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Diversidade

REAPI realiza em Teresina Ação de Mobilização Global pelo Clima e Dia da Árvore

A Rede Ambiental do Piauí (REAPI) promoveu ontem, 21/09,  ato simbólico para alertar sobre as mudanças climáticas. A ação ocorreu na Ponte Estaiada. Mais de 133 países   realizaram também a 'Caminhada pelo Clima'. Cidades como Nova York, Paris, Vancouver, Rio de Janeiro, São Paulo, Melboune, Londres promoveram eventos visando pressionar lideranças globais a tomar medidas urgentes para  reduzir  emissões dos gases de efeito estufa.


Autoridades  globais se reunirão na terça-feira(23) em Nova York para o encontro da Cúpula de Lideres pelo Clima, evento convocado pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon. Em dezembro de 2014, presidentes, ministros e representantes de diversos países participarão da próxima Conferência Mundial sobre Mudança Climática  que ocorrerá no Peru.


Fotos da ação na Ponte Estaiada












Matizes e Corregedoria de Justiça celebram registro de união homoafetiva na Penitenciária Feminina

"Ainda que eu falasse a língua dos homens/ E falasse a língua dos anjos/sem amor eu nada seria/É só o amor, é só o amor/ Que conhece o que é verdade". Os versos da canção do Legião Urbana traduzem com sabedoria o ato celebração do amor ratificado através do registro da União Estável de um casal de mulheres homoafetivas ocorrido na Penitencia Feminina de Teresina.


A ação foi uma realização do Matizes em parceira com a Corregedoria Geral de Justiça e a Penitenciaria Feminina.









As vibrações dos batuques afros + ritmos eletrônicos ecoarão em Teresina com show de Rita Benneditto

Durante a Feira Cultural da Diversidade, os batuques das africanidades + ritmos eletrônicos vão ecoar em  Teresina com a apresentação de Rita Benneditto.  O show da artista maranhense já consagrada nacionalmente  ocorrerá  dia 14/09 na Ponte Estaiada. A atividade é uma realização do Matizes e  faz parte da programação da 10ª Semana do Orgulho de Ser que acontece de 10 a 17 de setembro.

 

Uma definição da veia  musical de Rita Benneditto está na  letra ‘Tá na cara que tá no sangue’ que Itamar Assumpção fez para a artista: ‘Eu sou do Maranhão/vim ao mundo pra cantar/bumba, reggae, baião/salsa, blues, jazz, chá chá, chá/ abro meu coração/ pra quem quiser escutar”.

 

É com essa veia sonora que a cantora incursiona inicialmente com  cantos em corais e depois  com participação em festivais e grupos vocais, performatizando suas sonoridades  na noite de São Luis. Em 1997, Rita Benneditto  lança seu 1º CD  e alcança grande reconhecimento nacional. O trabalho tem a  produção de Mario Manga e Zeca Baleiro.

 

O segundo CD de Rita “Pérolas aos povos”, de 1999,  reafirma a força  de seu talento musical. A obra traz influência das expressões culturais maranhenses e ainda interpretações de artistas como Jorge Benjor e outros compositores nacionais.  A artista participa também no mesmo ano do Festival de Jazz de Montreux ao lado de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Zeca Baleiro e Chico César.

 

“Tecnomacumba”, trabalho com sonoridades afros e mix eletrônicos,  representou o grande salto    para impulsionar ainda mais a arte singular de Rita Benneditto na cena musical brasileira. Viajou o país com esse projeto e recebeu o Prêmio Rival Petrobras de Música na categoria Melhor Show.

 

Neste ano de 2014, a artista maranhense vai incluir no seu novo trabalho uma composição do sambista Arlindo Cruz. A obra será lançada pela gravadora carioca Biscoito Fino.

 

Por Herbert Medeiros

Os batuques vão ecoar na Sexta Nagô pelo Dia da Visibilidade Lésbica

As forças telúricas dos orixás vão energizar hoje (29/08), às 19h,  a Sexta Nagô com homenagem ao Dia da Visibilidade Lésbica. A atividade é uma realização do grupo afrocultural Afoxá em parceria com o Matizes. O evento acontecerá no Memorial Zumbi dos Palmares.

 

A DJ Luara Dias magnetizará o espaço com mix eletrônicos para louvar os amores sáficos. O grupo Afoxá também ecoará os batuques acompanhados de performance de dança.

 

A celebração pelo dia da Visibilidade Lésbica remonta ao período de  1996, época da realização do I Seminário Nacional de Lésbicas do Brasil (SENALE). A data tem um valor simbólico para celebrar e  reafirmar a luta política de mulheres homoafetivas por visibilidade, garantia de   direitos  fundamentais  e  promoção de políticas  de equidade e respeito.

 

Por Herbert Medeiros

Matizes promove a Feira Cultural da Diversidade: diálogos interculturais

Teresina será palco da Feira Cultural da Diversidade: espaço mix  para reunir  cinema, dança, música,  fotografia, shows performáticos, produtos artísticos afroculturais e empreendedorismo social.  A atividade é uma realização do grupo Matizes e  ocorrerá de 13 a 14 de setembro na Ponte Estaiada. A ação integra a programação da 10ª Semana do Orgulho de Ser.

 

Segundo Carmem Ribeiro, coordenadora do grupo, o objetivo do evento é propiciar um espaço para visiblizar e promover a comercialização e divulgação  dos produtos e ações  artísticos-culturais  das organizações  que protagonizam  lutas e intervenções para construir uma Teresina com pluralidade cultural, igualdade socioecômica e garantia de direitos fundamentais para tod@s.

 

“Essa feira representa  também   um  momento positivo  para não só dialogar com a sociedade sobre o valor educativo da convivência com a diversidade mas também permitir que  ativistas e movimentos sociais possam ampliar e  fortalecer laços de solidariedade.  Tudo isso utilizando uma linguagem lúdica potencializadora da expressão criativa e imaginativa do agir humano”, reflete a ativista do Matizes.

 

O cardápio cultural da feira contará com a participação do Movimento pela Paz na Periferia (MP3), grupo afrocultural Afoxá, Garagem Cultural, Associação das Bordadeiras do Parque Piauí, Associação de Proteção aos Animais (APIPA), trabalho artesanais das  detentas da Penitenciária Feminina, DCE/UFPI, Parada de Abril, etc.

 

O Matizes aproveita e convida a tod@s para participar  da 10ª Semana do Orgulho de Ser:  caldeirão educativo-cultural  com palestras, oficinas, debates refletindo sobre homocultura, mostra de filmes, capacitação de agentes públicos, lançamento de cartilha, manifestações artísticas, bate-papos etc. O evento ocorre de 10 a 17 de setembro em diversos espaços da cidade: UESPI, UFPI, Faculdade Santo Agostinho, UNINOVAFAPI, SEMTCAS, OAB, Memorial Zumbi dos Palmares.

 

Por Herbert Medeiros

Ocuparte realiza intervenções artísticas no Parque Lagoas do Norte

O Projeto Ocuparte, ação artístico-cultural de intervenção no espaço público em favor da democratização da arte,  realizará neste domingo (24/08) o #Lagoarte no Parque Lagoas do Norte. Artes visuais, exposição, feirinha, artesanato, campeonato de skate, oficinas, pintura de rosto e brinquedos para crianças tomarão conta do espaço.

 

Para energizar o ambiente com sonoridades magnetizantes, o DJ rocker Zan Viana dará o tom a partir das 16h. Logo em seguida, a banda Fabulah entra no palco para enCantar a galera. A programação musical também terá a participação de André de Sousa (blues), The Mojo Band e Validuaté.

 

Ainda no fim de agosto(30/08), o Ocuparte entra em cena com mais intervenção artística  na praça da Liberdade. Anote ai na agenda e venha ver, sentir, ouvir e interagir para alimentar  corpo e alma  com música+dança+arte visual+gente descolada+poesia. 


Por Herbert Medeiros

Campanha do Matizes pelo voto consciente: "Nesta eleição, tire o voto do armário"

O Matizes intensifica nas redes sociais a campanha "Nestas eleições, tire o voto do armário". Através de mensagens bem humoradas, o Grupo sugere aos eleitores LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) que votem em candidatos comprometidos abertamente com as bandeiras de luta do segmento.

 

O mote "tire o voto do armário" é uma referência à expressão "sair do armário", que significa assumir-se gay, lésbica, bissexual.

 

Segundo Carmen Ribeiro, Coordenadora do Matizes, a campanha objetiva provocar a população LGBT do Piauí a refletir sobre a importância do voto e as consequências dele, bem como inserir o debate sobre os direitos de homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais no processo eleitoral de 2014.

 

"Somos cerca de 300 mil piauienses, historicamente esquecidos pelas ações governamentais. Já está mais do que na hora de tirar esse debate do armário", afirma a militante.

 

Além da campanha nas redes sociais, o Matizes também está divulgando para a população LGBT uma carta aberta em que prega o voto em candidatos que: tenham ficha limpa; não usem do poderio econômico e da troca de favores para conseguir o voto e que respeitem a liberdade religiosa e combatam a discriminação contra as religiões de matriz africana.

 

Uma outra carta está sendo levada aos candidatos a governador. No documento, o Grupo propõe que o candidato assuma o compromisso em favor de implantação de políticas pública para a população LGBT do Piauí. Welington Dias (PT), Daniel Solon (PSTU) e Maklandel Aquino (PSOL) Já assinaram a carta.

 

Ainda como ação da campanha, haverá um debate com os candidatos a governador. O evento será organizado por vários sindicatos e entidades do movimento social. A data prevista é 26 de agosto.




O castigo do "corpo gay"!

Por Fábrício Longo

GAY [guêi] adj. Informal. 1. Homossexual. Que se refere a homossexualidade: relacionamento gay. 2. Que demonstra comportamentos, particularidades e/ou ações características de homossexual: evento gay. s.m. e s.f. Aquele ou aquela cuja atração (afetiva e/ou emocional) é demonstrada e/ou direcionada a pessoas do mesmo sexo: ela é gay, logo, tem uma namorada. 3. (Etm. do inglês: gay) Alegre, vistoso.


A apropriação de termos ofensivos é um dos pilares da cultura de resistência. A palavra “gay” era utilizada em tom pejorativo por significar “alegre”, para deixar claro que a frescura – ou “alegria” – não era um traço desejável em um homem. Como o machismo necessita da constante afirmação do masculino, transforma tudo que é afeminado – ou seja, gay – em algo desprezível, menor. Chega a ser irônico que a palavra usada para definir homossexuais seja essa…


Ser gay dói. É difícil. Apesar de impressionantes avanços dos últimos 40 anos, perceber-se homossexual ainda envolve muita negação e rejeição. Há o medo de contar para a família, o medo de passar a vida sozinho, o medo de sofrer com a violência das ruas, o medo do preconceito nos espaços de trabalho… Tudo isso parece passar quando vivemos o momento libertador de “sair do armário”, já que admitir essa identidade tira o peso do segredo, de uma dor solitária. Acontece que esse “assumir-se” é uma resposta à pressão social por uma definição. Por mais gostoso que seja, transforma-se em outro pedido desesperado por aceitação, como um “tá bom, sou isso mesmo, já podem me encaixar em X modelo de sociedade”. E não há nada de alegre nisso.


Seria natural que a “Comunidade Gay” fosse um paraíso de aceitação pronto para receber seus filhos, inclusive com as variantes que formam nossa sigla atual, ALGBTTIQ. Entretanto, não é isso que acontece. Ao invés de buscarmos o respeito à diversidade – que gostamos tanto de dizer ser nosso objetivo – seguimos na eterna busca da aprovação dos heterossexuais. Por sermos definidos como divergentes do “padrão de referência”, procuramos obsessivamente “nos desculpar pelo incômodo” e corrigir a nossa falha,  entrando num padrão definido para nós, por aqueles que nos rejeitam.


Alteramos nossos corpos.


“Gay” é um padrão que vai muito além de desejos sexuais ou de identidades culturais. É um nicho social que tem regras rígidas, reproduzidas quase sem pensar. Um “homem gay ideal” precisa ser melhor do que um heterossexual. Mais bonito, culto, bem cuidado, estiloso… É como se a “falha” da homossexualidade tivesse que ser compensada com uma série de qualidades fabulosas de anúncio de revista. Dentes brancos, cabelo liso e bem penteado, corpo sarado, porte atlético, barba desenhada porque a aparência masculina deve ser cultivada. Somos lindos e gays, mas apenas quando parecemos uma coleção de bonecos Ken!


A cada final de semana, as redes sociais são inundadas por milhões de fotos de homens gays, sempre exibindo a felicidade conjunta de festas e eventos badalados. É fumaça, bons drink com energético, corpos brilhando de suor e raios laser iluminando as pistas. Curiosamente, ninguém usa camisa. Somos lindos e nossos corpos conquistados à duras penas nas academias precisam ser exibidos. Ao que parece, é o único meio de sermos desejados e admirados. Validados pela luxúria alheia. Padronizados. Aceitos.


É o “bom estereótipo gay”, já que essa beleza branca e endinheirada nunca é questionada. O gay que incomoda é a “bichinha pão com ovo”. Os “machos sarados” são motivo de inveja entre homens HT e um desperdício na opinião das mulheres. Gordos “nem parecem gays”, e como não são aceitos pelo padrão vigente precisam criar um nicho próprio, a toca dos ursos. Negros são a minoria da minoria, transformada em um fetiche por pau grande.


Nesse mar de generalizações, só temos em comum o estigma da promiscuidade. Nossa liberdade sexual goza do sabor predatório que o machismo empresta à sexualidade de todos os meninos, com a vantagem de que nossos parceiros são nossos iguais, sem repressão. Talvez seja esse o nosso pecado imperdoável, que precisa ser coberto de culpa como forma de punição. Ao sermos reduzidos a nossos desejos sexuais, somos privados de nossa identidade e considerados um pouco menos humanos. Viados mesmo.


Esse castigo é doloroso porque não importa o tamanho do esforço, pois continuaremos à margem. Somos lindos, mas sacrificamos nossos afetos para manter um padrão inatingível, que nos oprime. Na busca por uma perfeição inventada, criamos outra coisa para rejeitar em nossos corpos e nossas subjetividades. Não há nada de alegre nisso… O que é TÃO gay!



Fonte: Os Entendidos

Por um Piauí sem homofobia

A Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura que "Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação uma às outras com espírito de fraternidade"

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