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Dilma vai promover campanha na TV e nas escolas para combater o Aedes aegypti

Após dar início a uma campanha de mobilizações contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite os vírus da dengue, chikungunya e Zika, a presidenta Dilma Rousseff fará um apelo nas próximas semanas a diferentes atores da sociedade civil no combate ao inseto. O objetivo é sensibilizar lideranças para que se envolvam no que a presidenta tem chamado de “guerra” para eliminar todos os focos do mosquito.

O governo está preocupado com o aumento do número de casos de microcefalia, malformação no cérebro de recém-nascidos, e que tem relação com o vírus Zika. Na última quarta-feira (27), foram confirmados o nascimento de 270 crianças com microcefalia no país, e a existência de mais de 3.400 casos suspeitos. Na última semana, teve ínicio um calendário de limpeza de órgãos públicos, que terão periodicamente o Dia da Faxina, para eliminar criadouros do mosquito. Além disso, 220 mil militares vão visitar casas e orientar moradores em 356 cidades no próximo dia 13.

O Palácio do Planalto acredita que a principal estratégia é conscientizar a população, e que se as pessoas não colaborarem, o trabalho do governo vai ficar ainda mais difícil. Apesar de a presidenta ter dito, nessa sexta-feira (29), que “não pode faltar dinheiro” e que “não haverá contingenciamento” de recursos para o combate "que é uma questão de saúde pública", a avaliação interna é de que as verbas para a publicidade não são suficientes para passar a mensagem de combate ao mosquito, já que tem alcance limitado.

A intenção é que a presidenta Dilma converse com representantes de igrejas, líderes de comunidades e empresários e peça auxílio no combate ao mosquito, além de continuar o contato com governadores e prefeitos. Segundo a presidenta, a mobilização servirá para “evidenciar” que todos têm de participar: “do soldado, passando pelo cientista, da pessoa que limpa uma rua, a dona de casa”.

Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social na quinta-feira (28), a presidenta disse que precisaria da participação da sociedade para uma “batalha” que, segundo ela, será de médio prazo. “Peço aos senhores e as senhoras que mobilizem seus funcionários, seus companheiros de sindicato, os fiéis de sua igreja, os colegas de trabalho e de escolas, a família e os vizinhos”, disse aos conselheiros, dentre eles empresários e sindicalistas.

O governo também pretende utilizar os cinco minutos gratuitos de inserção diária do Ministério da Educação nas emissoras de televisão para mobilizar os telespectadores e ouvintes. A partir de março, vai veicular uma campanha publicitária no rádio e na TV. A orientação é de que seja utilizado o tema “Zika Zero”, que já se tornou hashtag nas redes sociais, e que os materiais tenham a frase: “Um mosquito não é mais forte que um país inteiro”.

Donos de emissoras de rádio e TV também poderão ser procurados pela presidenta. Quem tem participado das discussões avalia que uma campanha integrada envolvendo a programação dos canais teria mais impacto do que apenas uma propaganda no intervalo comercial.

Ação nas escolas

Na próxima quinta-feira (4), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, dará início a uma mobilização nas escolas para envolver 40 milhões de estudantes do ensino básico, da rede pública e privada, e mais de sete milhões de universitários. Por meio das instituições de ensino superior, dos secretários de educação estaduais e municipais, a campanha é fazer com que as crianças espalhem a conscientização.

A ideia é que o aluno leve uma carta com cuidados para evitar a proliferação do mosquito e passe a mensagem para a família, ajudando na mobilização e cobrando os próprios pais caso encontre eventual criadouro. Além de panfletos, cartilhas e cartazes, materiais didáticos também estão sendo elaborados para os professores. O auge da campanha será nas próximas semanas, após o Carnaval.

 

Fonte: Agência Brasil

Câmara retomará análise de projeto que cria política contra Dengue, Chikungunya e Zika

Uma sessão solene do Congresso Nacional está marcada para a próxima terça-feira (2), às 15 horas, que dará início ao ano legislativo 2016. Dentre os projetos que serão discutidos, neste ano, está o de criação de uma política nacional de combate à Dengue, à febre Chikungunya e à Zika (PL 1861/15), todas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Os beneficiários da política nacional serão principalmente mulheres, idosos, crianças, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A proposta prevê incentivos à pesquisa científica para combater a doença; a elaboração de campanhas de conscientização; mecanismos descentralizados para divulgar informações educativas sobre saneamento; e recebimento de denúncias por telefone ou pela internet sobre a existência de foco de mosquitos.

Pelo texto, o poder público poderá entrar em imóvel que apresente risco de proliferação do mosquito para avaliá-lo, dedetizá-lo ou determinar ao proprietário essas providências. Os infratores estarão sujeitos a multa progressiva de, no mínimo, 50% do valor anual do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Os recursos dessas multas municipais serão usados em parte para programas de combate ao mosquito.

"É um conjunto amplo de ações que fortalecem o papel do poder público e da sociedade civil no enfrentamento da doença", disse o relator do projeto na Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Jorge Solla (PT-BA).

Gravidez

Os casos de microcefalia suspeitos de relação com a infecção pelo vírus Zika já superaram a marca de 4 mil no País. Preocupados com o problema, deputados analisam, em regime de urgência, a criação de uma política nacional. A empresária Rachel Alves, de 34 anos, grávida de quase 3 meses, é o retrato dos novos tempos. Desde que soube da gestação, começou a se precaver, mas se sente muito insegura pela falta de informações precisas, apesar das recomendações.

"Usar sapato fechado, repelente o tempo todo, sempre calça, mangas compridas. É isso que estou fazendo", afirmou. "Mas o que nós sabemos é muito pouco. A gente cuida. E o vizinho, está cuidando?", questionou.

Votação

A proposta que cria a Política Nacional de Combate à Dengue, à Febre Chikungunya e à Febre Zika foi aprovada na Comissão de Seguridade Social e Família em dezembro, quando também recebeu o regime de urgência.

A proposta, de autoria do deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP), tem caráter conclusivo e precisa ser analisada pelas comissões de Finanças; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovado, o texto poderá seguir para o Senado, sem passar pelo Plenário da Câmara.

Em dezembro, o governo lançou um plano nacional de combate e prevenção a essas doenças, especialmente a ika, com participação das Forças Armadas e da Defesa Civil no apoio para transporte e distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde, visitas a residências e mobilizações de prevenção. Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, houve 1,5 milhão de casos de dengue.

 

Fonte: Câmara dos Deputados 

Piauí é 2º no país no combate ao mosquito Aedes

O Piauí alcançou esta semana o 2º lugar do Brasil em percentual de domicílios vistoriados pelos agentes de saúde para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, com quase 58% de cobertura e 326.075 visitados, do total de 568.312.

Dois fatores foram determinantes para a impulsionada. Um deles, a estruturação da Sala Estadual de Coordenação e Controle de Enfrentamento à Microcefalia que opera desde dezembro, registrando e monitorando dados.

Outro motivo para o ótimo desempenho do Estado foi a implantação do PNEM-PI, sistema desenvolvido pela equipe de informática da Secretaria de Estado da Saúde. A ferramenta trabalha alimentando o banco de dados dos imóveis visitados nos municípios piauienses e permite que os números sejam atualizados diretamente pelos municípios, com o acompanhamento e monitoramento dos técnicos da Secretaria. 

O sistema gerou interesse de outros Estados, como Roraima e Pernambuco, que estudam o uso da ferramenta por sua eficácia na computação dos dados. “No próximo dia 1º de fevereiro, teremos uma videoconferência com técnicos desses estados para troca de experiências e informações relativas ao PNEM-PI, informa a gerente de Atenção à Saúde, Miriane Araújo.

“Mesmo estando em segundo lugar, os municípios devem intensificar suas inspeções nos domicílios e agregar ao trabalho dos agentes comunitários, os agentes de endemias municipais, como definido na Portaria nº 2121 do Ministério da Saúde”, alerta a gerente.

A gerente chama atenção, também, para a necessidade dos municípios enviarem diariamente as informações colhidas nas vistorias. “Além disso, devem implantar as Salas Municipais de Controle para acompanhar os dados colhidos e planejar as ações do município para o combate ao vetor”, disse.

Ao todo, no país foram visitados quase 11 milhões de imóveis em 3.183 municípios. A Paraíba continua com o maior número percentual de imóveis trabalhados, com 74,6%. 

Da Redação
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Microcefalia por zika foi descoberta graças ao Brasil

A epidemia de zika no Brasil permitiu que fosse constatada a relação entre o vírus e a microcefalia, disse à BBC Brasil um especialista do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, órgão da União Europeia responsável pela saúde.

Surtos anteriores em outras partes do mundo não haviam afetado populações suficientemente grandes a ponto de fazer-se notável o aumento do nascimento de bebês com má-formação.

"De certa forma, eu diria que a importância da população afetada no Brasil foi a de servir de revelador para a associação com a microcefalia", disse Deni Coulombier, chefe da unidade de vigilância e resposta do órgão.

Comparando a epidemia brasileira às ocorridas em ilhas do Oceano Pacífico, Coulombier explica que há duas razões para que o vínculo não tenha sido percebido anteriormente.

"Não houve tantas mulheres contaminadas e houve poucos casos (de microcefalia), que mal puderam ser notados. Agora, o mesmo risco aplicado a uma grande população sem resistência ao vírus no Brasil, que é mais concentrado em questão de espaço, você acaba vendo de repente dezenas de milhares de casos no mesmo hospital ao mesmo tempo", diz.

"Olhando em retrospecto para os outros países, está claro que ocorreram casos de microcefalia e de má-formação do sistema nervoso central."

Segundo dados do ECDC, após observar a epidemia brasileira, as autoridades da Polinésia Francesa revisaram seus números. Em 2013-2014 as ilhas sofreram com epidemia de zika e na revisão foi constatado que houve aumento no número de bebês nascidos com deformações no ano seguinte, passando de um caso para 17 casos na média anual.

Vínculo

O chefe da delegação brasileira que participa esta semana do Encontro Executivo da Organização Mundial de Saúde, OMS, em Genebra, Jarbas Barbosa, concorda que a epidemia brasileira permitiu que fosse descoberta a relação.

"Pelo trabalho feito até agora pelo Ministério da Saúde do Brasil e pelas instituições de pesquisa do país, a hipótese de que (a microcefalia) já ocorria antes e só foi percebida agora, porque tem um sistema de vigilância melhor estruturado, provavelmente é a hipótese mais provável", disse à BBC Brasil.

Barbosa ressaltou que diversos estudos estão sendo conduzidos no país para detalhar a natureza do vínculo entre zika e microcefalia.

"O que nós temos até o momento são estudos epidemiológicos que demonstram a clara associação entre mulheres que tiveram infecção por zika durante a gestação e a ocorrência de microcefalia entre elas significativamente maior. Isso aponta para que haja muito provavelmente associação causal".

"Vários outros estudos estão sendo desenvolvidos neste momento para comprovar essa hipótese (de causalidade), é muito provável que seja comprovada."

A Organização Mundial de Saúde ainda não reconhece o vínculo entre o vírus e a microcefalia como sendo de causa, porque, segundo a organização, outros fatores não podem ser excluídos.

Em entrevista à BBC Brasil, o porta-voz da OMS Christian Lindmeier disse que "pela evidência que temos em mãos, existe a sugestão de uma associação entre zika e microcefalia, mas há muitas coisas que ainda não foram estabelecidas e que precisamos saber". "

"A microcefalia pode ser causada por impactos ambientais, metais pesados, herbicidas, pesticidas, síndromes genéticas, infecções, álcool, drogas, vacinas. E esses podem ser outros cofatores na má-formação."

"Eu creio que os países que só agora estão identificando a circulação do zika vírus, no caso os nossos vizinhos na América Latina, se beneficiarão bastante da experiência que o Brasil vem acumulando em como detectar (o vírus) e garantir o cuidado desses bebês (com microcefalia)", avalia Barbosa.

A delegação brasileira participa nesta quinta-feira de um painel - seguido de entrevista coletiva - sobre o tema da zika na OMS em Genebra. Por meio de teleconferência, Barbosa e o diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, deverão compartilhar os últimos avanços no enfrentamento da epidemia no país.

Fonte: Terra

Fiocruz prevê 16 mil casos de microcefalia em 2016

O número de casos de microcefalia no Brasil aumentou 10% em uma semana e alcançou a marca de 3.893 notificações. Os registros ocorreram em 764 municípios, em 20 Estados e no Distrito Federal. Embora o ritmo de crescimento tenha apresentado leve queda, o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, afirma ser cedo para fazer qualquer previsão. O vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, alerta que os números ainda deverão crescer. "Chegaremos a 16 mil casos neste ano", estima.

Para Stebeli, a epidemia de zika é um dos mais graves problemas de saúde pública já enfrentados pelo Brasil. "A evolução epidemiológica de problemas relacionados à infecção é muito mais rápida do que em outras doenças, como HIV e tuberculose", diz. "Estamos assistindo à chegada de uma geração de bebês que necessitam de cuidados intensos para sua melhor qualidade de vida", afirma. "Será necessária assistência para essas crianças, fora o impacto para a família", explica.

A microcefalia era, até meados do ano passado, uma doença considerada rara no Brasil e no mundo. O número de casos no País explodiu a partir de agosto, meses depois de uma epidemia de zika no Nordeste. Exames feitos em bebês e fetos com a má-formação reforçaram a tese de pesquisadores de que o aumento de casos é causado pela transmissão vertical - da mãe para o bebê, na gestação. 

A amostra mais recente ocorreu em Minas, com um bebê que nasceu com microcefalia. Análises feitas da medula espinal identificaram a presença do zika vírus. O boletim divulgado ontem relatou ainda 49 mortes por má-formação congênita. Desse total, em cinco se confirmou relação com zika.

"O cenário é muito dinâmico. Ele ainda vai mudar bastante", avalia Maierovitch. Ele lembra que o vírus, transmitido pelo mesmo vetor da dengue, já está presente em vários países. "A tendência é de que ocorram novos casos no Hemisfério Norte e em países onde há infestação do mosquito." 

Sudeste e carnaval

Uma das preocupações das autoridades sanitárias brasileiras é a Região Sudeste, onde o vírus começou a circular há pouco tempo e por isso, a grande maioria da população é suscetível. "O Nordeste já enfrentou uma epidemia no verão passado. Não temos os números, mas há uma estimativa de que parte da população esteja imunizada. O mesmo não acontece no Sudeste", diz Maierovitch. Para ele, é preciso continuar o trabalho de redução na infestação do mosquito. "Para não deixarmos a curva de casos subir."

O diretor reconhece que o carnaval representa mais um fator de risco para o número de casos aumentar. Não por causa da circulação de pessoas, pois o vírus já está presente em quase todos os Estados do País, mas pela tendência, nesse período, de as pessoas adotarem atitudes de maior risco. "O contato interpessoal é maior e as pessoas ficam mais expostas ao mosquito, porque saem para as ruas. Daí a necessidade de insistir para medidas de proteção como uso de repelentes."

Maierovitch também não escondeu preocupação com a situação de São Paulo que, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, já apresenta um grande número de cidades com epidemia de dengue. "É um indicador da vulnerabilidade dos municípios para zika", observa.

Teste 3 em 1

O Ministério da Saúde anunciou no sábado a compra de um produto que está em fase de testes e cuja produção ainda não está certa. No fim de semana, o ministro Marcelo Castro participou de uma cerimônia em que prometia a compra de 500 mil testes "três em um", para diagnóstico simultâneo de dengue, chikungunya e zika. Na ocasião, foi afirmado que os kits começariam a ser entregues em fevereiro. "Ele é promissor, mas é um projeto a médio prazo, para alguns meses", diz o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

O teste tem como ponto de partida um kit desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz. "O produto vai existir, mas algumas etapas ainda são necessárias", completa. A Fiocruz ainda não apresentou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro do novo método de diagnóstico, por exemplo.

O vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, afirma que documentos estão sendo reunidos e que essa etapa vai ser cumprida, mas não é essencial para que o novo kit passe a ser usado. "Atualmente, os laboratórios de referência fazem testes chamados 'in house', uma espécie de teste caseiro que também não passa por certificação da Anvisa", observa. 

 

Fonte: Estadão 

Número de casos de microcefalia investigados no Piauí chega a 91

Subiu para 91 o número de casos de microcefalia investigados no Piauí. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde. No estado, todos os registros ainda estão sob investigação para saber se há relação entre a má formação e a infecção pelo vírus Zika. 

No relatório da semana passada, o número tinha chegado a 77 casos notificados em investigação. O crescimento no número de registros dessa vez foi menor - 18%.

Até 23 de janeiro, o Ministério da Saúde contabilizou 3.448 casos em investigação em todo o país. Destes, 270 tiveram foram confirmados e 462 descartados. 

A maioria dos registros é do Nordeste. Na região, só Piauí, Alagoas, Sergipe e Maranhão ainda não tiveram casos de microcefalia que tenham relação confirmada com alguma infecção congênita. 

Morte de bebê
O Ministério da Saúde também confirmou que a morte de um bebê com microcefalia no Piauí ocorreu por infecção congênita, mas não determinou ainda que a mesma esteja associada ao Zika. Além do vírus, essa infecção pode ter sido provocada por doenças como Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes Viral ou outros agentes infecciosos. 

O bebê de apenas 10 dias de vida morreu em 2 de janeiro, na maternidade Evangelina Rosa, em Teresina. Na época, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o menino apresentava outras má formações congênitas além da microcefalia e o caso seria investigado. A família do recém-nascido é do município de José de Freitas. 

Fábio Lima
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Colômbia emite alerta de expansão do vírus Zika

A Colômbia emitiu ontem (26) alerta referente ao vírus Zika, que já infetou 13,8 mil pessoas no país, avisando que o número deve aumentar. O Ministério da Saúde aconselhou os presidentes das câmaras de cidades abaixo de determinada altitude a “declararem alerta verde para os hospitais públicos e privados que enfrentem um possível aumento de casos de Zika”.

Todos os municípios localizados a menos de 2,2 mil metros foram chamados a emitir o alerta, indicou o ministério em comunicado. “O alerta foi emitido porque a infeção por Zika está atualmente em fase de expansão”, disse Luis Fernando Correa, chefe do Gabinete de Gestão de Emergências e Desastres.

O vírus proliferou em vários países da América Latina e Caribe, causando particular alarme entre grávidas por estar ligado ao nascimento de bebês com malformações, como microcefalia.

No Brasil, o Zika já foi ligado a 3.893 casos de microcefalia. O vírus é transmitido por um mosquito e não há ainda cura ou vacina.

A Colômbia é o segundo país mais atingido, depois do Brasil, estimando-se 600 mil infetados em 2016.

Até 16 de janeiro, foram confirmados 13.808 casos na Colômbia, incluindo 890 grávidas, além de 2.611 casos suspeitos.

Fonte: Terra

Aedes aegypti vira inimigo público número 1 do Paraguai

O Paraguai declarou guerra a um mosquito: o aedes aegypti , que se transformou no inimigo público número um e eliminá-lo é a única forma de prevenir o contágio dos perigosos vírus da dengue, chikungunya e zika, que já se espalharam por vários países da América do Sul.

Segundo o governo, a alta infestação do mosquito no Paraguai, que fechou 2015 com 16.516 casos confirmados de dengue e cinco mortes por essa doença, se deve à grande proliferação de criadouros nas ruas e nas casas.

O mosquito cresce em todo tipo de recipiente abandonado ou que acumule água, de pneus a potes, de vasinhos de planta a garrafas, e assim se forma o espaço perfeito para que o temido mosquito se reproduza sem parar.

Para acabar com essa praga, diariamente, e quase de porta em porta, funcionários do governo tentam conscientizar à população desses perigos, uma campanha que não é nova para os paraguaios, que sofrem a dengue desde 2009, quando se instalou de forma endêmica no país.

Assim, grupos do Serviço Nacional de Prevenção da Malária (Senepa) se encarregam de localizar e eliminar os criadouros de uma área residencial de Assunção, que conta com bairros com mais de 50% de índice de infestação do mosquito, segundo o Ministério da Saúde.

"A recomendação básica é dedicar dez minutos por semana para procurar criadouros potenciais em casa e eliminá-los. Esvaziar vasos com água e eliminar qualquer possível recipiente do quintal, mas também se preocupar com o lixo na rua perto de casa, em terrenos baldios ou abandonados e avisar às instituições para que saibam onde devem ir limpar", disse à Agência Efe Edgar Sanabria, chefe do Programa Nacional de Controle Vetorial da Dengue, vinculado ao Senepa.

No entanto, o funcionário admitiu que existe uma despreocupação da população e lembrou que essa falta de consciência favoreceu para que em 2013 acontecesse a maior epidemia de dengue da história do Paraguai. Ao todo, 150 mil casos e 252 mortes em um país de 6,7 milhões de habitantes.

"Sem água parada não tem mosquito e sem mosquito não tem dengue. Essa é a equação certa", insistiu Sanabria, enquanto acompanhava funcionários do Senepa e do Ministério da Saúde pelas ruas da cidade.

Depois da autorização dos proprietários, eles entram, ajudam a limpar os quintais, dão conselhos e dicas e despejam produtos para eliminar o mosquito se for necessário. Na casa de Erwin Krone, por exemplo, não foi preciso. O aposentado afirmou se sentir orgulhoso de nunca ter tido dengue.

Sua receita consiste em fumegar um combinado natural de citronela e cedrón kapi'i, uma das ervas medicinais mais populares do Paraguai.

"Todos por aqui já tive dengue, mas nesta casa não deixamos entrar. Eu coloco esta fórmula no quintal e na casa e os mosquitos fogem desesperados", contou, em tom bem-humorado.

Além da dengue, o Paraguai registrou 4.292 casos de chikungunya em 2015 e está em alerta, como o Brasil e outros países da região, com o vírus da zika, depois que entrou para a lista de 14 países do continente que os Estados Unidos desaconselham a viagem de mulheres grávidas. Isso devido à possível relação do zika com o nascimento de bebês com microcefalia.

"É uma guerra e temos que estar juntos. Nosso inimigo é o mosquito", disse recentemente o ministro da Saúde do Paraguai, Antonio Barrios.

Fonte: Terra

Zika foi confirmado na Itália, Espanha, Inglaterra e Portugal

A Itália registrou quatro casos de contágio do vírus zika em março de 2015, informou neste domingo (24) a imprensa local. Os pacientes, procedentes do Brasil, recuperaram-se totalmente. Entre os casos, três foram tratados no hospital Lazzaro Spallanzani, em Roma, especializado em doenças infecciosas, enquanto o quarto foi hospitalizado em Florença.

Reino Unido

Neste sábado, o serviço público de saúde da Inglaterra tinha confirmado três casos da infecção em britânicos que retornaram ao Reino Unido após viagens à América do Sul. Eles foram infectados na Colômbia, Suriname e Guiana. O governo britânico ressaltou que o zika vírus "não se encontra de forma natural" nas ilhas britânicas e que "não se contagia diretamente de pessoa a pessoa".

Espanha

Na sexta-feira, a imprensa noticiou que duas mulheres também foram diagnosticadas com zika na Espanha, segundo a agência EFE. Elas são da Améria do Sul e vivem na Catalunha. De acordo com autoridades de saúde, elas foram infectadas durante viagens para seus países de origem no fim do ano passado. Não há risco para a população da região.

Portugal

Já em Portugal, foram confirmados quatro casos de zika em portugueses que voltaram de viagens ao Brasil, segundo comunicado publicado pela Direção-Geral da Saúde do país em 15 de janeiro.

Estados Unidos

Nesta sexta-feira, autoridades de saúde do estado de Nova York, nos Estados Unidos, divulgaram que três pessoas testaram positivo para o vírus da zika. Segundo o jornal New York Times, todos os infectados viajaram para países onde o vírus está se espalhando com rapidez. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) informou que, entre 2015 e 2016, 12 casos de zika foram confirmados no país. Em todos eles, os pacientes foram contaminados durante viagens a outros países.

Fonte: G1

Crianças ajudam a combater Aedes aegypti com faxina nos bairros

A sexta edição do Faxina nos Bairros contou com parceiras especiais: as crianças. Isso porque a concentração do evento, ocorrido na manhã de sabádo (23) foi no Parque Lagoas do Norte, onde está acontecendo uma colônia de férias para os meninos e meninas da região.
 
A atividade de limpeza para a eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, foi reforçada com atividades lúdicas para a criançada. Tendo o mosquito como tema, elas participaram de brincadeiras, ouviram músicas relacionadas e conversaram com o Prefeito Firmino Filho sobre a importância da prevenção. “Nós temos que combater a zika acabando com o mosquito transmissor. Até agora, temos 37 casos de bebês com microcefalia em Teresina, e para evitar que este número aumente precisamos agir”, disse ele diretamente para as crianças.
 
O ponto alto do evento foi a chegada simbólica do mosquito Aedes aegypti. Ele veio atravessando a lagoa de canoa, numa forma de simbolizar a chegada ao Brasil do zika vírus, que provavelmente se deu durante a copa do mundo. Dali em diante, o objetivo passou a ser eliminá-lo, o que foi simbolizado numa caminhada pelas ruas do bairro, num ensinamento prático de como o lixo pode se tornar criadouro do mosquito.
 
“Esta parceria com a colônia de férias do Lagoas do Norte tem por objetivo tornar as crianças agentes multiplicadores de conhecimento sobre a prevenção da dengue, zika e chikungunya”, explica a diretora de Ações Assistenciais da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Smithanny Barros. “Uma vez que elas aprendem, ensinam pais, outros familiares, vizinhos e amigos sobre como evitar a proliferação do mosquito”, completa a diretora.
 
Além do Lagoas do Norte, as equipes da FMS e Superintendências de Desenvolvimento Urbano estão trabalhando nos bairros Morro da Esperança (zona Norte), Distrito Industrial (zona Sul), Uruguai (zona Leste) e Renascença II (zona Sudeste). São cerca de 45 homens em cada região, além de quatro agentes de endemias por área que percorrem as residências distribuindo material educativo e orientações.


 
Na operação Faxina nos Bairros, a população é orientada a depositar todo o seu lixo residencial nas calçadas, para que seja recolhido pelos caminhões de limpeza. Além do lixo comum, também é pedido para que sejam descartados outros tipos de inservíveis como sofá velho, colchão, vaso sanitário, geladeira, dentre outros que possam vir a se tornar criadouros do Aedes aegypti.
 
A operação continua no próximo sábado (30), com limpeza nos bairros Água Mineral (zona Norte), Colorado (zona Sudeste), Macaúba (zona Sul) e Porto do Centro (zona Leste).

 

Da Redação
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