Cidadeverde.com

Ministério da Saúde habilita 30 leitos de UTI no Piauí para pacientes com Covid-19

Foto: Roberta Aline/Cidadevede.com

O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira (15), a habilitação de 210 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em todo o país, 30 deles no Piauí - 20 em Teresina e 10 em Picos. A medida faz parte dos esforços para ampliar a capacidade do sistema de saúde no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. 

João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde, explicou que a habilitação vai permitir ao órgão custear o funcionamento das UTIs Adulto Tipo II. Os gestores locais poderão contratar enfermeiros, médicos e insumos necessários para cuidar de pacientes com Covid-19. 

Foram 20 leitos habilitados em Teresina para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), que pertence ao Governo do Estado. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem a gestão plena do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital e vai receber os recursos - parcela única de R$ 2.920.000.

Outros 10 leitos vão para o Justino Luz, em Picos, Sul do estado, dobrando a capacidade do hospital. Será depositada uma única parcela de R$ 1.460.000 para a Prefeitura de Picos, para a gestão dessas UTIs.

As habilitações são por 90 dias, podendo ser prorrogadas ou encerradas a qualquer momento. 

Fábio Lima
[email protected]

Prefeito decreta ponto facultativo na segunda (20) véspera do feriado de Tiradentes

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, decretou ponto facultativo para a próxima segunda-feira, (20), data que antecede o feriado de Tiradentes, comemorado em 21 de abril. O governador Wellington Dias já havia assinado decreto semelhante pelo governo do Estado.

O chefe do executivo municipal já tinha também adiantado o feriado do aniversário de Teresina, festejado em 16 de agosto, para esta sexta-feira (07).

Com esta medida, segundo o decreto, espera-se o cumprimento, por parte da população, do isolamento social, evitando a circulação pela cidade, buscando dessa forma, reduzir ao máximo possível, a disseminação do covid-19.

“Entendemos que o isolamento social é a arma mais eficaz para combater o avanço do novo coronavírus. O vírus já está circulando de forma comunitária em Teresina, saindo da classe média e chegando a todas as regiões da cidade, ao mesmo tempo em que os índices de isolamento social estão caindo. O índice de isolamento social registrado na última quarta-feira (16) em Teresina foi de 47%, bem abaixo do esperado para a cidade, que é de 73%. Portanto, esperamos que as pessoas cumpram as orientações e fiquem em casa nestes feriados”, disse o prefeito.

Dessa forma, fica facultado, aos servidores da administração pública municipal direta e indireta, o registro da frequência no dia 20 de abril, ressalvados os serviços essenciais e de interesse público prestados pelo município à população, que deverão ser realizados normalmente, em especial, aqueles no âmbito da Fundação Municipal de Saúde (Hospitais, Maternidades, UPA, SAMU, Unidades Básicas de Saúde, CAPS, CEOs, ambulatórios e laboratórios centrais), bem como os serviços prestados pelos agentes municipais de Operação e Fiscalização de Trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans).

 

[email protected]

Ciro lamenta saída de Mandetta e espera interação de Nelson Teich e Bolsonaro

Foto: Roberta Aline

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, lamentou nesta quinta-feira (16) a demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta. O parlamentar disse ter ficado triste com a situação e que espera uma integração do novo ministro, o oncologista Nelson Teich, com o presidente Jair Bolsonaro.

“O presidente tem todo o direito de substituir. Nós só temos é que torcer agora que o novo ministro faça um grande trabalho e haja uma integração maior entre o governo federal, estados e municípios e uma integração entre o ministro e o presidente da República, que é o mais importante”, disse Ciro ao Cidadeverde.com

De acordo com o senador, Mandetta estava fazendo um “grande” trabalho a frente do Ministério da Saúde.

“Fiquei muito triste, pois estava fazendo um grande trabalho. É um homem de bem e tinha uma interação muito boa com a população, mas nesse atual momento de divergência com o presidente”, afirmou.

Mandetta anunciou que foi demitido pelo presidente da República em postagem no twitter. “"Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar", disse.

Bolsonaro vinha batendo de frente com seu auxiliar e, nos últimos dias, deu celeridade à busca por um substituto.

Hérlon Moraes
[email protected]

Bolsonaro diz que governo não tem como manter auxílio emergencial por muito tempo

Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo não tem como manter o auxílio emergencial ou outras ações por muito tempo. Segundo ele, o governo já destinou R$ 600 bilhões e os gastos das medidas podem chegar a R$ 1 trilhão. "O governo não é uma fonte de socorro eterna", disse em pronunciamento oficial no Palácio do Planalto.

Bolsonaro afirmou que era um direito do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta defender seu ponto de vista como médico, mas que a questão da manutenção de empregos não foi tratada como acredita que deveria ter sido. Bolsonaro citou novamente que o isolamento social e fechamento de comércio afeta, principalmente, trabalhadores informais, que não podem ficar sem trabalho.

"Como presidente da República eu coordeno vinte e dois ministérios. Na maioria das vezes, o problema não afeta só um ministério. Quando se fala em saúde, em vida, não pode deixar de falar de emprego, porque uma pessoa desempregada está mais propensa do que uma outra que está empregada", afirmou.

Ao lado do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, o chefe do Executivo afirmou que pediu para que ele abra, gradativamente, emprego no País. "O que conversei com o Dr. Nelson ao longo desse tempo foi fazer com que ele entendesse a situação como um todo, sem esquecer que ao lado disso tínhamos outros problemas. Esse outro é a questão do desemprego. Junto com o vírus veio uma verdadeira máquina de moer emprego", disse.

Fonte: Estadão Conteúdo

Novo ministro da Saúde diz que tem "alinhamento completo" com Bolsonaro

Escolhido para assumir o Ministério da Saúde, o oncologista Nelson Teich afirmou nesta quinta-feira, 16, que não pretende fazer qualquer mudança brusca na política da pasta, mas defendeu o entendimento entre as áreas de saúde e da economia sobre a melhor estratégia de combate à crise do coronavírus no País. Em declaração no Palácio do Planalto, ele disse haver um "alinhamento completo" com o presidente Jair Bolsonaro, que instantes antes o anunciara como novo ministro.

"Saúde e economia: as duas coisas não competem entre si. Quando polariza começa a tratar pessoas versus dinheiro, o bem versus mal, emprego versus pessoas doentes", afirmou Teich.

"Deixar claro que existe um alinhamento completo aqui entre mim, o presidente e todo o grupo do ministério. Realmente o que a gente está fazendo aqui hoje é trabalhar para que a sociedade retome de forma cada vez mais rápida uma vida normal e a gente trabalha pelo país e pela sociedade", afirmou.

"Para mim é uma honra estar aqui para ajudar o país e as pessoas. Sobre o distanciamento social: não vai haver qualquer definição brusca nem radical do que vai acontecer. O importante é que a gente tenha mais informação, cada vez maior. Começamos a tomar cada decisão como um tudo ou nada, e não é isso. Saúde e economia não competem entre si. Elas são complementares", disse Nelson Teich.

Foto: Alan Santos/PR

 

Fala do presidente: 

 “Responsabilidade não é só minha, é de todos nós. Os excessos que alguns cometeram, não me responsabilizo por eles. Jamais cercearemos qualquer direito fundamental de um cidadão”, declarou Bolsonaro, ao lado de Teich, no Palácio do Planalto. “O remédio para curar o paciente não pode ter efeito colateral maior do que a doença.”

Em um pronunciamento à imprensa, no qual repórteres não puderam fazer perguntas, o novo ministro defendeu um amplo programa de testagem no País, bem como pesquisa com medicamentos e vacinas. "Tudo será forma técnica e científica."

O oncologista assume o cargo após Bolsonaro divergir com o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta em questões como isolamento social e o amplo uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes da covid-19. Para Teich, antes de tomar qualquer decisão "emocional", é preciso se basear em dados.

"Sobre distanciamento e isolamento. Não haverá qualquer definição brusca ou radical do que vai acontecer", afirmou. "O que é fundamental hoje é termos cada vez mais informação antes de uma decisão tomada."

Segundo Teich, quando mais se entender a doença mais rápido poderá se tomar decisões como a de flexibilizar políticas de isolamento social. "As pessoas vão ter muita dificuldade de se isolar."

Reprodução TV Brasil

Teich se reuniu com o presidente pela manhã, quando, segundo interlocutores do presidente, causou boa impressão. O médico foi consultor da área de saúde na campanha de Jair Bolsonaro, em 2018, e é fundador do Instituto COI, que realiza pesquisas sobre câncer.

Em seu currículo em redes sociais, o oncologista também registra ter atuado como consultor do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, entre setembro do ano passado e março deste ano. Teich e Vianna foram sócios no Midi Instituto de Educação e Pesquisa, empresa fechada em fevereiro de 2019.

A escolha de Teich foi considerada internamente no governo como uma vitória do secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, e do empresário bolsonarista Meyer Nigri, dono da Tecnisa. Os dois foram os principais apoiadores de seu nome para o cargo.

Teich teve o apoio da classe médica e contou a seu favor a boa relação com empresários do setor da saúde. O argumento pró-Teich no Ministério da Saúde é o de que ele trará dados para destravar debates "politizados" sobre a covid-19. A avaliação, porém, é de que ele pode enfrentar dificuldades diante da falta de expertise política, principalmente ao lidar com governadores que se opõe a Bolsonaro.

O oncologista já havia sido cotado para comandar a Saúde no início do governo, mas perdeu a vaga para Mandetta, que havia sido colega de Bolsonaro na Câmara de Deputados e tinha o apoio do governador Ronaldo Caiado (DEM-GO), agora seu ex-aliado, e do atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Em artigo publicado no dia 3 de abril em sua página no LinkedIn, o escolhido para a Saúde critica a discussão polarizada entre a saúde e a economia. "Esse tipo de problema é desastroso porque trata estratégias complementares e sinérgicas como se fossem antagônicas. A situação foi conduzida de uma forma inadequada, como se tivéssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas, entre o bem e o mal", afirma ele no texto.


Fonte: Estadão Conteúdo
[email protected]

Presidente do Ceará revela estar curado do coronavírus

Foto: Marcelo Vidal/CearaSC.com

 

O presidente do Ceará, Robinson de Castro, revelou ter sido uma das pessoas infectadas pelo covid-19, o novo coronavírus. Após ter ficado uma semana hospitalizado, o mandatário diz estar 100% curado.

Robinson sentiu os primeiros sintomas em 23 de março, mas não deu muita atenção ao problema e só ficou sabendo que estava com coronavírus após passar por alguns exames no hospital. Assim que o resultado saiu, o presidente foi internado.

Nos primeiros dias hospitalizado, Robinson de Castro se sentiu muito mal e chegou a emagrecer 10kg, pois não tinha fome. O presidente melhorou após usar alguns medicamentos, como a cloroquina.

Curado, Robinson de Castro foi liberado do hospital e comemorou ter se recuperado, diferente do que aconteceu com alguns de seus amigos. "Fui premiado. Alguns amigos morreram, passaram 20 dias entubados e não suportaram. Hoje estou bem, graças a Deus", afirmou o mandatário do Ceará.

Recentemente, o Ceará lançou a campanha "Vozão do Bem", onde vende ingressos solidários por R$ 20,00. O valor arrecadado é usado para ajudar pessoas necessitadas.

Fonte: Estadão Conteúdo

Maia se solidariza com Mandetta por demissão do Ministério da Saúde

Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

 

A Câmara teve reação imediata à demissão do Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. Durante a sessão virtual, realizada nesta tarde para votar a ampliação do auxílio emergencial, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou seu microfone para "deixar sua homenagem" ao colega de partido.

"Aproveito, e tenho certeza que falo em nome da maioria da Câmara dos Deputados, no momento em que o ministro Mandetta anuncia que foi demitido pelo presidente da República, a nossa homenagem à sua dedicação, ao seu trabalho, sua competência, sua capacidade", disse Maia no plenário. "Mandetta deixa um legado, uma estrutura para que o Brasil, o governo federal, Estados e os municípios, tenham condições de atender da melhor forma possível a sociedade brasileira", disse.

O ex-ministro da Agricultura e deputado Neri Geller (PP-MT) disse, em mensagem de texto, que Mandetta conseguiu, "de forma exemplar, construir uma relação de confiança com a sociedade brasileira".

Por Camila Turtelli e Marlla Sabino
Estadão Conteúdo

Novo ministro da Saúde, Nelson Teich defende isolamento social; veja perfil

Foto: Reprodução TV

O novo ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich, é um velho conhecido do bolsonarismo que apoia medidas de isolamento social como forma de combater o contágio do novo coronavírus.

Em um artigo de 2 de abril, postado na rede Linkedin, ele ponderava que o isolamento seria a melhor maneira de lidar com o problema neste momento, mas sem criticar a defesa do presidente Jair Bolsonaro da ideia de relaxar as restrições em nome da economia.

Em outro texto, de 24 de março, ele abordava o tema, defendendo um tratamento holístico à crise na saúde e seus impactos na economia. Essa fala tem sido usada por seus apoiadores para dizer que ele poderia ultrapassar o impasse estabelecido entre Bolsonaro e o ex-ministro em atividade Luiz Henrique Mandetta.

"Essa abordagem dividida, antagônica e talvez radical não é aquela que mais vai ajudar a sociedade a passar por esse problema", escreveu. Ele também insistiu na testagem em massa como tática para atacar o Sars-CoV-2.

Em novembro de 2018, ele já havia sido cotado para a pasta, tendo deixado com Bolsonaro já eleito um programa para reformular processos na Saúde. Nesta quinta, esteve com o presidente e foi sondado oficialmente para o cargo.

O foco de Bolsonaro é evitar divergências públicas com o novo ministro, ainda que eles mantenham visões diferentes.

Teich atuou informalmente como consultor na campanha presidencial de Bolsonaro. Ele tinha trânsito no chamado grupo dos generais, chefiado pelo hoje titular do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e com o economista Paulo Guedes.

Também tinha o apoio de empresários da comunidade judaica paulistana que haviam aderido a Bolsonaro, como Meyer Nigri (Tecnisa) e o hoje chefe da Secretaria de Comunicação, Fábio Wajngarten -é conhecido do pai do último, o cardiologista Maurício, do Hospital Albert Einstein. Ambos apoiaram seu nome agora, que conta com a simpatia dos fardados no Planalto.

Carioca, Teich não é um gestor público, mas é considerado hábil politicamente. Construiu sua carreira em inovação na área da saúde privada. Fundou e presidiu o grupo Clínicas Oncológicas Integradas de 1990 a 2018 -o controle do centro já havia sido passado à Amil em 2015.

Na sequência, o médico abriu uma consultoria de gestão de saúde com ênfase em tecnologia, a Teich Heath Care. Manteve contato com o governo Bolsonaro, dando consultoria ao secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, seu ex-sócio.

Para seus defensores, essa qualificação pode ajudar a resolver gargalos práticos para avaliar políticas de quarentena, por exemplo. A ideia é aplicar soluções tecnológicas sobre riscos da Covid-19 por regiões, não nacionalmente, embora isso possa esbarrar na resistência de Bolsonaro ao uso de recursos como geolocalização por celulares.

Outros candidatos foram sondados por pessoas do governo ou ligadas a Bolsonaro nos últimos dias. O oftamologista Cláudio Lottenberg, presidente do Conselho de Administração do Einstein, perdeu força como favorito devido à sua ligação com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Ele preside o Lide Saúde, entidade do grupo que pertence à família de Doria -o governador é o maior antípoda de Bolsonaro na condução da crise do coronavírus. Pesa também contra ele sua passagem relâmpago pela Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo, em 2005, no governo José Serra (PSDB).

Não só pela associação com os tucanos, mas também porque nos cinco meses em que ficou no cargo recebeu uma saraivada de críticas dos gestores da área e de colegas de secretariado. Um deles disse que ele "não tinha apetite" para a gestão pública, embora tivesse ambições políticas.

Foi cotado como candidato a vice de políticos tucanos, o mais recente deles o prefeito paulistano, Bruno Covas (PSDB). Filiou-se recentemente ao DEM, mesmo partido de Mandetta, que em São Paulo joga em dobradinha com Doria tendo Rodrigo Garcia como vice-governador.

Isso, somado à defesa mais enfática do isolamento social, testagem e uso de rastreamento de doentes, atrapalhou as chances de Lottenberg.

Grupos bolsonaristas também colocaram no radar a médica Ludhmila Hajjar, diretora na Sociedade Brasileira de Cardiologia, que tem feito a defesa de uma maior flexibilização das quarentenas, adotando critérios técnicos.

Ela teve o nome defendido por pessoas consultadas por Bolsonaro, assim como o médico Marcelo Queiroga, também da sociedade dos cardiologistas, que é próximo da família presidencial.

Em comum a todos os candidatos ventilados está a posição mais técnica e com menos possibilidade de atrito com a comunidade médica.

O temor da área militar do governo e de consultores mais moderados de Bolsonaro era que ele decidisse por um nome mais alinhado com suas convicções pessoais na crise, de menosprezo aos riscos à saúde pública -o que poderia gerar uma crise política ainda maior.

 

IGOR GIELOW
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Bairros de São Paulo e Rio têm panelaços com demissão de Mandetta

Foto: Marcelo Correa/PR


Bairros das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro registraram panelaços na tarde desta quinta-feira, 16, após a confirmação da demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em São Paulo, as manifestações foram ouvidas em Perdizes, Brooklin, Santa Cecília, Vila Buarque e Bela Vista.

No Rio de Janeiro, um intenso panelaço, acompanhado de muitos gritos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, foram registrados na zona sul.

Os protestos foram ouvidos em Copacabana, Botafogo, Cosme Velho, Flamengo, Glória, Laranjeiras e Santa Teresa. Entre os xingamentos, houve quem chamou o presidente de "genocida". Alguns poucos manifestantes gritaram em apoio a Bolsonaro.

 

Por Equipe AE e Marcio Dolzan
Estadão Conteúdo

Brasil tem 188 novas mortes por coronavírus; casos confirmados passam de 30 mil

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Brasil registrou 188 novas mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta (16). São até agora 1.924 óbitos pela Covid-19 no país.

Balanço da pasta também aponta 30.425 casos confirmados da doença.

O ministério, porém, tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que só pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos represados à espera de confirmação.

Na terça e na quarta-feira houve registros de mais de 200 novas mortes depois de números mais baixos no fim de semana. Questionado se isso configuraria um novo padrão na escalada dos casos e óbitos, o ministro Luiz Henrique Mandetta disse na quarta (15) que grande parte dessa discrepância se deve ao longo período de internações relacionadas ao novo vírus.

"Você tem São Paulo que é uma cidade que normalmente carrega muito os números, que é a nossa megacidade, nossa megalópole. São Paulo tinha conseguido dar uma quebrada no número de progressão da doença, mas tinha o seu estoque de pacientes com histórico de óbito. Então você primeiro cai e os outros vão cair mais para frente porque você tem pessoas cujo tempo médio de internação é muito prolongado, então o número de casos não acompanha necessariamente o número de óbitos", informou.

Todas as unidades da federação já registraram mortes em decorrência da Covid-19. Tocantins, estado até então sem óbitos, teve sua primeira vítima confirmada na quarta (15).

 

Fonte: FOLHAPRESS

 

Posts anteriores