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Mudança na eleição de reitor da Ufpi é aprovada e revolta oposição

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Reviravolta na eleição para escolha do novo reitor da Universidade Federal do Piauí (Ufpi). Em reunião nesta quinta-feira (22), o Conselho Universitário aprovou portaria com mudanças no processo. Entre as alterações está o da comunidade universitária (DCE, Adufpi e Sintufpi) definir regras para a eleição e não mais o conselho. 


O impasse agora é o percentual de peso de votação para professores, estudantes e servidores. Seria paritária ou considerada 70% do peso para os professores e 30% para alunos e funcionários. O questionamento é que a portaria coloca como “consulta informal” e pode ser questionada pelo conselho. Após consulta, será eleita uma lista tríplice que será encaminhada presidente Dilmna Rousseff.

A decisão causou forte reação da chapa opositora das eleições diretas, liderada pelo vice-reitor Edwar Castelo Branco. Para eles, o processo vira uma “eleição indireta”.

Durante a reunião, segundo Edwar, com cerca de 30 membros do conselho, apenas três foram contra a mudança nas eleições. O argumento da maioria é que não é justo que o peso dos votos do corpo docente seja de 70%, enquanto dos funcionários e professores sejam apenas de 15% cada. O Conselho defende que cada categoria tenha o mesmo peso nas eleições diretas, ou seja 33% (um terço) para cada. 

Professor Edwar Castelo Branco, candidato da oposição.

“Eles estão indo contra a lei. Quem não teme às urnas, não corre dela. Estou mobilizando e conclamando os companheiros Mário Ângelo da Adufpi, Justino Figueredo do Sintufpi e o Cássio Borges do DCE, porque nós repudiamos esse golpe, que é um ataque à democracia”, destacou o professor Edwar Castelo Branco, que participou da reunião, como vice-reitor e foi um dos votos contra. 

Eleição paritária
De acordo com Arimateia Lopes, candidato a reitor, que também participou da reunião, informou que “estão tentando distorcer a decisão, para ganhar algum ponto em cima”. A Legislação determina que o colegiado eleitoral, que inclui o Conselho Universitário, seja composto de no mínimo 70% de docentes e que qualquer consulta regulamentada pela Universidade seja de 70% de peso da categoria docente. Para que essa proporção não seja estabelecida para a consulta, ela não poderia ser formalizada pelo conselho. A nota técnica enviada pelo MEC coloca a possibilidade de que, em uma consulta informal, que pode ser organizada por associações de classe, há proporção pode ser diferente do previsto na Lei, inclusive, paritária.

“Para que esse peso não seja estabelecido nas eleições diretas e que todos possam ter o mesmo peso nos votos, nós decidimos que o Conselho Universitário não irá organizar e executar a consulta direta. Esta será organizada pelos segmentos, para não correr o risco de ser anulada.  O Colegiado irá respeitar da comunidade manifestado através da consulta informal”, destacou o professor Arimateia Lopes.

Professor Arimateia Lopes, candidato apoiado pelo reitor.

UFPI

Na Ufpi há 1.500 professores e 25 mil alunos atualmente. As eleições diretas aconteceriam no início do mês de maio. A chapa do atual reitor, Luiz Júnior, formada pelos professores Arimateia Lopes e Nadir Nogueira foi lançada na última segunda-feira(19). A chapa de oposição, composta por Edwar Castelo Branco e o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Luiz Ayrton Santos, havia sido lançada na sexta-feira(16).



Por Caroline Oliveira e Yala Sena

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