No Dia Mundial de Combate à Homofobia (17/05), o Matizes promoverá o
ato “Cidadania: o melhor remédio para combater a homofobia”. O evento iniciará às 9h na Praça João Luís Ferreira e contará com ações sociais, artísticas e educativas.
Durante a atividade ocorrerá prestação de serviços à população: cadastro
para o Bolsa Família, expedição de passe livre para idosos e pessoas com
deficiência, aferição de pressão arterial, orientação jurídica, distribuição de
preservativos e material de prevenção das DST/AIDS.
Segundo Carmem Ribeiro,
ativista do grupo Matizes, o ato tem o
apoio de vários órgãos e entidades do movimento social. “A Defensoria Pública,
a SEMTCAS (Secretaria Municipal de Trabalho, Cidadania e Assistência Social),
por exemplo, são nossas parceiras nessa ação cidadã, que também é uma das ações
do Projeto “Tecendo Direitos, costurando cidadania”, afirma a militante.
A programação cultural do evento
contará com a participação do grupo
afro-cultural Afoxá, de Valdemar Santos,
artista da Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ), de Leonardo Mascarenhas, do grupo cultural Ateliê Sapoti, e artistas de rua.
“Para nós do Matizes, o 17 de maio é um dia de luta, um momento
importante de buscar o diálogo com a sociedade teresinense sobre os malefícios
da discriminação homofóbica. Nesta data, aliar arte, cultura, informação e ações sociais é a melhor
forma de descontruir preconceitos e afirmar o compromisso do movimento lgbt na
luta por cidadania para tod@s.”, explica Carmen Ribeiro.
17 de maio: Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia
Entre os anos de 1948 e
1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificava a homossexualidade como
um transtorno mental. Neste período, usava-se o termo “homossexualismo” para referir-se
à orientação sexual de uma pessoa. Vale ressaltar que o sufixo “ismo” significa
“doença”, uma “patologia”.
Em 17 de maio de 1990, a Assembleia Geral da
Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou e oficializou a retirada do Código
302.0 (Homossexualismo) da CID (Classificação Internacional de Doenças), e
declarou oficialmente que “a homossexualidade não constitui doença, nem
distúrbio”.
A
partir deste fato histórico o Movimento LGBT Mundial tem priorizado a
propagação mundial do termo “homossexualidade” em vez de “homossexualismo”. Por
esta razão, o dia 17 de maio tornou-se uma data simbólica e histórica para o
Movimento LGBT Mundial que incentiva a promoção de eventos de conscientização
pública em todas as regiões do planeta, visando chamar a atenção das pessoas,
principalmente de autoridades públicas e políticas, inclusive gestores
públicos, para a necessidade cada vez mais urgente de combater e exterminar a
homofobia, em suas mais diferentes formas de manifestação e ação (homofobia,
lesbofobia e transfobia) e, assim, evitar que cada vez mais pessoas inocentes
da sociedade continuem sendo brutal e covardemente assassinadas por causa de
suas orientações sexuais e/ou identidades de gênero.
Em diversos países do mundo, inclusive no
Brasil, os eventos alusivos ao dia 17 de maio têm por objetivo chamar a atenção
dos governos e da opinião pública para a lamentável realidade de opressão,
marginalização, de total discriminação e exclusão social em que vivem milhares
de cidadãos e cidadãs LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais) em todas as 27 Unidades Federativas do Brasil, e também em todos
os países do mundo.