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Lei antidiscriminação para soropositivos é aprovada na Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa do Piauí aprovou hoje (18/12) Projeto de Lei de autoria do deputado Fábio Novo (PT) que proíbe discriminação às pessoas que vivem com o vírus HIV ou com Aids na administração pública direta, indireta e fundacional no Piauí.

 

Além de vedar a exigência de sorologia para HIV em concursos públicos, a proposta aprovada trata ainda da discriminação no ambiente de trabalho e nas relações sociais.  Também será considerada discriminação:

 

1) impedir o ingresso ou a permanência no serviço público de pessoa com suspeita ou diagnóstico confirmado de sorologia para HIV, em razão desta condição;

 

2)recusar ou retardar o atendimento, a realização de exames ou qualquer procedimento médico a pessoas soropositivas em razão desta condição;

 

3) obrigar as pessoas soropositivas a informar sobre a sua condição a funcionários hierarquicamente superiores.

 

Militantes do Grupo Matizes e da Rede Nacional de Pessoas Convivendo com HIV/AIDS (RNP+) acompanharam a sessão legislativa que aprovou o projeto e elogiaram a decisão dos parlamentares piauienses.

 

 Para Raimundo Poty, Coordenador da RNP+ /Piauí, o projeto é importante porque contribui para desfazer ideias preconceituosas sobre as pessoas que vivem com HIV/AIDS, inclusive aumentando a possibilidade de inserção no mercado de trabalho.

 

“Muitos pensam, equivocadamente, que quem vive com o vírus HIV precisa só de remédios. Na verdade, pessoas vivendo com HIV/AIDS têm as mesmas necessidades de qualquer pessoa: educação, saúde, moradia, lazer, trabalho. Negar esses direitos é negar dignidade”, destaca Poty.

 

 O  deputado Fábio Novo, autor do projeto, comemorou a aprovação. Acreditamos que nossa proposta avança na garantia de direitos das pessoas vivendo com HIV/AIDS, além de reafirmar os princípios do valor social do trabalho e o direito à intimidade", explica Fábio Novo.

Matizes promove reunião para fazer balanço de 2013 e pensar ações para próximo ano

O  Matizes realizou  reunião sábado(14) com ativistas do grupo e aliad@s para  avaliação das ações do ano de 2013 e definir um roteiro de intervenções a ser executado em 2014. No primeiro momento fez-se uma balanço geral da caminhada do grupo referente ao ano que se encerra, logo em seguida  ocorreu   dinâmica de grupo para favorecer um compartilhamento de opiniões e sugestões sobre estratégias para melhorar a atuação  da entidade.

 

A retrospectiva do trabalho do grupo definiu-se a  partir de três eixos norteadores: ações de formação em Direitos Humanos; diálogo  com poder público para proposição de políticas públicas;  construção e participação  de matizian@s,  em parceria com outros  atores sociais, nas manifestações coletivas  como Dia Internacional da Mulher, Dia Mundial de Combate à Homofobia, manifestação #ForaFeliciano, protesto de rua a favor da ética e contra desigualdades, ação pelo Dia Mundial do Doador de Sangue, celebração do Mês da Consciência Negra entre outras atividades.

 

 Para  2014, a perspectiva é manter  a atuação em eventos importantes ao longo do ano referentes à luta em favor de Direitos Humanos de LGBTS e outros segmentos marginalizados. Uma das ações já prevista para  fevereiro, em parceria com o Tribunal de Justiça do Piauí, é a realização seminário ‘Direitos Humanos e Diversidade’. 

 

A interlocução mais fecunda com o universo acadêmico também será  um caminho fundamental para refletir sobre processos históricos, sociais e culturais de desigualdade e estratégia de superação dessas iniqüidades. A reflexão sobre juventude lgbt e cidadania também está na pauta das ações do Matizes para 2014. 


Por Herbert Medeiros

"Jovens gays são muito discriminados", diz Maria Helena Franco sobre AIDS na imprensa

Maria Helena Franco, coordenadora de marketing do ECOS - Comunicação e Sexualidade, participou como moderadora do segundo painel do "Fórum AIDS e Brasil", que trouxe o tema "O papel do jornalista na prevenção da AIDS". Ela conversou com a IMPRENSA sobre a importância da mídia na conscientização e educação da população sobre a doença. 

                                                                                                                                                         Crédito: Alf Ribeiro                                                                                                                     

                    Maria Helena Franco diz que mídia educa e conscientiza a população


 IMPRENSA - O número de pautas sobre AIDS na grande imprensa diminuiu nos últimos anos?


MARIA HELENA FRANCO - O que percebo é que está muito relacionado às pautas do governo, então quando o governo faz a mídia vai lá. Fora isso, não percebo muita procura da grande mídia em abordar o tema fora da atrelação das pautas do governo, porque é um tema que está no cotidiano. São 750 mil pessoas vivendo com o vírus e é um número expressivo, quase um país. E nós que trabalhamos com o tema sabemos das possibilidades, porque atinge qualquer pessoa que tem uma vida social ativa e está sujeita a se infectar com HIV.

 

Qual o papel da imprensa nessa conscientização?


É fundamental para questionar por que não tem educação sexual nas escolas públicas e privadas de maneira consistente, porque dá para fazer isso sem ser de uma maneira chata. Hoje mesmo, soube que a sexóloga Laura Muller esteve aqui e ela é fantástica, porque se você der espaço, a molecada está cheia de perguntas. É papel da imprensa discutir, conversar, promover autoestima nessas pessoas, especialmente, entre jovens gay, que são muito discriminados. Se falta educação e informação, vira um problema complicado.

 

AIDS é um tema que pode ser discutido em qualquer editoria?


Acho que sim, porque é possível explorar HIV entre jovens, na população com mais de 50 anos, a questão de gênero, com viés de poder, porque em todas as sociedades, com raríssimas exceções, o homem tem muito mais poder que a mulher, e esse menos poder se revela também na sexualidade, na transa, de como ela consegue ou não negociar a camisinha. Temos acompanhado que, muitas meninas, são estupradas pelo namorado na primeira relação sexual; há aí um fator psicológico, da força física, então não é raro saber que nessa primeira relação pode engravidar e se infectar. A solução é não fazer sexo? Não, é ter informação de qualidade.


Fonte: Portal Imprensa

Matizes promove ação para discutir sobre 'Política de Saúde e Equidade'

O grupo Matizes promove nesta segunda-feira(02/12) oficina com o tema “Política de Saúde e Equidade”, às 14h, no Auditório de CREAS Pop. Manoel Guedes, acadêmico de medicina, será o  facilitador da atividade. A atividade integra ações do Projeto “Tecendo Direitos, Costurando Cidadania”, executado pelo Matizes e apoio do Ministério da Saúde.

 

O objetivo da oficina é refletir sobre o direito  da  população LGBT  exercer sua cidadania no acesso universal e igualitário  às políticas de promoção, proteção e recuperação da saúde no âmbito  SUS (Sistema Único de Saúde).  O Plano Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, instituído pelo Ministério da Saúde, é um  dos instrumentos que aponta objetivos, diretrizes e responsabilidades do poder público para efetivar a promoção do bem-estar biopsicossocial de LGBTS.

 

Entre os objetivos do Plano Nacional  de Saúde da população LGBT está o ‘acesso universal à demanda pelo processo transexualidador na rede do SUS’, oferta de atenção e cuidados à saúde de adolescentes e idosos lgbts, inclusão de ‘ações educativas nas rotinas dos serviços de saúde voltados à promoção da auto-estima entre LGBT e eliminação do preconceito para a sociedade em geral’.

 

O Programa Brasil sem Homofobia, instituído em 2004 pelo Governo Federal, estabelece no quesito Direito à Saúde ‘Apoiar os investimentos na formação, capacitação, sensibilização e promoção de mudanças de atitudes de profissionais de saúde no atendimento à população lgbt, procurando garantir  acesso igualitário pelo respeito à diferença da orientação sexual e do atendimento e acolhimento das especificidade de saúde desta população’.

 

O Projeto ‘Tecendo Direitos, Costurando Cidadania’ visa socializar conhecimentos e informações sobre os Direitos Humanos com foco na orientação sexual, identidade de gênero e soropositividade.


Por Herbert Medeiros

Arte e Solidariedade na IV Mostra Estampídica












Poesia, música e solidariedade serão os temperos que darão o sabor  da IV Mostra Estampídica. A atividade ocorrerá dia 21/12, às 22h, no Clube dos Diários. A arrecadação da bilheteria será destinada ao Hospital Infantil Lucídio Portela, Hospital Natan Portela, Abrigo São Lucas e Lar da Criança.

 

Entre as atrações do evento estarão: Validuaté, Corpus Conti, Bia e os Becks, Último Romance, FullReggae e Café The Foyce. O coletivo artístico ‘Sociedade dos Poetas PorVir” realizará  intervenções poéticas ao longo da noite.

 

O Projeto Social Estampido é formado por um grupo de amigos comprometidos com a ação social voluntária que atua de forma lúdica em instituições públicas de saúde e assistência social da cidade de Teresina. Através de visitas em hospitais, orfanatos, creches, abrigos, o grupo utiliza a Terapia do Riso para levar alegria, esperança, solidariedade, fé e amor às crianças e idosos.

 

O Estampido inspirou-se no grupo Trupcando em Sonhos, de Brasília. A trupe estampídica fez sua primeira ação em abril de 2010 no Hospital Infantil Lucídio Portela. Naquela intervenção, o grupo irradiou alegria, solidariedade e  amor para crianças, mães e   equipe assistencial do hospital através de teatro, dança, música, fantoches e marionetes.

 

Segundo Matheus Mendes,  coordenador geral do Estampido, o ano de 2013 foi bastante positivo  devido à  atuação em um maior número   de instituições e ao aumento de novos voluntários colaboradores do projeto. Destaca ainda a importância da construção de parcerias que contribuíram para intervenções sociais em outros municípios.

 

A bilheteria para a IV Mostra Estampídica será de 5 reais + dois pacotes de leite OU 5 reais + 1 brinquedo novo.


Fonte: Grupo Estampido

Nota de apoio ao Corregedor Geral de Justiça do Piauí

As organizações da sociedade civil, abaixo assinadas, vêm a público manifestar apoio e voto de louvor às ações desenvolvidas pela Corregedoria Geral da Justiça do Piauí, na pessoa do Desembargador Francisco Antônio Paes Landim Filho.


Desafinando o coro dos contentes e quebrando o pacto do silêncio sobre as mazelas do Judiciário, Francisco Antônio Paes Landim Filho inovou posto que, além de fazer as previsíveis atividades correicionais, normativas e fiscalizadoras, adotou várias ações em favor da sociedade e, especialmente, de grupos sociais oprimidos. Também ousou ao imprimir um olhar científico e social junto às questões de interesse da coletividade.


Citam-se como exemplo:


- Estudos sobre: violência doméstica, endividamento nas famílias, perfil dos usuários e traficantes de drogas, questões agrárias e de família;


- Provimentos estabelecendo normas em defesa do idoso, de homossexuais, crianças e adolescentes, bem como disciplinando tempo máximo de atendimento em cartórios privados.


- Realização de Fóruns de debate sobre violência contra a mulher e questão agrária.


Acrescentam, por fim, que as ações acima citadas enobrecem o Judiciário Piauiense, aproximando-o dos jurisdicionados, além de fortalecerem o processo de construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática.


Teresina, 22 de novembro de 2013.


Assinam esta Nota:

Movimento Nacional de Direitos Humanos - Articulação Piauí

Centro de Defesa dos Direitos Humanos Nenzinha Machado

Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos do Piauí

Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Piauí

Grupo Matizes

Grupo Piauiense de Travestis e Transexuais – GPTRANS

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT

Instituto das Mulheres Negras do Piauí –AYABÁS

Cidadãs Posithivas 

Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV – Pólo Piauí

Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS/Piauí

 Grupo Dignidade

União Brasileira de Mulheres – UBM

Organização Ponto de Equilíbrio - OPEQ

Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual - GGLOS

Movimento Piauiense LGBT - MOPAC


Matizes participa da Caminhada do Doador

Neste domingo(24/11) o Matizes participa da Caminhada do Doador, promovida pelo HEMOPI. O grupo aproveitará a ocasião para reafirmar sua luta em favor da campanha "Nosso Sangue Pela Igualdade". Esta campanha é uma ação a  favor da solidariedade e pela   revogação  da portaria 1.353/2011, do Ministério da Saúde, que proíbe gays e bissexuais de doarem sangue.

 

A atividade ocorrerá na Av Raul Lopes a partir das 7h30min. 


Por Herbert Medeiros



Matizes realiza oficina sobre garantia de direitos para o segmento de travestis

O Grupo Matizes realizou ontem (22/11) a oficina “Travestis e respeito: acionando mecanismos legais para a conquista de direitos”.  A atividade é fruto de uma parceria com a APTTRA (Articulação Piauiense de Travestis e Transexuais) e o GPTRANS (Grupo Piauiense de Travestis e Transexuais).


O evento aconteceu no Auditório do CREAS Pop e contou com a concorrida participação de militantes do movimento LGBT e estudantes universitários. Os participantes discutiram temas como o nome social de travestis e transexuais, uso do banheiro e também as várias violências institucionais praticadas contra o segmento. A discriminação no espaço escolar e nos órgãos de segurança foi o principal ponto discutido.


A Coordenadora do GPTRANS, Maria Laura dos Reis, explica que são travestis e transexuais são vítimas da intolerância em espaços públicos. “A escola não está preparada pra lidar com a gente. Coisas simples, como o respeito ao nosso nome social e o direito ao uso do banheiro, são ignorados no ambiente escolar. Por isso, muitas adolescentes trans evadem-se da escola porque não aguentam a opressão”, explica Maria Laura.


Já a militante Carla Marinz chamou a atenção para a vulnerabilidade de travestis e transexuais que trabalham na noite. “É importante que a sociedade e os gestores públicos entendam e respeitem nosso trabalho, porque a incompreensão leva à prática da violência, inclusive praticada por agentes do Estado”, afirma Carla.


A oficina “Travestis e respeito: acionando mecanismos legais para a conquista de direitos” é uma ação do Projeto “Tecendo Direitos, Costurando Cidadania”, executado pelo Matizes com o apoio do Ministério da Saúde. Um dos objetivos do projeto é difundir informações sobre os direitos humanos, com ênfase nas questões de orientação sexual, identidade de gênero e soropositividade.


Por Marinalva Santana

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