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Dia Mundial de Luta Contra AIDS
01/12/2014 15h54
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01/12/2014 15h54
30/11/2014 13h09
O XII ENUDS (Encontro Universitário de Diversidade Sexual) vai ser
a maior fechação. O evento acontecerá de 12 a 16/12 em Mossoró na Universidade
Federal Rural do Semi-Árido/UFERSA. O tema do encontro é sugestivo e
provocativo: ‘Prática Fechativa: tire seu discurso do caminho, que eu quero
passar com minha luta!”.
A partir de mobilização, organização e lutas, O ENUDS surge, em 2003, como um processo de transgressão com o movimento estudantil tradicional, visto que este negligenciava as pautas sobre pluralidade sexual e de gênero. Neste sentido, o encontro traz para o contexto universitário as reflexões contemporâneas acerca da diversidade sexual e suas expressões na cultura, na arte, nas mídias, nos movimentos sociais e no debate acadêmico.
O encontro também visa propiciar o fortalecimento dos grupos e coletivos que se articulam em torno da temática para promover um espaço de resistência, formação, interação, empoderamento, compartilhamento de experiências e vivências de práticas políticas transgressoras.
A programação do evento contará
com: Espaço Autogestionado para organização das tribos do XII ENUDS; Mesas
versando sobre Movimentos Sociais e Transversalidade e/ou interseccionalidade
das opressões, Direitos Humanos e Políticas Públicas para LGBTS, Prática
fechativa: tire seu discurso do caminho que eu quero passar com minha luta.
Ainda dentro da programação
ocorrerá Grupos de Discussão e Apresentação de Trabalhos abordando os eixos:
Educação LGBT nas Escolas; Ensino, Pesquisa e Extensão LGBT nas Universidades;
Cidades e Cultura LGBTS; Transfeminismo; Resistência dos Corpos; Família e
Patriarcado; Relações não-monogâmicas e
monogâmicas etc.
Pode-se observar pela vasta e riquíssima programação que o ENUDS vai ser do papoco. Então, PREPARA QUE AGORA É A HORA DO SHOW DAS FECHATIVAS
27/11/2014 16h31
25/11/2014 13h30
Matizes participará da ação
do 3º EDUCAIDS – Mostra CEPROSC de Arte e Educação sobre AIDS - organizada pelo Centro de Educação Profissional
São Camilo. A atividade acontecerá dia
01/12 às 19h na quadra da escola de samba Sambão.
A instituição educacional
realiza o evento para lembrar o Dia Mundial de Combate à AIDS – 1º de Dezembro.
Através da linguagem artística os educandos(as) refletirão sobre o tema.
A definição da data pelo Dia Mundial de Luta Contra AIDS
ocorreu em 1987 a partir da decisão da Assembleia Mundial de Saude com apoio da
Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo deste dia é difundir a
importância da solidariedade, do amor e respeito em relação à pessoas
soropositivas.
A data também é um momento
para refletir e discutir estratégias de enfrentamento do preconceito e
discriminação que provocam processos de exclusão social e negação de direitos
de cidadãs(aos) vivendo com HIV/AIDS.
O símbolo de solidariedade e
compromisso na luta contra AIDS é ó laço vermelho. A imagem do laço foi uma
criação de artistas de Nova Iorque, em 1991, para homenagear colegas e amigos vitimas da
doença.
Por Herbert Medeiros
20/11/2014 18h06
A formação cultural do Brasil se caracteriza pela fusão de
etnias e culturas, pela contínua ocupação de diferentes regiões geográficas,
pela diversidade de fisionomias e paisagens e também pela multiplicidade de
visões sobre a miscigenação em sentido amplo, algumas ainda presas à
desinformação e ao preconceito. Esse caldo de cultura muitas vezes gera atritos
e conflitos em casa, na rua, no trabalho e na escola. Para preencher o vazio da
desinformação e corrigir a distorção de valores que encerra, o Ministro da
Educação publica este Superando o Racismo na Escola.
Catorze professores foram escolhidos para escrever os textos da obra, cuja leitura possibilita a professores e alunos debaterem amplamente o assunto. Claro que o tema não se esgota aqui. Mas junto com outras realizações do Ministério, como vídeos e publicações da TV Escola, a obra é outro passo importante para a implantação eficaz das políticas educacionais. A idéia da publicação e seu aproveitamento em sala de aula está perfeitamente adequada à outra realização do Ministério: os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que objetivam a melhoria de qualidade da educação pública. Pode-se dizer que o livro deriva dos Parâmetros.
Adotados deste 1997, os PCN foram preparados pelo Ministério para orientar os professores das redes estaduais e municipais na montagem de currículos adequados às peculiaridades regionais e culturais do Brasil. A partir dos PCN, os docentes podem desenvolver em sala de aula temas que permitem formar o cidadão consciente, possibilitando ao aluno ampliar seu horizonte existencial, cultural e crítico por meio das próprias matérias regulares do currículo. A esse recurso pedagógico deu-se o nome de temas transversais. Enquanto aprendem História ou Geografia ou Português, por exemplo, os alunos receberão informações que alargam sua compreensão sobre temas como: Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação Sexual. Os critérios de escolha desses assuntos levaram em conta a urgência social, a abrangência nacional, a possibilidade de melhorar o ensino e a aprendizagem e a contribuição que os estudos oferecem para o entendimento da realidade, de forma a encorajar a participação social.
Editados e distribuídos às escolas pelo Ministério, os documentos que compõem os PCN foram preparados com a colaboração de inúmeros especialistas, instituições e entidades que desenvolvem estudos e pesquisas em Educação. E tiveram reconhecimento do Conselho Nacional de Educação, tornando-se em seguida objetivo de análise e debate em seminários e reuniões de professores e de dirigentes dos sistemas educacionais. Neste momento esses agentes trabalham para adequar os currículos à nova proposta.
Através dos Parâmetros, os alunos são levados a compreender a cidadania enquanto participação social e política; a posicionar-se de modo crítico e construtivo; a conhecer características sociais, materiais e culturais do país; a identificar e valorizar a pluralidade cultural; a posicionar-se contra a discriminação cultural, social, religiosa, de gênero, de etnia, dentre outras.
Os PCN permitem também ao estudante se perceber integrante e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e interações possíveis, contribuindo para melhorá-lo. Possibilitam ao aluno desenvolver a percepção de si, a confiança nas próprias capacidades e o sentido de preservação física e mental; a utilizar diferentes linguagens; a consultar diversas fontes de informação e a questionar a realidade, formulando problemas e soluções.
Os temas transversais não são uma preocupação inédita do Brasil. A questão vinha sendo pensada e incorporada progressivamente ao ensino das ciências. Sua adoção era anunciada e se justifica plenamente porque, além dos benefícios evidentes à formação integral dos estudantes, dá flexibilidade ao currículo, algo vital na relação ensino-aprendizagem…
Fonte: Geledés
16/11/2014 11h10
Com o tema ‘Viver sem violência é um Direito de Toda Mulher’, ativistas
do movimento feminista e outras organizações sociais realizaram 3ª edição da Marcha das Vadias em Teresina. A concentração ocorreu na Av. Frei Serafim e
percorreu as ruas do centro da cidade com o objetivo de sensibilizar, denunciar
e dialogar com a sociedade sobre a importância de coibir as práticas
socioculturais, políticas e econômicas de violação dos Direitos Humanos das
mulheres.
Durante a caminhada, o discurso das ativistas alertou a população sobre a omissão e descaso do Estado para promover e
garantir políticas públicas que
assegurem a plena igualdade de gênero.
Ausência de creches para mulheres jovens e trabalhadoras, impunidade nos casos de violência contra a
população feminina, desigualdade salariais, cultura machista reforçadora de
estereótipos e violações de direitos estavam entre as denúncias apontadas pelo
movimento de mulheres.
A ideologia sexista masculina de controle, mercantilização e
desrespeito com o corpo feminino foi também
duramente criticada pelas ativistas. As participantes reafirmaram o direito de decidir sobre o seu corpo e suas
escolhas e aproveitaram para denunciar os discursos e práticas sociais de
setores reacionários e conservadores que visam criminalizar a liberdade de expressão
feminina.
Pelas ruas da cidade, a Marcha
das Vadias ecoaram palavras de ordem para chacoalhar o coro dos contentes: ‘te
cuida, te cuida, te cuida seu machista, Que Teresina vai ser toda feministas’; ‘a
violência contra a mulher, não é o mundo que a gente quer!’; ‘A nossa luta é
todo dia, Somos mulheres e não mercadoria’; ‘A nossa luta é por respeito,
Mulher não é só bunda e peito’.
Veja fotos das Marcha das Vadias
Por Herbert Medeiros
15/11/2014 15h09
No livro "Libertas entre Sobrados", Lorena Telles discute como, mesmo após abolição, negras permaneceram em más condições sociais
No livro Libertas entre Sobrados, a historiadora Lorena Telles analisa a relação entre mulheres negras e a profissão de empregada doméstica entre 1880 e 1920 em SP.
“O livro fala sobre sujeitos sociais silenciados durante a história: negras subalternas que foram escravas. Procurei entender como se deu essa relação que levou essas mulheres das senzalas para o trabalho doméstico”, diz Lorena.
De acordo com a autora, sua pesquisa revela que, mesmo após o fim da escravidão, as mulheres negras continuaram a sofrer com más condições econômicas e sociais e, principalmente, com a herança escravista da profissão.
O baixo salário – em média 20 mil réis na época -, por exemplo, não permitia que negras recém libertas tivessem suporte mínimo para viver em São Paulo. “A regulamentação (CLT) da profissão de empregada doméstica só aconteceu há dois anos (2012). Ou seja, uma série de direitos foram negados a essas mulheres por muito tempo. Essa situação indica como a profissão foi influenciada por sua herança escravista”, diz.
Para a pesquisadora, a proximidade entre empregadas domésticas e o ambiente familiar também prejudicou as profissionais do lar durante a história.
“Quando pensamos que a casa, onde pessoas moram, é também lugar de trabalho, as empregadas domésticas são colocadas muito próximas aos caprichos, aos cuidados dos patrões, das crianças. Portanto, acabam trabalhando muito mais do que qualquer outra profissão, sendo as primeiras a acordar e as últimas a dormir”, analisa.
Mais detalhes sobre o assunto, acompanhe a entrevista com Historiadora Lorena Telles, clique AQUI
Fonte: Opera Mundi
14/11/2014 15h51
Durante os meses de novembro
e dezembro, o Galpão do Dirceu tem programação extensa para encerrar o ano de
atividades culturais e artísticas do espaço. Conhecido por ser um dos poucos
lugares da cidade aberto para criação em espetáculos de dança e artes visuais,
mantido sem verba de incentivo de políticas públicas, o Galpão do Dirceu
juntamente com a Parada de Cinema, realiza a mostra Cine Papoco, no dia 21 de
novembro, a partir das 21h, com filmes realizados por meio da parceria entre o
Sesc São Paulo e Associação Cultural Videobrasil.
Na programação da mostra
serão exibidos três filmes: Boi de Salto (2014) da jornalista e produtora
audiovisual Tássia Araújo; Um Olhar Sobre os Olhares de Akram Zaatari (2004),
de Alex Gabassi; e Domingo (2014), novo filme de Karim Aïnouz. Estes dois
últimos, são filmes que integram a série Videobrasil Coleção de Autores,
coproduzida pela Associação Cultural Videobrasil e o Sesc São Paulo. A cada
nova edicão, um diretor é convidado pela diretora e curadora geral do Videobrasil,
Solange Farkas, a debruçar-se, com uma abordagem autoral, sobre a obra de
artistas fundamentais para a arte contemporânea brasileira e mundial. A Coleção
já enfocou o sul-africano William Kentridge, o libanês Akram Zaatari, a cubana
Coco Fusco e os brasileiros Rafael França, Chelpa Ferro e a dupla MAU WAL (do
brasileiro Maurício Dias e do suíço Walter Riedweg).
Diretor de filmes como Praia do Futuro, O Céu
de Suely e Madame Satã, Karim Aïnouz foi convidado para dirigir Domingo, um
curta-metragem que reflete, por meio de um registro artístico e poético, sobre
possíveis relações entre as obras do artista visual dinamarquês Olafur Eliasson
e os espaços públicos da cidade de São Paulo, explorando as experiências
sensoriais que o encontro entre eles podem suscitar. A produção do
curta-metragem de 26 minutos ficou a cargo da Coração da Selva.
O dinamarquês Olafur Eliasson, que ocupa posição internacional de destaque entre os artistas da contemporaneidade, tem uma obra e pesquisa voltadas para intervenções no espaço urbano, projetos arquitetônicos e processos de percepção e construção da realidade. Em Domingo, a sensação de vazio, ou melhor, de falta de locais de convivência humana na cidade, é transmitida pela escolha de registro de espaços públicos abandonados. Promessas de construção de praças, parques, quadras esportivas e playgrounds são reforçadas pelo preto e branco da imagem e pelo áudio que sugere sua ocupação ideal, como a expressão de um desejo de futuro, com vozes de crianças, canto de pássaros e barulhos de jogos de futebol e basquete.
O segundo filme da série Videobrasil Coleção de Autores a ser exibido pelo Cine Papoco é Um olhar sobre os olhares de Akram Zaatari, com direção de Alex Gabassi. Akram Zaatari é um ativo articulador da nova cena libanesa, marcada por parcerias e multidisciplinaridade.
Nos anos de guerra civil no Líbano, Akram Zaatari,
registrou o cotidiano num diário explosões, abrigos e, também, aulas na
auto-escola e a compra de um carro: “as contradições da vida que continua em
áreas de conflito”, diz ele. O diário foi o primeiro contato com a produção de
imagens, centrais nos vídeos e nas instalações que faria em seguida. Sua obra,
marcada pelas mudanças no país, tem como temas chave sexualidade, política e
história.
Além da exibição dos filmes,
nessa edição, o Cine Papoco conta com a participação do artista e músico
percursionista Fagão Silva, que apresenta o projeto Patota Suingue de Umbigada,
e o DJ Sérgio Donato, conhecido por construir trilhas sonoras “visuais”.
Buscando sempre proporcionar
um ambiente de imersão visual e sensorial ao público, o conceito do evento
busca criar um ambiente que se aproxime dos filmes exibidos, construindo um
espaço lúdico e de liberdade. A entrada custa R$10,00 inteira e meia R$5,00.
Toda a bilheteria será revestida para manter o Galpão do Dirceu.
A Parada de Cinema é uma
mostra audiovisual gratuita, que tem o intuito de difundir e democratizar o
acesso ao cinema brasileiro contemporâneo. Em 04 dias de evento trouxe à
Teresina em abril deste ano, mais de 09 filmes nacionais, com grande
repercussão nacional e internacional, como: Cidade Cinza (SP-2012), de Marcelo
Mesquita, Guilherme Valiengo; Pinta (BA-2013) de Jorge Alencar; Em trânsito
(PE-2012), de Marcelo Pedroso. Exibiu também 04 filmes da Escola de Cinema de
Cuba e ainda mais 20 filmes piauienses. Em julho realizou a I Mostra Transviada
de Cinema, onde exibiu Tatuagem (2013-PE), de Hilton Lacerda.
Colaboração Cine Papoco,
artistas @galpãododirceu: Allexandre Santos, Jacob Alves, Soraya Portela, Rosa
Prado.
Por Tássia Araújo
03/11/2014 17h26
04/10/2014 12h29
Enquanto a homofobia se cristaliza no Brasil em declarações
e ações violentas, o cinema é refúgio seguro para os gays. Na boa safra de
filmes, uma novidade: a estreia de "Favela Gay"
“Favela Gay” será lançado nesta sexta-feira (3) no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, e tem exibições marcadas também para o sábado e o domingo. O que o público vai ver é a vida dos LGBT nas favelas cariocas. “O viés político e a pluralização sempre vão fazer parte dos meus filmes”, declara ao iGay o diretor do documentário, Rodrigo Felha. Felha insiste que “Favela Gay” deve ser visto como “um filme comum de pessoas comuns”, mas não nega a importância política de sua obra. “Alguns filmes têm a missão direta de cumprir este papel.”
Filmado em comunidades como Cidade de Deus, Rio das Pedras, Rocinha, Complexo do Alemão, Complexo da Maré e Andaraí, o filme tem a preocupação de mostrar o cotidiano de gays em um ambiente marcado por preconceito, pobreza e violência.
“Não há nada mais diferente de um homossexual do que outro homossexual (Jean Wyllys)
“Não há nada mais diferente de um homossexual do que outro homossexual”, diz Jean Wyllys, colunista do iGay, deputado federal e um dos entrevistados pelo filme que tem como objetivo construir um olhar sobre personagens negligenciados pela cultura LGBT tradicional. Felha, no entanto, rejeita o rótulo de personagens para aqueles que povoam o seu filme. “Não consigo tratar essas pessoas como personagens, elas foram elas mesmas com ou sem a câmera ligada”.
Olhar para o indivíduo
O diretor conta que sua prioridade sempre foi “visualizar e valorizar a pessoa. A favela na qual morava era apenas consequência.” A confiança foi surgindo aos poucos e a produção se beneficiou de pessoas que se entregaram ao projeto. “Quando notavam que era um projeto sério e que era fundamental estar dentro, se doaram.”
A heterossexualidade de Felha foi um fator decisivo na construção da narrativa de “Favela Gay”. “A curiosidade e a minha falta de informação para muitos assuntos eram usados propositalmente como arma.” Perguntas simples levavam a assuntos íntimos e proporcionavam aos entrevistados o compartilhamento de memórias lindas e trágicas.
A ideia de rodar um filme sobre gays em comunidades carentes do acalorado Rio de Janeiro beliscou Felha num desses lances descompromissados da vida. “Em 2008, estava registrando em vídeo um jogo de queimada na Cidade de Deus, organizado pela cantora Tati Quebra-Barraco. Algo me chamou muito a atenção quando a energia do jogo e daquele ambiente mudava, trazendo sorrisos e alegria para o público. Estavam em cena os gays transformando a ‘Queimada’ em ‘Gaymada’”.
10 minutos para convencer Cacá Diegues
“Mandei um vídeo de pesquisa que tinha em mãos e 10 minutos depois o Cacá Diegues me ligou interessado em ajudar (Rodrigo Felha)
O passo seguinte foi contatar o cineasta e produtor Cacá Diegues, que produziu a primeira experiência de Felha atrás das câmeras como diretor de um dos episódios de “5 x favela – agora por nós mesmos” (2010). “Mandei um vídeo de pesquisa que tinha em mãos e10 minutos depois o Cacá me ligou interessado em ajudar.” Ele conta que a liberdade proporcionada pelo experiente colega foi vital para o êxito do projeto.
Como é de praxe no cinema, muita coisa boa ficou fora da versão final do filme. “Histórias engraçadas como transar e penetrar um homem homofóbico, que falava que odiava “viado”, foram contadas no filme nos mínimos detalhes. No entanto na montagem não havia encaixe, seria gratuito”, contextualiza Felha.
O diretor tem consciência de que seu filme é incapaz de reproduzir, ou mesmo de mimetizar, todo o universo gay dessas comunidades e reconhece orgulhoso que sua maior dificuldade como realizador foi peneirar as muitas boas histórias a que teve acesso. “Naturalmente não podíamos filmar todas”, resigna-se.
“O cinema sempre esteve à frente, é a arte que nos possibilita dar vidas e tirar vidas, construir e desconstruir histórias. À sociedade falta ser sociedade, falta entender o sentido dessa palavra. (Rodrigo Felha)
A carreira de “Favela Gay” nos cinemas ainda vai começar, mas Felha não precisa nem mesmo saber se seu filme será um sucesso de crítica ou público para indicar que está estreando o salvo-conduto para sua maioridade intelectual e cultural. “O cinema sempre esteve à frente, é a arte que nos possibilita diretamente e subjetivamente dar vidas e tirar vidas, construir e desconstruir histórias de nações, por exemplo,” diz ele, sobre o fato do cinema estar à frente da sociedade na abordagem da homossexualidade. “À sociedade falta ser sociedade. Falta entender o sentido dessa palavra.
Fonte: iGay