Cidadeverde.com

Preparado para a covid-19, Hospital Infantil investiga casos suspeitos

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Com 10 leitos de UTI e 11 leitos clínicos destinados para casos de Covid-19, o Hospital Infantil Lucídio Portela recebeu casos de síndrome respiratória aguda e investiga se entre eles há crianças infectadas pelo novo coronavírus.  Dos 10 leitos de terapia intensiva disponíveis, quatro já estão funcionando.

Em boletim divulgado nessa sexta-feira (18), pela Secretaria Estadual de Saúde, foi confirmada a testagem positiva para Covid-19 em três crianças no litoral. O boletim  também registrou novo recorde de casos confirmados em um único dia - 21 testes positivos.

“Temos alguns casos sendo investigados, mas até agora nenhum deu positivo (para Covid-19). Nós estamos com nove crianças com suspeitas de síndrome respiratória aguda grave. Algumas confirmaram para H1N1”, informou o diretor do hospital, Vinicius Nascimento.

Dos 10 leitos de UTI com oxigenação, ventilador mecânico e monitores clínicos, quatro  estão funcionando. “Não utilizamos os outros (seis) porque ainda não teve uma demanda. E ainda temos mais 11 leitos clínicos só para a Covid-19”, explicou.

Segundo diretor, o número de leitos disponíveis é suficiente para atender a população infantil.

“Analisando os casos de Covid-19 no mundo, vemos que a criança tem um índice de complicação menor. Ela não tem a mesma incidência do adulto. Sem contar o tempo de intubação. Um adulto demora em média três a quatro semanas de intubação. A criança já tem uma rotatividade maior, demorando menos, uma média de oito dias”, disse Vinicius Nascimento. 

Pandemia deu espaço para reformas

A suspensão das cirurgias eletivas por conta da pandemia de Covid-19 está sendo usada para ampliar alas do hospital. “Nesse período a gente está conseguindo fazer a ampliação do leito. A pandemia reduziu as cirurgias eletivas, mas conseguiu dar espaço para as reformas que gente já vinha trabalhando. Nos próximos cinco meses acredito que elas estarão bem encaminhadas”, informou o diretor.

Com a reforma, são esperados 11 novos leitos de UTI, 20 leitos de urgência e emergência e seis de cuidados intermediários.

Valmir Macêdo
[email protected]

Vigilância Sanitária aprova EPIs antes de distribuição

Foto: Sesapi

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), tem feito uma verificação rigorosa da qualidade dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que estão sendo distribuídos para a Rede Hospitalar do Estado do Piauí, destinados à proteção dos profissionais de saúde da linha de frente no combate à pandemia.

Até agora, já foram distribuídos 48.149 aventais; 256.936.624 unidades de luvas; 47.400 toucas; 19.810 unidades de propés; 1.661 óculos de proteção; 299.300.000 máscaras cirúrgicas descartáveis e 16.053 máscaras N95.

De acordo com a diretora da Divisa, Tatiana Chaves, todo o material só é distribuído depois que é testado pela Vigilância. “Os EPIs que são confeccionados de maneira artesanal como máscaras, são distribuídos para setores que oferecem menos riscos de contaminação, como asilos e serviços de nutrição”, afirma.

A diretora explica que, no processo de testagem dos equipamentos, os aventais seguem rigorosamente a gramatura TNT80, que garante a impermeabilidade necessária para os profissionais. “O teste é feito pra saber se passa alguma partícula através do avental. Do contrário, ele não é distribuído para os hospitais da área Covid-19. O material vai para setores sem riscos de contaminação”, revela. O TNT é considerado um nãotecido, feito de 100% de polipropileno, de gramatura 80grs/m, indicado para máscaras cirúrgicas e aventais.

No caso das máscaras que são entregues aos profissionais nos hospitais feitas com TNT na parte externa e com material filtrante SMS na parte interna. O nãotecido SMS Grau Médico é composto de fibras 100% polipropileno. “O material passa ainda pelo controle do CCIH (Centro de Controle de Infecção Hospitalar) de cada hospital. Depois disso, é que são distribuídos”, enfatiza a Tatiana Chaves.

A Divisa também está controlando a qualidade das máscaras “Faceshield”, que são aquelas feitas com acrílico e protegem todo o rosto do profissional. “Não estamos orientando a desinfecção e reutilização dos EPIs porque não tem nota na Anvisa que determine isso, então todos estão sendo descartados”, explica Tatiane Chaves.

Segundo a diretora, apenas as máscaras N95 e PFF2 são recomendadas serem reutilizadas pelos mesmos profissionais. A PFF2 tem uma eficiência mínima de 94%. “Mas só recomendamos essa reutilização quando a material está íntegro. Elas devem ser guardadas em sacos de papel, identificadas com o nome do profissional e é responsabilidade desse profissional a verificação dessa integridade do material para sua reutilização”, esclarece a diretora.

Da Redação
[email protected]

Feriado de sexta, dia 17, registrou isolamento de 54% em Teresina

Foto: PMT

A sexta-feira (17) registrou índice de isolamento social de 54% em Teresina, um dos menores até agora, ficando atrás apenas da segunda e quarta-feira desta semana, que registraram 48%. A Prefeitura havia antecipado o feriado do aniversário de Teresina, comemorado em 16 de agosto, para ontem com o objetivo de manter a população em casa, porém o resultado não foi o esperado.

Os dados do isolamento figuram bem abaixo de 73%, que é o percentual mínimo recomendado para diminuir a disseminação do novo coronavírus na cidade de acordo com especialistas. Os baixos índices apontam que, mesmo com as medidas restritivas adotadas pela Prefeitura sob recomendações de autoridades da saúde, as pessoas continuam saindo de casa.

O prefeito Firmino Filho também decretou ponto facultativo na próxima segunda-feira (20), data que antecede o feriado de Tiradentes, comemorado em 21 de abril. Com esta medida, espera-se que a população fique em casa, evitando a circulação pela cidade e reduzindo ao máximo possível a disseminação da Covid-19.

“Entendemos que o isolamento social é a arma mais eficaz para combater o avanço do novo coronavírus. O vírus já está circulando de forma comunitária em Teresina, chegando a todas as regiões da cidade, ao mesmo tempo em que os índices de isolamento social estão caindo. Isso é muito preocupante, por isso precisamos adotar medidas para fazer a população ficar em casa”, aponta o prefeito.

Os índices de isolamento são observados diariamente através de um sistema de georreferenciamento da startup recifense InLoco, que atua em parceria com a Prefeitura de Teresina, monitorando a localização de 217 mil celulares na cidade. A empresa também utiliza ferramentas de marketing para enviar alertas para aparelhos das pessoas que moram nas regiões que mais vêm descumprindo o isolamento social.

Da Redação
[email protected]

Decreto obriga fornecimento de máscaras para trabalhadores dos serviços essenciais em Teresina

Foto: Roberta Aline

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, assinou decreto esta semana em que obriga trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público da capital, que prestam serviços essenciais, a usar máscaras em seus locais de trabalho. O decreto, de Nº 19.647, segue Nota Informativa do Ministério da Saúde, determinando ainda o fornecimento de outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A medida tem como objetivo evitar a disseminação do novo do coronavírus em Teresina.

Confira aqui o decreto

Confira aqui o decreto

“A dinâmica social, aliada a uma análise concreta sobre o quadro de evolução da pandemia em território nacional, e mais especificamente em Teresina, impõe a adoção de diversas medidas, de acordo com as necessidades locais, para que não haja comprometimento das atividades essenciais e, ao mesmo tempo, que os trabalhadores e servidores públicos possam exercer suas funções com o mínimo de segurança possível”, afirma o prefeito.

Por meio do decreto, os estabelecimentos, órgãos e instituições de trabalho deverão oferecer, obrigatoriamente, as máscaras de proteção de tecido, de acordo com a Nota Informativa do Ministério da Saúde, além de disponibilizarem o fornecimento de água, sabão e álcool em gel 70%.

Nos casos em que seja necessária a utilização de outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), os estabelecimentos, órgão e instituições serão obrigados a fornecê-los aos seus trabalhadores e servidores. Somente em casos especiais, comprovados e justificados, serão dispensados o uso de máscaras e de EPIs. Em caso de descumprimento do decreto, os órgãos e instituições sofrerão penalidades legais.

Nas redes sociais, Firmino Filho disse que acionou os centros de produção popular para a confecção de máscaras reutilizáveis para os outros serviços essenciais da Prefeitura, além da saúde. "Além de garantir mais segurança para nosso pessoal, estimulamos assim a criação de renda para quem vive da costura em nossa cidade", disse.

O gestor ainda fez um apelo para o uso de máscara por toda a população ao sair de casa. "Mesmo não sendo de nenhum serviço essencial, fica nosso apelo: use máscara se for sair de casa. Opte pela reutilizáveis, feitas pelos pequenos empreendedores. Com os cuidados básicos de higienização, esse equipamento é um grande aliado contra a infecção pelo novo coronavírus", afirmou.

Hérlon Moraes (Com informações da PMT)
[email protected]

Demissão de Mandetta por Bolsonaro é reprovada por 64%, diz Datafolha

Foto: José Dias/PR

A demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro, em meio à crise da pandemia do novo coronavírus, foi reprovada por 64% dos brasileiros, mostra pesquisa do Datafolha feita nesta sexta-feira (17).

O levantamento aponta um empate técnico entre aqueles que acreditam que a condução da emergência sanitária pelo Ministério da Saúde sem Mandetta irá piorar (36%) ou melhorar (32%). O ex-ministro foi demitido na quinta (16), e passou o cargo para o médico Nelson Teich.

O Datafolha ouviu 1.606 pessoas por telefone, para evitar contato pessoal, e sua margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

A pesquisa mostrou um estancamento na erosão da imagem do presidente como gestor da maior crise de saúde pública deste século. Sua aprovação oscilou positivamente, dentro da margem de erro, de 33% no levantamento feito de 1º a 3 de abril para 36% agora.

Assim, os satisfeitos empatam tecnicamente com os descontentes, que eram 39% e agora são 38%. O patamar de quem acha o desempenho presidencial ruim ou péssimo estabilizou-se em patamar acima do registrado na primeira pesquisa sobre a crise, feita de 18 a 20 de março: 33%.

Para 23%, o trabalho do presidente é regular, o mesmo nível (25%) da rodada anterior. Os parâmetros de desaprovação e aprovação do presidente seguem semelhantes. Ele é mais reprovado por mulheres (41%), mais ricos (acima de dez salários mínimos, 48%) e instruídos (com curso superior, 46%).

Perguntados se Bolsonaro tem capacidade para continuar liderando o país, 52% acham que sim e 44%, que não. Novamente, homens são mais favoráveis ao mandatário, com 58% de "sim", número igual ao registrado entre moradores da região Sul, seu reduto eleitoral.

Embora não seja comparável metodologicamente com levantamentos presenciais anteriores, o índice de apoio a Bolsonaro se assemelha ao verificado na população em geral, o que tem determinado a atitude intransigente do presidente em relação às suas visões acerca da crise, contrárias à prática internacional no combate ao novo coronavírus.

Mandetta foi demitido na quinta (16), após um processo de fritura que demorou cerca de um mês devido ao fato de ele não concordar com as diretrizes defendidas por Bolsonaro.

O ex-ministro sempre foi claro acerca da defesa do isolamento social como instrumento de contenção de propagação do patógeno e se mostrou cauteloso, quando não cético, ao uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar doentes.

Com efeito, o trabalho do Ministério da Saúde era aprovado por 76% no levantamento anterior, ante 33% do presidente. Ex-ministro, Mandetta registra na nova pesquisa uma avaliação positiva de seu trabalho de 70% dos ouvidos, ante 18% dos que o acharam regular e 7%, que o reprovaram.

Já Bolsonaro encampou uma disputa figadal com governadores de estado, o presidenciável João Doria (PSDB-SP) à frente, na qual a crítica às quarentenas e fechamento de comércio tomou lugar central. Para ele, que antes negava a gravidade da crise, o foco principal tem sido em tentar manter a economia funcionando.

Após dispensar Mandetta, ele voltou a subir o tom nesse sentido na posse de Teich. Além disso, o presidente vem propagandeando os medicamentos, que são alvo de estudos não conclusivos e apresentam contraindicações importantes, como uma provável panaceia para a Covid-19.

No campo da imagem, os governadores seguem à frente de Bolsonaro em aprovação, com 54% de ótimo ou bom. O índice, contudo, oscilou negativamente dentro da margem em relação à pesquisa anterior (58%). Rejeitam o trabalho dos estados 20% e 24%, o consideram regular.

Estão mais satisfeitos com seus governadores os moradores da região Sul (60%), Nordeste (60%) e Norte/Centro-Oeste (57%). Habitantes do Sudeste aprovam menos: 49% consideram os chefes locais bons ou ótimos no manejo da pandemia.

O corte estadual, quando aplicado a Bolsonaro, reflete a divisão política que marca o país desde a campanha eleitoral de 2018 -que, por sua vez, atravessou os anos do PT no poder, só que com o PSDB como antípoda do partido de Luiz Inácio Lula da Silva.

Assim, o Sul é o principal ponto de apoio ao trabalho do presidente, com 44% de aprovação, enquanto o Nordeste se mantém como castelo oposicionista: 46% acham que ele ruim ou péssimo. Igualmente, enquanto 58% dos sulistas veem Bolsonaro em plena capacidade de liderança, 53% dos nordestinos acham o contrário.

A troca do ministro é uma inflexão ainda incerta na crise. Por um lado, Teich representa uma escolha mais ponderada, ante as opções mais radicalmente bolsonaristas, quando não negacionistas abertos do vírus como o ex-ministro Osmar Terra, que estavam colocadas.

Introduziu a necessidade de olhar para aspectos econômicos da pandemia no discurso, alinhando-se a Bolsonaro, mas evitou declarações polêmicas.

Ao defender a reabertura do comércio, ainda que admita o risco para as pessoas, Bolsonaro tem concentrado sua ação no ataque aos governadores. Mas não repetiu a minimização da crise, que teve seu auge num discurso em 24 de março e que levou a um maior isolamento político do presidente.

Por telefone

A pesquisa telefônica, utilizada neste estudo, procura representar o total da população adulta do país, mas não se compara à eficácia das pesquisas presenciais feitas nas ruas ou nos domicílios.

Por isso, apesar de aproximadamente 90% dos brasileiros possuírem acesso pelo menos à telefonia celular, o Datafolha não adota o método em pesquisas eleitorais, por exemplo.

O método telefônico exige questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais, como cartão com nomes de candidatos. Além disso, torna mais difícil o contato com os que não podem atender ligações durante determinados períodos do dia, especialmente os de estratos de baixa classificação econômica.

Assim, mesmo com a distribuição da amostra seguindo cotas de sexo e idade dentro de cada macrorregião, e da posterior ponderação dos resultados segundo escolaridade, os dados devem ser analisados com alguma cautela.

Na pesquisa divulgada nesta sexta-feira, feita dessa forma para evitar o contato pessoal entre pesquisadores e respondentes, o Datafolha adotou as recomendações técnicas necessárias para que os resultados se aproximem ao máximo do universo que se pretende representar.

Todos os profissionais do Datafolha trabalharam em casa, incluídos os entrevistadores, que aplicaram os questionários de suas casas através de central telefônica remota.

Os limites impostos pela técnica telefônica não prejudicam as conclusões pela amplitude dos resultados apurados e pelos cuidados adotados.

Foram entrevistados 1.606 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de três pontos percentuais. A coleta de dados aconteceu nesta sexta (17).

Fonte: Folhapress

Criticada, China corrige o número de mortes

Foto: FuturaPress/FolhaPress

Em meio a críticas sobre a gestão da pandemia de covid-19 em seu início, a China revisou os números e anunciou ontem 1.290 mortes a mais na cidade de Wuhan, marco zero do coronavírus. Os novos dados vieram depois que líderes mundiais colocaram em dúvida as estatísticas e a condução da estratégia chinesa para conter o surto.

A China havia anunciado até então 3.342 mortes e mais de 82 mil contágios pelo coronavírus em um país de quase 1,4 bilhão de habitantes. Ontem, Wuhan surpreendeu o mundo ao elevar em 50% o balanço de mortes provocadas pela covid-19. Em um comunicado publicado nas redes sociais, a cidade chinesa de 11 milhões de habitantes explicou que, no pico da epidemia, alguns pacientes morreram em casa, pois não tinham condições de ser atendidos em hospitais e não foram contabilizados. Com os novos números, a China chegou aos 4.632 mortos pela doença.

Durante a última semana, o país foi alvo de questionamentos de líderes mundiais. O presidente dos EUA, Donald Trump, que acusa os chineses de esconderem estatísticas, disse ontem que, mesmo com a revisão dos números, o total de casos deve ser "muito maior". "A China acaba de anunciar uma duplicação no número de mortes pelo 'Inimigo Invisível'. É muito maior que isso e muito mais alto que nos EUA, não chega nem mesmo perto!", postou Trump, em sua conta no Twitter.

Na quinta-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse, em entrevista ao jornal Financial Times, que há aspectos desconhecidos na gestão chinesa da pandemia. No mesmo tom, o ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab, afirmou que o mundo terá de "fazer perguntas difíceis sobre o aparecimento do vírus e sobre por que não pôde ser detido antes"

A China reagiu. "Nunca houve nenhuma ocultação e não autorizaremos nenhuma", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, que, porém, reconheceu "atrasos, omissões e imprecisões" nos registros de mortes no início da epidemia, em razão da saturação dos hospitais.

Revisão

Ainda ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que muitos países terão de revisar o número de mortos pelo novo coronavírus, como fez a China. "É algo difícil de perceber durante uma crise, identificar todos os casos e identificar todos os mortos", disse Maria Van Kerkhove, autoridade responsável pela gestão da pandemia na OMS, em uma entrevista coletiva online. "Podemos esperar que inúmeros países se encontrem em uma situação similar, na qual terão de revisar seus registros e questionar: 'Contabilizamos todos?'", disse a representante da OMS.

Segundo Kerkhove, para o novo balanço, a China utilizou dados não computados de funerárias, hospitais, laboratórios, prisões, clínicas e asilos. Os números atualizados chineses continuarão sem convencer os críticos, mas parecem suficientes para o presidente russo, Vladimir Putin, um dos poucos líderes mundiais a defender Pequim. Ele elogiou a estratégia do país asiático durante a pandemia e considerou que as acusações contra a China são "contraproducentes". 

Fonte: Estadão Conteúdo

Sandy e Junior farão live em dupla no YouTube

"Eu e o Junior vamos fazer nossa live! Bem intimista, dentro de casa, como tudo começou. Da nossa família pra sua, com muito amor e música para ajudar o maior número de pessoas possível neste momento tão delicado", escreveu Sandy em seu Instagram.

Alguns fãs já vinham especulando a possibilidade de uma apresentação ao vivo após ambos terem postado a mesma foto de quando eram crianças. A dupla fará a transmissão ao vivo de sua casa pelas medidas de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus. O show vai acontecer dia 21 de abril.

Fonte: Estadão Conteúdo

Isolados, pacientes internados no Verdão irão se comunicar por videochamada

  • IMG-20200417-WA0227.jpg Sesapi
  • IMG-20200417-WA0226.jpg Sesapi
  • IMG-20200417-WA0225.jpg Sesapi
  • IMG-20200417-WA0224.jpg Sesapi
  • IMG-20200417-WA0223.jpg Sesapi
  • IMG-20200417-WA0222.jpg Sesapi

O hospital de campanha que está sendo montado no Ginásio Verdão, em Teresina, vai permitir que familiares possam visitar pacientes sem contato físico por meio de videoconferência. As medidas sanitárias não permitem a entrada de visitantes no local que receberá exclusivamente casos de Covid-19 no Piauí com capacidade para mais de 100 leitos. 

As salas de videoconferência foram testadas pela primeira vez nesta sexta-feira (17). A estrutura tecnológica será capaz de permitir que os pacientes sejam visitados por seus familiares, sem o risco de contágio.

“A gente não pode aceitar o contato de pacientes com acompanhantes. Para manter os familiares informados, teremos uma ala isolada para eles receberem as informações, com divulgação dos boletins médicos. Os que forem de outras cidades, teremos um assistente social específico para manter contato com a família”, explicou diretor do Hospital Infantil do Piauí, Vinicius Nascimento, um dos coordenadores da montagem da unidade.

Equipamentos, dentre eles notebooks e tablets, serão utilizados, principalmente, pela equipe que está na linha de frente do projeto e precisa de ferramentas de telecomunicação. 

“Como os pacientes estarão em isolamento dentro do hospital de campanha, caso seja necessário, a comunicação será feita através dessas ferramentas”, explicou Viviane Moura, superintendente de Parcerias Público Privadas.

Montagem de tubulações

Com a montagem estrutural provisória das divisórias de alas quase pronta, prevista para ser concluída neste sábado (18), o hospital de campanha se prepara para receber a instalação das tubulações de gases, internet e sistema de coleta de resíduos.

Segundo Vinicius Nascimento, mesmo sendo um hospital de campanha, a estrutura é robusta. “Não é uma tenda, é um hospital”, afirma. Serão mais de 100 leitos, incluindo unidades clínicas e de estabilização.

Valmir Macêdo
[email protected]

STF dá aval a acordos individuais para reduzir salário na crise

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF (17/04/2020)

 

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu assegurar a validade dos acordos individuais entre empregadores e trabalhadores para reduzir jornada e salário ou suspender contratos durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus no País. Por sete votos a três, a Corte manteve a medida nos mesmos termos da proposta do governo federal.

Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello, além do presidente da Corte, Dias Toffoli, votaram por rejeitar o pedido de medida cautelar para suspender esse dispositivo da Medida Provisória 936. A solicitação havia sido feita pela Rede Sustentabilidade em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI).

Só dois ministros (Edson Fachin e Rosa Weber) votaram pela necessidade de acordos coletivos, acatando o pedido do partido.

O relator da ação, ministro Ricardo Lewandowski, proferiu um voto "intermediário" prevendo a validade dos acordos Individuais, mas com possibilidade de o sindicato deflagrar negociação coletiva. O ministro Celso de Mello ainda não retornou às atividades plenárias e, por isso, não votou nesta sessão.

O julgamento ocorre neste momento diz respeito a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pela Rede Sustentabilidade e que questiona a Medida Provisória do governo que permite acordos para redução de jornada e salário ou suspensão de contrato como instrumento de enfrentamento à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Regras

As negociações individuais valem para os trabalhadores com carteira assinada e que recebem até R$ 3.135 ou que tenham ensino superior e ganham acima de R$ 12.202,12. Quem tem salário intermediário também pode negociar individualmente para reduzir 25% da jornada e do salário, mas depende de acordos coletivos, negociados pelos sindicatos das categorias, para alterações mais radicais no contrato.

No total do programa, a equipe econômica prevê que até 24,5 milhões de trabalhadores receberão o benefício emergencial - ou seja, serão afetados pelas reduções de jornada e salário ou suspensão de contratos. O número equivale a 73% dos vínculos com carteira assinada no País.

A medida permite redução de jornada em 25%, 50% ou 70%, com um corte proporcional no salário, por até três meses. Também é possível suspender o contrato por até dois meses. Em todos os casos, o governo pagará uma parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito.

Hoje a parcela do seguro vai de R$ 1.045 a R$ 1.813,03. Na redução de jornada, o governo paga o mesmo porcentual do corte (25%, 50% ou 70%) calculado sobre o seguro. Na suspensão de contrato, o governo paga 70% do seguro, em caso de empregados de grandes empresas, ou 100%, em caso de trabalhadores de pequenas e médias companhias.

Na soma da parcela salarial e da parte paga pelo governo, nenhum trabalhador receberá menos que um salário mínimo.

Moraes, Barroso, Fux, Cármen, Gilmar, Marco Aurélio e Toffoli votaram para aplicar MP da forma como governo editou. O ministro Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar pela aplicação integral da medida provisória do governo, divergindo de Lewandowski. O voto dele foi seguido pelos colegas Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e pelo presidente do STF, Dias Toffoli.

Para Moraes, a possibilidade de o sindicato alterar acordo firmado individualmente "geraria enorme insegurança jurídica e reduziria eficácia da medida emergencial". "Se colocarmos necessidade de referendo do sindicato como condição resolutiva, vamos ter três possibilidades, sendo que só uma a meu ver, com todo o respeito às posições em contrário, não afetará segurança jurídica e boa fé de empregados e empregadores, que é o caso de o sindicato concordar com o que foi feito", justificou o ministro.

Na visão de Moraes, o artigo da Constituição que prevê exceção à irredutibilidade dos salários apenas em caso de negociação coletiva, com mediação de sindicatos, não se aplica no caso da MP do governo. "Não há conflito coletivo", argumentou.

"Aqui não existe conflito, aqui existe a necessidade de uma convergência pela sobrevivência da empresa, do empregador e do empregado, com auxílio do governo. Sem o auxílio do governo e sem essa convergência de interesses, as empresas não sobreviverão a esse período de pandemia. Teremos um desemprego em massa", alertou Moraes.

O ministro chegou a dizer que já há cálculos apontando que o Brasil, que tinha cerca de 12,5 milhões de desempregados antes da crise, poderia chegar a 25 milhões ou até 30 milhões de desempregados após a crise, algo que seria "inadmissível" e geraria um "conflito social gigantesco".

"Às vezes é importante ceder para sobreviver. Às vezes é importante interpretar mais favoravelmente para sobreviver", acrescentou.

Para Barroso, diante da assimetria e da desigualdade intrínseca entre empregador e empregado, a negociação coletiva "é sim uma alternativa importante" e até "ideal e desejável". No entanto, o ministro argumentou que a grande heterogeneidade dos sindicatos e suas múltiplas deficiências exibem uma incapacidade em realizar a tempo a chancela de milhões de acordos de suspensão ou redução de jornada. De acordo com o ministro, é possível extraordinariamente afastar a exigência de negociação coletiva, em situação emergencial e transitória.

"Portanto, eu constato aqui, numa impossibilidade material, numa impossibilidade prática que salta aos olhos, que não há uma estrutura sindical no Brasil capaz de atender a tempo e à hora às demandas de urgência de suspensão de contrato e redução de jornada", disse Barroso. "Se se der esse protagonismo aos sindicatos, inexoravelmente as empresas vão optar mais pelo caminho mais fácil, que é a demissão, do que o caminho mais tormentoso de ficar na dependência da intervenção dos sindicatos nesse contexto", acrescentou.

Barroso disse que a própria MP "cuidou de estabelecer colchões de proteção social para coibir eventuais abusos" ao prever estabilidade provisória e preservação da hora trabalhada.

"A realidade impõe limites ao direito. A Constituição prevê sim a negociação coletiva em caso de redução de jornada, de redução de salário e suspensão de contrato. Mas a Constituição também prevê o direito ao trabalho e uma série de garantias à proteção do emprego. Se a negociação coletiva for materialmente impossível para impedir demissão em massa, a melhor interpretação é a que impede a demissão em massa, com a flexibilização nas pontas dessa exigência de negociação coletiva", defendeu Barroso.

Fux argumentou que o direito "não está apartado da realidade" e a "realidade prática" mostra hoje uma convergência de interesses entre empregadores e trabalhadores. "Entendo que essa liberdade e essa autonomia, à luz do realismo jurídico, não pode ser abandonada. Esse realismo jurídico deve impregnar nossa interpretação dos dispositivos constitucionais", disse o ministro. "O sindicato não pode fazer nada, absolutamente nada que supere a vontade entre as partes." Ele alertou ainda que o País vive uma "tempestade perfeita" com a pandemia e defendeu a necessidade de manter a validade da medida do governo.

A ministra Cármen Lúcia foi em direção semelhante e disse que o momento é "grave, sofrido, perturbador" e causa "profundas rachaduras nas estruturas que nos permitiram supor que éramos seguros". Ela destacou que o quadro de emergência temporária se conjuga ao fato de o programa proposto pelo governo também ser provisório e lembrou que a MP ainda está sujeito ao crivo político do Congresso Nacional.

"A MP veio trazer uma alternativa que é multidisciplinar para garantir-se o emprego, garantir-se o trabalho. É certo que não é o ideal, mas não estamos falando aqui do ideal. Estamos falando de nos apegar ao princípio constitucional que assegure pelo menos a valorização do trabalho e do trabalhador, que se ficar sem o emprego sequer poderá ficar em situação de distanciamento social, porque ele vai sair em busca de outros empregos", afirmou Cármen Lúcia.

Para a ministra, o ato jurídico do acordo individual prescinde de necessária atuação do sindicato neste caso. A alternativa, segundo ela, "seria o não salário, seria o desemprego".

Fachin e Rosa votam contra possibilidade de acordo individual entre patrão e empregado

Os ministro Edson Fachin abriu uma terceira via no julgamento sobre a Medida Provisória que permite a redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. Fachin acolheu integralmente o pedido da Rede Sustentabilidade a fim de afastar a possibilidade de acordos individuais para tratar dessas medidas.

Fachin, terceiro a votar no julgamento da MP do governo, argumentou que a participação sindical tem garantia expressa na Constituição de 1988 e não há espaço para que uma lei ordinária suprima isso, ainda que em tempos de crise ou calamidade pública

"A exigência de que a flexibilização de direitos fundamentais sociais, tais como salários, jornadas ou a continuidade do próprio contrato de trabalho, seja feita sob o olhar protetivo do respectivo sindicato da categoria, tem a função de resguardar o empregado", disse o ministro em seu voto. Sem essa observação, segundo Fachin, nasce uma "possibilidade real de negar-se direitos fundamentais dos trabalhadores, o que não se pode admitir".

A ministra Rosa Weber acompanhou o ministro Fachin. Para ela, afastar a participação sindical das negociações, mesmo num momento de calamidade pública, pode gerar um "recrudescimento do conflito social". Segundo a ministra, a multiplicidade de acordos individuais pode levar a um conflito coletivo e até fomentar o conflito entre o sindicato profissional e o empregado, que agiria "coagido e insuflado pelo medo e pela insegurança".

"O período de crise reclama o resguardo da solidez das normas democráticas", disse Rosa, referindo-se ao dispositivo da Constituição que prevê as negociações coletivas para redução de salários.

Após o voto de Rosa, Lewandowski inclusive fez uma intervenção para dizer que "não teria dificuldade em acompanhar" a ala contrária à possibilidade do acordo individual, mas ponderou que várias empresas e trabalhadores já estão estabelecendo negociações individuais. "Neste momento, considerando que o processo de acordos individuais já estava em andamento, cabia a mim ser mais contido", justificou o relator.

Por Idiana Tomazelli
Estadão Conteúdo

Piauí tem 9ª morte e recorde de casos de Covid-19; Três crianças testam positivo no litoral

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou, nesta sexta-feira (17), a nona morte de paciente infectado pelo novo coronavírus. A vítima é um idoso de Bom Princípio, Norte do estado. Foi registrado também o novo recorde de casos confirmados em um único dia - 21 testes positivos, entre eles três crianças no litoral. 

A nona morte confirmada é de um idoso de 72 anos. Natural de Bom Princípio, ele estava internado no hospital Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, e tinha histórico de hipertensão. 

No litoral, foram confirmados casos de três crianças - de 1, 2 e 5 anos de idade. São duas pacientes de Luís Correia e uma de Parnaíba - município que passou a ser o segundo com maior número de casos no Piauí, com 6 testes positivos. 

De quinta para sexta-feira, 10 mulheres e 11 homens testaram positivo, o mais velho deles com 98 anos. 

Foram confirmados também novos casos em São Raimundo Nonato, São José do Piauí, Esperantina, Campo Maior (2º caso), Francinópolis e Teresina. Agora são 18 municípios com registro do novo coronavírus no estado.

Além do paciente de Bom Princípio, o Piauí registra 5 mortes em Teresina e outras de pacientes de Parnaíba, São José do Divino e Piracuruca.

 

 

Registros no interior
A confirmação do segundo caso de Campo Maior foi antecipada no final da tarde pelo prefeito Professor Ribinha (PT). O gestor usou as redes sociais para alertar sobre a possibilidade de aumento de casos nos próximos dias e pedir que a população siga as recomendações de distanciamento social, higiene e uso de máscaras. 

A prefeitura de São José do Piauí também se antecipou ao boletim da Sesapi e confirmou o teste positivo de um idoso de 93 anos. Em nota, a Secretaria de Saúde do município informou que o paciente teve febre, tosse seca, mialgia (dor muscular) e anosmia (perda do olfato). Com quadro leve de Covid-19, ele é monitorado em isolamento domiciliar a cada 24 horas. 

Nas últimas 24 horas, o Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen-PI) descartou mais de 300 casos - são 2.136 descartados desde o início dos exames no Piauí. 

No dia 13 de abril, quando começou o aumento do número de casos, foi também quando a rede pública de saúde começou a realizar a testagem rápida, com os kits recebidos pelo Ministério da Saúde. 

Recuperados
A boa notícia do dia foi a alta de uma idosa de 91 anos que testou positivo e estava internada em Teresina desde o dia 2 de abril. No boletim desta sexta-feira, a Sesapi contabiliza 63 pacientes com alta médica. 

Fábio Lima
[email protected]

Posts anteriores