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22/09/2014 15h55
20/09/2014 10h33
06/09/2014 11h29
Durante a Feira
Cultural da Diversidade, os batuques das africanidades + ritmos eletrônicos vão
ecoar em Teresina com a apresentação de
Rita Benneditto. O show da artista
maranhense já consagrada nacionalmente ocorrerá dia 14/09 na Ponte Estaiada. A atividade é uma
realização do Matizes e faz parte da
programação da 10ª Semana do Orgulho de Ser que acontece de 10 a 17 de
setembro.
Uma definição da
veia musical de Rita Benneditto está na letra ‘Tá na cara que tá no sangue’ que Itamar
Assumpção fez para a artista: ‘Eu sou do Maranhão/vim ao mundo pra
cantar/bumba, reggae, baião/salsa, blues, jazz, chá chá, chá/ abro meu coração/
pra quem quiser escutar”.
É com essa veia
sonora que a cantora incursiona inicialmente com cantos em corais e depois com participação em festivais e grupos
vocais, performatizando suas sonoridades na noite de São Luis. Em 1997, Rita Benneditto
lança seu 1º CD e alcança grande reconhecimento nacional. O
trabalho tem a produção de Mario Manga e
Zeca Baleiro.
O segundo CD de
Rita “Pérolas aos povos”, de 1999, reafirma
a força de seu talento musical. A obra
traz influência das expressões culturais maranhenses e ainda interpretações de
artistas como Jorge Benjor e outros compositores nacionais. A artista participa também no mesmo ano do
Festival de Jazz de Montreux ao lado de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Zeca
Baleiro e Chico César.
“Tecnomacumba”,
trabalho com sonoridades afros e mix eletrônicos, representou o grande salto para impulsionar ainda mais a arte singular de
Rita Benneditto na cena musical brasileira. Viajou o país com esse projeto e
recebeu o Prêmio Rival Petrobras de Música na categoria Melhor Show.
Neste ano de 2014,
a artista maranhense vai incluir no seu novo trabalho uma composição do
sambista Arlindo Cruz. A obra será lançada pela gravadora carioca Biscoito
Fino.
Por Herbert
Medeiros
29/08/2014 14h34
As forças telúricas dos
orixás vão energizar hoje (29/08), às 19h,
a Sexta Nagô com homenagem ao Dia da Visibilidade Lésbica. A atividade é
uma realização do grupo afrocultural Afoxá em parceria com o Matizes. O evento
acontecerá no Memorial Zumbi dos Palmares.
A DJ Luara Dias magnetizará
o espaço com mix eletrônicos para louvar os amores sáficos. O grupo Afoxá
também ecoará os batuques acompanhados de performance de dança.
A celebração pelo dia da
Visibilidade Lésbica remonta ao período de
1996, época da realização do I Seminário Nacional de Lésbicas do Brasil
(SENALE). A data tem um valor simbólico para celebrar e reafirmar a luta política de mulheres
homoafetivas por visibilidade, garantia de
direitos fundamentais e promoção
de políticas de equidade e respeito.
Por Herbert Medeiros
24/08/2014 12h51
Teresina será palco da Feira
Cultural da Diversidade: espaço mix para
reunir cinema, dança, música, fotografia, shows performáticos, produtos
artísticos afroculturais e empreendedorismo social. A atividade é uma realização do grupo Matizes
e ocorrerá de 13 a 14 de setembro na
Ponte Estaiada. A ação integra a programação da 10ª Semana do Orgulho de Ser.
Segundo Carmem Ribeiro,
coordenadora do grupo, o objetivo do evento é propiciar um espaço para visiblizar
e promover a comercialização e divulgação dos produtos e ações artísticos-culturais das organizações que protagonizam lutas e intervenções para construir uma
Teresina com pluralidade cultural, igualdade socioecômica e garantia de
direitos fundamentais para tod@s.
“Essa feira representa também um momento positivo para não só dialogar com a sociedade sobre o
valor educativo da convivência com a diversidade mas também permitir que ativistas e movimentos sociais possam ampliar
e fortalecer laços de solidariedade. Tudo isso utilizando uma linguagem lúdica
potencializadora da expressão criativa e imaginativa do agir humano”, reflete a
ativista do Matizes.
O cardápio cultural da feira
contará com a participação do Movimento pela Paz na Periferia (MP3), grupo
afrocultural Afoxá, Garagem Cultural, Associação das Bordadeiras do Parque
Piauí, Associação de Proteção aos Animais (APIPA), trabalho artesanais das detentas da Penitenciária Feminina, DCE/UFPI,
Parada de Abril, etc.
O Matizes aproveita e
convida a tod@s para participar da 10ª
Semana do Orgulho de Ser: caldeirão
educativo-cultural com palestras,
oficinas, debates refletindo sobre homocultura, mostra de filmes, capacitação
de agentes públicos, lançamento de cartilha, manifestações artísticas, bate-papos
etc. O evento ocorre de 10 a 17 de setembro em diversos espaços da cidade:
UESPI, UFPI, Faculdade Santo Agostinho, UNINOVAFAPI, SEMTCAS, OAB, Memorial Zumbi dos
Palmares.
Por Herbert Medeiros
22/08/2014 11h47
22/08/2014 10h03
O Projeto Ocuparte, ação artístico-cultural de intervenção no espaço
público em favor da democratização da arte, realizará neste domingo (24/08) o #Lagoarte no
Parque Lagoas do Norte. Artes visuais, exposição, feirinha, artesanato, campeonato
de skate, oficinas, pintura de rosto e brinquedos para crianças tomarão conta
do espaço.
Para energizar o ambiente com sonoridades magnetizantes, o DJ rocker Zan
Viana dará o tom a partir das 16h. Logo em seguida, a banda Fabulah entra no
palco para enCantar a galera. A programação musical também terá a participação
de André de Sousa (blues), The Mojo Band e Validuaté.
17/08/2014 10h57
O Matizes intensifica nas
redes sociais a campanha "Nestas eleições, tire o voto do armário".
Através de mensagens bem humoradas, o Grupo sugere aos eleitores LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) que votem em candidatos
comprometidos abertamente com as bandeiras de luta do segmento.
O mote "tire o voto do
armário" é uma referência à expressão "sair do armário", que
significa assumir-se gay, lésbica, bissexual.
Segundo Carmen Ribeiro,
Coordenadora do Matizes, a campanha objetiva provocar a população LGBT do Piauí
a refletir sobre a importância do voto e as consequências dele, bem como
inserir o debate sobre os direitos de homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais
no processo eleitoral de 2014.
"Somos cerca de 300 mil
piauienses, historicamente esquecidos pelas ações governamentais. Já está mais
do que na hora de tirar esse debate do armário", afirma a militante.
Além da campanha nas redes
sociais, o Matizes também está divulgando para a população LGBT uma carta
aberta em que prega o voto em candidatos que: tenham ficha limpa; não usem do
poderio econômico e da troca de favores para conseguir o voto e que respeitem a
liberdade religiosa e combatam a discriminação contra as religiões de matriz
africana.
Uma outra carta está sendo
levada aos candidatos a governador. No documento, o Grupo propõe que o
candidato assuma o compromisso em favor de implantação de políticas pública
para a população LGBT do Piauí. Welington Dias (PT), Daniel Solon (PSTU) e
Maklandel Aquino (PSOL) Já assinaram a carta.
Ainda como ação da campanha,
haverá um debate com os candidatos a governador. O evento será organizado por
vários sindicatos e entidades do movimento social. A data prevista é 26 de
agosto.
14/08/2014 15h57
GAY [guêi] adj. Informal. 1.
Homossexual. Que se refere a homossexualidade: relacionamento gay. 2. Que
demonstra comportamentos, particularidades e/ou ações características de
homossexual: evento gay. s.m. e s.f. Aquele ou aquela cuja atração (afetiva e/ou
emocional) é demonstrada e/ou direcionada a pessoas do mesmo sexo: ela é gay,
logo, tem uma namorada. 3. (Etm. do inglês: gay) Alegre, vistoso.
A apropriação de termos
ofensivos é um dos pilares da cultura de resistência. A palavra “gay” era
utilizada em tom pejorativo por significar “alegre”, para deixar claro que a
frescura – ou “alegria” – não era um traço desejável em um homem. Como o machismo
necessita da constante afirmação do masculino, transforma tudo que é afeminado
– ou seja, gay – em algo desprezível, menor. Chega a ser irônico que a palavra
usada para definir homossexuais seja essa…
Ser gay dói. É difícil.
Apesar de impressionantes avanços dos últimos 40 anos, perceber-se homossexual
ainda envolve muita negação e rejeição. Há o medo de contar para a família, o
medo de passar a vida sozinho, o medo de sofrer com a violência das ruas, o
medo do preconceito nos espaços de trabalho… Tudo isso parece passar quando
vivemos o momento libertador de “sair do armário”, já que admitir essa
identidade tira o peso do segredo, de uma dor solitária. Acontece que esse
“assumir-se” é uma resposta à pressão social por uma definição. Por mais
gostoso que seja, transforma-se em outro pedido desesperado por aceitação, como
um “tá bom, sou isso mesmo, já podem me encaixar em X modelo de sociedade”. E
não há nada de alegre nisso.
Seria natural que a
“Comunidade Gay” fosse um paraíso de aceitação pronto para receber seus filhos,
inclusive com as variantes que formam nossa sigla atual, ALGBTTIQ. Entretanto,
não é isso que acontece. Ao invés de buscarmos o respeito à diversidade – que
gostamos tanto de dizer ser nosso objetivo – seguimos na eterna busca da
aprovação dos heterossexuais. Por sermos definidos como divergentes do “padrão
de referência”, procuramos obsessivamente “nos desculpar pelo incômodo” e
corrigir a nossa falha, entrando num
padrão definido para nós, por aqueles que nos rejeitam.
Alteramos nossos corpos.
“Gay” é um padrão que vai
muito além de desejos sexuais ou de identidades culturais. É um nicho social
que tem regras rígidas, reproduzidas quase sem pensar. Um “homem gay ideal”
precisa ser melhor do que um heterossexual. Mais bonito, culto, bem cuidado,
estiloso… É como se a “falha” da homossexualidade tivesse que ser compensada
com uma série de qualidades fabulosas de anúncio de revista. Dentes brancos,
cabelo liso e bem penteado, corpo sarado, porte atlético, barba desenhada
porque a aparência masculina deve ser cultivada. Somos lindos e gays, mas
apenas quando parecemos uma coleção de bonecos Ken!
A cada final de semana, as
redes sociais são inundadas por milhões de fotos de homens gays, sempre
exibindo a felicidade conjunta de festas e eventos badalados. É fumaça, bons
drink com energético, corpos brilhando de suor e raios laser iluminando as
pistas. Curiosamente, ninguém usa camisa. Somos lindos e nossos corpos
conquistados à duras penas nas academias precisam ser exibidos. Ao que parece,
é o único meio de sermos desejados e admirados. Validados pela luxúria alheia.
Padronizados. Aceitos.
É o “bom estereótipo gay”,
já que essa beleza branca e endinheirada nunca é questionada. O gay que
incomoda é a “bichinha pão com ovo”. Os “machos sarados” são motivo de inveja
entre homens HT e um desperdício na opinião das mulheres. Gordos “nem parecem
gays”, e como não são aceitos pelo padrão vigente precisam criar um nicho
próprio, a toca dos ursos. Negros são a minoria da minoria, transformada em um
fetiche por pau grande.
Nesse mar de generalizações,
só temos em comum o estigma da promiscuidade. Nossa liberdade sexual goza do
sabor predatório que o machismo empresta à sexualidade de todos os meninos, com
a vantagem de que nossos parceiros são nossos iguais, sem repressão. Talvez
seja esse o nosso pecado imperdoável, que precisa ser coberto de culpa como
forma de punição. Ao sermos reduzidos a nossos desejos sexuais, somos privados
de nossa identidade e considerados um pouco menos humanos. Viados mesmo.
Esse castigo é doloroso
porque não importa o tamanho do esforço, pois continuaremos à margem. Somos
lindos, mas sacrificamos nossos afetos para manter um padrão inatingível, que
nos oprime. Na busca por uma perfeição inventada, criamos outra coisa para
rejeitar em nossos corpos e nossas subjetividades. Não há nada de alegre nisso…
O que é TÃO gay!
Fonte: Os Entendidos
08/08/2014 12h08