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Número de mortes por covid-19 no Brasil passa de 2 mil

Arte: Ministério da Saúde

Em novo recorde, o Brasil registrou 217 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas. Com isso, o número de óbitos por covid-19 passou para 2.141 nesta sexta-feira, 17, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

No mesmo dia, o País também atingiu o maior número de casos confirmados de covid-19 em um único dia, com 3.257 novos registros de pessoas contaminadas de ontem para hoje. No total, o Ministério da Saúde tem a informação de que 33.682 testaram positivo para o novo coronavírus até o momento. A taxa de letalidade está em 6,4%.

A região mais afetada pelo novo coronavírus é o Sudeste, com 56,6% dos casos, seguida pelo Nordeste (22,2%), Norte (9,4%), Sul (7,7%) e Centro-Oeste (4,1%).

Em São Paulo, Estado com maior número de casos e de mortes decorrentes da doença no País, há registro de 12.841 pessoas infectadas e 928 óbitos. Diante do cenário, o governador João Doria (PSDB) anunciou que vai prorrogar a quarentena até o dia 10 de maio.

O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 4.249 casos confirmados e 341 mortes, seguido pelo Ceará (3.684 casos confirmados de covid-19 e 149 mortes), Pernambuco (2.006 casos e 186 mortes registradas), e Amazonas (1.809 casos registrados e 145 mortes).

 

 

Por Julia Lindner
Estadão Conteúdo

Fernando Said diz que amostragem vai nortear liberação ou não de isolamento

O secretário de governo de Teresina, Fernando Said, afirmou nesta sexta-feira (17) que a liberação ou rigidez do isolamento social para setores comerciais será baseada em dados estatísticos. A prefeitura trabalha na testagem de habitantes em toda a cidade para gerar um índice de infecção da cidade e traçar um perfil das zona mais infectadas.

O índice será estabelecido com a realização de 900 testes em moradores de diferentes zonas de Teresina. A amostragem será aplicada pelo Instituto Opinar com o mesmo procedimento de uma pesquisa eleitoral mas voltada para a área da saúde. A pesquisa deve gerar dados técnicos para a tomada de decisões.

“Se nós tivermos bons resultados, pensarmos em como voltar às atividades normais pouco a pouco ou ir dando oportunidade de que um ou tipo de serviço, dentro de determinadas formas, possam voltar ao seu funcionamento ou até medidas mais extremas também. Se nós tivermos resultados em uma determinada região que nos leve a conclusões de que devem existir mais restrições, mais rigores de medidas, nós iremos adotar”, afirmou.

O secretário alerta para a situação de expansão de infectados que ocorre em estados como o Ceará, Amazonas, Maranhão e São Paulo já em colapso do sistema de saúde. 

“Em primeiro lugar está a vida das pessoas, está o controle da transmissão do vírus na cidade de Teresina”, afirmou. “A gente tem que trabalhar com dados. Não adianta nós querermos pensar em tomar medidas que viabilizem a volta ao trabalho”, completou. 

Receio da população

Fernando Said lamentou que informações repassadas nas redes sociais criaram receio na população a aderirem à pesquisa. Ele assegura que a participação no teste é segura, sendo feitos todos os procedimentos de segurança para os técnicos e para os pacientes.

Valmir Macêdo
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Governo e lojistas lançam plataforma digital para estimular comércio

Foto: Hérlon Moraes

O Governo do Piauí, em parceria com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Piauí (FCDL) e o Sebrae, lançou, nesta sexta-feira (17), a plataforma Piauí Delivery, que permite que consumidores façam compras pela internet e recebam os produtos em casa. A novidade está disponível por meio do site www.piauidelivery.com e o aplicativo entrará em funcionamento em alguns dias.

O Piauí Delivery foi criado na tentativa de reduzir os impactos do isolamento social no setor de comércios e serviços do Piauí. “É uma iniciativa ótima e importante nesse momento. O Objetivo é estimular a economia do estado, evitando aglomerações e dando alternativas para que o nosso comércio possa continuar funcionando, mesmo com a pandemia. O próximo passo é fazer uma ampla divulgação para que as empresas se cadastrem e os serviços comecem a ser prestados”, disse o governador Wellington Dias.

O site e o aplicativo, que estão sendo desenvolvidos por uma empresa do Piauí, sob o comando da FCDL, terão um funcionamento simples e prático. “Para o cadastramento das empresas, os próprios empresários devem entrar e realizá-lo gratuitamente. Já o consumidor que pretende comprar algo vai digitar a mercadoria ou serviço e a plataforma mostrará as opções, com fotos e valores. Ele ainda poderá usar a opção de filtro que será implementada para facilitar a busca. A cobrança da taxa de entrega fica a cargo do lojista”, explicou o secretário de Desenvolvimento, Igor Néri.

Diversas empresas poderão oferecer os seus produtos. Serão 26 categorias, dentre lojas de roupas, sapatos, bijuterias, peças de carro, dentre outras. “Inicialmente atenderemos a 10 municípios, que listamos como os que possuem um comércio mais forte e requisitado. O Piauí Delivery será um alívio para as atividades não essenciais que estão paralisadas e também um incentivo para que as pessoas continuem em isolamento social”, afirmou Néri.

A ideia é que o Piauí Delivery fique disponível por cinco meses, podendo continuar existindo se o resultado for satisfatório para os lojistas e clientes. Será mais uma opção de vendas para o comércio do Piauí.

Da Redação
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Brasil registra primeira morte de presidiário por coronavírus

Foto: Futura Press/Folhapress (Arquivo)

O Brasil registrou a primeira morte em presídios pelo novo coronavírus. A vítima foi um detento de 73 anos que faleceu na última quarta (15) e estava em regime fechado no Instituto Penal Cândido Mendes, unidade para idosos no centro do Rio de Janeiro, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.

No país, já são 51 casos confirmados e 162 suspeitos da doença nos sistemas penitenciários, de acordo com informações enviadas pelos estados ao Depen (Departamento Penitenciário Nacional). O local com mais confirmações é o Distrito Federal (38), seguido de São Paulo, Pará (4), Pernambuco e Roraima (2).

Os dados, que estão disponibilizados na internet, foram atualizados na noite desta quinta (17), portanto ainda não incluem o caso do Rio de Janeiro. Segundo o governo fluminense, que não divulgou o nome da vítima, o homem havia sido transferido para a unidade Cândido Mendes no dia 21 de março.

No último dia 9, apresentou quadro de hipertensão arterial e foi encaminhado ao Pronto Socorro Geral Hamilton Agostinho, no Complexo de Gericinó, em Bangu (zona norte do Rio). Foi medicado e liberado, mas dois dias depois sentiu dores abdominais e voltou à unidade. Realizou exame de imagem, foi medicado e liberado novamente.

Na noite do dia 13, porém, ele necessitou de novo atendimento, apresentando sudorese fria e prostração. O paciente piorou de madrugada, após novo exame de imagem e de laboratório. No dia seguinte, ele foi colocado no ventilador mecânico, e o material para realizar o teste de coronavírus foi coletado.

Ele morreu na unidade de saúde de Bangu na quarta-feira, por volta das 10h40, e o resultado do exame ficou pronto na noite desta quinta (16), dois dias depois da coleta.

O detento havia ingressado no sistema prisional em outubro de 2017, oriundo da Polinter (polícia interestadual), unidade da Polícia Civil do Rio responsável pelo controle dos mandados de prisão em conjunto com outros estados. A secretaria não informou por que ele havia sido preso.

O homem passou por ao menos duas unidades prisionais diferentes em Japeri, na região metropolitana do Rio, antes de ser transferido para o Instituto Penal Cândido Mendes, na capital.

O local é destinado a presos com mais de 60 anos e tem capacidade para 246 pessoas, mas está superlotado -nesta quarta-feira (15), abrigava 305 apenados. A pasta não respondeu quantas pessoas estavam na mesma cela do detento.

"A Seap lamenta a morte do interno e esclarece que todos os apenados que tiveram contato com o preso estão isolados na unidade. A secretaria ressalta que os internos estão sendo acompanhados e todos os atendimentos médicos, quando necessários, estão sendo re alizados no local. Qualquer saída da unidade só ocorrerá após autorização da Subsecretaria de Tratamento Penitenciário e análise médica", afirmou em nota.

Em São Paulo, o agente penitenciário Aparecido Cabrioti, 64, também morreu no último dia 3 por complicações em decorrência da Covid-19. Ele estava de férias em Maceió quando passou mal e chegou a ficar internado por alguns dias na Santa Casa de Dracena, no interior paulista, antes de falecer.

Os dados nacionais do Depen só consideram as unidades geridas pelas secretarias de Administração Penitenciária dos estados, portanto não incluem as geridas pelas secretarias de Segurança Pública. No RJ, por exemplo, já foram divulgados casos confirmados em unidades prisionais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que não entraram na conta.

 

Fonte: Folhapress

Juiz determina que 80 respiradores confiscados pelo Ministério sejam devolvidos ao Piauí

Foto: O Tempo/Folhapress


O juiz Márcio Braga Magalhães, da 2ª Vara Federal, determinou que o Ministério da Saúde devolva 80 respiradores para o Piauí que foram retidos a pedido do governo federal para distribuição em todo o País. Veja decisão aqui

O governo do Piauí tinha comprado os respiradores, mas o Ministério da Saúde requisitou os aparelhos para distribuir para outros estados. O governador Wellington Dias (PT) não concordou e recorreu na justiça e ganhou. 

Este mês, o governo do estado informou que fez uma compra em conjunta com a prefeitura de Teresina para aquisição de 200 respiradores. 

Os respiradores são acionados nos casos mais graves da Covid-19. A preocupação é que o vírus tem uma capacidade de atingir o tecido pulmonar e os ventiladores mecânicos são uma esperança, já que o parelho dar tempo do organismo do paciente se recuperar e a pessoa sobreviver. 

O procurador Geral do Estado, Plínio Clerton, informou que a compra dos respiradores foi feita antes da pandemia do novo coronavírus. E o governo foi surpreendido com o confisco do Ministério da Saúde. 

Na decisão, o juiz Márcio Braga  determina que as empresas - Magnamed e Intermed - entreguem os 80 respiradores da Secretaria Estadual de Saúde. 

Leitos

O Piauí conta com 203 leitos com respiradores, dos 926 leitos existentes no estado - 723 leitos clínicos, 169 de UTIs e 34 leitos de estabilização (semi-UTIs). Desse total, mas de 100 vagas estão ocupadas com pacientes diagnosticados com a Covid-19 ou com problemas respiratórios graves, que entram como suspeitos para o novo coronavírus. 

Maranhão dribla governo federal

O estado do Maranhão comprou da China, mandou para Etiópia e driblou governo federal para ter respiradores. O governador Flavio Dino (PC do B) fez uma logística que incluiu alteração de rota foi planejada para evitar “atravessadores” externos e possibilidade de confisco pelo governo federal. Com isso, ele conseguiu trazer 107 respiradores e 200 mil máscaras da China para seu estado. Antes disso, em outras três oportunidades, reservas dos equipamentos haviam sido atravessadas pelos Estados Unidos e Alemanha, que pagaram mais aos fornecedores chineses e ficaram com os respiradores. 

“Vários estados estão com problemas similares. Pedimos ajuda de transporte ao governo federal e não conseguimos. Penso que até o avião presidencial deveria ser usado para buscar equipamentos de saúde comprados na China ou outro país. Nada é mais importante no momento”, disse Flávio Dino em seu perfil no Twitter.

Flash Yala Sena
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Consumo no País cai na 1ª semana de quarentena, diz Kantar; gasto total recua 8%

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

As medidas de isolamento social promovidas por governos estaduais geraram impacto no consumo geral já na primeira semana em que as estratégias de contenção da covid-19 passaram a valer: redução de 8% no gasto total dos consumidores, queda de 5% na frequência de viagens a pontos de venda e redução de 9% na quantidade de itens comprados. Os dados são da Kantar e comparam a semana iniciada no dia 23 de março, quando a quarentena passou a valer no Estado de São Paulo, com a semana iniciada em 9 de março.

Na semana anterior à quarentena, iniciada em 16 de março, houve aumento nas vendas de produtos não perecíveis, como papel higiênico (+47%), sabonete (+41%), detergente (+40%) e água sanitária (+38%). Alimentos como leite, açúcar e massas também registraram crescimento. Os dados são uma comparação com a semana anterior, entre 9 e 15 de março.

Na semana do dia 23, apesar da queda geral, houve crescimento nas vendas de alimentos embutidos, frango, leite e acessórios de limpeza, enquanto as vendas de absorventes, desodorantes, creme dental e xampu caíram em cerca de 1/3 na comparação com a semana anterior.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Planos recusam teleconsulta, e pacientes ficam sem psicólogo

O menino Vinicius, de três anos, tem perguntado à mãe onde está sua psicóloga. Há cerca de um mês, as atividades presenciais foram suspensas na clínica onde ele costumava ser atendido, na zona sul de São Paulo.

Diante da pandemia do novo coronavírus e da necessidade de isolamento social, a clínica solicitou aos planos de saúde a flexibilização do atendimento, para que o acompanhamento pudesse ser feito à distância.

Em comunicado, os pacientes foram informados de que a resposta das operadoras tem sido negativa. A professora Bianca Villela, mãe de Vinicius, também contatou o Metrus, seu convênio, para requisitar a cobertura, mas não teve sucesso.

Ela afirma que o acompanhamento psicológico ajudou a melhorar o comportamento do filho, que é agitado e apresenta algumas dificuldades de relacionamento.

"Tem sido muito bom fazer esse acompanhamento. Tanto pra ele, que gostava muito de ir lá, quanto pra gente. A terapeuta ajuda muito a achar soluções, caminhos, formas de lidar", diz.

A interrupção do acompanhamento em meio a uma situação de isolamento social pode piorar transtornos como a depressão e a ansiedade. Bianca e Vinicius são apenas duas das diversas pessoas afetadas pela dificuldade de transferência do atendimento para o meio digital.

A reportagem também conversou com outras duas pacientes e com uma psicóloga que foi obrigada a interromper os atendimentos.

Sheyla Cunha Couto, 46, é sócia de uma clínica de psicologia no centro do Rio, onde cerca de 180 pacientes são atendidos. Ela entrou em contato com o Bradesco Seguros, que não respondeu a sua solicitação, e com a Golden Cross, que disse que a possibilidade do teleatendimento estava em análise.

"A gente tem paciente pedindo, por favor, para ser atendido. Quando ele liga para o plano, o atendente diz que pode. Mas, se eles não autorizarem com algum documento, via e-mail, eu não tenho autorização para fazer uma modalidade que não consta", diz.

O CFP (Conselho Federal de Psicologia) regulamentou a consulta a distância em 2018, observando o sigilo do atendimento e outros cuidados éticos.

No fim do mês passado, diante da pandemia, o conselho flexibilizou essa modalidade de atendimento, suspendendo temporariamente algumas exigências para evitar a descontinuidade da assistência à população.

No mesmo período, o Ministério da Saúde também publicou portaria regulamentando a telemedicina, em caráter excepcional e temporário.

A presidente do CFP, Ana Fernandes, afirma que o conselho tentou articular com as operadoras para que elas cubram o teleatendimento. O conselho também solicitou que os profissionais informem quais convênios não estão liberando o atendimento à distância.

"A gente não tem autoridade e autonomia para impor e exigir, mas fizemos recomendações", diz.

Nota técnica da ANS (Agência Nacional de Saúde) publicada no fim do mês passado prevê a cobertura obrigatória dos atendimentos à distância realizados por profissionais de saúde que compõem a rede do convênio.

A agência determina que o reembolso, no caso dos planos com livre escolha de profissionais, também vale para o teleatendimento.

A ANS orienta que o acompanhamento à distância deve ser realizado a partir de um ajuste entre as operadores e os prestadores de serviço integrantes da rede.

Esse ajuste precisa identificar os serviços que podem ser prestados pelo teleatendimento, de quanto será a remuneração e o processo para faturamento e pagamento desses valores.

Do outro lado, os planos dizem que não têm se negado a cobrir os teleatendimentos. Eles afirmam que estão em processo de adaptação para oferecer essa modalidade de consulta com segurança.

Anderson Mendes, presidente da Unidas, representante de cerca de 100 planos de saúde, diz que a entidade está disponibilizando uma plataforma de teleatendimento para que o acompanhamento seja realizado de forma segura.

"Nossas operadoras estão recebendo uma enxurrada de pedidos. Gostaríamos de estar sendo mais céleres, mas é difícil quando tem uma situação inesperada. Não é tão simples assim, virar uma chave e está todo mundo autorizado. São dados sensíveis de saúde", afirma.

A questão da segurança das informações também é lembrada no caso do plano Metrus, que negou a cobertura para o menino Vinicius, citado no início da reportagem.

"Algumas clínicas ou beneficiários têm nos procurado para realizar o atendimento, mas através de ferramentas não seguras", afirma Cicera Carvalho, diretora de saúde do convênio.

Segundo ela, nas próximas semanas será disponibilizada aos prestadores uma plataforma que garantirá segurança aos pacientes e aos psicólogos. "Com histórico de atendimento e tudo o que o plano precisa para aprovar", diz.

Em nota assinada pela diretora executiva Vera Valente, a FenaSaúde não respondeu por que os convênios filiados à entidade não têm viabilizado a cobertura do teleatendimento, ou se há previsão para isso. A instituição representa planos como Bradesco, Amil, Golden Cross e Unimed,.

A diretora afirma que a expectativa é de aumento do uso da telemedicina, mas que não há uma projeção consolidada de como será a demanda.

"É fundamental avançar com a regulamentação da telemedicina no país, de forma a garantir a qualidade do atendimento, assegurar o sigilo das informações e a preservação dos dados e proceder o adequado registro digital dos procedimentos", diz.

Também em nota, o Bradesco informou que está atualizando a base de prestadores e identificando quais prestam o atendimento à distância e estão em conformidade com a legislação, para poder garantir a cobertura.

Já a Golden Cross disse que tem viabilizado esse tipo de atendimento, buscando prestadores habilitados. Em paralelo, a operadora afirma que está trabalhando para oferecer o quanto antes uma plataforma própria para as consultas a distância.?

 

Fonte: Folhapress

OMS, sobre saída de Mandetta: países devem tomar decisões baseadas em evidências

O diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, afirmou que a entidade está ciente da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde brasileiro. "Agradecemos ao ministro por seu trabalho", disse nesta sexta-feira, 17, em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Ryan destacou que cada país tem liberdade para agir da maneira como achar adequada, mas pediu aos governos para tomarem decisões baseadas em evidências e com apoio de toda a máquina estatal. 

Ele ressaltou ainda que a organização está trabalhando para fornecer apoio técnico ao Brasil, por meio do escritório regional na América Latina.

 

Fonte: Estadão Conteúdo

Testagem amostral é fundamental para definir ações, diz Washington Bomfim

A Prefeitura de Teresina está realizando duas pesquisas sanitárias na capital que incluem testes para Covid-19 envolvendo 900 pessoas. O objetivo é conhecer a situação da pandemia do coronavírus na cidade. Para Washington Bomfim, integrante do Comitê Gestor de Medidas para enfretamento ao coronavírus, as pesquisas ajudam a definir ações.

"Essa experiencia é pioneira. Foi criada com o apoio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Está sendo viabilizada. É uma solução técnica boa diante das restrições que nós temos diante da questão do quantitativo de testes. Ela visa identificar qual é o padrão de disseminação do vírus na cidade para que a prefeitura possa planejar as ações", disse em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo Bomfim, as ações podem ser localizadas dependendo que as pesquisas mostrem.

"Essas ações podem ser localizadas. O crescimento da disseminação pode ser muito violento se não tiver medidas. Essa testagem com base em critérios amostrais é fundamental para definir a atuação da prefeitura", finalizou.

Hérlon Moraes
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Empresários do Piauí discutem cenário com pandemia e retorno de atividades

 

Empresários participaram de videoconferência realizada pela TV Cidade Verde sobre o cenário pós-pandemia e o possível retorno gradativo de atividades, principalmente nas áreas da saúde, construção civil e comércio. 

Participaram da discussão Raquel Vilar, representando a área da saúde,  o presidente Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PI) Francisco Reinaldo e o empresário Marco Pinto que concordaram sobre um modelo de retorno gradual com protocolos de proteção. 

Raquel Vilar pontua que o problema da covid-19 é real, mas destaca para a necessidade do retorno de consultas e exames eletivos seguindo protocolos para evitar a propagação da doença.  Entre as medidas, ela citou o uso de máscaras em pacientes e colabadores, a definição da quantidade de pacientes a serem atendidos, quantos consultórios podem atender durante o dia. 

"Os pacientes estão precisando de atendimento. Estamos tentando atender através da telemedicina, mas nunca é como o presencial. O acompanhamento de doenças crônicas tem que ser retomado o quanto antes e o CRM emitiu parecer favorável a esse retorno. As clínicas precisam se preparar para esse retorno o quanto antes, estabelecendo protocolos pois não podemos atender como era antes. Então, todas as clínicas, principalmente aquelas que acompanham pacientes com problemas crônicos, podem ir se preparando para atender esses pacientes. Sem dúvidas nenhuma será um novo recomeço, atendimento com mais qualidade, mais critérios. Não precisamos ter medo desde que cumpramos todo protocolo. Com boa vontade, paciência e investimentos vamos sair mais fortes", disse Vilar. 

Na área da Construção Civil, Francisco Reinaldo reforçou a necessidade de redobrar os cuidados durante o retorno gradativo.

"Em todos os países do mundo, a Construção Civil foi a primeira a parar, mas também a primeira a retornar as atividades. Temos mantido conversas como prefeito e o governador e esse retorno vai vir com uma série de cuidados e restrições. As construtoras já estão se preparando com reposição de máscaras, alcóol em gel e treinamento do pessoal. O retorno tem que ser com segurança. A preocupação principal é a saúde, mas a atividade econômica tem que ter essa programação de retorno", disse Reinaldo. 

O empresário Marco Pinto frisa a importância da necessidade de planejamento para um retorno seguro das atividades e diz que falta a definição de um cronograma que estabeleça a retomada das atividades. 

"A gente precisa da definição de um horizonte e planejar o retorno das atividades", pontua o empresário.

Revisão dos serviços essenciais

Os empresários defenderam uma nova análise nos serviços essenciais, já que, segundo eles, precisam operacionalizar serviços como pagamento de pessoal e de impostos que envolve setor de contabilidade e departamento pessoal. 

"Mesmo nós estando de quarentena, mas algumas atividades não tem como parar, como recolhimento de impostos, tem que ser feito, folha de pagamento, tem que pagar. Então o retorno, não só o retorno mas a continuidade das coisas têm que acontecer de uma maneira que se trabalhe tranquilo, porque todas as empresas têm folha de pagamento para fazer, Nós não demitimos ninguém todos estão com seus empregos garantidos, mas essas atividades precisam de pessoas para operacionalizar e estamos de certa forma trabalhando ilegalmente em relação ao decreto. Não tem sentido você não ter uma pessoa que faça a folha, encaminhe o processo para o banco para o pagamento. Por isso, precisa rever essa questão das atividades essenciais no primeiro momento imediatamente, porque hoje estamos trabalhando infelizmente e as empresas estão pagando e tem pessoas operando e tem que ser revista", destacou o empresário Francisco Reinaldo.

"Alguns ajustes na lista de atividades são necessários e essa é uma delas. Na verdade as rotinas de folha de pagamento e de impostos inexiste sem que um departamento de contabilidade , financeiro, setor pessoal estejam funcionando. É uma coisa que tem que ser revista",  reforçou Marco Pintos. 

Retorno gradativo com segurança 

A empresária Raquel Vilar afirma que almeja no início de maio seja iniciado um retorno gradativo para consultas e exames eletivos. "Eu acredito que em todas as atividades vai haver uma redução, as pessoas estão com receio e deve estar mesmo. É uma responsabilidade coletiva, de não agendar muitos pacientes, em vez de reduzir horário, é estender para que as pessoas não se aglomere. Não é uma epidemia que passe logo, devemos nos preocupar de retornar gradualmente mas com muita segurança e responsabilidade". 

Marco Pinto destaca que as medidas provisórias do governo federal deram suporte porque ela prevê uma cobertura de dois meses, com a suspensão dos contratos de trabalho e prevendo a cobertura de uma espécie de seguro desemprego, mas que para médias e grandes empresas ajuda apenas em parte. 

"Dentro dessa expectativa de retorno, nós primeiros usamos as férias coletivas e agora vamos começar a usar o recurso das medidas provisórias, no caso das empresas maiores esse gasto ainda é bem significativo porque algumas empresas estão optando não só por cobrir o teto do seguro desemprego, mas salário integral das pessoas e é bastante significativa. Fora outras despesas operacionais como aluguéis e manutenção de máquinas. Há esse decreto de 60 dias, mas e tende a ficar complicada para empresas em geral, muito poucas empresas tem capital para ficarem inoperante  durante tanto tempo", alerta o representante do comércio varejista.

Mudança de cultura

Os empresários acreditam ainda que haverá uma mudança de cultura das empresas e das pessoas, para garantir a segurança dos funcionários e clientes. 

Na área da saúde, os hospitais e clínicas devem adotar novos protocolos com equipamentos de proteção individual para colaboradores e pacientes e com horário estendido de atendimentos e marcação de consulta agendada. "Será uma mudança de paradigma porque hoje quando marcamos uma consulta por hora marcada ou o paciente chega muito cedo ou muito tarde, então vão ter que ser educadas para obedecerem o horário". 

Francisco Reinaldo afirmou que as construtoras já contrataram dez mil máscaras para os trabalhadores da construção civil usarem no retorno. "Já prevendo esse retorno e que ele seja o mais breve, mas aos poucos e observando os números e tem que controlada e os números devem direcionar", afirmou.

 

Graciane Sousa e Caroline Oliveira
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