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Saúde busca aliados no combate ao mosquito na rodoviária de Teresina

Com a chegada da Semana Santa, a Secretaria de Estado da Saúde reforça parcerias para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para tanto, nesta quarta-feira (23) e quinta(24),  realiza  mobilização no Terminal Rodoviário Lucídio Portela, em Teresina, para sensibilizar passageiros e colaboradores da rodoviária e empresas de ônibus.

E para quem vai viajar, os cuidados também devem ser reforçados no destino da Semana Santa. Para isso, na rodoviária, será distribuído material informativo para os passageiros, além da exposição do mosquito pelo laboratório da Secretaria.

A Secretaria alerta que antes de viajar, a população mantenha os cuidados com suas residências para eliminar o mosquito, já nesse período suas casas costumam ficar fechadas. “A nossa proposta é trazer para mais perto da população o conhecimento indispensável sobre os cuidados no combate ao mosquito. O período chuvoso continua intenso não só na capital, como também no interior, por isso, precisamos ficar atentos a qualquer possível criadouro do vetor. Não só nas nossas residências, mas também nos locais para onde as pessoas irão viajar nesse feriado”, disse a gerente de Vigilância em Saúde, Miriane Araújo.

Desde o início da semana, outros órgãos como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas(DNOCS), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia(Crea-PI) e a Maternidade Evangelina Rosa(MDER), em parceria com a Secretaria de Saúde, realizam ações de combate e conscientização.

A concentração será realizada ao meio-dia, no Box da empresa Guanabara. A ação se estende até a quinta-feira (24), a partir das 9h.

Notificação dos casos suspeitos de Dengue, Zika, Chikungunya e Guillain-Barré

Dengue: 573 em 2016 até 16 de março / 7.618 em 2015
Zika:  1 caso em 2016 até 16 de março / 3 em 2015
Chikungunya:  9 casos em 2016 até 16 de março / 2 casos em 2015
Guillain-Barré:  3 até a 1ª semana de fevereiro / 43 em 2015

Da Redação
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Obras receberão selo do Crea contra focos do Aedes aegypti

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As obras do Piauí com ou sem risco para focos do mosquito Aedes aegypti receberão um selo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI). Os agentes de fiscalização que farão o monitoramento foram capacitados nesta terça-feira (22) com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde. O empreendimento que estiver livre do mosquito vai receber um selo verde. Já quem oferece risco receberá o selo amarelo e passará a ser visitado constantamente.

"Esse selo que nós estamos fazendo, o verde dá o Ok, e o amarelo significa que precisamos retornar ao local. Nestes casos, a gente retorma um mês depois", disse o presidente do Crea, Paulo Roberto de Oliveira, em entrevista ao Jornal do Piauí.

A ação faz parte do programa de mobilização contra o Aedes aegypti. Segundo o presidente, não só moradores das redondezas sofrem com a proliferação do mosquito. "Os trabalhadores da construção civil são os mais vulneráveis, já que estão em contato com a água", declarou.

A empresa que está executando uma obra em risco para focos do mosquito é que ficará responsável por eliminar qualquer ameaça. "O Crea vai fiscalizar", ressaltou, destacando que os trabalhos já começam nesta quarta-feira (23).

Segundo o Crea, o planejamento das ações visa criar uma rotina de alerta e proteção constante dentro do planejamento e execução das atividades de engenharia e agronomia, com atenção ao acúmulo de água das chuvas, a disposição de equipamentos e materiais na área de domínio. A campanha prevê a distribuição de materiais socioeducativos com direção pública e também específica para os profissionais da área tecnológica.

Hérlon Moraes
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Escola no Lourival Parente terá Dia D para combater Aedes aegypti

Nesta terça-feira (22), a partir das 9h, a Escola Municipal Antilhon Ribeiro Soares recebe o dia D da Semana Saúde na Escola, que ocorre em todo o país. Este ano, o tema é o combate ao mosquito Aedes aegypti, e os profissionais de saúde e educação estão realizando atividades sobre o assunto com os estudantes durante todo o mês de março.

A escola, que fica no bairro Lourival Parente, receberá atividades como dramatização de uma peça sobre a zika, dengue e chikungunya, além da presença de um estande e exibição de cartazes sobre o tema e a promoção de redações produzidas pelos alunos. “Os estudantes também serão levados em uma visita aos domicílios vizinhos para orientação in loco de como combater os focos do mosquito”, conta Ayla Calixto, gerente de Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Haverá ainda uma inspeção da escola para o recebimento do “selo verde”, certificado da Prefeitura de Teresina dado a locais onde não foram encontrados focos do mosquito da dengue, zika e chikungunya. A ação é uma parceria entre as escolas e a equipe 119 da Estratégia Saúde da Família (ESF).

A Semana Saúde na Escola teve como datas oficiais os dias 7 a 11 de março. No entanto, em Teresina, estão sendo realizadas atividades durante todo este mês. “Os profissionais de saúde estão visitando as escolas e realizando atividades educativas com os alunos”, conta Ayla Calixto, gerente de Atenção Básica da FMS. “Além disso, os agentes de saúde e equipes de limpeza das escolas estão realizando faxinas para se certificar que não existem focos do mosquito no ambiente escolar”, completa ela.

O Programa Saúde na Escola é uma parceria entre órgãos da saúde e educação para o atendimento no ambiente escolar. O programa propõe atividades de prevenção, diagnóstico e promoção da saúde, além de promover educação permanente, capacitação dos profissionais (educação e saúde), monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes através dos sistemas de informação SIMEC e E-SUS.

Coleta domiciliar de lixo é fundamental no combate ao mosquito Aedes aegypti

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marco Antônio Aires, em entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (21), reforçou a importância da coleta domiciliar de lixo no combate ao mosquito Aedes aygpti, transmissor das doenças Dengue, a Chikungunya e Zika. Além disso, ele ressaltou que a participação dos moradores na coleta urbana é fundamental para manter a cidade limpa e livre de doenças. 

"O serviço de coleta domiciliar da área da limpeza é o mais bem realizado pela prefeitura porque chega a 100% da área urbana e 94% do município de Teresina. A coleta é realizada regularmente, de duas a três vezes na semana. Por exemplo, os moradores já sabem o momento em que o carro da de coleta  irá passar. Então, normalmente, ela coloca de uma a duas horas antes", comentou. 

De acordo com o secretário, informações sobre a coleta, como data e horário, são divulgadas aos moradores antecipadamente. "Por exemplo, recentemente o prefeito de Teresina, Firmino Filho, participou da entrega de 1.368 unidades habitacionais no Residencial Orgulho do Piauí. Lá será implementado uma nova coleta. Vamos panfletar no local com as datas e horários da semana", disse Aires. 

Iluminação Pública
O secretário também informou que apesar das constantes  reclamações da falta de iluminação pública em Teresina, a cada 1 mil lâmpadas instaladas nos postes públicos nas vias, apenas 4,8% estão apagadas. 
com relação às capinas pela cidade, Aires afirmou que ocorre a cada dois meses a depender da região. 

Da redação
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Repelente é usado só por 27% da população

Apesar das informações sobre as possíveis complicações ligadas ao vírus zika, como a síndrome de Guillain-Barré e a microcefalia, apenas 27% dos brasileiros usam repelentes.

Por outro lado, 96% afirmam que eliminam os criadouros do Aedes aegypti em casa, como vasilhas e recipientes. Foi o que constatou uma pesquisa sobre a doença feita pelo Instituto Ipsos com 1,2 mil pessoas nas cinco regiões do País.

Foram ouvidos moradores de 72 cidades e a enquete tem margem de erro de três pontos porcentuais, para mais ou menos.

"A principal causa para o brasileiro não usar o repelente é o preço. Também tem a falta de hábito e o fato de ter se espalhado que só alguns repelentes são eficazes contra o mosquito da dengue", explica Danilo Cersosimo, diretor de opinião pública da Ipsos no Brasil.

Adiar a gravidez é algo recomendável para 75% das mulheres entrevistadas e para 59% dos homens. O aborto em caso de constatação de que o bebê tem microcefalia foi apoiado por 32% dos entrevistados.

"O brasileiro é resistente ao aborto, mas quando se apresentam argumentos como o estupro e risco de morte da mãe, por exemplo, a resistência cai um pouco", avalia Cersosimo.

Fonte: Exame.com

Pesquisa identifica 574 casos de microcefalia no país

Em pelo menos 66% dos 863 casos confirmados de microcefalia no país, a malformação cerebral foi classificada como severa, o que compromete gravemente o desenvolvimento da criança. Para nascidos no tempo regular, a partir da 37ª semana de gravidez, o critério corresponde a uma circunferência cefálica igual ou menor que 30,3 centímetros para meninas e 30,7 para meninos. Nos casos graves identificados, a média foi de 29 centímetros.

A informação inédita de que 574 casos, entre os monitorados pelo governo desde que a epidemia foi declarada no ano passado, são de microcefalia severa faz parte de um estudo do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil. A pesquisa foi divulgada na publicação científica “Relatório semanal de morbidade e mortalidade” (MMWR, na sigla em inglês) do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Entre outros objetivos, os pesquisadores queriam checar a real dimensão da explosão de casos nos últimos meses. Contestações sobre o tamanho da epidemia surgiram nos meios científicos e acadêmicos. A suspeita é que o aumento exagerado de casos poderia ser reflexo de uma eventual subnotificação histórica, uma vez que a malformação só passou a ser de registro obrigatório no país no fim do ano passado.

Até então, a notificação de casos de microcefalia, embora não fosse compulsória, era feita no Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sisnac). Só que o banco de dados usa parâmetros mais rigorosos para caracterizar a microcefalia: 30,3cm para meninas e 30,7cm para meninos. As medidas adotadas pelo governo, após a declaração da epidemia, são mais abrangentes. O primeiro critério foi de 33cm, ajustado para 32cm e, por último, estabelecido em 31,9cm para meninos e 31,5cm para meninas.

Diante da diferença de parâmetros, os pesquisadores passaram a reavaliar os casos notificados no âmbito da epidemia e, portanto dentro dos critérios mais largos, para ver quantos se encaixavam nas regras mais restritas do Sisnac. Foi dessa forma que chegaram aos 574 casos da malformação severa. O número, entretanto, pode ser maior, porque a amostra analisada no estudo refere-se às notificações feitas de 2015 a 7 de janeiro de 2016. No entanto, a cada boletim semanal divulgado pelo governo, os registros de casos suspeitos não param de crescer.

Na avaliação dos pesquisadores, os resultados mostraram que há, de fato, um aumento expressivo de casos de microcefalia no país, considerando-se que 574 registros em 2015 são quase cinco vezes mais que a média anual verificada no Sisnac entre 2000 e 2014 (157 notificações da malformação congênita). Para Claudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, o estudo acaba com qualquer dúvida sobre a explosão de casos:

— Certamente tínhamos uma certa subnotificação, mas esse trabalho mostra que houve um aumento enorme de casos de microcefalia, mesmo quando usamos os mesmo critérios de classificação (de antes e depois da epidemia).

Dos 574 casos, 58,5% eram de meninas. Essa prevalência da doença entre os bebês do sexo feminino tem sido informada pelos estados, Os casos de malformação congênita grave ocorreram em 19 unidades da federação.


ESTADO DO RIO JÁ TEVE 296 CASOS

O estudo aponta o vírus zika como causador da epidemia de microcefalia a partir de 2015 no Brasil. Segundo o trabalho, a prevalência de casos em 15 estados com transmissão interna do vírus confirmada por laboratório é, em média, de 2,8 casos por dez mil nascimentos, “significativamente maior” que o índice de 0,6 verificado em quatro unidades da federação sem transmissão comprovada. O estudo não especifica os estados analisados.

Em todo o país, de 22 de outubro do ano passado até 12 de março, foram registrados 4.268 casos suspeitos de microcefalia e 863 confirmados da malformação, segundo o Ministério da Saúde. No Estado do Rio, há 296 casos de microcefalia sendo investigados para identificar suas causas. As notificações foram feitas de 1º de janeiro de 2015 a 12 de março de 2016. Nesse período, segundo a Secretaria estadual de Saúde, foi confirmado que sete bebês com microcefalia nasceram de mães que tiveram zika. Até a semana anterior, havia apenas dois casos confirmados da malformação associada ao vírus.

*Colaborou Simone Candida

Fonte: O Globo

Em uma semana, sobe para 56 número dos casos de microcefalia confirmados no Piauí

Em uma semana, seis novos casos de microcefalia foram confirmados em bebês no Estado do Piauí. O número pulou de 50 para 56 registros. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde. Já são 145 casos notificados.

A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (16), em novo boletim epistemológico sobre a distribuição dos casos notificados da doença no país. 

A região nordeste concentra 79,5% dos casos notificados. Com relação aos nove estados, o Piauí ocupa a 5ª posição no total de casos confirmados, perdendo apenas para Pernambuco (256), Bahia (200), Paraíba (87), Rio Grande do Norte (81).  Os demais estados são Ceará (49), Maranhão (43), Alagoas (35) e Sergipe (26).  Nacionalmente, o Piauí também ocupa a 5ª posição. 

No Brasil, os dados apontam a notificação de 6.480 casos. Desses, 863 estão confirmados, 1.349 descartados e 4.268 em investigação.  O total faz referência aos casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita nos anos de 2015 e 2016.  

Os 863 casos confirmados ocorreram em 327 municípios, localizados em 19 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. 

A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos como o Zika Vírus, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.

Os dados são divulgados conforme a Convenção Internacional para Distribuição dos dados epidemiológicos por Semana Epidemiológica, aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Mortes por microcefalia
No último boletim, a Secretária de Saúde informou que está analisando seis mortes de bebês relacionadas à microcefalia nos municípios de Teresina, Betânia do Piauí, Cocal e Nossa Senhora dos Remédios. Segundo a Sesapi, apenas um dos casos foi confirmada a associação com o Zika Vírus. 

Gestantes 
O Boletim divulgado hoje também destaca que as gestantes precisam adotar medidas para reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, como, por exemplo, eliminar criadouros, proteger-se da exposição de mosquitos mantendo portas e janelas fechadas ou usando teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

Carlienne Carpaso
Com informações do Ministério da Saúde
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Governo libera R$ 10,9 milhões para acelerar diagnóstico de microcefalia; R$2,200 por caso

Nesta terça-feira (15), o Ministério da Saúde e o de Desenvolvimento Social e Combate à Fome anunciaram a liberação de R$ 10,9 milhões para acelerar o diagnóstico dos casos de microcefalia no país. A medida tem como objetivo atender as 4.976 crianças notificadas com suspeita de microcefalia ou que já estão com o diagnóstico confirmado, além de garantir assistência necessária às famílias. Incentivo será de R$ 2.200 por caso suspeito. 

Os ministérios assinaram uma portaria interministerial de ações de atenção às crianças com microcefalia. A ação é uma estratégia para esclarecer em um curto prazo de tempo o diagnóstico de todos os casos suspeitos e os encaminhados aos centros de referência. 

O último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, no dia 05 de março de 2016, apontou que o país possui 6.158 casos notificados, 4.231 casos suspeitos, 745 casos confirmados e 1.182 descartados. 

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, ao assinar a portaria, declarou que o mundo está em emergência de saúde pública de interesse internacional por causa do vírus, que está em 47 países. 

“Essa parceria é fundamental para dar acolhimento às crianças e famílias. Vamos dar um apoio adicional para estimular que as secretarias façam a busca ativa e agilize o diagnóstico. Estamos nos dedicando ao máximo para amenizar os problemas que estamos vivendo com a microcefalia", acrescentou Castro. 

Para o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, é uma urgência humanitária agilizar o processo de diagnóstico dos casos suspeitos. 

Ele ressalta que “as crianças que têm o diagnóstico descartado, serão acompanhadas pela puericultura normalmente. Já para crianças com microcefalia, será investigada a extensão do dano para avaliar o atendimento necessário. Vamos avaliar a situação das crianças em uma linha de atendimento p/ definir condição clínica e planejar tratamento”.

De acordo com o secretário, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que vai agilizar a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), entrará no início do processo, colaborando com a busca e provendo proteção social para as famílias. 

“A família exerce papel fundamental na estimulação das crianças, por isso faremos cursos p/ q pais possam auxiliar. É preciso acolher estas famílias para incluir as crianças na sociedade”, ressaltou Beltrame. 

Já a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, declarou que esse é um momento muito importante na atenção integrada as famílias de crianças com microcefalia. 

“Precisamos garantir atenção e acolhimento para estas famílias. Neste fim de semana, já começamos com o INSS a fazer mutirões pra atender as crianças com requerimento da assistência. Queremos colaborar com a saúde para identificar estas famílias que ainda estão na incerteza do diagnóstico. Ofertar para as famílias tanto o serviço de assistência social como serviços de atenção continuada”, finalizou.


Carlienne Carpaso
Com informações do Ministério da Saúde
[email protected]

 

Pesquisa comprova eficácia de óleos de orégano e de cravo no combate ao Aedes

Uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) atestou a eficiência do uso dos óleos de orégano e de cravo para matar as larvas do mosquito Aedes aegypti. O próximo passo do estudo será desenvolver a fórmula para um larvicida, que será colocado à disposição do mercado.

Em contato com o criadouro, os óleos matam as larvas em até 24 horas. A pesquisadora Alzira Batista Cecílio espera que até o meio do ano a formulação já esteja pronta para ser apresentada à indústria. "Produto natural não pode ser patenteado. Então, só após a formulação do larvicida, poderemos patentear e iniciar as negociações com as empresas", afirma.

O estudo é um desdobramento de outra pesquisa mais ampla, que testa o uso de produtos naturais para combater diversos tipos de vírus. "Nesse cenário preocupante em relação ao vírus da dengue, nós decidimos começar a estudar também plantas que pudessem eliminar o vetor", acrescenta Alzira. Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus Zika e da febre chikungunya.

O orégano e o cravo foram selecionados após análise de mais de 20 plantas. O óleo é extraído com o uso de equipamentos específicos. Por essa razão, não adianta por exemplo colocar folhas de orégano ou cravo nos vasos das plantas.

Neste momento, está sendo feito o estudo fitoquímico, para detalhar a composição química dos óleos. Futuramente, está previsto também o teste desses óleos no combate a outras fases da vida do mosquito, o que pode levar ao desenvolvimento de um inseticida aerosol ou um repelente. A pesquisadora alerta, porém, que esses produtos são apenas ferramentas auxiliares para combater o Aedes. "Eliminar os criadouros continua sendo o ponto chave", reitera.

Larvicida degradável

Segundo Alzira Cecílio, o objetivo é desenvolver um produto que não contamine o meio ambiente, já que a maioria dos criadouros de larvas está espalhada. Elas podem ter contato com animais e até água voltada para o consumo humano, como por exemplo nas caixas d'água. "Queremos um larvicida que seja degradado rapidamente e não contamine a água, ao mesmo tempo em que tenha boa eficácia. A maioria dos larvicidas usados hoje exige algum cuidado na aplicação e deixa a água com alguma toxicidade", explica.

No mês passado, uma nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) gerou polêmica ao criticar os larvicidas usados atualmente. O governo do Rio Grande do Sul chegou a suspender o uso do Pyriproxifen, ao considerar que o produto poderia estar relacionado à ocorrência de microcefalia em bebês. A própria Abrasco negou que tenha colocado essa possibilidade em questão.

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do grupo de saúde e ambiente da Abrasco, Marclo Firpo, explicou que foi um mal-entendido, mas reafirmou que a entidade é contra o uso de agentes químicos na água potável e que danos à saúde decorrentes desses produtos não estão descartados. "Consideramos um contrassenso sanitário, um absurdo a colocação de veneno larvicida na água potável", disse.


Fonte: Agência Brasil

Faxina dos Bairros mobiliza comunidade na prevenção ao Aedes aegypti

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“O nosso desafio é percorrer todos os bairros de Teresina fazendo um trabalho de conscientização e prevenção”. Essa é a proposta da Faxina dos Bairros, de acordo com o prefeito Firmino Filho, que esteve neste sábado (12) no bairro Vermelha, zona Sul, durante a 11ª operação da atividade.

Segundo Firmino Filho, a intenção da Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), é andar junto com a comunidade na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Estamos todos os sábados nas comunidades, mobilizando em todas as zonas da cidade a população para que possamos deixar as residências limpas e livres de doenças, sem possibilidades de ter criadouros do mosquito. Já visitamos mais de 40 bairros da cidade, recolhemos cerca de 1.900 toneladas de lixo, o que representa que as pessoas têm atendido ao nosso chamamento”, disse Firmino Filho.

A dona de casa Cosntância Maria Veloso, do bairro Vermelha, recebeu a visita do agente de endemia e limpou a residência. “Tenho uma gestante em casa e aqui os cuidados são redobrados. Mantenho a casa limpa para garantir a nossa saúde e a do meu neto que está prestes a vir ao mundo. Recebi a visita do agente de endemia ontem na minha casa, que me passou dicas importantes para não deixar criar focos de mosquito. Muito importante e louvável essa iniciativa da Prefeitura de Teresina”, destacou.

Neste sábado as equipes da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) estiveram nos bairros São Joaquim (zona Norte), Parque Mão Santa (zona Leste), Comprida (zona Sudeste) e Vermelha (zona Sul). Além disso, a atividade chegou também à zona Rural, na região atendida pela UBS do povoado Santa Luz, em parceria com a Superintendência de Desenvolvimento Rural (SDR). As comunidades de Anajás, Baixão do Carlos, Nova Laguna, Santa Mônica, Amparo, Centro de Santa Luz, Palmeira, São Gonçalo, Assentamento Mundo Novo, Coqueiro Verde, Santa Luz de Baixo, Boqueirão, Mundo Novo e Santa Luz de Cima foram beneficiadas com a atividade.

A Faxina nos bairros é uma operação conjunta entre poder público e comunidade, visando recolher o lixo com potencial de se tornar criadouro do mosquito Aedes aegypti. Durante a semana que a antecede, as equipes de agentes de saúde mobilizam a população para que deposite nas calçadas seu lixo doméstico, inclusive os de grande porte que estejam nos quintais que possam se tornar foco do mosquito. No sábado, as equipes de limpeza das SDUs recolhem todo este material.

“Sabemos que o trabalho educativo é a longo prazo. Portanto, a ação da faxina é complementada com atividades educativas, em que agentes de endemias percorrem as casas dos bairros contemplados no sábado, fazendo um trabalho de orientação sobre como combater o mosquito e evitar seus focos. Nosso desejo é que a população mude  de postura, porque a situação mudou, o problema se agravou e não podemos dar chances para o mosquito Aedes aegypti se proliferar”, alertou Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses.


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