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Justiça afasta professora grávida por risco de Zika

Uma professora do campus João Pessoa da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ganhou na Justiça o direito de não trabalhar até o fim da gravidez por risco de contaminação pelo vírus da Zika. Em sua decisão, o juiz Algacyr Rodrigues Negromonte levou em consideração o “grave problema de infestação de mosquitos em seu ambiente de trabalho” e o laudo da médica de Raquel Bezerra Cavalcanti, que indicou a necessidade de afastamento dela para preservar a saúde dela e do bebê.

“Eu vou ter que lutar pelo meu direito de não expor nem a mim, nem ao meu filho, que ainda não tem vontade própria, que ainda não tem como dizer que isso é perigoso pra ele e que pode ser um peso que ele carregue para o resto da vida”, comentou a professora.

Nas provas, Raquel apresentou vídeos gravados pelo marido dela no dia 25 de janeiro deste ano. Esse era o dia em que ela deveria voltar à sala de aula depois das férias. A direção do campus havia dito que o local estava limpo, mas ela duvidou e pediu que o marido fosse conferir. Os registros que ele fez mostram mato alto, lixo acumulado, bueiros com tampas quebradas, toldos, pneus e tonéis com água acumulada e carteiras escolares amontoadas em um corredor do lado de fora do prédio acumulando água e larvas.

O cenário, segundo Raquel, já era conhecido. Em dezembro, a Vigilância de Saúde do município esteve no local e constatou que aquele era um ambiente favorável ao aparecimento de mosquitos Aedes aegypti. Grávida, a professora pediu para dar aulas em outro lugar. Porém o pedido não foi acatado pela direção e ela entrou na Justiça.

“A minha primeira proposta nunca foi não trabalhar ou ser dispensada do trabalho. A minha proposta era simplesmente não ir até o campus até que um novo relatório da Secretaria Municipal de Saúde atestasse que as condições extremamente favoráveis à proliferação do Aedes aegypti e de outras pragas não estivessem mais presentes”, enfatizou Raquel.

O diretor do Campus V da UEPB, Francisco Jaime Mendonça, comentou sobre a situação na instituição. “Decisões judiciais têm que ser acatadas. A gente não tem como dizer que tá certo ou que tá errado. Na verdade, a UEPB, o campus daqui, ele não é nem mais nem menos seguro que qualquer outro local público, isso eu posso assegurar com toda certeza. Nós temos laudos indicando que tem possíveis focos, mas se a Vigilância Sanitária for em qualquer outro local, também vai achar possíveis focos em outros locais”, disse.

“Eu achei, inclusive, um pouco apressada essa decisão judicial, uma vez que aqui no campus nós temos outros professores, servidores, temos alunas que também estão grávidas e não estão afastadas”, questionou Mendonça.

A técnica de laboratório Liliane de Jesus está grávida de 7 meses e admite que tem receito da contaminação pelo Aedes Aegypti, mas que nunca pensou em pedir transferência do campus. “A gente sempre tem um pouco de receio e cautela, mas graças a Deus, já passei do período mais crítico e continuo tomando meus cuidados, repelente, calça comprida, não deixar oportunidade pro mosquito. Mas dá pra vir trabalhar tranquilamente”, relatou.

Depois do retorno das atividades no campus, em janeiro, várias medidas já foram adotadas para tentar eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Um bueiro já foi limpo e, segundo a direção, em breve deve ser revestido com cimento para evitar que mosquitos entrem e depositem seus ovos no esgoto.

As caixas coletoras de água da chuva, que não podem ser fechadas, foram limpas de dedetizadas. Lixeiras e até o mastro das bandeiras foram furados para evitar o acúmulo de água. A água que pinga do ar condicionado está sendo direcionada para a rede pluvial. Mesmo assim, o diretor afirma que é difícil se ver livre dos objetos que acumulam água.

O magistrado Algacyr Rodrigues determinou que a professora seja afastada imediatamente, sem prejuízo em sua remuneração, sendo que a UEPB pode compensar as faltas de acordo com a sua conveniência e oportunidade. Em caso de descumprimento da decisão, foi fixada uma multa diária e pessoal à autoridade que deverá cumpri-la no valor de R$ 500 limitada a R$ 5 mil.

Fonte: G1

Castro assina contrato para financiar vacina contra a dengue

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, assinou nesta segunda-feira (22), em São Paulo (SP), o contrato com o Instituto Butantan para financiamento da terceira e última fase da pesquisa clínica para a vacina da dengue. No total, o Ministério da Saúde investirá R$ 100 milhões nos próximos dois anos para o desenvolvimento do estudo. O Instituto inicia nesta segunda-feira, no Hospital das Clínicas, a vacinação de um grupo de voluntários para dengue.

Ao todo, a previsão é um investimento de R$ 300 milhões do governo federal para os estudos do Butantan. Além dos recursos do Ministério da Saúde, estão sendo analisados outros R$ 100 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio de um contrato da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e R$ 100 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). 

“O investimento é um compromisso do governo federal com o desenvolvimento de novas tecnologias contra Aedes aegypti e as doenças transmitidas por esse mosquito. A pesquisa do Butantan é promissora contra a dengue e pode nos auxiliar na busca soluções contra o vírus Zika”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Castro. 

O Butantan, principal produtor de imunobiológicos do país, é vinculado ao Governo do Estado de São Paulo e já desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de Biologia e Biomedicina em parceria com instituições estrangeiras. Uma delas é o National Institutes of Health (NIH) – agência de saúde do governo norte-americano –, com o qual o Instituto está em estágio avançado de desenvolvimento da vacina contra a dengue.

No total, 17 mil voluntários de 13 cidades nas cinco regiões do Brasil participarão dos estudos e serão vacinados durante um ano. Os resultados da pesquisa dependem de como será a circulação do vírus, mas o Butantan estima ter a vacina contra a dengue disponível em 2018.

A vacina do Butantan tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose e é produzida com os vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas como estão enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença.

Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem o participante saberá se foi aplicada a vacina ou o placebo. O objetivo é descobrir, mais à frente, a partir de exames coletados dos voluntários, se quem tomou a vacina ficou protegido e quem tomou o placebo contraiu a doença.

Os resultados da segunda fase da vacina já superaram as expectativas em relação a eficácia e segurança,  se mostrando superior a outras vacinas já disponíveis ou em desenvolvimento. Para a imunização será necessária apenas uma dose da vacina que pode ser aplicada em pessoas de todas as idades, inclusive em crianças.

VACINA ZIKA – O Ministério da Saúde anunciou no dia 11 o primeiro acordo internacional para desenvolvimento de vacina contra o vírus Zika. A pesquisa será realizada conjuntamente pelo governo brasileiro e a Universidade do Texas Medical Branch dos Estados Unidos. Para isso, serão disponibilizados pelo governo brasileiro US$ 1,9 milhão nos próximos cinco anos.

De acordo com o cronograma de trabalho, a previsão é de desenvolvimento do produto em dois anos. A parceria no Brasil para desenvolvimento da vacina será com o Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. O IEC é o Laboratório de Referência Nacional para Arbovirus e Centro Colaborador da OPAS/OMS para Referência e Pesquisa em Arbovirus. Já a Universidade texana é Centro Colaborador da OMS para Pesquisa em Vacinas, Avaliação e Treinamento de Doenças Infecciosas Emergentes. A parceria poderá contar com o apoio da OPAS.

O acordo prevê a instituição de um Comitê de Coordenação que irá se reunir, pelo menos, duas vezes ao ano para analisar o progresso e os resultados alcançados no âmbito da cooperação. Está prevista também a participação de outros organismos de saúde internacional, como a Organização Mundial de Saúde.

O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal, além da parceria com os governos estaduais e municipais.

O plano foi criado para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika e oferecer suporte às gestantes e aos bebês. Ele é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito, Atendimento às Pessoas e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa.

Fonte: Agência Saúde

Aplicativos piauienses ajudam no combate ao Aedes aegypti

Pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) desenvolvem medidas e práticas para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus. Os aplicativos “De Olho na Dengue” e “Zika Zero” são as novas plataformas tecnológicas para diagnosticar a presença do mosquito na cidade.

O professor do curso de Ciências da Computação da Uespi, Bringel Filho, do Centro Unificado de Inovação Aplicada (Cuia), é um dos pesquisadores que trabalha para implantar os dois app’s e potencializar o trabalho coletivo de controle dos focos de proliferação do mosquito. O app “De Olho na Dengue” já faz parte de um projeto elaborado na instituição que trabalha diretamente com os problemas da população, o “De Olho na Cidade”.

Segundo o docente, o app “De Olho na Dengue” permite que as pessoas indiquem focos de proliferação do Aedes aegypti. Ainda, de acordo com Bringel, a Agência de Tecnologia da Informação do Estado do Piauí (ATI) recebeu uma demanda da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) para que fosse implantado um app por meio do qual a população fizesse denúncias sobre o zika. O “Zika Zero” é um app desenvolvido para uso do Estado do Piauí, resultado do convênio da Uespi com a ATI, e será lançado em março deste ano.

As ferramentas vão auxiliar na identificação dos focos do Aedes por meio da participação popular. “O cidadão baixa o app e, ao visualizar a manifestação do mosquito em um terreno baldio, praça ou quintal e perceber que o local está infestado pelo mosquito, pode tirar uma foto ou fazer um vídeo, informar a localização e enviar”, detalha Bringel  sobre a utilização da ferramenta ”De Olho na Dengue”.

O “Zika Zero” será semelhante e os dados das duas plataformas serão recebidos pelo portal de controle da Sesapi. “A intenção é fazer com que a secretaria tenha mais informações sobre os locais disseminadores do mosquito”, pontua o professor.

O app “De Olho na Dengue” já está disponível para o Piauí e outros estados no Google Play Store para smartphones e tablets, com o sistema operacional Android. Os interessados podem baixar o app acessando o link: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cuia.deolhonadengue&hl=pt_BR

Da Redação
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Saiba o que é boato e o que é verdade sobre o vírus Zika

Com a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que 4 milhões de pessoas sejam infectadas pelo vírus Zika no continente americano em 2016 são muitas as dúvidas sobre a doença, recém-chegada ao Brasil. 

Conhecido pela medicina desde o fim dos anos 40, o Zika passou a ser assunto nos lares brasileiros depois da associação do vírus a diversos casos de microcefalia em recém-nascidos.

Por enquanto, a certeza é que o vírus é transmitido pelo Aedes aegypti, mas outras formas de transmissão estão sendo pesquisadas.

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

 

- Mulheres com Zika não podem amamentar

Boato. Embora já se tenha identificado o vírus no leite materno, não houve, até o momento, relatos de transmissão do vírus Zika para o bebê na amamentação. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirma que, por conta de todos os benefícios que o leite materno traz ao recém-nascido, incluindo o aumento da imunidade, a amamentação deve ser encorajada e incentivada mesmo em áreas endêmicas para o vírus zika. 

A Organização Mundial da Saúde também reforça que as mães devem continuar amamentando normalmente seus filhos e ressalta que esta deve ser a única fonte de alimentação do bebê até os seis meses de vida. 

 

- O aumento de casos de microcefalia foi causado por vacinas contra rubéola vencidas

Boato. O Ministério da Saúde diz que nenhuma vacina com vírus atenuado, como é o caso da vacina contra rubéola, é aplicada em gestantes. Além disso, não há registro na literatura médica nacional e internacional sobre a associação do uso de vacinas com a microcefalia. 

Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que a infecção por Zika em gestantes é capaz de provocar microcefalia. Desta forma, a chegada do vírus no Brasil foi o que causou o aumento inesperado do nascimento de crianças com a malformação. 

 

- O vírus Zika pode desencadear a Síndrome de Guillain-Barré 
Verdade. A Síndrome de Guillain-Barré é uma reação muito rara a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, entre eles o Zika. Os sintomas são fraqueza muscular e paralisia dos músculos. Eles podem apresentar diferentes graus de agressividade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o vírus Zika também pode causar outras síndromes neurológicas como meningite, meningoencefalite e mielite. 

 

- A infecção é mais perigosa para crianças com até 7 anos

Boato. Circularam em mensagens no Whatsapp áudios mencionando que crianças menores de 7 anos e idosos estariam mais vulneráveis a sintomas neurológicos decorrentes do vírus Zika. Segundo a Fiocruz, essas informações não têm fundamentação científica.

A fundação esclarece que, assim como outros vírus, a exemplo da varicela, do enterovírus e da herpes, o zika poderia causar, em pequeno percentual, complicações clínicas e neurológicas em adultos e crianças, sem distinção de idade.

 

- Você pode ter sido contaminado pelo Zika e não saber
Verdade. Mais de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não apresentam sintomas. Isso dificulta a contabilização dos casos pelo governo brasileiro. Para o restante dos infectados os sintomas são febre leve e manchas vermelhas pelo corpo com coceira. Muitas vezes a pessoa também apresenta conjuntivite, dores musculares ou nas articulações, com um mal-estar que começa entre dois e sete dias após a picada de um mosquito infectado. 

 

- O vírus pode ser transmitido pelo sêmen

Não há resposta conclusiva. O vírus Zika foi encontrado no sêmen humano, porém, há apenas um caso relatado na literatura científica de transmissão do vírus Zika por relação sexual. A OMS diz que são necessárias mais evidências para assegurar que o vírus pode ser transmitido sexualmente.

Até que as pesquisas sejam concluídas, a OMS aconselha que homens e mulheres que vivam ou que estejam retornando de um país onde o vírus Zika circula, principalmente mulheres grávidas e seus parceiros, se protejam usando preservativo.

 

- O Zika pode ser transmitido pela saliva ou pela urina

Não há resposta conclusiva. A Fiocruz divulgou recentemente resultado de estudo que mostra a presença do vírus zika ativo, ou seja, com potencial de provocar a infecção, em amostras de saliva e de urina. A fundação ainda pesquisa a possibilidade de a saliva e a urina serem meios de transmissão.

Fonte: Agência Brasil

"Só conseguiremos erradicar a zika com saneamento", diz presidente da Funasa

No Dia D de Mobilização Contra o Aedes Aegypti, o presidente da Fundação Nacional de Saúde, Henrique Pires, faz um alerta para a importância de se implementarem ações definitivas e concretas contra a proliferação do mosquito, vetor responsável por mais de 20 doenças, principalmente dengue, chikungunya e zika, este último apontado como causador da microcefalia em bebês. 

O presidente Henrique Pires destaca que somente com obras de saneamento básico o país poderá erradicar esses vírus que tem causado tanta preocupação tanto nas administrações federal, estaduais e municipais, como na comunidade científica. "E só poderemos erradicar a zika com saneamento, com água regular, com tratamento de esgoto, com coleta e destinação final de resíduos sólidos e com drenagem. Em países como a Argentina, como o Chile, onde você tem um alto índice de implantação e tratamento de esgoto, cobertura de abastecimento de água e esgoto não existe esse problema. Claro que lá o clima ajuda também. Mas se você não combate a origem, você tem ações paliativas, como o repelente, o fumacê. Antigamente só se falava em dengue. Ele evoluiu e passou a carregar a chikungunya, e depois a zika. Então, a nossa forma de combater está equivocada. O que o deve haver é uma mobilização geral entre o Governo Federal, os governos estaduais, os municípios e a população. Não existirá campanha nenhuma que dê resultado se não tiver a população junto", afirma.

O Governo Federal, segundo Henrique Pires, tem feito grandes investimentos nessa área e a Funasa está trabalhando tanto em planejamento como em obras, principalmente nas regiões rurais, onde o acesso aos serviços básicos ainda é precário. 

"A Funasa tem consciência, o ministro Marcelo Castro e a presidente Dilma, que foi a presidente que mais investiu no setor de saneamento em toda história, não vai haver erradicação do Aedes se não unirmos ações de todos os envolvidos. A Funasa voltou a fazer projetos. Temos um banco com mais de 2 mil projetos não só aqui no Nordeste, mas especialmente aqui no Piauí temos um banco de mais de 150 projetos de saneamento. Estamos deixando cidades como Bom Jesus e Água Branca com 100% de cobertura de esgoto. A Codevasf está fazendo toda calha do rio Parnaíba. Então, isso é ação preventiva. A Organização Mundial de Saúde é taxativa: cada valor que você investe em saneamento você economiza quatro vezes com saúde", explica.

A população, de certa forma, se acostumou com a presença da dengue e relaxou na vigilância. Principalmente no Nordeste, aonde a estiagem castiga, as famílias costumam reservar água para uso cotidiano, na cozinha, no banho, para matar a sede dos animais. E levantamentos mostram que 85% dos criadouros do Aedes estão justamente nesse tipo de recipiente. Soma-se a isso as perdas de água nas grandes cidades, o que também obriga a população a estocar a pouca água que chega. 

"Isso só exemplifica o quanto obras de saneamento são a solução para o problema. A Funasa está empenhada nessa tarefa, nessa guerra contra o mosquito. Estamos levantando a bandeira do saneamento para melhorar a qualidade de vida da população. A própria Organização Mundial de Saúde preconiza que para cada real gasto em saneamento são poupados quatro vezes mais nos gastos com saúde. Essa é a bandeira da Funasa", finaliza.

Da Redação
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Piauí já teve mais de 80% dos imóveis vistoriados contra o Aedes aegypti

Agentes comunitários de saúde e de controle de endemias, com a participação de militares das Forças Armadas, já vistoriaram 40,9% dos imóveis do país para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. O Piauí segue na segunda colocação, com 81,4% de alcance pela força tarefa, ou seja, 685,6 mil imóveis alcançados do total de 841,9 mil. 

A Região Nordeste ocupa as três primeiras posições dos estados com maior cobertura das visitas. A Paraíba continua em primeiro lugar, com 90,5% dos imóveis trabalhados. Já foram visitados 1 milhão dos 1,1 milhão dos imóveis estimados. Sergipe fica no terceiro lugar no ranking: já vistoriou 75,5%, 462 mil de 611,3 mil estabelecimentos.

O novo balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) de Enfrentamento à Microcefalia aponta que até às 16h da última quarta-feira (17/2), 27,4 milhões de domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais receberam equipes para identificação de focos e orientação aos moradores sobre medidas de prevenção ao vetor. O número representa um aumento de 15% na comparação com o último balanço, divulgado na sexta-feira 12/2, que apontava 23,8 milhões de visitas.

Mais de 80% dos municípios já iniciaram os mutirões. Ao todo, 4.462 dos 5.570 municípios previstos, em todos os estados, notificaram as visitas por meio do Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Foram 3,5 milhões de visitas a mais em menos de uma semana.

“A cada semana, o engajamento de agentes comunitários de saúde, de controle de endemias e de militares reflete no aumento dos registros de imóveis visitados, por cada estado. Isso significa uma maior conscientização da população sobre as ações de prevenção às infecções causadas pelo Aedes, e, também, a eliminação de focos do mosquito, no momento da vistoria”, destaca o coordenador da Sala Nacional, do Ministério da Saúde, Marcus Quito.

A Região Nordeste ocupa as três primeiras posições dos estados com maior cobertura das visitas. A Paraíba continua em primeiro lugar, com 90,5% dos imóveis trabalhados. Já foram visitados 1 milhão dos 1,1 milhão dos imóveis estimados. O Piauí segue na segunda colocação, com 81,4% de alcance pela força tarefa, ou seja, 685,6 mil imóveis alcançados do total de 841,9 mil. Sergipe é o seguinte no ranking: já vistoriou 75,5%, 462 mil de 611,3 mil estabelecimentos.

Em números absolutos, a Região Sudeste continua com a liderança, mantendo Minas Gerais como o estado com mais domicílios e prédios já percorridos. Foram 4,86 milhões (67,7% do total), um acréscimo de 185,3 mil unidades. São Paulo vem logo atrás, com 4,3 milhões (26,3%), seguido do Rio de Janeiro, com 3,44 milhões (51,2%).

Durante as visitas, foram identificados 984,3 mil imóveis com focos do mosquito, o que representa 3,77% do total de visitados. A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1% de imóveis com foco. A Sala Nacional contabilizou a recusa de acesso a 91,6 mil imóveis, além de 6,1 milhões de domicílios fechados.

MOBILIZAÇÃO - A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.

Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Diversas ações foram organizadas para o enfrentamento ao vetor. Desde o dia 13/2, as equipes de saúde contam com apoio de militares para as ações de eliminação dos focos do mosquito.

Vale lembrar que, desde o dia 1º, o Governo Federal autoriza a entrada forçada de agentes públicos de combate ao Aedes em imóveis públicos ou particulares que estejam abandonados, ou em locais com potencial existência de focos, no caso de ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local. Para ficar comprovada a ausência de quem autorize a vistoria, é necessário que o agente realize duas notificações prévias, em dias e horários alternados e marcados, num intervalo de dez dias.

SALA DE SITUAÇÃO - O Governo Federal instalou a Sala Nacional de Coordenação e Controle do Aedes aegypti e para o Enfrentamento à Microcefalia para gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito. A sala faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, em resposta à declaração Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

A estratégia do governo federal é intensificar a mobilização nos diversos setores da sociedade. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a Sala Nacional é composta pelos ministérios da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação e da Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados. Todos os estados e o Distrito Federal instalaram suas salas de situação e estão desenvolvendo ações de mobilização e combate ao mosquito.

MICROCEFALIA – O último boletim, divulgado em 17/2, aponta que Ministério e estados investigam 3.935 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Desse total, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016.  Além disso, 508 casos tiveram confirmação de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, e 837 foram descartados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas. Desde o início das investigações, em 22 de outubro passado, 5.280 casos foram notificados como suspeitos da doença em recém-nascidos.

 

Da Redação
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No PI, ministro diz que combate ao Aedes deve ser de 100% da população

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O ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, que está nesta sexta-feira (19) em Teresina, disse que o combate ao mosquito da dengue, Aedes aegypt, tem que ser de 100% da população. Ele está no Piauí participando da Ação Nacional na Educação de Mobilização e Combate ao Mosquito Aedes Aegypti nas Escolas Públicas. Na capital, a Secretaria de Educação do Piuaí está lançando a ação no Centro de Ensino Médio de Tempo Integral (Cemti), João Henrique de Almeida Sousa, no bairro Morada Nova, zona sul. A ação vai abranger 665 escolas de todo o estado.

O ministro lembrou que o Ministério da Ciência e Tecnologia e o governo federal estão desenvolvendo uma vacina para os quatros tipos de dengue que o prazo para que a vacina possa ser disponibilizada para a população é de dois a três anos.

Ele pediu para que a sociedade se engaje na luta contra o mosquito. “Não adianta 99% da população cuidar, fazer todo o trabalho de prevenção ao mosquito e 1% não fazer, para depois o mosquito voltar a picar e espalhar a doença novamente”, destacou Celso Pansera.

Estão no evento o governador Wellington Dias, a secretária de Estado da Educação, Rejane Dias, a senadora Regina Sousa (PT), o ex-ministro João Henrique, o deputado federal Silas Freire (PR), o secretário de Governo, Merlong Solano (PT), os reitores da UFPI, UESPI e IFPI, além de deputados estaduais. 

Como a atividade funciona em forma de um bate papo das autoridades com os alunos, as falas dos participantes estão sendo bem didáticas, falando sobre casos, a importância de prevenir e as pesquisas que estão sendo realizadas.

O governador Wellington Dias (PT) falou que o estado teve uma redução de 56% dos casos de dengue no ano passado e que isso se deve, sobretudo, ao clima seco, que não favorecee a propagação do mosquito.

Após a solenidade, as autoridades visitaram salas de aula e laboratórios do colégio e conversaram com os alunos

 

Flash Eduardo Marchão (Especial para o Cidadeverde.com)
Lyza Freitas, da Redação
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Pesquisa investiga se outros fatores associados ao Zika causam microcefalia

  • castro-zika-5.jpg O ministro da Saúde, Marcelo Castro, participa de reunião entre Brasil e EUA sobre o vírus Zika, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde
    Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Pesquisadores dos Estados Unidos e do Brasil vão investigar se o vírus Zika provoca sozinho a microcefalia ou se a malformação ocorre quando o agente está combinado com outros fatores.

“[Vamos descobrir se a causa do aumento de microcefalia] é o vírus Zika só ou associado a alguma coisa, ou é o virus Zika no organismo que tem essa ou aquela predisposição. São questões em aberto”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em entrevista antes da abertura de encontro entre pesquisadores e representantes dos governos brasileiro e norte-americano na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Brasília.

A pesquisa está sendo desenvolvida na Paraíba, em parceria entre técnicos do governo local e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis (CDC) dos Estados Unidos.

A reunião de hoje (18) juntou o Instituto Butantan, o laboratório Biomanguinhos, o Instituto Evandro Chagas, os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde, além de representantes norte-americanos do CDC, do Departamento de Saúde e da Food and Drug Administration (FDA).

Os principais pontos a serem discutidos pelas instituições são o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika, de tratamento para a doença, de melhores tecnologias para o diagnóstico e o combate ao Aedes aegypti.

Na abertura da reunião, a embaixadora dos Estados Unidos do Brasil, Liliana Ayalde, disse que infecções não respeitam barreiras e por isso os países devem atuar juntos e coordenadamente para combater a transmissão de doenças como a zika.

Fonte: Agência Brasil

Teresina faz nova faxina nos bairros no sábado (20)

A operação Faxina nos Bairros chega à sua oitava edição percorrendo a cidade em busca de focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, dengue e chikungunya. Neste sábado (20), as equipes estarão nos bairros Água Mineral (zona Norte), Campestre (zona Leste), Parque Poti (zona Sudeste) e região da Irmã Dulce (zona Sul). 

O prefeito Firmino Filho estará acompanhando o trabalho a partir das 8 da manhã no bairro Água Mineral. A faxina nesta região contará com a participação de 30 agentes comunitários de saúde que estão participando do curso técnico de capacitação para o cargo. Eles estarão contribuindo com o trabalho educativo dos agentes de endemias para conscientizar a população sobre os males do mosquito e do acúmulo de lixo.
 
“Na Faxina nos Bairros, a população é solicitada para que deposite todo o lixo doméstico na calçada, inclusive aqueles de grande porte que estiver nos quintais que possam se tornar focos do mosquito”, explica o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Francisco Pádua. No sábado, as equipes de limpeza das Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs) recolhem todo este material. Além da limpeza, os agentes de endemias percorrem as casas fazendo um trabalho de orientação junto á comunidade.
 
A ação faz parte de uma série de medidas de reforço tomadas pela Prefeitura de Teresina em resposta ao aumento no número de casos de microcefalia e a descoberta de sua relação com o vírus zika. O Prefeito Firmino Filho assinou o decreto de emergência sanitária, que autorizou a entrada em imóveis para destruir focos do Aedes aegypti, mesmo quando o dono não for localizado ou o local estiver abandonado. Os trabalhos de vistoria e educação foram intensificados, contando ainda com a ajuda de 160 militares do Exército Brasileiro.
 
“Temos a função de educadores junto à comunidade. Todos precisam estar atentos aos nossos chamamentos para que possamos evitar as consequências graves das doenças transmitidas pelo mosquito, como a microcefalia”, disse Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS. 
 
Rotas da Faxina nos Bairros – 20/02/2016 a partir das 8h
 
SUL- Irmã Dulce
Ponto de partida: Praça do Bairro Esplanada localizada na Avenida Madre Paulina.
Roteiro: Quadrante envolvendo a BR 316, Avenida Madre Paulina, Rua São Francisco de Assis, até o limite do bairro Angélica.
 
NORTE- Água Mineral
Ponto de partida: Quadra Poliesportiva localizada na esquina da Rua Tenente Luís Simplício com a Rua Lucrécio Avelino.
Roteiro: Avenida Duque de Caxias, Rua Emanuel Liarth, Rua Quilombo dos Palmares e Rio Poti.
 
LESTE- Campestre
Ponto de Partida: Escola Municipal localizada na Rua São Camilo, nº 1278, esquina com a Rua Marcos Hidd Santos Júnior.
Roteiro: Quadrante envolvendo a Avenida Dr. Aquiles Wall Ferraz, Rua José Torquato Neto, Avenida Horácio Ribeiro e Avenida Zequinha Freire.
 
SUDESTE - Parque Poti
Ponto de partida: Escola Municipal O. G. Rego de Carvalho.
Roteiro: Quadrante envolvendo Rua Egídio Mota, Rua Ervitônio Teodoro, Rua São Francisca e Desembarcador Antônio Santana.

Da Redação
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Notificação de casos de Zika passa a ser obrigatória no Brasil

A partir de hoje (18), a notificação de casos suspeitos de infecção pelo vírus Zika passa a ser obrigatória. A portaria, publicada no Diário Oficial da União, prevê que todos os casos suspeitos deverão ser comunicados semanalmente às autoridades sanitárias.

No caso de gestantes com suspeita de infecção pelo vírus Zika ou de óbito suspeito, a notificação deverá ser imediata, ou seja, feita pelos profissionais de saúde em até 24 horas.

O Ministério da Saúde informou que a mudança é resultado de uma análise dos métodos de acompanhamento do Zika no Brasil. Até então, a infecção era monitorada por meio do Sistema de Vigilância Sentinela, para prestar apoio a medidas de prevenção à doença.

A decisão de tornar a notificação obrigatória foi tomada em parceria com estados e municípios, além de especialistas.

“Os profissionais de saúde de todo o Brasil estão sendo orientados sobre a medida por meio dos diversos canais de comunicação de rotina, como videoconferências, e-mails, ofícios e contatos diretos”, destacou o ministério.

Fonte: Agência Brasil

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