Ao comentar nesta sexta-feira (14) as manifestações contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, Rio de Janeiro e outros municípios do país, o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, senador Wellington Dias, disse que é preciso separar que é um movimento pacífico daquilo que é, muitas vezes, uma prática criminosa. Ele defendeu o diálogo como caminho para encontrar uma solução para o problema.
Pedro França/Arquivo Senado
Para o senador petista, o estado deve garantir o legítimo direito da manifestação de estudantes, de trabalhadores, de organizadores, mas deve estar atento àqueles indivíduos infiltrados no movimento com o intuito de cometer crimes. O senador lembrou episódio semelhante vivenciado por ele em 2011 quando era governador do Piauí. Segundo ele, o impasse foi resolvido na base do diálogo.
"Conseguimos separar o joio do trigo, no sentido de verificar quem estava no movimento com o intuito de prática perigosa. E foram detectadas em Teresina pessoas com as fichas da pior possibilidade, infiltradas no movimento, encapuzadas, incendiando ônibus, depredando veículos, e que não tinha nada a ver com as razões do outro movimento, que dizia respeito a um protesto em relação ao preço da passagem", recordou.
Segundo o senador, alem dos movimentos sociais, participaram da construção de uma solução o então prefeito da capital do Piauí, Elmano Férrer, líderes regionais de todos os partidos e empresários do setor de transportes.
Chegou-se à solução por uma passagem que ficou compatível com os custos", disse o parlamentar.
Wellington Dias disse ainda que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tem manifestado posição firme de cooperação com o estado de São Paulo.
"De um lado, compreendemos, em uma democracia, como legítimo o direito do protesto, de manifestação, tanto para estudantes como para outros setores da sociedade; de outro, o limite, que esbarra no direito dos outros, no sistema e na lei", argumentou.
Fonte: Agência Senado