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Diabéisso - 1ª Semana de Moda Alternativa do Piauí

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Afinal, quem nunca ouviu um "diabéisso?". O termo, com origem desconhecida, é popularmente conhecido no nordeste e traz a ideia de questionar os padrões de moda e sua estética incomum para a população em geral. Nesse vocabulário nasce a ideia de regionalizar, valorizar e enriquecer os assuntos que norteiam a moda alternativa sem perder a nossa característica piauiense.

A proposta une feira de brechós, arte, cultura, música, moda, dança, programação de formação e capacitação e desfile em uma vasta programação nos dias 24, 25 e 26 de Março no nosso centrão.

A programação tem uma parte gratuita e os afters pagos com valores simbólicos.

Venha fazer parte dessa primeira experiência realizada por alunes do curso de Moda da UFPI que, motivados pela ideia de fomentar a cena da moda piauiense, trazem esse grande evento para a nossa cidade

Ninguém vai me ofender

[por Vange Leonel] - Publicado em FSP 

Sim, sou tríbade, sáfica, lésbia, lesbiana, entendida, invertida, transviada, sapatão, sapa, sapata, francha, bolacha, fanchona, paraíba masculina, mulher-macho, gay, sim senhor, machuda, macha, dyke, como dizem as americanas, ou como as mexicanas, tortillera, do tupinambá çacoãimbeguira, do latim virago e, brasileiramente falando, roçadeira, saboeira, moquetona, madrinha, pacona, do aló, do babado ou, se preferirem algo mais erudito, ginófila, andrógina, homófila, fricatrix e homossexual.

Podem me chamar de tudo isso, eu não me importo. Se me chamam de lésbica ou safista, sinto orgulho e me envaideço: a origem dos termos é nobre. Safo, a grega, foi a maior poeta lírica da antiguidade, cultuada por Platão e Ovídio e sucesso no Mediterrâneo cinco séculos antes de Cristo. Por acaso, fazia sexo com mulheres, vivia na ilha de Lesbos e, para tocar sua lira e manter as unhas curtas, inventou a palheta, a mesma que roqueiros usam para fazer gemer suas guitarras. Bons dedos e boa lábia. Por que me ofender se me chamam lésbica?

Sou entendida sim, mais em certos assuntos que em outros, por isso talvez ginófila seja apropriado, afinal, amo e admiro mulheres em geral, mesmo sendo apaixonada por apenas uma, em particular. Sapatona, adoro usar coturnos, botas e toda sorte de calçados rudes para sair às ruas, domínio tradicional do macho, terreno muito acidentado para saltos altos.

Masculina, sim, também, às vezes, quase sempre e sempre que quero. Freud falou, Jung disse, o ministro da cultura cantou e lendas e folclores antigos apontam para a origem andrógina do ser humano. Além disso, até a nona semana de gestação, fetos de ambos os sexos parecem idênticos. Se biologicamente herdamos um potencial andrógino, o casamento alquímico entre homem e mulher dentro de nós é meta para a saúde psicológica. Assim, ser chamada de machona é elogio para quem trafega livremente entre os gêneros masculino e feminino, social e historicamente cindidos.

Resumindo: ninguém conseguirá me ofender me chamando por nomes que significam apenas o meu amor por outra mulher.

O que não dizer a um paciente LGBT+

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Fonte: https://www.instagram.com/psi_joaobrod/#

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