Cidadeverde.com

“Não há dúvida que houve estupro coletivo”, diz delegado de Bom Jesus

 

O delegado Aldely Fonteneli de Sousa afirmou ao Cidadeverde.com que não tem dúvidas que houve estupro coletivo contra a jovem de 17 anos em Bom Jesus (a 634 km de Teresina).

O laudo pericial constatou que houve conjunção carnal, mas não havia indícios de violência. Com base nos exames, o juiz Heliomar Rios determinou a soltura dos quatro adolescentes suspeitos do estupro ocorrido no dia 20 de maio.

Aldely e a promotoria mantêm a tese de estupro. 

“Todos têm participação no estupro seja na conjunção carnal como em ato libidinoso. Há provas materiais e testemunhais. O maior confessou que manteve relação com a jovem e declinou a participação dos quatro menores com riqueza de detalhes”, afirmou o delegado.

Segundo o inquérito da polícia, dois menores também teriam tido relações sexuais com a garota.

Combinaram versão

Para o delegado, os adolescentes combinaram a mesma versão do crime quando ficaram juntas em uma cela na delegacia.

“Eles passaram uma noite juntos e estão contando uma história idêntica, inclusive com vírgulas iguais”.

Durante audiência os adolescentes autorizam a polícia realizar exame de DNA. Com o teste é possível saber se houve ou não estupro coletivo. O delegado adiantou que existe a possibilidade de realizar o exame na Paraíba e não é Recife para ter um resultado mais rápido. 

De acordo com o delegado, o rapaz de 18 anos, que está preso em Bom Jesus, será indiciado por estupro de vulnerável e os quatro adolescentes irão responder por ato infracional análogo ao estupro de vulnerável.

 

Flash Yala Sena
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Adolescentes confirmam ameaças e autorizam exame de DNA durante audiência

Diante do juiz Heliomar Rios Ferreira e do promotor de justiça, Francisco Santiago, os quatro adolescentes negaram participação no estupro coletivo contra a jovem de 17 anos em Bom Jesus (a 635 km de Teresina). Hoje (1º) aconteceu a primeira audiência no fórum da cidade e os menores foram ouvidos na presença dos pais, advogados e representante do Conselho Tutelar. 

A audiência durou três horas, iniciando às 8h e encerrando às 11h. Os adolescentes mantiveram a mesma versão de que não presenciaram a garota sendo abusada sexualmente. No inquérito da polícia, a jovem foi encontrada seminua e amordaçada com a própria roupa em uma obra em construção no Centro de Bom Jesus no dia 20 de maio.

Os menores contaram ao juiz que foram para o local apreciar a paisagem e que eles já encontraram o rapaz e a jovem no local. Informaram que eles (o rapaz e a vítima) estavam paquerando,  trocavam carícias e que ela não estava desacordada. No depoimento, os menores garantem que saíram e deixaram os dois na obra e foram para a praça da matriz. Uma hora depois, os meninos relataram que o rapaz – que se encontra preso -  foi até a praça e pediu ajuda para que eles pudessem vestir e levarem a garota até  um local seguro. Os quatro menores foram, mas desistiram de ajudar a jovem, pois um vizinho apareceu e eles ficaram assustados.  

Durante o depoimento, dois dos adolescentes choram e afirmaram que estavam envergonhados pelo ocorrido. Todos pediram ao juiz para não serem levados para o CEM (Centro Educacional Masculino) em Teresina. 

Eles confirmaram na presença do juiz e do promotor que foram ameaçados pelo rapaz de 18 anos. Na delegacia, o rapaz teria pedido para que eles assumissem o crime, já que são menores e “não iria acontecer nada” com os adolescentes. Segundo eles, a proposta não foi aceita.

O advogado Paulo de Tarso Santos Martins confirmou ao Cidadeverde.com que os adolescentes autorizaram a realização de exames de DNA para ajudar na tese que eles estão defendendo.

“Eles garantem que são inocentes e permitiram durante a audiência que fosse realizado o exame de DNA”, disse Paulo de Tarso.

O advogado também elogiou a postura do juiz Heliomar Rios.

“É um juiz sério, imparcial e que está se baseando nas provas dos autos e que até agora não incrimina nenhum dos adolescentes”.  

O laudo pericial constatou que houve conjunção carnal. O advogado Osório Marques Bastos Filho, que defende dois dos adolescentes, contesta a versão do delegado Aldely Fonteneli e da promotora que apontam índicos de estupro.

“Os exames dizem o contrário. A vítima não apontou os menores como participando do crime e os exames demostraram a inexistência de violência o que seria imprescindível no estupro coletivo”, disse Osório Filho. 

O advogado não quis dar detalhes sobre a audiência, alegando que o caso corre em segredo de justiça, mas que aguardará os resultados dos exames para se manifestar. 

 

Flash Yala Sena
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Juiz ouve 4 adolescentes suspeitos de estupro coletivo em Bom Jesus

 

Os quatro adolescentes suspeitos de envolvimento no estupro coletivo de uma garota de 17 anos em Bom Jesus, no último dia 20, participam hoje (1º) de audiência no Fórum da cidade. O juiz de Bom Jesus, Heliomar Rios Ferreira, ouve os rapazes na presença de seus pais e advogados, além da promotoria de acusação. O Ministério Público vai pedir a revogação da decisão que manteve os adolescentes respondendo pelo crime em liberdade. 

A promotora Gabriela Almeida Santana, que acompanha o caso, declarou que não participa da audiência no dia de hoje, mas que o promotor Francisco Santiago acompanha o depoimento dos rapazes. Segundo ela, novas informações de testemunhas e da vítima podem colaborar para o pedido de revogação da soltura dos adolescentes. 

"Eu nem entendi porque o juiz manteve o maior preso e deixou os menores soltos. Conversei com o delegado responsável pelo caso e ele me disse que tem novas informações que podem ser úteis para esse pedido. Ainda não sei exatamente qual o teor, mas a garota foi ouvida novamente e há testemunhas que confirmam o depoimento dela", declarou. 

Ela explicou que o pedido de detenção provisória teve como base a manutenção da ordem pública. Segundo Gabriela, a adolescente está sendo hostilizada e culpabilizada pelo crime. 

"A cidade é pequena e o crime teve muita repercussão. Sabemos de ações de advogados que foram à rádio da cidade se manifestar sobre o caso, querendo imputar culpa à adolescente, que é a vítima. Vou buscar inclusive a OAB, para que as providências sejam tomadas. São advogados que sequer estão envolvidos com o caso, sequer têm conhecimento dos autos do processo", disse. 

O crime

A vítima de 17 anos foi encontrada em uma obra abandonada, amarrada e amordaçada com uma peça de sua roupa íntima. Ela disse que foi conduzida ao local e violentada pelos cinco suspeitos. A menina estaria embriagada e o laudo pericial confirmou o abuso. Os adolescentes negam participação no estupro, mas confirmam que estavam no local e viram o maior violentando a jovem. 

O crime em Bom Jesus ocorreu no dia 20 e os menores, que têm entre 15 e 17 anos, foram liberados no dia 26. Outro rapaz, de 18 anos, foi encaminhado ao presídio da cidade.

 

Maria Romero
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Bom Jesus se prepara para Exposhow, de 15 a 18 de junho

Foto: Thiago Amaral/CidadeVerde.com

A cidade de Bom Jesus, a 635 km de Teresina, se prepara para o maior evento do ano que já está na oitava edição, a Exposhow, que acontece entre os dias 15 e 18 de junho. 

O evento é a maior vitrine de agronegócio do Piauí e hoje é considerada uma das mais importantes feiras de tecnologia agrícola e negócios do país. A expectativa é de um público de 60 mil pessoas entre visitantes, agroempresários, produtores rurais, profissionais e empresários de agronegócios.

Na última edição, o evento contou com 52 estantes e mais de 200 marcas presentes em 
12,5 mil metros quadrados de espaço. Na ocasião, o evento movimentou cerca de R$ 180 milhões em negócios. 

Emergência

Apesar de estar entre os gigantes na produção de grãos no país, a cidade hoje encara problemas relacionados à estiagem. Segundo o perfeito Marcos Elvas, os agricultores dependem de um decreto de emergência para renegociação de dívidas com bancos para garantirem a próxima safra.

Segundo dados do Governo do Estado e da Conab- Companhia Nacional de Abastecimento-, em 2015, o Piauí teve recorde na produção de grãos, com 3,234 milhões de toneladas e uma previsão de aumento de 52%. Entretanto, a estiagem surpreendeu as estatísticas e muitos agricultores acumularam dívidas.

O prefeito Marcos Elvas juntou uma equipe e fez um estudo sobre a situação, comprovando que havia um estado de emergência, o que, com o decreto, facilitaria a renegociação de dívidas dos agricultores. “Temos laudos comprovando a situação e elaboramos um documento desde março. As renegociações dependem do decreto de emergência pelo governador. Queria pedir para ele agilizar o processo. Estamos agora tratando é da próxima safra. É a renegociação das dívidas dos agricultores com os bancos”, pede.

Segundo o prefeito, apesar dos problemas econômicos no país, os empresários do agronegócio estão otimistas para o futuro. “Na cidade, o clima é de quem levantou a poeira e deu a volta por cima. Bom Jesus tem vocação do crescimento, vocação do grande e não vai ser uma topada no caminho que vai nos tirar de ser um grande produtor no país”, indaga.

Política

Apesar de estar bem avaliado na cidade, o prefeito evita falar de eleições. Ele afirma que ainda não é o momento e que o seu compromisso é com a gestão: “Confesso que fiz compromisso comigo de tratar somente em julho. Estamos em um momento delicado que requer a participação no município de perto. As pessoas me elegeram pra que eu faça e continue a fazer um bom mandato. Evidentemente a projeção vai ser trabalhada em julho. Meu nome é natural, mas pela gama de partidos ainda será estudado. Novas alianças estão sendo estudadas”, declara.

Apesar de se esquivar do tema, ele declara ainda que a única certeza política na cidade é o afastamento do PT. “Tivemos experiência com o PT e não tem condições políticas de se reproduzir na próxima eleição”, finaliza Elvas.

Da Redação
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Família descobre que um dos suspeitos de estupro coletivo é primo da vítima

A família da jovem de 17 anos – vítima de estupro coletivo em Bom Jesus – descobriu que um dos suspeitos apreendidos é parente da família.

A tia da garota que falou ao Cidadeverde.com confirmou a informação e disse que a família ficou sabendo do grau de parentesco quando foi à delegacia. Um dos adolescentes é primo de segundo grau da jovem. “Descobrimos que um dos presos é primo dela, um parente distante, por parte da mãe. Ficamos surpresos, pois parente era para proteger”, disse a tia.

Ela contou que a jovem ainda está traumatizada com o crime. Ontem, os quatro adolescentes foram soltos por decisão do juiz de Bom Jesus, Heliomar Rios Ferreira.

A jovem de Bom Jesus foi encontrada seminua e amordaçada com a própria roupa na última sexta-feira (20), numa construção no centro da cidade. Segundo a polícia, ela foi achada em coma alcoólico, desacordada e com sinais de violência. Sua boca tinha isopor e havia sido amarrada para evitar que a jovem gritasse.

Ela foi socorrida e levada para o Hospital Regional de Bom Jesus. À polícia os adolescentes –com idades entre 15 e 17 anos– negaram o crime, mas admitiram que viram o rapaz de 18 anos fazendo sexo com ela. "Todos eles se conheciam e acharam normal assistirem ao maior de idade tendo relações sexuais com a garota desacordada", disse o delegado Aldely Fonteneli de Sousa.

O policial desconfia que os menores de idade combinaram a versão para tentarem se inocentar e incriminar o rapaz que foi preso. "Os quatro adolescentes ficaram todos numa mesma cela, devido à falta de estrutura da delegacia, e há indícios de que eles combinaram a mesma versão", contou. O delegado disse que o laudo pericial confirmou que houve o estupro, mas falta a comprovação do envolvimento dos adolescentes. Para isso, a polícia fez coleta de material genético para ter a comprovação.

O exame de DNA é feito fora do Estado e deve demorar um mês para ficar pronto. Os adolescentes contaram que frequentavam o lugar para apreciar a paisagem da cidade e que a menor bebeu meio litro de cachaça. O delegado disse que o rapaz de 18 anos confessou que teve relações sexuais, mas negou o uso de violência. Também se disse arrependido. E segundo ele, os outros quatro também fizeram sexo oral com a jovem. Os menores negam, porém, participação no estupro.

'ACORDOU GRITANDO'

De alta médica desde o último domingo (22), a garota está tendo acompanhamento psicológico. A tia da vítima contou que a adolescente está com crise nervosa e com dificuldade de dormir. "Ela já acordou gritando, se debatendo em pânico e dizendo que os criminosos estavam no quarto dela.

Estamos tentando fazer com que ela, aos poucos, volte à vida normal", disse a tia, que pediu para não ser identificada.

 

Flash Yala Sena

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Bom Jesus: promotora critica soltura de suspeitos de estupro coletivo

Foto: EBC

A promotora Gabriela Almeida Santana informou ao Cidadeverde.com que soube da soltura dos quatro adolescentes suspeitos de participarem de um estupro coletivo contra uma jovem de 17 anos, no município de Bom Jesus, pela imprensa. Ela declarou que recebeu a notícia com surpresa, pois chegou a pedir a internação dos adolescentes por questão de “manutenção da ordem pública” porque o crime chocou a população, principalmente em Bom Jesus por ser uma cidade pequena.  

“Eu entendo que há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria”, ressaltou a promotora.  Os menores, que têm entre 15 e 17 anos, foram liberados na quinta-feira (26). Outro rapaz, de 18 anos, foi encaminhado ao presídio da cidade.

Gabriela Almeida destacou ainda que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) “prevê a internação para garantir a segurança dos menores”. Além disso, ela acredita que a soltura dos suspeitos em participar do estupro coletivo irá atrapalhar as investigações. 

A decisão de soltura dos quatro menores é do juiz de Bom Jesus, Heliomar Rios Ferreira. Na sentença, o juiz afirma que eles têm bons antecedentes e que a liberdade não irá prejudicar o andamento do processo. O juiz também declarou que a perícia comprovou a conjunção carnal, mas não houve violência sexual. 

Na decisão, Heliomar Rios já intimou os quatro adolescentes para a primeira audiência no dia 1º de junho.

O crime em Bom Jesus ocorreu na última sexta-feira (20), cerca de um ano depois do estupro coletivo em Castelo do Piauí.

No dia 27 de maio de 2015, quatro adolescentes sofreram estupro e foram arremessadas de um penhasco com mais de 10 metros. Os suspeitos de cometer o crime são quatro adolescentes e um adulto; um dos menores, identificado como Gleison Vieira da Silva, 17 anos, foi espancado até a morte, no dia 16 de julho do ano passado, dentro da cela do Centro Educacional Masculino (CEM) em Teresina. Os outros três menores coautores dos estupros são suspeitos de cometer o assassinato; eles dividiam a mesma cela da vítima. Uma das vítimas do estupro, a estudante Danielly Rodrigues Feitosa, 17, morreu após passar dez dias internada.

Carlienne Carpaso
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Juiz de Bom Jesus determina a soltura dos 4 menores suspeitos de estupro coletivo

 

O juiz de Bom Jesus, Heliomar Rios Ferreira, determinou a soltura dos quatro adolescentes apreendidos como suspeitos do estupro coletivo contra uma garota de 17 anos. 

O crime ocorreu na última sexta-feira (20) onde a vítima foi encontrada seminua e amordaçada com a própria roupa, numa construção no centro da cidade. Segundo a polícia, ela foi achada em coma alcoólico, desacordada e com sinais de violência. Sua boca tinha isopor e havia sido amarrada para evitar que a jovem gritasse. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Regional de Bom Jesus. Ela já se encontra em casa.

Os quatro menores – da faixa etária de 15 a 17 anos - foram soltos ontem à noite. Na sentença, o juiz afirma que os menores têm bons antecedentes e que a soltura não irá prejudicar o processo.

A promotora Gabriela Almeida Santana tinha solicitado ao juiz a transferência dos quatro menores para o CEM (Centro de Internação Provisória) em Teresina. O juiz negou e determinou a soltura.

Na decisão, Heliomar Rios já intimou os quatro adolescentes para a primeira audiência no dia 1º de junho. 

Em depoimento a polícia, os adolescentes negam participação no estupro e confirmam que o jovem de 18 anos manteve relações sexuais.

O rapaz de 18 anos foi mantido preso e encaminhado ao presídio de Bom Jesus.

O delegado Aldely Fonteneli disse que o laudo pericial confirmou que houve o estupro, mas falta a comprovação do envolvimento dos adolescentes. Para isso, a polícia fez coleta de material genético para ter a comprovação. O exame de DNA é feito fora do Estado e deve demorar um mês para ficar pronto.

Os adolescentes contaram que frequentavam o lugar para apreciar a paisagem da cidade e que a menor bebeu meio litro de cachaça. 

O delegado disse ainda que o rapaz de 18 anos confessou que teve relações sexuais, mas negou o uso de violência. Também se disse arrependido. E segundo ele, os outros quatro também fizeram sexo oral com a jovem. Os menores negam, porém, participação no estupro.

 


Flash Yala Sena    
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"Eles acharam normal a situação", diz promotora sobre estupro em Bom Jesus

Eu perguntei: vocês viram a garota quase desmaiada sendo abusada e não fizeram nada?

Eles responderam: era só uma conjunção carnal e vimos como algo normal.

O diálogo acima foi entre a promotora de Bom Jesus, Gabriela Almeida de Santana com os quatros adolescentes apreendidos suspeitos de estupro coletivo em Bom Jesus (a 635 km de Teresina) durante depoimento.

Gabriela Santana conta que se surpreendeu com o quadro de normalidade encarada pelos menores diante da cena de abuso. Os quatro negam a participação no estupro e apontam como culpado o jovem de 18 anos preso pela polícia. 

Como negam participação, os quatros contam a mesma versão do crime. Que foram para a obra abandonada no centro de Bom Jesus para apreciar a vista, levando uma garrafa de cachaça pitú. Lá, os adolescentes contam que apenas o rapaz de 18 anos abusou da menina.

“Como eles estão na mesma cela, a impressão que temos é que eles combinaram depoimentos. Eles não esboçam nenhum arrependimento, negam participação e se mostraram muito tranquilos, falam a mesma versão com riqueza de detalhes”, disse a promotora.

Transferência para Teresina

A promotora confirmou que pediu a transferência dos quatros adolescentes de Bom Jesus para Teresina. Eles estão apreendidos na Delegacia da cidade e serão trazidos para o CEM (Centro de Internação Provisória). A transferência é por questão de segurança dos menores, já que a delegacia não tem estrutura e devido a ameaças que estariam sofrendo, segundo denúncias dos próprios adolescentes.

O CEM só poderá receber os menores após autorização do juiz de Bom Jesus.

Gabriela Santana confirmou que pediu a internação provisória em Teresina e eles ficarão 45 dias internados  no CEM enquanto providencia a representação. Segundo ela, laudo confirma o estupro na garota e que agora aguarda outros exames como DNA para provar o estupro coletivo. 

A promotora pediu que seja realizado um estudo psicossocial com os jovens, seus familiares ou responsáveis, para que sejam encaminhadas informações sobre a situação pessoal, familiar e social dos adolescentes.

Obra abandonada

Gabriela contou que achou estranho eles usarem uma obra abandonada para realizarem festas. Segundo ela, eles alegaram que foram contemplar a vista e que não beberam e nem se drogaram.

“Não creio nessa versão, a obra é de um andar e não tem vista bonita ao redor”, disse a promotora.

Orientação da família

A promotora alertou também para que os pais acompanhem melhor seus filhos, principalmente com a facilidade da informação via internet.

 

Flash Yala Sena
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Garota estuprada diz que tinha amizade com agressores e que desmaiou durante crime

Em depoimento a Polícia Civil nesta segunda-feira (23), a garota de 17 anos – vítima de estupro coletivo em Bom Jesus (635 km de Teresina) – confirmou que os cincos adolescentes apreendidos são do seu circulo de amizade. Ela falou também ao delegado que estava desmaiada quando sofreu os abusos sexuais. 

Na madrugada da última sexta-feira, a jovem foi encontrada em uma obra abandonada seminua e amordaçada com a própria calcinha.  

O delegado de Bom Jesus, Aldely Fontineli de Sousa, revelou que a jovem admitiu que consumiu bebida alcoólica e que está bastante traumatizada.

“Ela confirmou que estava muito alcoolizada e teria usado droga. Eles são todos conhecidos e ela estaria desiludida amorosamente e que eles teriam aproveitado que ela estava abalada emocionalmente para cometer o crime”, disse o delegado acrescentando: “Ela está muito traumatizada, vivendo num mundinho fechado e que não lembrava direito porque tinha desmaiado”. 

A vítima confirmou ainda ao delegado que estava tão embriagada que não conseguia ficar em pé.

A menina foi atendida no hospital e já teve alta médica. Ela já se encontra em sua residência. 

O delegado realiza novas perícias e pediu exames para confirmação do estupro coletivo. 

 

Flash Yala Sena
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Laudo confirma que garota de 17 anos sofreu estupro em Bom Jesus

O delegado de Bom Jesus, Aldely Fontineli, confirmou, nesta segunda-feira (23), que o laudo preliminar recebido hoje pela polícia confirma que a garota de 17 anos foi vítima de estupro. Segundo o delegado, um novo exame foi realizado para que seja confirmado o estupro coletivo. O crime ocorreu no último domingo (22).  A adolescente prestou depoimento ao delegado Aldely Fontineli hoje.  

Ainda nesta segunda, os policiais civis devem ir ao local onde ocorreu o crime para tentar colher provas. O agente de polícia Carlos George disse ao Cidadeverde.com que as informações colhidas até o momento apontam que apenas o maior de idade teria tido cometido o abuso sexual. 

"Até o momento, apenas a vítima foi submetida a exame de corpo de delito. Foi recolhida secreção da vítima para se fazer o exame de DNA e saber se encontramos material genético de qual dos suspeitos. O maior de idade confessou o crime e conta que tentou jogar a culpa nos adolescentes, por eles serem menores de idade. A análise do depoimento da vítima será crucial para a elucidação do caso", explica o agente. 

O delegado Aldely Fontineli não quis revelar detalhes do depoimento da vítima e disse apenas que ela estava muito embrigada.

Os quatro adolescentes suspeitos têm idades de 15 a 17 anos e foram ouvidos ainda no domingo (22) pela promotora Gabriela Almeida Santana. Em depoimento, os garotos revelaram que receberam ameaças do suspeito maior de idade.

"Assim que eles foram levados para a delegacia, apenas uma parede os dividia. Os adolescentes contaram para a promotora que receberam ameaças de morte do outro suspeito que teria dito que ia se vingar deles. Eles negam tudo e choram muito, sempre reafirmando que apenas presenciaram o crime. A promotora tem 45 dias para representar ou não a denúncia na Justiça", reitera George. 

A vítima foi encontrada seminua e amordaçada com a própria calcinha e com pedaços de isopor na boca. A estudante apresenta pequenos arranhões pelo corpo que denotam que ela ainda tentou se defender, de acordo com a familaires que acrescentam ainda que ela tem dificuldades para dormir e está muito abalada. A violência sexual ocorreu em uma obra abandonada no centro da cidade. 

Até o momento, as investigações da Polícia Civil apontam ainda que o crime não teria sido premeditado. Vítimas e suspeitos teriam se conhecido há poucos dias e o estupro teria sido motivado pelo alto teor de bebida alcóolica nos envolvidos. A informação repassada pela família da vítima é que os suspeitos também teriam usado drogas ilícitas. 

"Essa informação foi repassada pela família dela, mas eles negam que usaram outro tipo de droga. Eles alegam que consumiram apenas cachaça. Um dos adolescentes disse que já experimentou cigarro, mas ninguém teria usado de qualquer tipo de entorpecente no dia do crime. Com o depoimento da vítima, vamos saber se será necessário pedir o exame toxicólogico", reitera. 

A estudante mora com a tia, sobrinhos e a avó. A mãe dela reside em Brasília, mas veio ao Piauí. O agente Carlos George reitera que é possível a transferência dos investigados para outra cidade, uma vez que há boatos de que a população tentaria invadir a delegacia e linchar os suspeitos. 

"A promotora disse que ia falar com o secretário para que providenciasse a transferência dos suspeitos, porque existem alguns boatos. A movimentação na delegacia e no Fórum tem sido intensa. A população relaciona o caso com o crime chocante que ocorreu em Castelo do Piauí há um ano, onde ocorreu também um estupro coletivo com desfecho trágico", reitera Carlos George. 

Dos cinco suspeitos, apenas dois adolescentes têm advogados. A Polícia Civil informou que os menores de idade eram estudantes e são de classe média, com certo poder aquisitivo. O maior de idade não tem profissão e auxiliava o pai em afazeres da roça. Pelo levantamento dos policiais, nenhum tinha passagem pela polícia. 

 

Graciane Sousa
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