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Diversidade

11ª Parada da Diversidade de Caxias: pela criminalização da LGBTfobia

A 11º Parada da Diversidade de Caxias vem com tudo para disseminar respeito,  amorosidades e afirmação de Direitos.  Para os preconceituosos e invejosos, tod@s cantaram ‘Tire sua lgbtfobia  do caminho que eu quero passar com meu amor”. A Associação de Gays, Lésbicas e Profissionais do Sexo (AGLEPS), entidade organizadora do evento,  escolheu  como tema para conscientizar a sociedade a  ‘Criminalização da LGBTfobia’. A atividade acontece dia 11/09 na Avenida Alexandre Costa, a partir de 16h.

Para sensibilizar  e envolver  a população caxiense, a AGLEPS também realizará a Semana da Diversidade com objetivo não só de convidar a tod@s para participar da Parada, mas também pautar discussões nas várias instâncias sociais da cidade e colocar em pauta os direitos da população  LGBT.

E vencer preconceitos e discriminações presentes  nas relações sociais  e culturais   só com ações permanentes de uma Educação Para a Diversidade. Nesse aspecto, a AGLEPS construiu parceria com Instituto Federal do Maranhão de Caxias para levantar reflexões sobre o que é a LGBTFOBIA. A palestra será dia 05/09 às 8hs.

 O debate no IFMA  será momento proveitoso para pensar e discutir  quais  as políticas públicas eficientes para superar as desigualdades vividas por LGBTS no espaço da escola, nas relações de trabalho, no ambiente familiar e nos discursos de ódio propagados por fundamentalistas.

Ainda no dia 05/09, às 19h,  haverá o Ato Ecumênico – Pelo Fim da Intolerância Religiosa. Construir  o diálogo e a convivência fraterna é o único caminho para superar ódios e violências. A vivência espiritual saudável  é pautada pelo princípio  fundamental da civilização: amar ao próximo como a si mesmo. O Fundamentalismo que prega morte, xingamentos, humilhações e discriminações contra LGBTs e outras pessoas  comete crime contra humanidade.

De acordo com pesquisa organizada por ONG internacional que atua na defesa da população de transgêneros, o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais. Estudos apontam que a expectativa média  de vida desse segmento chega a 40 anos. Ter acesso à escola e ao mercado de trabalho é uma realidade distante porque a exclusão social é perversa. E para discutir sobre fortalecimento e empoderamento, a Semana promovera a roda de diálogo sobre a Visibilidade Trans. A atividade ocorrerá  dia 06/09 às 19h na AGLEPS.

A programação artística da Parada da Diversidade, dia 11/09,   será  bafônica e vai lacrar geral: cantora Lorena Simpson. A artista foi escolhida como Embaixadora Internacional da Diversidade Sexual. E terá ainda muito mais: performances escândalos de Drags e batidas eletrizantes de DJs. Prepara, meu bem, que agora é a hora do show das poderosas.

E para mais detalhes sobre Programação da Semana da Diversidade, veja informações abaixo:

Por Herbert Medeiros

 

 

Para fervilhar corações e mentes: Gênero e sexualidade - uma discussão social

As belezas poéticas de  Chico Buarque mergulha nas profundezas intimas do desejo e sexualidade  para questionar: “O que será que me dá/Que me bole por dentro, será que me dá/Que brota à flor da pele, será que me dá/E me sobe às faces e me faz corar/O que me aperta o peito e me faz confessar/O que não tem mais jeito de dissimular/E que nem é direito ninguém recusar”.

E para brotar questionamentos, provocações e reflexões palpitantes, uma oportunidade singular acontecerá com o debate “Gênero e sexualidade: uma discussão social’. A atividade será nesta quinta-feira(25/08) às 19h na Faculdade do Piauí (AESPI/FAPI). Para acalorar as discussões, a presença da Profª Drª Andrea Cronemberg Rufino e Profª Mª Ana Kelma Gallas.

 

A debatedora Andrea Rufino é docente de Ginecologia da UESPI com doutorado em Ciências pela Universidade Federal Paulista e pós-doutorado em Políticas Públicas pela UNB. A pesquisadora tem especialidade em Sexologia Clínica, Bioética e Direitos Humanos. Rufino também coordenadora do Corpo e Sexualidade – Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade (UESPI).

A professora-pesquisadora , Ana Kelma, integra o grupo de pesquisa SEXGEN, sexualidade, corpo e gênero. A palestrante fez mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia (UFPI). O foco da dissertação investigou “As redes de sociabilidade lgbt em Teresina: Lógicas e Estratégias de Pertencimento”. 

 

Por Herbert Medeiros

III Colóquio sobre Saúde, Sexualidade e Diversidade Sexual da UNINOVAFAPI

III COLÓQUIO SOBRE SAÚDE, SEXUALIDADE E DIVERSIDADE SEXUAL

DATA: 19 de agosto de 2016

LOCAL: Auditório Caneleiro UNINOVAFAPI

HORÁRIO: 8 as 12 e de 14:30 as 17:30

 

PROGRAMAÇÃO:

MANHÃ

07:30 às 8:30 – Credenciamento

8:30 - Abertura

9:00 às 10:00 – DESAFIOS PARA EFETIVAÇÃO DO PROCESSO TRANSEXUALIZADOR

Conferencista: Liliane Caetano – Assistente Social do AMTIGOS (Ambulatório Trasndisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do HCFMUSP). Representante do CFESS no CNCD

10:00 às 10:30 - Debate

10:30 ás 11:30 - POLÍTICA DE SAÚDE PARA A POPULAÇÃO LGBT NO ESTADO DO PIAUÍ

Conferencista: Epifânio Ferreira - Coordenador Estadual de Promoção de Igualdade da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí

11:30 às 12:00 – Debate

12:00 as 14:30 – Intervalo para o almoço

TARDE

 

14:30 às 15:30 – DIREITO DAS PESSOAS LGBT

Conferencistas: Ana Carolina Magalhães – Presidente da Comissão de diversidade Sexual da OAB

Carla Marins – Representante do movimento de Transexuais

15:30 às 16:00 – Debate

16:00 às 17:00 - CONHECIMENTO, ATITUDES E PRÁTICAS DE MULHERES QUE FAZEM SEXO COM MULHERES SOBRE A PREVENÇÃO E TRANSMISSÃO DO HIV/AIDS

Conferencista: Profa. Dra. Adélia Dalva da Silva Oliveira

17:00 as 17:30 – Debate

Teresina será palco de debates com olhares plurais sobre transexualidade

No dia 19 de agosto, Teresina será palco de vários debates sobre o tema da transexualidade. Um momento  para refletir sobre processo transexualizador no sistema de saúde, bem como compartilhamento das vivências trans no Piauí. As atividades serão resultado de parceria Matizes, Liga LGBT, UNINOVAFAPI, com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde.

Pela manhã, as atividades acontecerão no Auditório Caneleiro, da UNINOVAFAPI.  Às 10h, a Assistente Social Liliane Caetano ministrará a palestra “Desafios para a efetivação do processo transexualizador”. Liliane integra a equipe multiprofissional do AMTIGOS (Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual) *.

À tarde, as ações acontecerão a partir das 14h na FACIME.

Às 14h, Epifânio Ferreira (Coordenação Estadual de Promoção de Equidade da Secretaria Estadual de Saúde) discorrerá sobre os desafios para implantação do processo transexualizador no Piauí.

A partir das 15h, a Assistente Social Liliane Caetano abordará “As demandas do processo transexualizador para crianças e adolescentes”. 

Ainda integram as atividades da FACIME o acontecimento “Vivências Trans”, a partir das 16h. Participarão Ingrid Leão, Danny Barradas e Amanda Pitta (Mães pela Igualdade).

 

* O AMTIGOS (Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual) foi instituído em 2010 e está vinculado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(USP). O ambulatório é a porta de entrada para acompanhamento  das questões de identidade de gênero de pessoas transexuais. A equipe profissional engloba psiquiatras, psicólogos e  assistente social

Por Marinalva Santana

Dia Nacional da Mulher Negra funciona como alerta e instrumento de luta

Em 10 anos, o número de negras mortas de forma violenta cresceu 54,2% no Brasil. Em 2013 foram 2.875 vitimas

 

Elas estão no topo da cadeia de vulnerabilidade. Quando há uma violência contra a mulher, a vítima é negra em mais da metade dos casos. Os dados reforçam o mundo inseguro em que vivem. Em 10 anos, de acordo com o último Mapa da violência, do governo federal, a vitimização entre as mulheres negras no Brasil cresceu 54,2%, enquanto o homicídio das brancas caiu 9,8%. No último domingo, foi celebrado o Dia Nacional da Mulher Negra e ontem foi a vez de lembrar o valor da negritude feminina internacionalmente. As datas marcam com resistência, luta e mobilização um dia especial para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero.

Desde 1992, celebra-se em 25 de julho o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, um marco internacional da luta e da resistência das mulheres negras. Há nove anos, a capital federal lembra a data por meio do Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. A edição de 2016 teve início ontem e segue até 31 de julho debatendo assuntos ligados às questões negras, com eventos no Museu Nacional da República. Outro marco em 25 de julho reforça a luta. Uma lei aprovada em 2014 institui 25 de julho como o Dia Nacional de Teresa de Benguela — uma mulher que se tornou símbolo de liderança e força pela liberdade. Resistiu à escravidão, comandou a estrutura política e administrativa da comunidade em que vivia, em Mato Grosso, e é considerada uma heroína negra.

“No mercado de trabalho, temos menos salário, somos vítimas de uma raiz escravocrata. Temos menos acesso à escolarização, à profissionalização e vivemos em meio a um racismo institucionalizado”

Cleudes Pessoa, escritora, assistente social e militante do Fórum das Mulheres do DF e Entorno

A cada 25 do mês, é ainda celebrado o Dia Laranja, data criada para a Campanha UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres. Pelos registros do Sistmema de Informações de Mortalidade (SIM), do governo federal, entre 1980 e 2013, num ritmo crescente ao longo do tempo, tanto em número quanto em taxas, morreu um total de 106.093 mulheres, vítimas de homicídio. Efetivamente, o número passou de 1.353 mulheres, em 1980, para 4.762, em 2013 — um aumento de 252%. A taxa, que em 1980 era de 2,3 vítimas por 100 mil habitantes, saltou para 4,8 em 2013, um aumento de 111,1%.

E os assassinatos contra as mulheres negras passaram de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. “A sociedade tem racismo, tem violência, abuso e isso faz parte de uma construção. Quando a gente faz uma marcha, um ato, é para dizer que não podemos deixar de pensar nisso, não podemos fechar os olhos”, afirma a escritora, assistente social e militante do Fórum das Mulheres do Distrito Federal e Entorno, Cleudes Pessoa, 42 anos. A ativista é nordestina, autora do livro Pedra e flor, que trata da situação das meninas pobres e negras do Nordeste. No movimento em prol das mulheres há mais de 10 anos, a escritora luta pelo fim da violência, do racismo e pela igualdade entre homens e mulheres.

“Os dados mostram que o feminicídio tem raça. E em todos os outros setores somos desprivilegiadas. No mercado de trabalho, temos menos salário, somos vítimas de uma raiz escravocrata. Temos menos acesso à escolarização, à profissionalização e vivemos em meio a um racismo institucionalizado”, declara a militante. O lema é: “Queremos igualdade, o fim do racismo, pelo bem viver das mulheres”. Segundo Cleudes, mesmo que a sociedade negue, não há como esconder.

“É só olhar em volta e, assim, não terá como negar uma desigualdade”, indica. No último domingo, Cleudes e outras ativistas se reuniram na 405 Norte, em um bar, para celebrar as datas de luta. Teve a Feira Preta, um evento com feijoada e arte, além de apresentação de artistas da cidade.

 

Identidade

O empoderamento feminino é sempre um dos pontos relevantes. Saber que não é feia por ser negras, que o cabelo não é ruim por ser crespo e que a roupa não é “esquisita” por ter uma identidade africana é importante para se fortalecer. Um dos primeiros atos de militância da empresária Maria das Graças Santos, 63, foi abrir um salão de beleza para cuidar dos cabelos das mulheres negras. Ela, que sempre cultivou os cabelos black power, sentia pela falta de um salão específico. Há 24 anos surgiu o Afro N’Zinga Cabelo e Arte, no Conic, o primeiro de Brasília voltado para as negras. “Historicamente, ao nos desqualificar, atacam nossa estética. Que esse cabelo é ruim, esse nariz é largo, essa cor é feia. Trabalhar a autoestima nos fortalece”, explica Graça, que é ainda integrante da Frente das Mulheres Negras do DF.

Para ela, quando uma mulher negra expõe sua identidade, é discriminada em várias situações do dia a dia. “Se eu uso meu cabelo black, estou com uma roupa de marca, um bom sapato, vestida de acordo com o que o padrão social impõe, e vou a um determinado lugar, vão achar que não pertenço àquele ambiente, causo desconfiança. Se entro na loja, acham que ali eu não tenho condições financeiras de comprar. Se dirijo um carro, acham que não é meu. Esse é o preconceito do Brasil, o mais cruel, aquele que é embutido”, descreve Graça, ao lembrar o caso da militante Elizabete Braga, em um mercado da cidade (leia Memória). “A gente bate no peito que somos empoderadas, que somos da luta, e, mesmo assim, acontece com a gente. Isso choca ainda mais”, lamenta.

Para a professora do Departamento de História da Universidade de Brasília Joelma Rodrigues da Silva, o dia 25 de julho é importante para denunciar as perversidades de um machismo e um racismo que matam, torturam, mutilam e segregam mulheres negras. Joelma afirma que, no Brasil, a democracia racial é um mito que serve, apenas, como arma para silenciar todas as mulheres vítimas. “O racismo se alimenta com o sangue da população negra, e nós, mulheres negras, temos nossas demandas desconsideradas em nome dessa farsa que é a democracia racial. Exigimos políticas públicas com recorte de raça e gênero em áreas como educação, saúde, segurança, habitação, mobilidade, trabalho. Somos sub-representadas nas mídias e nos parlamentos, nas universidades e nos tribunais, o que nos torna mais vulneráveis a toda sorte de violência e discriminação”, justifica.

 

Fonte: Geledés

Projeto 'Fala, Preta' realiza oficina sobre "Mulheres Negras e Direitos Humanos"

A poética de Flora Regina é a reafirmação do empoderamento da mulher negra:  “Me afirmo e confirmo/Sou linha tênue de minha estrada/Sou negra de cabelo crespo, sou Dandara/ A batida dos meus ancestrais/É o desejo de luta e de juramento/ O orgulho é minha audácia/Um firmamento, sem segmento”. E para potencializar ainda a força das afrobrasileiras, o Matizes em parceria   com o Ijexá Nagô realizam a oficina “Mulheres Negras e os Direitos Humanos”.

A atividade  ocorrerá neste sábado(23/07) às 15h no NAI da Vila São Francisco Sul e terá como facilitadora a Advogada Geysa Costa. A ação integra as ações do Projeto ‘Fala, Preta’, executado pelo Matizes e financiado pela Coordenadoria Ecumênica de Serviços e do SOS Corpo. O objetivo da oficina é refletir sobre conceitos, fundamentos e características dos Direitos Humanos bem como mecanismos para efetivá-los.

 ‘Fala, Preta’ é  campo aberto de reflexões, práticas e vivências   para favorecer  o empoderamento discursivo, político e sociocultural   de mulheres negras. O projeto também pretende estimular a formação política e o protagonismo de novas lideranças na luta em favor dos Direitos Humanos.

 

Por Herbert Medeiros

 

REAPI e (A)Poema promovem 'Festival ArvoreSer' na Praça das Ações Comunitárias

“Terra, és o mais bonito dos planetas/Tão te maltratando por dinheiro/Tu que és a nave nossa irmão/Canta, leva tua vida em harmonia/E nos alimenta com teu frutos/Vamos precisar de todo mundo/Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão”. A  sabedoria dos versos da poesia de Beto Guedes ensina que proteger e cuidar de forma fraternal  da mãe terra é o antídoto contra o espírito de uma ordem global predatória.

Neste sentido, A Rede Ambiental do Piauí (REAPI) e (A)Poema somarão energias positivas para promover dia 16/07, às 8h,  “Festival Arvoreser” na Praça das Ações Comunitárias (Parque Piauí). Uma ação para semear no corpo e alma teresinense atitudes em favor da vida mais atenta às responsabilidades socioambientais.

O tema motivador da atividade de Educação Ambiental é: “Plante um muda, adote uma árvore”.   E para colher bons frutos dessa ação, a organização oportunizará momentos para irradiar interações, experiências e fortalecer o empoderamento  dos sujeitos envolvidos através de Bate-papo ambiental, Música e poesia, Crochê amortecendo, lanche e almoço fraterno.

A musicalidade do evento será de encher os olhos com a presença do instrumentista, arranjador e compositor  Gustavito Amaral (MG). O artista integra o cenário musical da capital mineira  e lançou com a banda A Bicicleta o trabalho Quilombo Oriental.

Gustavito tem formação em História e estudos na área de Música pela Universidade Federal de Minas Gerais além de curso como Contrabaixo Elétrico e Criação Musical pela escola de música  Bituca (Barbacena/MG). Possui ainda conhecimento em  violão clássico e percepção musical pela Fundação de Educação Artística em Belo Horizonte. E sua competência artística inclui  técnica vocal, violoncelo, pesquisa envolvendo cultura e música popular e afro-mineira. 

Por Herbert Medeiros

O amor que ousa dizer o nome: cena do entrelaçamento amoroso entre Tolentino e André

Ousar dizer o nome do amor de iguais é um ato subversivo para os padrões normativos reguladores da sexualidade humana. A cena homoafetiva  entre os personagens André (Caio Blat) e Tolentino (Ricardo Pereira) na minissérie Liberdade, Liberdade traduz a atitude transgressora de afirmar a livre expressão do amor em toda sua potência de ressignificar os desejos, afetos e práticas amorosas. Uma cena transbordante de simbolismo pelos gestos, sensualidade, olhares, fala e entrelaçamento dos corpos pulsantes de desejos. E para dialogar com a narrativa audiovisual, nada mais saboroso do que a poética homoerótica de Luis Cernuda (Espanha, 1902-1963):

Como quando o sol ilumina

Algum rincão deste mundo,

Redimindo sua pobreza,

Enchendo-o de verdes risos,

 

Assim tua presença chega

À minha existência obscura

Para exaltá-la, para dar-lhe

Esplendor, prazer, formosura

 

 

 

Pòr Herbert Medeiros

 

 

 

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