses, Teresina representa em média 50% a 55% dos requerimentos do seguro desemprego. Isso nos leva a crer que Teresina, pelo fato de estar com o comércio bem fechado e a fiscalização ser rígida, provavelmente esteja gerando esse número maior de seguro-desemprego em relação aos outros municípios", afirmou.

Situação do Piauí em maio

Ontem, o Cidadeverde.com adiantou o número de demissões no Piauí em maio, que foi 34% maior que em abril, quando 5.259 piauienses solicitaram o benefício do seguro-desemprego. O setor de serviços foi o que registrou maior número de desligamentos, com 40,61%. Em seguida aparece o comércio com 31,84% e construção com 15,7%. A maioria dos trabalhadores está na faixa etária de 30 a 39 anos.

Abril e maio foram os dois meses atingindos diretamente pela pandemia, com todas as atividades não essenciais fechadas, como escolas, comércio, dentre outros setores.

No Nordeste, o Piauí foi o 2º estado com menos demissões em maio, seguido de Sergipe. Pernambuco foi onde mais trabalhadores foram desligados na região, com 62.634 pedidos de seguro-desemprego.

Veja o ranking:

  1. Pernambuco: 62.634
  2. Bahia: 48.976
  3. Ceará: 32.934
  4. Rio Grande do Norte: 10.526
  5. Paraíba: 10.514
  6. Maranhão: 9.575
  7. Alagoas: 8.247
  8. Piauí: 7.071
  9. Sergipe: 6.101

Como solicitar o seguro-desempreço

O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social, garantido pelo art. 7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal e tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente. 

O benefício pode ser solicitado por meio digital através do Portal de Serviços do Governo e do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, ou nos postos de atendimento do Ministério da Economia e do Sistema Nacional de Emprego (SINE).

Hérlon Moraes
[email protected]

Agências da Caixa vão abrir neste sábado para saque do auxílio

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

 

A Caixa Econômica Federal anunciou que 680 agências do banco em todo o país estarão abertas no próximo sábado (13) para saques e transferências da segunda parcela do auxílio emergencial. Para conferir quais unidades irão funcionar, acesse o site http://www.caixa.gov.br/agenciasabado. O horário de atendimento será entre 8h e 13h.

O calendário de pagamento do benefício foi suspenso nesta quinta-feira (11) em razão do feriado de Corpus Christi, mesmo nas cidades que anteciparam a data, como é o caso da capital paulista. Nesta sexta-feira (12), as agências abrirão normalmente e será liberada a segunda parcela do auxílio a 2,5 milhões de pessoas que fazem aniversário no mês de novembro.

No sábado, os trabalhadores nascidos em dezembro poderão sacar a segunda parcela do benefício. O procedimento também poderá ser feito em caixas eletrônicos ou casas lotéricas. Para isso, o beneficiário deve ter o aplicativo Caixa Tem, por onde terá de gerar um código autorizador - conhecido como token. Em caso de dificuldades, o usuário pode ser dirigir a uma agência.

A Caixa destaca que não há necessidade de os trabalhadores madrugarem em filas. Isso porque o atendimento será feito por meio de senhas, que serão distribuídas até o meio-dia. Mesmo após esse horário, quem pegou a senha será atendido.

Após o pagamento do benefício para os aniversariantes de dezembro, a Caixa encerra o calendário de liberações da segunda parcela para quem recebeu o primeiro pagamento do benefício até o dia 30 de abril. Entretanto, o banco afirma que quem não sacou ou transferiu o valor pode fazê-lo posteriormente. O valor continuará disponível àqueles que se enquadram nos critérios do programa.

O dinheiro da segunda parcela foi liberado entre os dias 20 e 26 de maio para esses trabalhadores, mas nesse período só foi permitido fazer compras e pagar contas pelo aplicativo Caixa Tem.

Próximos pagamentos O calendário da segunda parcela para os informais que receberam o primeiro pagamento do auxílio a partir de maio ainda não foi divulgado pelo banco.

Quem está incluído no Bolsa Família poderá sacar o auxílio emergencial a partir da próxima quarta-feira (17). O calendário foi definido com base no último dígito do NIS (Número de Identificação Social) do beneficiário.

FÁBIO MUNHOZ
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

 

A cada 14 dias, governo vai reavaliar dados para liberar novos setores

Foto: Roberta Aline


A reabertura de novos setores só ocorrerá após avaliação dos impactos sobre os três segmentos que foram autorizados a funcionar a partir desta semana.  

O governo anunciou três setores que após aderirem aos protocolos podem voltar as atividades que são: construção civil, serviços de saúde (psicologia/fisioterapia e terapia ocupacional) e setores automotivos que vão iniciar o Plano Organizado de Reabertura (Pro Piauí). 

A cada 14 dias, o comitê criado na segunda-feira (8), vai avaliar os números de casos da covid-19 (a taxa de transmissibilidade - deverá está abaixo de 1), os óbitos, que devem estar em queda,  internações e a taxa de ocupação de leitos de UTIs que não pode ultrapassar 65%.

Essa semana, o governo voltou a dialogar com  os empresários que foram autorizados a reabrirem suas atividades para definirem os protocolos com as recomendações para conter o novo coronavírus. As regras estão sendo elaboradas. O governo revisa mais de 20 protocolos. Ontem, o governador Wellington Dias (PT) se reuniu com o arcebispo de Teresina, Dom Jacinto, para iniciar as discussões sobre o retorno das atividades nas igrejas. 

Wellington Dias  informou que após as empresas aderirem aos protocolos e adotarem as medidas de proteção haverá avaliação semanalmente para saber a evolução de casos no estado. O governador não deu prazos para a reabertura de novos segmentos, mas a cada semana serão reavaliados os dados epidemiológicos para saber se tem condições de autorizar a reabertura de novos setores.

A Vigilância Sanitária já definiu 15 protocolos e na sequência se houve indicadores positivos os próximos a serem reabertos serão o comércio varejista e atacadista. 

 

Flash Yala Sena
[email protected]

Prefeitura de Timon libera retorno da construção civil

A Prefeitura de Timon baixou decreto liberando o retorno das atividades da construção civil no município de forma gradual. Com isso, as empresas poderão funcionar, mas desde que adotem os critérios de proteção sanitária exigidos pelo poder público para prevenir a disseminação do coronavírus. Veja o decreto.

O Comitê Gestor Municipal estabeleceu, como medidas sanitárias, o uso de proteção facial com máscara descartável ou de tecido. A empresa deve orientar funcionários e clientes, inclusive com afixação de cartazes, como deve ocorrer o cumprimento da etiqueta respiratória. 

Ainda consta, dentre várias exigências, a distância mínima obrigatória de um metro e meio de uma pessoa a outra e o limite de ocupação de pessoas ao mesmo tempo em um mesmo estabelecimento. Não havendo determinação em protocolo específico para a atividade, a recomendação será de apenas uma pessoa.

Os estabelecimentos do setor de construção civil deverão atentar ainda, para a higienização do local, disponibilizar lavatórios para a lavagem adequada das mãos, oferecer sabão ou sabonete líquido, papel toalha suficientes e álcool gel 70%.

“É importante destacar que as atividades e estabelecimentos vinculados ao setor da Construção Civil se referem aos profissionais liberais ou autônomos, englobando construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados para construção, comércio de materiais de construção e materiais de mármores, vidros, madeira e artefatos”, diz a prefeitura.

As atividades de corretores de imóveis também estão liberadas. O decreto exige, além das regras sanitárias, que o atendimento seja individual e por agendamento, sendo que o estabelecimento deverá permanecer de portas fechadas. 

Da Redação
[email protected]

 

Hospital do Verdão já atende 19 pacientes internados com covid

O coordenador do  Hospital de Campanha Estadual 'Verdão", Joel Rodrigues, relata que o espaço opera apenas com 50% da sua capacidade de atendimento aos pacientes com Covid-19.  Atualmente, o hospital conta com 103 leitos, sendo que somente 51 estão em pleno funcionamento; os demais serão disponibilizados de acordo com a demanda. O local abriu para atendimento há quase duas semanas e aos poucos recebe os pacientes.

Joel Rodrigues, que  coordena o Projeto de PDI (Pesquisa Desenvolvimento e Inovação) da Universidade Federal do Piauí no HCE, explica que na medida em que a demanda aumentar os demais leitos serão equipados e liberados para atendimento.  

"Neste momento, nós temos 19 leitos ocupados. E, só para esclarecer a população, por uma questão de otimização de recursos, não abrimos a totalidade do hospital. Iniciamos a operação com 50% da capacidade. Obviamente, nós estamos preparados para assim que seja necessário aumentar. A gente não precisa ter os trabalhadores escalados para uma demanda que ainda não ocorreu", diz. 

O diretor ressalta que a demanda por internações está crescendo no Piauí. Somente na quarta-feira (10), o Verdão recebeu 11 pacientes transferidos de outras unidades hospitalares. 

O coordenador esclarece que o Hospital de Campanha Verdão não é de "porta aberta" para os pacientes, ele atua na retaguarda de outros hospitais; o sistema de regulação do Estado precisa regular os pacientes e encaminhá-los ao local. "Posso comentar que ontem chegou a quase ter filas de ambulâncias para recebermos os pacientes. Tudo está a ocorrer dentro do previsto. Não existe nenhuma anomalia a reportar".

Joel Rodrigues destaca que o fato do hospital está com menos da metade dos leitos ocupados não quer dizer que Teresina está com baixo número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

"Se a gente tiver uma demanda crescente, obviamente os demais leitos serão disponibilizados" para atender aos pacientes com o novo coronavírus, diz o dcoordenador.

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com


Carlienne Carpaso
[email protected] 

Presídio de Parnaíba não receberá novos presos após casos da Covid-19

O secretário Estadual de Justiça, Carlos Edilson, anunciou nesta quinta-feira (11) que está suspensa o ingresso de novos presos na Penitenciária Mista de Parnaíba, após detentos e policiais testarem positivos para a Covid-19.  Nessa penitenciária há 568 presos, sendo que 26 estão com o novo coronavírus.  A unidade passa por uma ampla testagem para evitar mais contaminação. 

"Entramos em contato com o delegado geral Lucy Keijo e o secretário de Segurança (Rubens Pereira), nós suspendemos o recebimento de presos na unidade. Emitimos ontem uma portaria proibindo toda a atividade dentro da unidade que importe deslocamento de presos, como para o setor odontológico, atendimento de advogados, por exemplo.  Vamos ter uma atenção redobrada", disse o secretário.

Além disso, Carlos Edilson acrescenta que a Sejus reforçou o uso de equipamentos de proteção individual na penitenciária de Parnaíba: os detentos receberam, cada um, três máscaras, e os policiais penais receberam cinco máscaras.  Hoje, o sistema carcerário piauiense possui cerca de 5.500 presos. 

Esse é o primeiro casos de testagem positiva interna no sistema penitenciário piauiense para a Covid-19.  Os presos contaminados estão isolados e recebem atendimento médico dentro da unidade prisional. 

Carlos Edilson esclarece que a priori os presos que testaram positivo para a doença laboram na área externa da unidade, ou seja, são os que trabalham na limpeza e na cozinha da unidade. 

O secretário ressalta que medidas preventivas são adotadas desde o mês de março, como a suspensão das visitas e das audiências na unidade. "Mas nós estamos em uma pandemia e, infelizmente, tivemos testagens positivas e negativas nos internos da Penitenciária Mista de Parnaíba. Tivemos policiais penais e militares também nessa unidade".

"Diante disso, nós tomamos algumas medidas. Primeiramente, nós enviamos uma grande quantidade de testes para fazer a testagem em todos os servidores e internos. Nós fizemos os primeiros atendimentos nesses internos, que estão com sintomas leves. Eles foram atendidos por médicos da cidade. Eles estão isolados. A secretaria municipal de Saúde de Parnaíba fez esse pronto-atendimento. É uma situação difícil, reconhecemos que a situação é extremamente preocupante, mas estamos atentos". 

Até o momento, de acordo com a Sejus, cinco policiais penais e cinco policiais militares testaram positivos e foram afastados das suas atividades. 

"Recentemente, nós tivemos dois casos de internos com Covid-19, da Operação Delivery, mas eles já chegaram com o teste positivo no sistema prisional", ressalta o secretário. 

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

Sindicato recorre da decisão do STF que restringe atendimentos de saúde em Teresina

Foto: Nelson Jr./Ascom STF

O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI) apresentou recurso de Agravo Regimental ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. O objetivo é que o ministro  reconsiderada ou leve à apreciação do plenário, a decisão  que restringe o funcionamento dos serviços de saúde em Teresina. 

O prefeito Firmino Filho (PSDB) baixou decreto que determina que as clínicas médicas só poderiam funcionar no turno da tarde. Os atendimentos  podem ocorrer apenas dois dias da semana e com uma especialidade. O Tribunal de Justiça do Piauí determinou a retomada normal do atendimento. A prefeitura recorreu ao Supremo, que manteve as restrições previstas no decreto. 

Para o presidente do SINDHOSPI, Jefferson Campelo, as regras determinadas pela Prefeitura de Teresina para o retorno dos atendimentos de saúde representam mais um obstáculo do que um facilitador a este retorno.

 "A Prefeitura de Teresina recorreu ao STF e o ministro em exercício Luiz Fux sequer analisou o nosso pedido e concedeu a liminar para o Município. Esta medida evidentemente cria muitos problemas para pacientes crônicos que precisam da atividade médica. O setor de saúde já elaborou seus protocolos e está preparado para o retorno das atividades", explica.

O prefeito Firmino Filho afirma que a reabertura do pólo de saúde teria levado ao aumento de atendimentos de pacientes com síndrome gripal. Segundos dados da prefeitura, foram 1.500 atendimentos na terça (09). Firmino também afirma que a prefeitura teme o aumento da vinda de paciente do Maranhão para busca atendimento em clínicas e hospitais de Teresina. 

Da Redação
[email protected]

FPF e clubes de São Paulo entregam protocolo de retomada de treinos à prefeitura

Os presidentes de Corinthians (Andrés Sanchez), Palmeiras (Maurício Galiotte) e São Paulo (Carlos Augusto de Barros e Silva) e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, se reuniram na manhã desta quinta-feira com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, para discutir o retorno das equipes aos treinos.

Na reunião, que também teve as presenças do presidente do TJD-SP, deputado Delegado Olim, o secretário da Casa Civil, Orlando Faria, o secretário de Esportes, Maurício Landim, e o secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido, foi entregue ao prefeito o Protocolo de Retomada Gradual dos Treinos, elaborado pela comissão médica da FPF.

O documento detalha como será a retomada das atividades em São Paulo. Agora, Covas vai encaminhar o protocolo sanitário para análise da Vigilância Sanitária. Os clubes, que combinaram de retomar os trabalhos juntos, aguardam o aval das autoridades de saúde para reiniciar os treinamentos presenciais na próxima segunda-feira.

Se houver a autorização, todas as equipes terão de providenciar os testes para covid-19 para atletas, comissão técnica e funcionários. Depois dos exames, a ideia é que os jogadores comecem a treinar respeitando o distanciamento social, em pequenos grupos, e divididos em diferentes horários, assim como foi feito na Europa.

Dos 16 clubes do Paulistão, o Bragantino era o único que tinha o aval da FPF para realizar treinamentos presenciais. O clube de Bragança terá de parar com as atividades e recomeçar na próxima segunda-feira, assim como os demais.

Os demais clubes da elite do Campeonato Paulista também estão em contato direto com suas prefeituras para entrega formal do protocolo de treinos.

O Campeonato Paulista foi suspenso em março, quando faltavam duas rodadas para a conclusão da primeira fase. Quando reiniciados, os jogos serão disputados sem torcida.

Fonte: Estadão Conteúdo

Posts anteriores