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Irmão de Izadora Mourão é absolvido; mãe é condenada a 19 anos de prisão

 

Após mais de 14 horas de julgamento, o jornalista João Paulo Mourão foi absolvido da acusação de ter matado a irmã, a advogada Izadora Mourão. Os membros do conselho de sentença entenderam que ele não teve participação no crime, que aconteceu em fevereiro do ano passado, em Pedro II (distante 205 km de Teresina). 

Foram quatro votos pela absolvição contra três pela condenação de João Paulo. A decisão dos jurados contrariou a tese do Ministério Público, que defende que o irmão também tem participação no crime. 

Já a mãe de Izadora, Maria Nerci, que assumiu a autoria do crime, foi condenada a 19 anos e 6 meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado. 

A leitura da sentença aconteceu por volta das 23h, na 2ª Vara Criminal de Pedro II, em sessão presidida pelo juiz Diego Ricardo Melo de Almeida. 

O alvará de soltura de João Paulo Mourão deve ser cumprido nesta quinta-feira (17). Já Maria Nerci deverá cumprir a pena em prisão domiciliar, por causa da idade avançada. 

O promotor Márcio Carcará, que representou o Ministério Público no julgamento, informou que irá recorrer da absolvição de João Paulo e da pena dada a Maria Nerci. 


O Julgamento 

Durante o julgamento Maria Nerci, de 71 anos, voltou a assumir a autoria do assassinato da filha, Izadora Mourão. Em seu depoimento, a aposentada disse que matou a filha enquanto ela dormia e negou a participação do filho, João Paulo, no assassinato. 

A versão dada por Maria Nerci é contestada pelo Ministério Público, que acredita que mãe e filho participaram ativamente do homicídio da advogada. Segundo o MP, a motivação do crime seria uma briga por uma herança avaliada em R$ 4 milhões. 

Durante sua fala no julgamento, João Paulo também voltou a negar participação no crime que ficou surpreso após descobrir o envolvimento da sua mãe e por ela ter colocado ele nessa situação. 

“Eu estou muito entristecido com o que a minha mãe fez, que acabou me prejudicando, que causa revolta, não só para os filhos da minha irmã, revolta nos parentes, em mim, que estou sofrendo absurdamente. Eu fiquei muito triste, o primeiro relato que ela me deu, eu acreditei na minha mãe, porque ela sempre falou a verdade para mim, e não tinha como eu duvidar”, afirmou.

Relembre o caso

A advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, foi morta com golpes de faca no dia 13 de fevereiro de 2021, em Pedro II. O crime chocou o município e ganhou bastante repercussão em todo o Piauí. 

Inicialmente, a família apresentou a versão de que o crime teria sido cometido por uma mulher que foi até a residência onde Izadora estava para cobrar uma dívida. 

Dois dias após o crime, o irmão de Izadora, João Paulo Mourão, foi preso pelo DHPP acusado de ter participado do crime. 

 

 

 

 

Natanael Souza e Ney Silva (Rádio Cidade Verde Pedro II)
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Izadora foi morta dormindo, diz mãe ao garantir no Júri que assassinou a filha sozinha

Foto: Reprodução/Youtube

A aposentada Maria Nerci dos Santos Mourão, de 71 anos, voltou a assumir a autoria do assassinato da filha, a advogada Izabela Mourão que foi morta com onze facadas no dia 13 de fevereiro de 2021. 

Durante depoimento nesta quarta-feira (16) no Tribunal do Júri, na 2ª Vara da Comarca de Pedro II, a 206 km de Teresina, Maria Nerci confessou que matou a filha dormindo e negou a participação do filho, o jornalista João Paulo Santos Mourão no assassinato.

Maria Nerci decidiu assumir a autoria do assassinato alegando que foi a única responsável pelas facadas que mataram Izabela, mas essa versão é descartada pela acusação que acredita que o objetivo é impedir que a autoria do crime recaia em João Paulo. Como Maria Nerci é idosa e tem um filho com deficiência, poderia ser beneficiada com redução de pena ou até mesmo, em caso de condenação, não cumprir regime fechado.

Em depoimento a idosa disse que Izabela chegou em casa reclamando de dor de cabeça e que ambas tiveram uma discussão. Maria Nerci disse que a advogada teria feito ameaças e afirmado que faria a idosa perder a sua aposentadoria.

Foto: Reprodução/Redes sociais

Izadora Mourão

Segundo a versão da acusada, após a filha tomar um remédio para dor de cabeça, ela foi dormir no quarto do irmão, mesmo tendo um quarto na casa, e que seu filho João Paulo foi para outro cômodo, momento em que ela decidiu cometer o crime.

“Como ela disse que vai me matar e me judiar, eu fui ver se ela estava se mexendo ou dormindo. Eu fui ver e ela estava dormindo, com sono pesado. Eu tinha levado a faca, pois eu disse: ou hoje ou nunca, senão ela me mata primeiro. Eu dei o primeiro golpe, que foi muito forte, ela pegou no meu braço esquerdo, se virou. Ela queria se virar para pegar a faca, mas não conseguiu se sustentar. Eu dei um golpe muito forte e saiu bastante sangue, e eu fiquei golpeando, porque senão ela pegaria a faca e mataria todo mundo. Não contei quantos golpes. E depois ela ficou lá emborcada”, afirmou.

Maria Nerci disse que foi necessário cometer o crime e que tudo aconteceu em legítima defesa, pois se sentia ameaçada.

“Sei que é muito errado, mas dizem que quem mata em livre defesa não é pecado. Sabendo que era uma coisa horrível, mas uma coisa que eu nunca tinha feito, nem matar uma galinha, mas ela estava muito mal comigo. Eu não quero que nenhuma mãe ou pai passe por isso, eu não estava mais suportando. Tem muita gente me julgando muito mal, mas eu não sou uma pessoa ruim. Eu sou uma Nerci boa, criei meus filhos muito bem, mas ela infelizmente teve esse problema com ela”, disse.

Durante depoimento ela foi questionada porque Izabela, que tinha o melhor quarto da casa, foi dormir no quarto de João Paulo, a idosa disse que ela gostava de ficar no quarto do irmão.

A acusação também questionou porque Maria Nerci demorou duas horas após o crime para ligar para a mulher que ajudava na limpeza da casa. "Eu fui fazer um suco", revelou a idosa. Quando a acusação questiona porque ela foi fazer um suco, ela disse que não se lembrava o que tinha feito. "Eu não se sei se fiz um suco, não me lembro mais o que aconteceu", alegou. Ela ainda disse que não avisou ao filho João Paulo que estava no outro quarto sobre o que aconteceu, somente após a chegada da mulher que realizava a limpeza da casa.

João Paulo negou autoria

Durante seu depoimento, o jornalista João Paulo Mourão negou sua participação na morte da irmã, que foi assassinada a facadas no quarto do acusado. Em depoimento, ele afirmou que a irmã chegou em casa por volta das 6h30 da manhã de sábado, 13 de fevereiro. 

Ele disse que a advogada estava se sentindo mal, e mesmo tendo o próprio quarto, foi dormir no quarto dele, o que fez João Paulo ir dormir no quarto da mãe, localizada nos fundos da residência. O acusado disse que foi acordado por volta de 9h30, pela mãe e a diarista, que informaram que Izabela estava morta.

Foto: Reprodução/Youtube

João Paulo Mourão

“Me conduziram até a porta do meu quarto e vi a cena que foi mostrada nos autos. Eu fiquei em estado de choque e paralisado sem saber o que fazer. Aí fechei os olhos e abri de novo para saber se não era um pesadelo. Perguntei para a minha mãe o que aconteceu, ela deu relato, que foi o mesmo que dei para os policiais”, afirmou.

A primeira versão contada pela família foi que uma mulher foi até o local fazer uma cobrança e que ela teria cometido o crime, mas logo depois João Paulo foi preso apontado como o executor do crime. “Eu fiquei surpreso, completamente abismado, sem saber entender aquilo. Voz de prisão? Porque? O que eu fiz? Fiquei surpreso, sem entender o que está acontecendo. Falei que era um grande mal entendido”, disse o acusado.

João Paulo declarou ainda que ficou surpreso após descobrir o envolvimento da sua mãe e por ela ter colocado ele nessa situação. “Eu estou muito entristecido com o que a minha mãe fez, que acabou me prejudicando, que causa revolta, não só para os filhos da minha irmã, revolta nos parentes, em mim, que estou sofrendo absurdamente. Eu fiquei muito triste, o primeiro relato que ela me deu, eu acreditei na minha mãe, porque ela sempre falou a verdade para mim, e não tinha como eu duvidar”, afirmou.

Ele ainda destacou que antes do assassinato, a mãe relatou que as duas tinham discutido. “Eu era a pessoa que apaziguava os ânimos, que buscava que elas ficassem de bem, unidas, pelo tempo necessário, para ficarem em paz”, destacou.

Durante o julgamento, a Polícia Civil apresentou um bilhete apontado com teor ameaçador que o irmão de Izadora enviou a ela antes do crime, que dizia que era para ela cuidar da vida dela,e deixa eles em paz. O jornalista negou que tenha sido uma ameaça. “Eu falei isso para a saúde dela, o bem estar dela. Ela tinha um problema nos nervos no braço, fez uma consulta com um psicólogo, que após a separação ficou depressiva, foi passado remédio e ela não estava tomando esse remédio, nem o do braço. Ela estava deixando de tomar a medicação dela. Eu nunca pressionei ela em nada, era só para ela ficar bem de saúde”, alegou.

Perícia diz que João Paulo cometeu o crime

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Segundo a Polícia Civil, a perícia atestou que no dia do crime, João Paulo executou e a mãe assistiu ao assassinato, pois a posição dos golpes de faca feitos em Izadora favorece o lançamento de sangue encontrado no vestido da mãe dela, Maria Nerci. As roupas usadas por João Paulo não foram encontradas.

De acordo com a perícia, Izadora sofreu 11 golpes de faca, a maioria no pescoço e uma no peito. Foram feitas perfurações de 4 a 9 centímetros, que seriam incompatíveis com a força da idosa. 

Briga por herança

O Ministério Público defende a tese de que o crime foi cometido por João Paulo e Maria Nerci, e que a motivação estaria relacionada a uma herança de cerca de R$ 4 milhões, deixada pelo pai da advogada. 

Foto: reprodução/Redes sociais

Maria Nerci e João Paulo

"Desde o primeiro momento, o Ministério Público trabalha com as provas que foram produzidas pela perícia e pela Polícia Civil do Piaui. O Ministério Público trabalha com a participação da dona Maria Nerci e do João Paulo, em razão de uma divisão de bens, de uma herança", destacou o promotor de Justiça, Márcio Carcará. 

O ex-namorado de Izadora, Marcos Antônio dos Santos Viana, afirmou ao Júri que ela tinha medo do irmão e da mãe e que a advogada era muito próxima do pai e que após a morte dele, a mãe e o irmão se voltaram contra ela.  

"Eles trocaram as fechaduras da casa de Teresina e não deram a chave para ela, impediram ela de frequentar uma chácara que era da família. Ela dirigia uma D20 e até ela eles queriam vender. Ela disse outra vez: meu irmão tem o perfil de um psicopata. Já estudei e é o perfil do meu irmão. Ele não demonstra felicidade, tristeza", relembrou o ex-namorado. 

 

Bárbara Rodrigues

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Perícia encontrou sangue de Izadora no vestido da mãe da advogada

Atualizada às 13h

A perícia constatou que o vestido utilizado pela mãe de Izadora Mourão, Maria Nerci, esteve na cena do crime e que há manchas de sangue na vestimenta da mulher que teriam sido causadas durante o assassinto da advogada. 

No entanto, a perícia não encontrou elementos que comprovem a presença de João Paulo na cena do crime. 

Segundo a perita Maria Rosemary, em seu depoimento no Tribunal do Júri na Vara Criminal de Pedro II, não foi coletado material do irmão da vítima na cena do crime porque o local era o quarto de João Paulo. 

Foto: Reprodução

"Isso faria com que nós produzissemos provas frágeis. Já que aquele era o quarto dele e obviamente teriam digitais dele e material dele. Encontramos manchas de sangue na roupa usada pela mãe da vítima", destacou Maria Rosemary. 

A acusação sustenta a tese de que Izadora Mourão foi morta pelo irmão e pela mãe. A defesa de João Paulo, no entanto, tenta convencer o júri que ele não participou do crime e que o assassinato de Izadora foi cometido apenas pela mãe dela. 

Entretanto, a acusação questiona a capacidade de Maria Nerci, aos 70 anos, de conseguir matar a filha sozinha, devido à sua dificuldade de mobilidade e idade já avançada. 

De acordo com Maria Rosemary, é possível que os ferimentos encontrados no corpo de Izadora Mourão tenham sido causados por uma mulher. No entanto, a perícia não descarta a participação de João Paulo. 

Izadora tinha medo do irmão

O ex-namorado de Izadora Mourão prestou depoimento no Tribunal do Júri e relembrou os últimos momentos que teve com a advogada. Marcos Antonio dos Santos Viana afirmou ao Júri que ela tinha medo do irmão e da mãe e que Izadora já afirmou para ele que João Paulo tem o perfil de um psicopata e por isso tinha muito medo dele.

"Ela me confessava tudo que acontecia na casa dela. Namoramos por quatro meses, mas nos conhecíamos há 1 ano. Nesse tempo, toda vez que íamos dormir juntos ela escorava a porta do quarto e dos portões com cadeiras, madeiras... porque ela tinha medo do irmão fazer alguma coisa com ela", destacou Marcos Antonio. 

Foto: Reprodução

O ex de Izadora Mourão afirmou no Tribunal que a advogada era muito próxima do pai e que após a morte dele, a mãe e o irmão se voltaram contra ela.  

"Eles trocaram as fechaduras da casa de Teresina e não deram a chave para ela, impediram ela de frequentar uma chácara que era da família. Ela dirigia uma D20 e até ela eles queriam vender. Ela disse outra vez: meu irmão tem o perfil de um psicopata. Já estudei e é o perfil do meu irmão. Ele não demonstra felicidade, tristeza", relembrou o ex-namorador. 

Marcos Antonio relembrou ainda que Izadora era uma boa namorada e que passou meses sofrendo com a perda dela. 

Investigador relembra bilhete ameaçador

O investigador da Polícia Civil do Piauí, João Paulo, foi o segundo a prestar depoimento. O policial participou das investigações e afirmou no Tribunal do Júri que Izadora Mourão foi morta com nove perfurações de faca e duas armas brancas foram utilizadas no homicídio. 

Ainda segundo o agente, para a Polícia Civil, é impossível que Dona Nerci, mãe de Izadora Mourão, tenha cometido o crime sozinha, como alega a defesa do irmão da advogada. 

"É impossível ela ter cometido o crime sozinha pela dificuldade que ela tem de locomoção. Izadora tinha força, dirigia uma D20 e andava a cavalo. Para a polícia, Dona Nerci e João Paulo foram os autores do crime", destacou o agente João Paulo. 

Foto: Reprodução

A defesa questionou as afirmações do agente de segurança e o indagou os motivos que levam a crer o porquê de duas pessoas terem sido os autores do assassinato de Izadora Mourão. 

Segundo o investigador, no corpo dela foram encontradas perfurações com até 11 centímetros de profundidade e em direções diferentes, o que induziu à perícia crer que mais de uma pessoa golpeou a advogada. 

Durante seu depoimento, a advogada relembrou a frieza com que o irmão e a mãe de Izadora apresentaram durante o velório, sem esboçar tristeza pelo falecimento da advogada. 

Outra coisa que chamou atenção dos investigadores foi o fato da família ter pago o plano funerário que estava atrasado há nove meses. Eles teriam quitado a dívida uma semana antes do crime. 

O policial João Paulo relembrou ainda o bilhete com teor ameaçador que o irmão de Izadora enviou a ela antes do crime. “Ele dizia que ela para ela cuidar da vida dela e deixar eles em paz. O tom do bilhete foi ameaçador”, destacou o investigador. 

Prima diz que Izadora não era ambiciosa

Vanessa da Conceição Fabrício, prima de Izadora Mourão, foi a primeira a prestar depoimento no julgamento do irmão e da mãe da advogada que foi morta a facadas em Pedro II. Durante os questionamentos da defesa e acusação, Vanessa relembrou a boa relação que tinha com a prima e o quão desapegada Izadora era de bens materiais. 

Foto: Reprodução

"Ela era muito desapegada. Se eu elogiasse uma sandália dela, ela falava: 'Leva para ti. Pega'. Não era uma pessoa ambiciosa. Eu fazia unha, às vezes dava 10 reais e ela me pagava 15, 20 reais. Era uma pessoa boa e que tinha muitos amigos", destacou Vanessa da Conceição. 

A prima relembrou o dia do crime e disse que a tia, mãe de Izadora, foi até sua casa para deixar a faca que supostamente teria sido utilizada para manter a advogada. E que, a princípio, não desconfiou. Porém, após a notícia do homicídio de Izadora ela e os pais começaram a ligar os pontos. 

"Meus pais ficaram se perguntando por que ela foi deixar uma faca e pedir para guardar em cima de um guarda-roupa. Após o velório, mamãe pediu para a tia Nerci ir pegar a faca porque não queriam ela lá. Eu cheguei a pegar na faca e fiquei com medo de ser relacionada porque minhas digitais iriam aparecer na faca", afirmou Vanessa. 

Matéria

Foto: Reprodução/redes sociais

Teve início nesta quarta-feira (16) o julgamento do irmão e da mãe da advogada Izadora Santos Mourão, que foi morta com sete facadas em fevereiro do ano passado, no município de Pedro II, distante 206 km de Teresina. O jornalista João Paulo Santos Mourão e a mãe Maria Nerci dos Santos Mourão são acusados pelo crime que chocou o município.

O julgamento deveria ter ocorrido no dia 22 de fevereiro, mas foi adiado para hoje e será realizado pelo Tribunal do Júri, na 2ª Vara da Comarca de Pedro II.

O Ministério Público defende a tese de que o crime foi cometido por João Paulo e Maria Nerci, e que a motivação estaria relacionada a uma herança de cerca de R$ 4 milhões, deixada pelo pai da advogada. 

"Desde o primeiro momento, o Ministério Público trabalha com as provas que foram produzidas pela perícia e pela  Polícia Civil do Piaui. O Ministério Público trabalha com a participação da dona Maria Nerci e do João Paulo, em razão de uma divisão de bens, de uma herança", destacou o promotor de Justiça, Márcio Carcará. 

Durante o julgamento, devem ser ouvidos o delegado que investigou o caso, agentes, e outras pessoas que tiveram contato com Izadora. Uma perícia que demonstrará a dinâmica do crime também será apresentada pela acusação. 

A defesa constesta a versão defendida pelo Ministério Público e defende a tese de que o crime foi cometido apenas por Maria Nerci, mão de Izadora Mourão. 

Foto: Reprodução/redes sociais

Izadora Mourão

A advogada Izadora Mourão foi encontrada morta, com ferimentos de faca, dentro do próprio quarto em uma residência localizada no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro de 2021. A história inicial divulgada foi que uma mulher que visitou a vítima, teria sido a autora do crime.

Segundo denúncia do Ministério Público, a investigação realizada pela polícia civil apontou que na verdade o crime teria sido realizado pelo jornalista e irmão da vítima João Paulo Mourão, que após o crime teve a ajuda da mãe para acobertar o que aconteceu. Todos moravam na mesma casa.

Ambos apareceram no velório da vítima, mas no dia 15 de fevereiro daquele ano, João Paulo foi preso. Em junho de 2021, Maria Nerci chegou a assumir sozinha o assassinato da filha, mas a Polícia Civil negou essa possibilidade e afirmou que a perícia atestou que no dia do crime, João Paulo executou e a mãe assistiu ao assassinato.

Foto: Reprodução/Polícia Civil

Polícia divulgou simulação de como o crime aconteceu

A perícia convenceu a polícia de que a posição dos golpes de faca feitos em Izadora favorece o lançamento de sangue encontrado no vestido da mãe dela, Maria Nerci.

O crime teria ocorrido porque existia um conflito familiar intenso entre as partes em razão da possível tentativa de exclusão de Izadora da partilha dos bens componentes do espólio deixado pelo falecido pai da vítima.

 


Bárbara Rodrigues, Natanael Souza e Nataniel Lima
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Polícia prende dupla suspeita de tentativa de homicídio em Pedro II

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Dois homens, de identidades não reveladas, foram presos nesta quarta-feira (9) suspeitos de tentativa de homicídio contra um homem, de identidade não revelada, que foi alvejado com dois tiros na noite do último sábado (5) no bairro São Francisco, no município de Pedro II, distante 206 km de Teresina.

A vítima estava com alguns amigos em um estabelecimento, quando dois homens em uma moto passaram pelo local e realizaram disparos de arma de fogo. O rapaz foi alvejado com dois tiros no abdômen, foi socorrido e sobreviveu.

O delegado André Moreno, titular da delegacia de Pedro II, informou que iniciou investigação, e que os dois suspeitos foram identificados, e por isso foram expedidos mandados de prisão contra eles.

“Tinha uma rixa entre dois grupos divergentes, o rapaz que foi a vítima, tentou falar com os acusados para uma trégua, mas eles atiraram a queima roupa, foram três tiros e dois pegaram. Começamos a investigar a partir de sábado de madrugada, pedimos a prisão preventiva e realizamos a prisão hoje”, explicou o delegado.

Ele informou que foram realizadas várias diligências contra os suspeitos, que cientes sobre os mandados, decidiram se entregar para os policiais.

“Eles ficaram sem saída e acabaram se entregando após negociação com o advogado”, destacou o delegado. Os dois homens vão ser encaminhados para o sistema prisional.

A vítima permanece internada no Hospital Regional de Chagas Rodrigues, localizado no município de Piripiri.

 

Bárbara Rodrigues

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Mulher tem casa incendiada em Pedro II e ex-marido é o principal suspeito

Uma mulher teve a casa incendiada na madrugada dessa quinta-feira (3) no município de Pedro II, a 205 km de Teresina e o principal suspeito é o ex-marido dela por não aceitar o fim do relacionamento.

A vítima afirmou ao Jornal do Piauí que teve um relacionamento de seis anos com um homem, e que há três meses eles se separaram. Ela disse que desde então tem recebido ameaças de morte. O suspeito teria até mesmo afirmado que iria matar ela com veneno de rato, se eles não reatassem.

Diante das ameaças, a mulher que mora com três filhos de outro relacionamento, começou a dormir na casa da mãe. Na madrugada de hoje ela foi surpreendida com a informação que a casa dela tinha sido incendiada na Avenida Pedron Ivo, bairro Santa Fé.

O fogo atingiu dois quartos, mas acabou sendo contido pelos moradores da região. A mulher acredita que a ação foi realizada pelo seu ex-marido.

“Aconteceu que eu me separei de um ex-companheiro, já faz três meses, e ele ia lá em casa me perturbando, querendo voltar, e começou a se vingar. Por volta de meia noite e meia, ninguém viu porque ele foi lá na calada da noite, mas ele arrebentou a porta da cozinha, a casa queimou e fiquei sem nada, queimou duas camas, colchão, guarda roupa, uma bicicleta da minha menina de sete anos, roupas”, lamentou a mulher.

A vítima prestou um boletim de ocorrência na manhã desta quinta-feira e o caso será investigado pela Delegacia da Polícia Civil em Pedro II. Apesar do ex-companheiro ser o principal suspeito, uma investigação será realizada para apontar o autor do incêndio.

A mulher também solicitou medidas protetivas contra o ex-companheiro.

 

Bárbara Rodrigues e Ney Silva

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Município de Pedro II confirma parceria com o Programa Digitaliza Brasil

Foto: ascom

O prefeito de Pedro II, Alvimar Martins, recebeu, nesta quarta-feira (23), a visita da equipe do Ministério das Comunicações ao município. O objetivo foi verificar as instalações da estrutura que permitirá à população local o acesso a cinco canais digitais de televisão.

Em breve, todos os aparelhos de TV produzidos desde 2011 estarão aptos a sintonizar a programação dos canais digitais. Atualmente, Pedro II recebe os sinais da TV Cidade Verde, afiliada à Rede SBT, e outras duas emissoras.

" Com a maior brevidade possível os habitantes de Pedro II poderão usufruir da qualidade superior de imagem e de som, além da diversidade da programação e da mobilidade que a digitalização permite", explica Roberto Colletti, coordenador de Inovação do Ministério das Comunicações (MCom).

O prefeito comemora a novidade no município. “É sempre gratificante contribuir para o desenvolvimento de Pedro II. Graças à adesão do Município ao Programa Digitaliza Brasil, toda a população será beneficiada com esse investimento de aproximadamente R$ 500,00 mil do Governo Federal, por meio do Ministério das Comunicações”, ressalta Alvimar Martins.

Fonte: ascom

Prefeitura de Pedro II adquire novos equipamentos para a Saúde

Foto: Ascom/Pedro II


A Prefeitura de Pedro II, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), adquiriu novos equipamentos que serão distribuídos nos postos e unidades de saúde do Município.

Entre os materiais adquiridos estão macas ginecológicas, armários, prateleiras, régua antropométrica, mesas para refeitórios, fogões de quatro bocas, freezers, geladeiras, cadeiras de plásticos, cadeiras giratórias, colchões hospitalares, mocho sem encosto, entre outros.

De acordo a secretária municipal de Saúde, Tatiana Galvão, os itens vão suprir necessidades na área da saúde nos postos e unidades do município, beneficiando a população de cada região. “Com a aquisição desses materiais iremos proporcionar mais conforto aos usuários e ainda atender as necessidades dentro da área nos nossos postos de saúde em todo o município, graças ao apoio do prefeito Alvimar Martins”, avalia.

O prefeito de Pedro II, Alvimar Martins, considera as novas aquisições uma grande conquista para os pedrossegundenses. 

"A saúde é o nosso bem mais precioso. Por isso, nossa gestão é atenta à garantia desse direito a toda a população. Sem dúvidas, com os equipamentos, teremos um atendimento ainda melhor ao nosso povo", ressalta o prefeito.

Da Redação
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Mulher é estuprada em matagal, foge e desmaia próximo a uma igreja

Foto: Divulgação/Pedro II 

Uma mulher, que não teve o nome revelado, sofreu um estupro na noite desse domingo (13), em um matagal no município de Pedro II, a 195 km de Teresina.

Segundo informações do comandante da Polícia Militar de Pedro II, capitão Edson Neves, a mulher estava bebendo em um bar com o suspeito, quando ele teria levado a vítima para um matagal. No local, o homem chegou a passar a mão nas partes íntimas da vítima que conseguiu fugir e pedir ajuda.   

“Ela estava bebendo com um rapaz no bar, os dois saíram juntos, e ele levou ela para um mato, pra tentar estuprar-la. Não houve a penetração, ele passou a mão nas partes íntimas dela, mas ela conseguiu fugir”, relatou o comandante.

Após fugir, a vítima conseguiu pedir ajuda a uma pessoa que estava em frente a uma igreja na região, que acionou os policiais.

“Ela pediu ajuda a um rapaz que estava na igreja e quando ele viu a viatura, ele acionou os policiais”, acrescentou o capitão Edson Neves.

No local, a mulher ainda chegou a desmaiar e foi socorrida por uma ambulância do Serviço Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao Hospital e Maternidade Josefina Getirana Neta, no município. 

Na unidade de saúde, a médica Diana Paula Silva, que atendeu a vítima, informou ao Cidadeverde.com que ela estava com escoriações pelo corpo, na região da mama, e bastante alterada.

“Segundo o SAMU, ela foi encontrada desmaiada na rua, ela estava muita alterada, em visível estado de embriaguez, tinha escoriações no corpo de luta corporal, ela estava bastante arranhada na região da mama porque ele teria tentado tirar a blusa dela. Ela informou que ele não chegou a consumar o ato porque ela lutou com ele”, informou a médica.  

De acordo com capitão Edson Neves, até o momento ninguém foi preso. A Polícia Civil de Pedro II ficará responsável pelo caso. 

 

Rebeca Lima
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Laudo aponta que criança bateu cabeça antes de morrer afogada em Pedro II

Foto: Divulgação/PC-PI

Um laudo cadavérico apontou que um menino de 5 anos que morreu afogado em uma piscina em uma chácara na zona Rural de Pedro II, distante 195 km de Teresina, sofreu uma pancada na cabeça antes de morrer.

A criança morreu afogada no dia 16 de janeiro deste ano, na piscina de uma chácara. Após a morte, os pais não informaram a polícia sobre o caso e a criança foi enterrada.

Quando a polícia descobriu o que aconteceu, o delegado André Moreno, titular da delegacia de Pedro II abriu um inquérito policial e determinou a exumação do corpo para que fosse determinado se ocorreu algum crime ou se foi apenas um acidente.

O resultado do laudo cadavérico da criança saiu nessa semana e apontou que ela morreu afogada e que sofreu uma pancada na cabeça antes de morrer.

“A criança faleceu com um edema pulmonar, com afixamento por afogamento. Foi constatada uma lesão na cabeça frontal e ainda estamos tirando as conclusões se a criança bateu a cabeça antes de falecer. Trabalhamos com algumas possibilidades, como a criança ter escorregado na borda da piscina e batido a cabeça e até mesmo a reação dela de ter tentado procurado a borda e ter tido o acidente fatal”, explicou o delegado André Moreno.

Agora a equipe da Delegacia de Pedro II vai trabalhar para encerrar o inquérito policial sobre o caso.

“Estamos avaliando a situação, para saber se houve culpa de alguém que estava no local, com o dever de cuidar da criança. Na próxima semana a gente já vai definir as coisas para fechar o caso”, finalizou o delegado de Pedro II.


Bárbara Rodrigues
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Adolescente de 16 anos é suspeito de estuprar idosa após dar carona em Pedro II

Foto: Divulgação/PC-PI 

Um adolescente de 16 anos foi detido na manhã desta sexta-feira (11) suspeito de ter estuprado uma mulher de 60 anos, no município de Pedro II, distante 205 km de Teresina.

A vítima informou para a polícia que o caso aconteceu na noite de quinta-feira (10), quando o adolescente ofereceu uma carona para mulher até a sua residência. Ela já conhecia o rapaz e decidiu aceitar a carona.

“A idosa já conhecia o indivíduo, e ele passou e ofereceu uma carona para ela, mas ele mudou o trajeto, levou para uma localidade isolada e lá atacou ela”, informou o delegado André Moreno, titular da delegacia de Pedro II.

A vítima registrou um boletim de ocorrência na manhã dessa sexta-feira. Logo depois o rapaz foi localizado e detido pela polícia. Ele negou as acusações, mas teve que ser liberado, pois não estava mais na situação de flagrante.

“Houve uma condução por parte da Polícia Militar, no final da manhã de hoje. O fato ocorreu na noite de ontem, então como não estava no flagrante, eu não pude manter o menor. Teria que ter ocorrido a condução próximo da hora, ou com perseguição ininterrupta, algo nesse sentido para manter a condução do menor. Como não foi dessa forma, não foi possível manter, pois seria uma apreensão ilegal, então liberamos o menor”, explicou delegado.

Ele destacou que a vítima foi encaminhada para fazer os exames periciais e destacou que pode pedir pela internação do menor.

“Vamos dar sequência na investigação e formalizar o procedimento, e inclusive se houver a possibilidade de pedir a internação do menor, já que menor não pode ser preso, mas em caso de violência ou grave ameaça, existe essa possibilidade de internação, mas isso em um momento posterior, para que o juiz decida”, destacou.

Bárbara Rodrigues
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