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Erika Hilton aciona MPF contra pastor que diz ter beijado filha e pede R$ 3 mi em indenização

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou o Ministério Público Federal (MPF) contra o pastor Lucinho Barreto, integrante da Igreja Batista da Lagoinha, por ter afirmado durante um culto que beijou a boca da própria filha.

A parlamentar o acusa de crime de violência sexual contra vulnerável. Erika pede indenização de R$ 3 milhões por danos morais coletivos e que eles sejam destinados a entidades de acolhimento de crianças vítimas de violência sexual.

A declaração foi dada no dia 15 de abril em culto transmitido pelo YouTube, mas o vídeo viralizou apenas na última semana.

As imagens foram feitas dentro de um templo em Belo Horizonte. O religioso falava sobre a criação dos filhos e que a função de um pai é valorizá-los.

"Peguei minha filha um dia, dei [um] beijo nela e falei que amava ela. Ela passava, eu falava: 'Nossa, que mulherão. Ai, se eu te pego'. Ela falava: 'Credo, pai, você já é da mamãe'. Aí, dava beijo nela. Um dia, ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. Ela disse: 'Que isso, pai?' Eu falei assim: 'Porque quando encontrar seu namorado, vou falar: você é o segundo. Eu já beijei'", afirmou Lucinho.

"A conduta do pastor Lucinho Barreto é uma evidente incitação de crime de abuso sexual infantil, não importando se há ou não comprovação para o fato que ele próprio narrou", afirma a ação enviada ao MPF.

"Além disso, a mensagem que passou em sua pregação para homens não está protegida pelo princípio constitucional da liberdade religiosa ou da liberdade de expressão, por se tratar de conduta ilícita que merece responsabilização."

Após a repercussão da fala, a filha do pastor, Emily, defendeu o pai nas redes sociais. Ela disse que não sofreu abuso e que as falas foram tiradas de contexto, definindo o pai como "um bom exemplo de uma figura paterna maravilhosa".

Lucinho Bottero também pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, mas reforçou que a fala foi descontextualizada. A Polícia Civil de MG investiga o caso.

 

Fonte: Folhapress

 

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