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Ministério da Saúde confirma 30 casos de microcefalia relacionados ao zika no Piauí

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (17) que 30 casos de microcefalia relacionados ao vírus zika já foram confirmados no Piauí. O boletim divulgado aponta ainda que outros 74 casos estão em investigação. No último boletim divulgado pelo MS na semana passada, o Estado tinha 70 casos em investigação e 29 confirmados. Até agora foi registrada uma morte de bebê em consequência de alterações neurológicas relacionadas ao zika.

Segundo o Ministério da Saúde, 12 casos investigados já foram descartados no Piauí. 

Em todo o país, de acordo com o Ministério da Saúde, 3.935 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação. Desse total, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016. 

O Ministério da Saúde considera que houve infecção pelo vírus zika na maior parte das mães que tiveram bebês, cujo diagnóstico final foi de “microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central, sugestiva de infecção congênita”. 

Amapá e Amazonas são os únicos estados da federação que não tem nenhum registro de casos. Os 508 casos confirmados no Brasil ocorreram em 203 municípios, localizados em 13 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

No total, foram notificados 108 óbitos por microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto (natimorto) ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 27 foram investigados e confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central.  Outros 70 continuam em investigação e 11 já foram descartados. Ao todo, 5.280 casos suspeitos de microcefalia foram registrados desde o início das investigações em 22 de outubro de 2015 até 13 de fevereiro de 2016.

O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Hérlon Moraes (Com informações do MS)
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Pais de criança com anencefalia fazem campanha contra aborto

Haroldo Lucena e Mariselma da Silva viajam todo o Brasil fazendo campanha contra o aborto. O casal tem filhos gêmeos, um menino e uma menina de 4 anos. A menina Ruhama nasceu com má-formação, enquanto Amin Mateus não tem problema algum. Em entrevista para o Jornal do Piauí desta segunda-feira (15), os pais falaram sobre a decisão de dar continuidade a gravidez em casos de má formação cerebral. O debate sobre a interrupção da gravidez voltou à tona com a epidemia do Zika vírus, que está sendo relacionada ao aumento de casos de microcefalia.

De acordo a legislação brasileira, o aborto de fetos diagnosticados com anencefalia, quando não há desenvolvimento cerebral, é permitido. O casal estava esperando gêmeos quando soube do diagnostico da filha e optaram por não interromper a gravidez, mesmo com a recomendação médica, já que a mãe também corria risco de morte. "Deus é o senhor da vida, ele é quem é o mantenedor da nossa vida humana, a vida depende dele, então como tirar a vida daquele que não pode se defender?", questionou Haroldo Lucena, pai da criança, ao explicar o motivo da decisão.

Aos 4 anos de idade, a filha do casal não fala e não anda, mas a mãe afirma que a interação com ela é a prova de que a decisão de manter sua vida foi correta. "Ela é uma criança normal, alegre, já acorda sorrindo pra gente, consegue passar o que ela está sentindo de alegria, de tristeza. Ela só não fala, mas ela interage muito bem, ela se expressa, sorri bastante. Quem tem uma criança especial em casa tem uma semente de Jesus. A gente tem uma expectativa que ela viva uma vida toda e que a gente morra e o irmão continue cuidando dela", explicou.

Microcefalia
Devido ao aumento nos casos de microcefalia, Organização das Nações Unidas (ONU) defende que os chamados direitos reprodutivos da mulher sejam garantidos, referindo-se ao aborto em caso de suspeita da condição - dentro dos limites da lei de cada país.

No Brasil, o aborto só tem amparo legal em três situações: quando não há outro meio de salvar a vida da mulher, quando a gravidez é resultado de estupro e nos casos de anencefalia, quando o feto nasce sem cérebro. Nesses casos, o atendimento pode ser realizado no SUS.

A porta-voz da organização, Cecille Pouilly, sugeriu que a lei seja modificada em países onde o aborto é proibido. E perguntou: como podem pedir a essas mulheres que não fiquem grávidas, sem oferecer a elas a possibilidade de interromper a gravidez?

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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Pontos de Recolhimentos de Resíduos (PRRs) vão cobrir toda capital

Com o objetivo de eliminar os lixões a céu aberto e combater o mosquito aedes aegypti, a Prefeitura de Teresina tem intensificado a divulgação dos Pontos de Recolhimento de Resíduos (PRRs), na capital. O Poder Público investe, também, na realização de mutirões de limpeza e coleta de lixo domiciar.

Ao todo, são 19 PRRs, criados através do Programa Lixo Zero, que servirão, também como local de transbordo de lixo para os carroceiros. Os pontos estão localizados nas quatros zonas da capital.

De acordo com assessor técnico da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, José Robespierre, serão disponibilizadas caixas de recolhimento de lixo. Cada ponto, afirma o técnico, foi escolhido de forma a facilitar o recolhimento dos resíduos e darão cobertura para toda cidade.

“Os PRRs foram pensados, principalmente, para atender os carroceiros, que trabalhavam clandestinamente despejando resíduos em locais impróprios”, explica Robespierre, comentando que atualmente os carroceiros despejam o lixo nos PRRs e, de lá, o lixo é recolhido e lavado ao aterro sanitário.

Os PRRs são pontos de coleta com capacidade de 40 metros cúbicos, que podem receber o chamado lixo seco, que é o resíduo de capina, de pequenos geradores de lixo, móveis velhos e demais produtos geralmente descartados por carroceiros e pequenos veículos.

No local, é terminantemente proibida a colocação de lixo orgânico, seja domiciliar ou comercial; animais mortos, penas e vísceras, resíduo industrial, entulhos, resíduo hospitalar, pilhas, baterias e aparelhos eletrônicos.

Localização dos PRRs

Zona Norte

- Rua Rio Grande do Norte com Rua 13 de Maio, Bairro Pirajá;
- Rua Alcides Freitas, Entre as Ruas Rui Barbosa e 13 de Maio, Bairro Mafuá;
- Rua Gov. Raimundo Arthur de Vasconcelos, Bairro Aeroporto;
- Rua 01 da Vila Mocambinho, Bairro Mocambinho;
- Av. Ministro Sérgio Mota com Rua Mariano Gaioso, Bairro St. Maria da Codipe;
- Rua Mato Grosso, entre as Ruas Jarbas Martins e Anísio Brito, Bairro Ilhotas;

Zona Leste

- Rua Marcos Parente, entre as Ruas Sen. Candido Ferraz e Anfrísio Lobão, Bairro de Fátima;
- Rua Domingos Soares com Rua 31 de Março, Bairro Ininga;
- Rua Maria Quitéria, entre a Av. Maria Antonieta Burlamaqui e Rua José Torquato Viana, Bairro Satélite;
- Rua 01, Vila Maria, Bairro Vale Quem Tem;

Zona Sul

- Rua Benjamim Batista com Av. Maranhão, Bairro Vermelha;
- Rua A, entre as Ruas B e C, Bairro Distrito Industrial;
- Rua Nova Glória, em frente a Quadra A, Bairro Bela Vista III;
- Rua Sem Denominação, entre a Rua Dr. Otto Tito e Av. Gil Martins, Bairro Redenção;

Zona Sudeste

- Rua 02 do Parque do Sol, Bairro Renascença (próximo aos trilhos);
- Rua Des. Antônio Santana com Rua 11, Lot. Manoel Evangelista, Bairro Novo Horizonte;
- Rua Sem Denominação com Av. Noé Mendes, Bairro Itararé (em frente a Panificadora Lisboa);
- Rua 30 com Rua Alexandre Gomes Chaves próxima a BR 343, Bairro Itararé
- Rua Des. José Lourenço, entre as Ruas Noronha Almeida e Fernando Pires Leal, Bairro São João;

Eduardo Marchão (especial para o cidadeverde.com)
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Aedes aegypti já se tornou mosquito doméstico, alerta epidemiologista


Há cerca de 50 anos, o Aedes aegypti iniciava um processo de transição de mosquito selvagem para urbano. Originário do Egito, o mosquito se dispersou pelo mundo a partir da África: primeiro para as Américas e, em seguida, para a Ásia.

As teorias mais aceitas indicam que o Aedes tenha se disseminado para o continente americano por meio de embarcações que aportaram no Brasil para o tráfico de negros escravizados. Registros apontam a presença do vetor em Curitiba, no final do século 19, e em Niterói (RJ), no início do século 20.

Ao chegar às cidades, o Aedes passou a ser o responsável por surtos de febre amarela e dengue. A partir de meados dos anos 1990, com a classificação da dengue como doença endêmica, passou a estar em evidência todos os anos, principalmente no verão, época mais favorável à reprodução do mosquito.

A infecção se dá pela fêmea, que suga sangue para produzir ovos. Uma vez infectado, o mosquito transmite o vírus por meio de novas picadas. Atualmente, o inseto transmite, pelo mesmo processo, febre chikungunya e zika.

Em entrevista à Agência Brasil, o epidemiologista e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Dengue e Arbovirose, Luciano Pamplona, disse que o Aedes aegypti já pode ser considerado um mosquito doméstico. “Ele é praticamente um bichinho de estimação”, disse Pamplona, que também é professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Dados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, apontam que, no Nordeste, o principal tipo de criadouro do mosquito são tonéis e caixas d’água. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o depósito domiciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas e garrafas, predomina como criadouro do vetor. No Norte e no Sul, a maior parte dos criadouros do mosquito está no lixo.

Confira abaixo a entrevista com o especialista:

Agência Brasil: O Aedes aegypti se adaptou ao longo dos anos?

Luciano Pamplona: Com certeza. Registros de 40 ou 50 anos atrás indicam que, naquela época, ele estava se tornando um mosquito urbano. Essa transição aconteceu de forma bastante acelerada. Hoje, ele é um mosquito doméstico, totalmente adaptado aos nossos hábitos domiciliares. A principal prova disso é o mapa com os principais criadouros do país. Em torno de 80% a 90% dos focos do vetor estão dentro das casas das pessoas.

Agência Brasil: O Aedes já se reproduz em água suja e não mais apenas em água limpa?

Pamplona: O que é água limpa pra você? Para o mosquito, é apenas uma água que não tem matéria orgânica em decomposição e que não está turva. Isso basta. Em uma fossa, por exemplo, quando o sedimento desce, a água se torna limpa para ele. Por isso, a definição de água limpa para o mosquito é muito relativa. E mais: se não houver um recipiente com água limpa, ele procura a menos limpa, até chegar ao esgoto. Tudo pode se transformar em foco.

Agência Brasil: Qual o ambiente considerado ideal pelo Aedes para se reproduzir?

Pamplona: Muita gente acha que a fêmea do mosquito coloca o ovo na água, mas, na verdade, ela coloca na parede dos depósitos. Ela precisa que o recipiente tenha paredes. Por isso, não pode colocar ovos em rios, por exemplo. O fato de a água estar parada ou não influencia pouco. Mas a fêmea tem sim preferência por água parada, locais mais escuros, paredes porosas que fixem melhor os ovos e pouco movimento. São esses os depósitos predominantes para o mosquito.

Agência Brasil: É verdade que o Aedes já consegue chegar a alturas mais elevadas?

Pamplona: Quem mora em apartamento chega em casa de que forma? Pelo elevador. E o mosquito faz isso da mesma maneira que nós. Na prática, o fato de não voar grandes altitudes não impossibilita que ele chegue até locais mais altos. Como nós, ele também sobe de elevador, anda de carro, viaja de avião. O mosquito se locomove utilizando os mesmos mecanismos que a gente. Onde a gente vai, ele vai atrás.

Agência Brasil: O Aedes é capaz de espalhar o vírus Zika de forma mais rápida que a já conhecida dengue?

Pamplona: Vivemos um momento de muita especulação. Sabe-se pouca coisa sobre o Zika. É uma doença que de pouquíssima gravidade e que, em 80% dos casos, não causa nenhum sintoma. As três pessoas que morreram por Zika podem ter fatores associados e que provavelmente contribuíram para o óbito. No caso da dengue, temos mais de 800 pessoas morrendo por ano no Brasil. O fato é que ainda temos muito mais perguntas que respostas. Creio que vamos demorar um bom tempo estudando o vírus Zika.

Fonte: Agência Brasil 

Próxima etapa de ação militar de combate ao Aedes começa nesta segunda-feira

Cerca de 55 mil militares estão preparados para iniciar a terceira fase de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que começa nesta segunda-feira (15) em mais de 100 cidades de todo o Brasil. O anúncio foi feito neste sábado (13) pelo ministro da Defesa, Aldo Rebelo, durante entrevista coletiva, em Brasília.

Rebelo fez uma avaliação das ações deste dia de mobilização nacional das Forças Armadas, que teve como foco sensibilizar a sociedade sobre a importância de eliminar focos do mosquito causador da dengue, zika vírus e chikungunya. 

A meta do efetivo militar de 220 mil homens das três Forças que foram às ruas neste sábado é atingir cerca de 3 milhões de domicílios em mais de 350 municípios, incluindo todas as capitais e as 115 cidades consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde.

Durante todo o dia, os militares visitaram residências, conversaram com a população e distribuíram material informativo. O folheto traz orientações sobre como cuidar das casas, realizando, pelo menos uma vez por semana, uma faxina em locais que possam acumular água parada, tornando-se foco de proliferação do Aedes aegypti.

Além disso, o ministro destacou que foram realizadas ações de controle. “Hoje, além do caráter educativo, pedagógico de nossa ação, muitos de nossos homens realizaram o combate propriamente dito, eliminando possíveis focos em muitas residências”,  afirmou.

Para o chefe do Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) do Ministério da Defesa, almirante Ademir Sobrinho, além do esforço no combate aos focos do mosquito, a ação buscou difundir para todo o país a mensagem de que é preciso o empenho de todos para enfrentar o problema. “A população tem sua responsabilidade e está aprendendo a combater os focos de mosquito. Muitos já sabiam. O nosso objetivo está sendo atingido”, afirmou.

Dando continuidade à campanha de enfrentamento ao mosquito, a próxima e terceira etapa do reforço das Forças Armadas é uma ação direta de combate ao Aedes aegypti e não apenas de orientação, envolvendo desde a aplicação de larvicidas e inseticidas ao acompanhamento dos agentes de saúde. Essa fase acontece de segunda (15) a quinta-feira (18) da próxima semana.

Fonte: Ministério da Defesa 

Zika já tem transmissão local em 34 países e não se limita às Américas

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou no sábado (13) um relatório atualizado sobre a situação de disseminação do vírus da zika pelo mundo e já confirma casos de transmissão local do patógeno em 34 países, 27 dos quais na América Latina e Caribe.

Já há seis nações-ilha fora do Caribe com transmissão autóctone -- quatro no Pacífico, uma no Índico e uma no Atlântico. A Tailândia, onde o governo só relatava casos importados, já possui casos de contaminação interna.

Além das áreas com transmissão do zika via mosquito confirmada, há cinco países onde existe suspeita de circulação do vírus: Malásia, Filipinas, Indonésia, Fiji e Gabão.

Cinco arquipélagos do Pacífico que relataram casos de zika entre 2007 e 2014 conseguiram controlar os surtos, antes de a Pandemia ter explodido na América Latina, afirma a OMS. Essas nações, porém, estão em meio a outras que tem registrados casos na epidemia atual.

A OMS não está divulgando casos de zika não autóctones (exportados de um país para outro). Autoridades regionais, porém, já confirmam ao menos 14 casos de passageiros infectados com zika desembarcando em países de clima temperado, sendo dez deles na Europa.

Nos Estados Unidos, só há casos importados, mas a OMS ainda investiga se uma suspeita de transmissão do vírus por sexo realmente ocorreu dessa forma.

Ao todo, há 46 países que registraram ao menos um caso de infecção pelo vírus desde 2007.

Fonte: G1 

Ministro descarta elo entre larvicida e microcefalia e pede ação contra Aedes

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse neste sábado (13), em Salvador, que a sociedade brasileira precisa "passar da consciência para a ação" no combate ao Aedes Aegypti – transmissor do vírus da dengue, chikungunya e do vírus da zika. Castro está na capital baiana acompanhando as Forças Armadas, durante o dia nacional de mobilização contra o mosquito, que acontece em mais de 350 cidades do país.

Foto: Juliana Almirante/G1

Durante a visita, o ministro também descartou qualquer possibilidade de relação entre o larvicida Pyriproxyfen com casos de microcefalia. O larvicida, utilizado na água para combater a proliferação do Aedes aegypti, teve o uso suspenso no Rio Grande do Sul após suspeitas de ligação com a doença que afeta os bebês, segundo informou o secretário de Saúde do RS, João Gabbardo dos Reis.
 
"Isso é um boato. Isso é desprovido de qualquer lógica e sentido. Não tem nenhum fundamento. O nosso é aprovado pela Anvisa e usado no mundo inteiro. Pyriproxyfen é reconhecido por todas as agências de regulação do mundo inteiro", disse Castro.

O ministro, que passou pelo Pelourinho, pelo Mercado Modelo, rodoviária e aeroporto da cidade, pediu  mobilização da população para impedir a proliferação do mosquito.

“A presidente está muito preocupada e assumindo controle das ações que estão sendo desenvolvidas. O ministério da Saúde sozinho não é suficiente para combater o mosquito. A sociedade brasileira já está consciente da situação. Agora precisamos passar da consciência para a ação”, pediu.

A ação das Forças Armadas conta com 220 mil militares em todo o país, 6 mil deles na Bahia, para distribuir informações sobre como combater o mosquito. A partir da segunda-feira (15), oficiais estarão junto com agentes de saúde para erradicar os criadores do Aedes nas residências.

“Mais de dois terços dos criadores de mosquitos estão dentro de residências, não basta só forças e agentes, tudo isso, não é suficiente. Os governos federal, estadual e municipal estão fazendo esforço máximo, mas mais do que isso, o imprescindível é participação da sociedade brasileira. A sociedade tem que abraçar essa causa de saúde pública”, afirmou.

Também neste sábado, as Forças Armadas fazem visitas a casas para alertar sobre focos de mosquitos, além de realizar distribuição de informações em locais de grande concentração de público, como shoppings e praças.

Fonte: G1

"Meta é visitar 1,2 milhão de casas e erradicar o zika", diz governador

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Durante solenidade de formação de 1.200 praças que vão realizar o combate ao mosquito Aedes aegypti, a partir deste sábado (13), em todos os municípios do Piauí, o governador Wellington Dias declarou que a meta do governo é visitar 1,2 milhão de casas e erradicar o vírus zika.

O ato foi realizado na praça Marechal Floriano Peixoto, em frente ao Quartel do 25º Batalhão de Caçadores e contou com a presença da ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, além de secretários estaduais e municipais.

De acordo com o governador, o apoio do Governo Federal e a colaboração da sociedade são fundamentais para que possamos vencer a guerra contra o mosquito da dengue. Wellington Dias reforça, também, o empenho e o investimento que o país está fazendo para desenvolver a cura do vírus zika.

“Nós vamos percorrer os domicílios de todo o Estado e garantir à sociedade que podemos eliminar o mosquito. Além disso, vamos visitar as escolas para conscientizar os jovens sobre a importância da prevenção. O Brasil é muito mais forte que qualquer mosquito e, por isso, nós vamos vencer”, destaca Dias.

O sentimento de união foi compartilhado, também, pela ministra Nilma Gomes, que afirmou que o foco, além de combate ao mosquito, é o de proteger as pessoas, as mulheres, as crianças, os idosos e, sobretudo, as pessoas mais carentes.

"Este é o momento muito especial para o país. É o dia do esclarecimento. Dia em que todos nós nos mobilizamos para, juntos, combatermos o mosquito. E sempre que o Brasil se une ele é imbatível”, anuncia a ministra Nilma Lino Gomes.

Os militares farão o trabalho de combate, prevenção e mobilização nos municípios de Teresina, Campo Maior, Parnaíba, Picos, Canto do Buriti, Bom Jesus e Floriano. O Piauí é um dos estados que permanece entre os que registraram o maior percentual de imóveis percorridos, com 77,8% com 655.694 unidades visitadas, em 213 municípios.

 

Eduardo Marchão (especial para o cidadeverde.com) 
[email protected]

No Piauí, ministra diz que mosquito não pode ser mais forte que o país inteiro

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A ministra de Estado da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, pediu a união de toda a sociedade e governos para que os casos de Zika Vírus sejam zerados no país. A declaração foi dada durante o dia "D" de combate ao mosquito, que acontece em todo o país, neste sábado (13). 

"Nós temos um time imbatível, mas o mosquito não pode ser mais forte que o país inteiro", disse a ministra durante solenidade com a presença do governador Wellington Dias, no 25º Batalhão de Caçadores, onde a tropa de 1.800 homens do Exército se prepara para sair às ruas combater o mosquito Aedes aegypti. 

No Piauí, o dia "D" acontece nos municípios de Piripiri, Campo Maior, Picos, Bom Jesus, Canto do Buriti, Floriano e Parnaíba.

"Esse é um momento especial para o país e o governo federal. Hoje é um dia histórico de articulação dos governos estadual municipal e que o Exército irá orientar e informar a população sobre as formas de combater o mosquito", disse a ministra que, pela primeira vez, visita o Piauí. "Quero voltar outra vez para conhecer experiências exitosas de combate ao mosquito, além do trabalho desenvolvido na Educação", acrescenta. 

Nilma Lino ressalta que, para a campanha de combate ao mosquito transmissor de doenças também como a dengue e a chikungunya ter êxito, a população tem que participar ativamente eliminando os focos dentro das próprias residências. "Hoje as pessoas mais vulneráveis são idosos, mulheres, negros e pobres. Temos que estar unidos",disse. 

Do 25º BC, a ministra juntando com o governador acompanha a tropa do Exército que atuará distribuindo panfletos no Shooping da Cidade e em seguida na região do Grande Dirceu, Zona Sudeste de Teresina. 

Aborto

Durante entrevista, a ministra disse que- mesmo com o pedido da ONU para a liberação do aborto no Brasil para gestantes de bebês com microcefalia- no momento o foco principal é cuidar das crianças com má formação no cérebro e combater o mosquito. 

"Temos que pensar muito mais na saúde das pessoas, na vida das crianças e como vamos cuidar delas. Agora, nosso foco é esse.  Mais do que pensar se a mulher aborta ou não", frisa.

No Estado, o número de casos de microcefalia supostamente relacionados com infecções por zika vírus subiu de 103 para 112. Os casos referem-se até o dia 7 de fevereiro e foram notificados em 42 municípios.

Escolas

Após o dia "D", nas próximas semanas, o Exército integrará uma grande rede de mobilização nas escolas pública e privada orientando sobre a gravidade do problema e dos males causados pelo mosquito. 

 

Flash Yala Sena
Redação Graciane Sousa
[email protected]

 

Estado e municípios se unem no dia D para combater o Aedes aegypti no Piauí

O Governo do Estado e municípios piauienses promovem hoje (13) o Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Aedes aegypti. A ideia é mobilizar famílias no combate ao mosquito transmissor do Zika, que também é vetor da dengue e da chikungunya.  Três milhões de famílias deverão ser visitadas em suas casas, em 350 municípios no País.

Para isso, a presidenta Dilma Rousseff determinou o deslocamento de seus ministros a vários estados a fim de participar ativamente da mobilização, conversando com prefeitos, governadores e batendo nas portas das casas. No Piauí, que recebe a ministra de Estado da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, serão contemplados os municípios de Piripiri, Campo Maior, Picos, Bom Jesus, Canto do Buriti, Floriano e Parnaíba, com a presença de mais de 1850 militares. O governador Wellington Dias e a senadora Regina Sousa (PT-PI) participarão junto com a ministra de ato a partir das 7h, em frente ao quartel do 25º Batalhão de Caçadores, em Teresina.

As Forças Armadas deslocaram cerca de 220 mil militares para a ação. Eles vão acompanhar os agentes de saúde no trabalho de conscientização, casa a casa. Foram usados dois critérios para definir as cidades que serão visitadas na campanha; municípios com a presença de unidades militares e os com maior incidência do mosquito Aedes aegypit, conforme dados do Ministério da Saúde.

“A campanha é de mobilização, de convocar a população a fazer parte do esforço de combate ao mosquito e essa mobilização terá que ser feita de casa em casa. Nosso propósito é alcançar pelo menos 3 milhões de domicílios e distribuir pelo menos 4 milhões de folhetos neste sábado”, acrescentou Aldo Rebelo.

Emergência internacional

No início do mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência internacional de saúde pública em virtude do aumento de casos de microcefalia associados à contaminação pelo vírus Zika. A situação é preocupante, segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, por causa  de fatores como a ausência de imunidade entre a população, a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido além da possibilidade de disseminação global da doença.

DADOS DO BRASIL

O Ministério da Saúde confirmou na última quinta-feira, 11, a terceira morte por zika vírus no Brasil. A vítima, uma jovem de 20 anos do município de Serrinha (RN), morreu em abril do ano passado – mas o resultado dos testes só foi confirmado agora, no momento em que o mundo vive sua maior apreensão sobre a doença. 

De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2015 foram registrados 1.649.008 de casos prováveis de dengue em todo o Brasil, com um total de 843 mortes – quase o dobro do ano anterior.

O mais recente levantamento mostra um total de 3.670 casos suspeitos da malformação ao mesmo tempo em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha grávidas a evitar regiões com epidemia da condição, especialmente nas Américas do Sul e Central.

DADOS DO PIAUÍ

O Piauí notificou até o dia 07 de fevereiro 112 casos suspeitos de microcefalia relacionados a processo infeccioso, sendo registrados seis óbitos e uma confirmação diagnóstica relacionada a microcefalia. Os casos oram notificados em 42 municípios. Teresina (52), Parnaíba(9) e José de Freitas(3) são os municípios que concentram o maior número de notificação.

A Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, fez investigação de 75 casos de microcefalia, no período de 25 de janeiro a 3 de fevereiro. Desses, 40 casos (53%) são residentes em Teresina e quatro casos (5%) registrados pertenciam a outros estados (Maranhão e Paraíba).

A investigação apontou ainda que 34 (45%) foram confirmados para microcefalia relacionada a processo infeccioso, 20 (27%) foram descartados e 21 (28%) permanecem em investigação.

Os dados apresentam ainda que a idade média da mãe é de 23 anos, variando de 14 a 42 anos, e que mais de metade (60%) teve parto normal. O perímetro cefálico(PC) médio de 30 cm, variando de 22 a 33cm. 66% dos casos são de recém-nascidos do sexo feminino.

Municípios que notificaram os 112 casos de microcefalia relacionados a processo infeccioso:

Teresina – 52

Parnaíba – 9

José de Freitas – 3

Altos, Esperantina, Porto, Murici dos Portelas, Demerval Lobão, Beneditinos, Barras, Cristino Castro, João Costa – 2, cada município

Cocal, São Félix, Ribeiro Gonçalves, Luís Correia, Guaribas, União, São Raimundo Nonato, Simplício Mendes, Campo Maior, Oeiras, São Pedro, Barro Duro, Batalha, Castelo, Curralinhos, Guadalupe, Jurema, Simões, Paes Landim, Floriano, Piripiri, Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora dos Remédios, Picos, São João do Piauí, São João da Serra, Luzilândia, Palmeirais, Betânia e Fatura – um, cada município.

 


Da Redação
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