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Diversidade

Cultura das Celebridades em cena: intrigas, fofocas e subversão da ordem social

Por Herbert Medeiros

A indústria jornalística das celebridades ocupa espaço interessante para  debate amplo e plural da nossa mentalidade social. Soterrar a discussão sobre esse universo de comportamentos, tendências socioculturais é um equívoco.

Certos   setores de esquerda 'progressistas' veem nessa indústria uma onda de  futilidades e banalidades. Na percepção imediata, aparece como fenômeno de pouca relevância para as lutas marcros de transformação das estruturas dominantes.  

No entanto,  o Jornalista Josias Sousa (UOL) trouxe camadas de sentido ocultas  no caso  da  polêmica sobre "tororó" da cantora Anita. A fala desnecessária de um músico sertanejo   causou curto circuito na lógica voraz  da cultura do entretenimento,  desnudando   contratações suspeitas de  prefeituras com artistas do mundo sertanejo.

 O Movimento estadunidense 'Me too' (contra assédio e abuso sexual ) também  desmonta lado sinistro dessa vida de celebridades masculinas glamourosas e tóxicas. A própria atriz americana Meryl Streep é uma celebridade que usa sua influência para  pautar temas importantes dos Direitos  das mulheres.

Madonna, outra artista pop do mundo das celebridades,   utiliza  sua notoriedade  para incomodar os conservadores/as. Caetano Veloso é outra  celebridade atuante em favor da pauta ambiental, comportamental, cultural. O mesmo se pode dizer da atriz brasileira Tais Araujo: ocupa luzes da ribalta colocando em evidência o empoderamento das pessoas negras.

A artista trans Linn da Quebrada participou do BBB, ganhou holofotes e colocou no centro do debate   a visibilidade da cidadania e luta por direitos de  pessoas trans.  É  valorosa as reflexões trazidas por Linn para pensar a Diversidade Sexual em seus aspectos  etnicosraciais, territorialidade periférica, corpos dissidentes e violência socioeconômicas produzidas pelas normas hegemônicas de opressão de grupos subalternos.  

A cultura da celebridade não é nada recente, vale ressaltar. Cada época histórica tem pessoas e grupos sociais ocupando a cena dos holofotes, das fofocas e fogueiras de vaidades. E tais fatos não são isentos de   polêmicas/embates

Figuras da realeza/nobreza no período renascentista até século XIX – vide a vida controversa  de Maria Antonieta e Rei Luis XVI e os impactos na revolução francesa.  Monarquia e aristocracia produziam burburinhos: uso das vestimentas luxuosas, aparições públicas, performances exuberantes em eventos cerimoniais. 

Mas não pensem   que  povão via tudo passivo. A cultura popular daqueles períodos já faziam  festas e intervenções  culturais com humor ácido, tom zombeteiro, parodia e escárnio como forma de criticar  e apontar mazelas de nobres, religiosos e realeza.

Em nossa sociedade contemporânea, o mundo de celebridades produz  reações criativa e corrosiva sobre  excessos e deslumbramentos da vida dos ‘famosos’. Artes de memes, vídeos, performances, teatro, cinema  e outras linguagens estão  pipocando por aí para tecer crítica  inteligente e inovadora dessa realidade. Assim é, assim seja.

 

Grupo Guará, de Parnaíba, promove Ação pelo dia Orgulho LGBT+ e Lançamento da Semana da Diversidade

A celebração pelo dia Orgulho LGBT+ e o Lançamento da XV Semana da Diversidade de Parnaíba entrou na pauta da cidade com alegria e performance. A Organização do Evento foi uma realização do Grupo Guará.

A Entidade atua em Parnaíba desde 2003 na Defesa da Cidadania e Direitos Humanos da população LGBTQIA+.

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Por Herbert Medeiros

No mês do Orgulho LGBT+, Show de Angela Ro Ro no Teatro 4 de Setembro: "A vida é bela, só nos resta viver"

O Theatro 4 de Setembro, no dia 25 de junho de 2022, às 20h, inaugura o projeto “Divas da MPB” com a cantora e compositora Angela Ro Ro. Suas composições, voz rouca e interpretação visceral imprime uma indelével e sui generis assinatura musical. Seu estilo, segundo a artista, é inspirado em cantoras como Maysa e algumas musas do jazz norte-americano, a citar Ella Fitzegerald, como referência. Sua musicalidade passeia também pelo blues, mpb e o rock in roll.

Desde os seus primeiros vinis conquistou o público LGBTQIA+, especialmente, as mulheres, já a partir do vinil inaugural, "Angela Ro Ro", lançado em 1979. A década de 1980 foi o grande "boom" em sua carreira, tornou-se DIVA! E uma verdadeira legião de fãs pelo Brasil a dentro seguia a sua agenda bastante concorrida.

No mês de junho, há mais de cinquenta anos, o mundo todo celebra o “Orgulho LGBTQIA+”, especialmente, no dia 28, data que simboliza o respeito à diversidade, a luta, o amor e a resistência. O Theatro 4 de Setembro ao trazer Angela Ro Ro para inaugurar o projeto "Divas da MPB", próximo deste dia, homenageia e reverencia esta diva que, por suas atitudes irreverentes e qualidade musical, fez ecoar vozes de gerações e deste segmento sociocultural de livre e ampla expressão sexual. O nome Angela Roro é sinônimo de representatividade, resistência, amor e de boa música.

FONTE: ASCOM

"Um avanço após muita luta", diz Matizes sobre protocolo da Secretaria de Segurança para registro de crimes contra LGBTQIA+

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí lançou, nesta sexta-feira (17), o Protocolo Cidadão de Produção de Dados de Violência LGBTQIA+ com orientações aos policiais civis e militares sobre como registrar crimes de homofobia e LGBTfobia.

A vice-coordenadora do grupo Matizes, Marinalva Santana, afirma que essa conquista veio após pressão do Ministério Público do Piauí e de entidades de defesa da população LGBTQIA+. "O MPPI, através de ação dirigente da 49ª Promotoria, provocou a Secretaria de Segurança Pública para a produção desse protocolo", explica Marinalva.

Com o protocolo e após a capacitação dos policiais para segui-lo, que acontecerá nos meses de julho e agosto, os agentes devem indagar sobre a orientação sexual e identidade de gênero da vítima durante o registro do boletim de ocorrência, se ela desejar declarar essas informações.

"A violência contra a população LGBTQIA+ tem aumentado, no Piauí e no Brasil. Há, entretanto, uma carência de dados oficiais sobre essa violência, fato que impede o dimensionamento dos casos, bem como o planejamento de políticas públicas", completa a vice-coordenadora do Matizes.

Segundo dados apresentados no documento do protocolo, 68% dos policiais em geral não questionam sobre a idade de gênero ou orientação sexual de vítimas de violência. No Piauí, desde 2014 foram incluídos no formulário de boletins de ocorrência os campos de orientação sexual e identidade de gênero, após reivindicação do Matizes.

"A inclusão dos campos sobre orientação sexual e identidade de gênero no formulário de boletins de ocorrência foi um passo importante. Infelizmente, essas informações não constavam nos B.O, porque a maioria dos delegados não indagavam à vítima sobre isso. Agora, com o protocolo, essas perguntas serão obrigatórias", frisa Marinalva Santana.

Mês do Orgulho LGBT+: Somos parte da Riqueza e belezas da Cultura Brasileira

Por Herbert Medeiros

Alguns devem se perguntar: Mês do Orgulho Lgbt+ para quê? A indagação poderia ser outra: Quais as belezas e riquezas as  sociedades adquirem  convivendo com Diversidade sexual  humana?

 Afirmar durante o mês de junho que nós LGBT+ SOMOS PARTE da RIQUEZA cultura e econômica deste mundo globalizado e do  Brasil multifacetado é registrar nossa participação histórica e social ativa para conquistarmos Respeito, Inclusão, Valorização, Dignidade nos espações sociais, contribuindo para desenvolvimento da nação.

De imediato, é mister lembrar que nós lgbt+, negros, mulheres, indígenas, jovens, idosos, pessoas com deficiência, periféricos somos TODAS/OS sujeitos de Cidadania e Direitos consagrados na Constituição Federal de 1988 e expressão como dever do páis: Promover o bem de todos sem distinção de qualquer natureza. E mesma constituição ressalta no Art. 3º: erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais

Dito isto,  importante sempre lembrar:  NÓS LTBT+  construímos também com talento, criatividade, proatividade e competência a produção cultural do Brasil e do mundo. Estamos na produção, distribuição, troca e usos dos bem culturais materiais e imateriais: cinema, teledramarturgia, práticas jornalísticas, artes plásticas, teatro, cultura digital, museus, galerias, curadorias, centros culturais, promoção de eventos, show bussiness etc.

A economia da cultura, da qual nos referimos acima e somos parte integrante, movimenta no Brasil 170 bilhões de reais (2,5 do PIB) e emprega quase 6 milhões de pessoas. As Paradas LGBTs+ pelo Brasil   movimentam bilhões, geram renda e trabalho, impulsionando o país.  Na alegria dos Brasis, somos a prova dos noves, parafraseando Oswald de Andrade.

No campo da informática, o precursor  da computação moderna é um homem gay, o matemática britânico Alan Turing. Sofreu o horror do preconceito e discriminação nos anos 1950 mas o caminhar histórico trouxe devido reconhecimento do mundo cientifico à sua genialidade.

Frutos de uma luta incansável e corajosa, LGBT+ alcançam com persistência espaços de reconhecimento e importância no mundo das empresas: Google, Facebook, Aplle, IBM Brasil, ACCOR, Bando Santander etc.

Sim,  celebrar o ORGULHO LGBT+  com suas conquistas e desafios, sabendo o muito ainda a  fazer no campo empresarial e das políticas públicas para gerar mais inclusão, diversidade de talentos, garantia de cidadania efetiva para lgbt+ viverem sua alegria de ser quem é e alavancar os pilares econômicos, culturais, políticos  e sociais do Brasil/Mundo. 

"O receio de revelar a orientação sexual ainda é grande", aponta Grupo Matizes sobre pesquisa do IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (25), uma pesquisa inédita sobre a orientação sexual de pessoas de 18 anos ou mais no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - Quesito Orientação Sexual, 94,8% das pessoas se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7% bissexuais; 1,1% não sabiam sua orientação sexual; 2,3% não quiseram responder; e 0,1% declararam outra orientação sexual. Os dados foram coletados pelo órgão em 2019.

O número de pessoas que se declararam homossexuais no Brasil foi de 2,9 milhões, quantidade menor do que a de pessoas que não quiseram responder (3,6 milhões). "Esse alto número de pessoas que não quiseram responder pode ter relação com o receio de revelar sua orientação sexual em uma sociedade homofóbica e violenta como a que vivemos", destaca a vice coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana.

No Piauí, pelo menos 42 mil pessoas adultas se declararam homossexuais ou bissexuais, o que representa 1,7% da população do estado. Em Teresina, 18 mil pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, representando um percentual de 2,6%.

A pesquisa divulgou, ainda, que a população de homossexuais ou bissexuais é maior entre os que têm nível superior e maior renda. "Muitas pessoas que são lésbicas, gays ou bissexuais, quando ainda não conseguiram independência financeira, podem ter receio de assumir sua orientação sexual, visto que a reação da família tende a ser mais violenta e intolerante", acrescenta Marinalva Santana. "Além disso, de regra, as pessoas que têm a oportunidade de cursar universidade podem se fortalecer com a troca de saberes que o ambiente acadêmico permite. E uma graduação ou pós-graduação amplia as possibilidades inserção no mercado de trabalho", completa.

O IBGE informou que os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foram divulgados em caráter experimental e acompanham experiências internacionais semelhantes. Não foram coletados dados sobre identidade de gênero, mas o Instituto estuda metodologia para incluir esse tema em suas pesquisas

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