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Revista Science produz vídeo resumindo as principais conquistas científicas de 2017

Uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, a Science, publicada pela Sociedade Americana para o Progresso da Ciência (AAAS) disponibilizou no YouTube um vídeo de pouco mais de 4 minutos resumindo algumas das principais descobertas ocorridas em 2017.

O vídeo inicia comentando a descoberta de um novo fóssil de Homo sapiens na região do Marrocos, na África. A descoberta agita a paleoantropologia pelo fato do novo fóssil encontrado ter sido datado com mais de 300 mil anos, bem superior as descobertas feitas na Tanzânia e na Etiópia de fósseis entre 120 e 160 mil anos. Esta descoberta provocará muitas discussões sobre a origem do homem.

Outra grande descoberta, desta vez realizada na China foi a possibilidade de corrigir mutações pontuais em embriões humanos. Embora polêmica, a descoberta joga uma luz sobre a terapia usada para corrigir defeitos genéticos, antes do embrião completar seu desenvolvimento. No campo dos estudos ambientais, o vídeo traz a coleta de um núcleo de gelo com 2,7 milhões de anos. 1 milhão de anos mais antigo de outra amostra também colhida na Antártica com o objetivo de estudar a composição dos gases do efeito estufa a partir das bolhas de gás que ficaram presas no gelo.

Vale a pena assistir o vídeo que traz ainda informações sobre a descoberta de uma nova espécie de Orangotango na ilha de Sumatra, os efeitos da percepção de uma colisão entre duas estrelas e um experimento desenvolvido por físicos que conseguiram desenvolver um detector do tamanho de uma garrafa e que nele foi possível verificar a colisão entre neutrinos e núcleos atômicos, abrindo uma plêiade de possibilidades de uso de detectores pequenos para este tipo de experimento.

Confira:

Até o próximo post...

Você sabe sobre as coisas que caem do céu?

Você já deve ter ouvido falar vários termos diferentes de coisas vindas do céu. Meteoros, meteoroides, meteoritos. Outros termos como Asteroides, Cometas e Centauros já devem ter despertado sua curiosidade.

O vídeo a seguir traz uma explicação e imagens bem didáticas sobre os corpos celestes de menor porte do que estrelas e planetas. Acompanhe ainda a explicação do Prof. Rodolfo Langhi, Coordenador do Observatório Didático Astronômico da UNESP de Bauru.

Confira:

Até o próximo post...

A Ciência no Brasil em 2018: as velhas da política de C, T & I e a esperança na juventude

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A imprensa nacional já anunciou, as redes sociais já explodiram com a queixa de um bom número de pesquisadores: 2018 terá uma redução drástica de 25% em relação a 2017 de recursos para Ciência e Tecnologia no Brasil. A redução afetará recursos para financiamento de projetos novos, para manutenção de projetos antigos e, principalmente para bolsas de mestrados, doutorados e programas de pós-doutorado. O Brasil, que já ocupa uma das últimas posições em investimento em Ciência e Tecnologia, menor que 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) dos quais metade são investidos pela iniciativa privada, reduzirá ainda mais seus investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação, na participação de investimento público.

O que esperar de 2018? A falta de recursos aponta para um ano mais sombrio do que 2017, mas e a esperança de dias melhores, que sempre desejamos a todos neste período de fim de ano?

A esperança está nos nossos jovens. A esperança está espalhada por aí nas escolas, nas cidades pequenas, nos bairros afastados. Por que estou falando isso? Confira você mesmo(a) na galeria de fotos que ilustram este post...

São imagens da Feira Estadual de Ciência e Tecnologia do Piauí, a PIAUITEC’2017, realizada no Parque da Cidadania em Teresina. Reuniu em dois dias de outubro cerca de 20 mil pessoas. Trouxe jovens de escolas públicas da rede estadual de várias cidades do Piauí, de Corrente a Parnaíba. Garotas e garotos que venceram etapas regionais do Circuito da Ciência organizado pela Secretaria Estadual de Educação. Nas imagens é possível ver a alegria de jovens estudantes apresentando suas experiências desenvolvidas em pequenas escolas de lugares improváveis.

São exemplos como o do pequeno Daylon e sua lixeira inteligente (imagem de capa do álbum) de uma escola de Valença do Piauí. Me disse que teve a ideia porque estava estudando sobre micróbios e viu a enfermeira que tratava um curativo dele tocando na lixeira, no Hospital da cidade. Imaginou o quanto ela estava contaminando seus pacientes. Construiu sua lixeira com peças de sucata e dinheiro da família e das suas professoras. Investiu 200 reais no protótipo e chamou a atenção de todos que passavam para ouvir suas explicações. Exemplos como o da jovem Nazaré, estudante de Farmácia, mas que já correu o mundo com seu trabalho sobre Prevenção de Hanseníase feito em Campo Maior sob orientação da incansável Profª Silvana Orsano. Para participar das feiras cansou de vender doces e água mineral na sua cidade. Conseguiu sensibilizar políticos e em 2015 foi premiada em Bruxelas, Bélgica, como um dos melhores trabalhos feitos na sua faixa de escolaridade da época.

Aposto que em 2018 teremos um ano melhor. Não porque o Brasil vai rever seu orçamento para aplicar em Ciência e Tecnologia. Acredito, na verdade, é que outros Daylons e Nazarés vão surgir para mostrar ao mundo que ainda há esperança, que o Brasil tem jeito sim e que o Piauí será por muito tempo um celeiro de talentos.

O Ciência Viva estará aqui para continuar mostrando o que está sendo produzido nos laboratórios e universidades mundo afora, fazendo deste um espaço para divulgação e difusão do conhecimento científico.

Feliz 2018!!!

Satélites espiões ajudam a redescobrir tesouros arqueológicos no Afeganistão

A intervenção dos EUA no combate aos talibãs do Afeganistão não tem resultado somente em morte de civis. A presença de satélites espiões apontados para a região tem descoberto verdadeiros tesouros da antiguidade.

Em países em guerra, destruídos pela intolerância de grupos étnicos e sob forte influência de segmentos religiosos, as diferentes atividades de cunho cultural, dentre elas o desenvolvimento da pesquisa, ficam muito prejudicadas. Foi o que aconteceu com a pesquisa arqueológica no Afeganistão.

Várias áreas do país encontram-se ainda sob o comando de milícias de guerrilheiros que são combatidos pelo exército, mas ainda predominam, especialmente em áreas afastadas das cidades, onde geralmente encontram-se as ruínas estudadas pelos arqueólogos.

Na verdade, tratam-se de edificações, fortificações e outras estruturas construídas desde o período anterior a Cristo até o século XIX. A pesquisa é financiada pela Secretaria de Estado dos EUA que reuniram imagens de satélites comerciais, satélites espiões e imagens de drones que vem mapeando áreas onde não é possível o trabalho dos arqueólogos.

Até agora já foram registrados mais de 4.500 resquícios arqueológicos. A pesquisa está sendo conduzida por arqueólogos afegãos em parceira com pesquisadores de universidades americanas e australianas.

Baterias ainda são a grande limitação da expansão de carros elétricos

A tecnologia automobilística tem permitido a criação de alternativas ao uso de carros que consomem combustíveis fósseis para funcionar. Já existe, inclusive, um prazo para que estes veículos deixem de ser produzidos em países como a França e a Inglaterra que limitaram, até 2040, a indústria de produzir veículos movidos a diesel ou a gasolina. Na verdade, a substituição de veículos automotores que lidam com combustíveis que poluem o meio ambiente é uma tendência mundial.

As alternativas de busca de fonte energética para mover veículos se volta para combustíveis alternativos como, por exemplo, a eletricidade. A indústria já comercializa veículos automotores híbridos que reúnem a possibilidade de queimar gasolina ou usar energia elétrica como força motriz.

O grande problema dos carros elétricos ainda é a limitação de como acumular esta energia: as baterias. Na década de 1990, quando os primeiros carros elétricos começaram a ser testados com possibilidade de viabilizar seu uso mais intensivo, as baterias eram de Níquel-Cádmio. Pesadas, caras e com baixa capacidade de armazenamento energético, gradativamente passaram a ser substituídas por baterias de Lítio e mais recentemente por Lítio-íon. Estas baterias são, na atualidade, o que existe de mais eficaz, já permitindo uma autonomia de até 250 km até necessitar uma nova carga de energia para que o veículo possa seguir viagem. Para os especialistas no setor, o ideal seria que se pudesse dobrar esta capacidade, o que corresponderia aos veículos a gasolina, cujos tanques conseguem reservar combustível suficiente para viagens de 500 km ou mais.

Os carros elétricos carregam ainda uma outra desvantagem que precisa ser vencida às custas da tecnologia: a densidade energética. Enquanto um litro de etanol detém 6.260 watts-hora (Wh) de densidade energética e um litro de gasolina, 8.890 Wh, o correspondente a “um litro” de bateria elétrica de lítio-íon só consegue render 690 Wh, quase 10 vezes menos do que um litro de álcool e cerca de 13 vezes menos do que um litro de gasolina. Com uma diferença tão grande, os usuários de carros híbridos vão, quase sempre, preferir utilizar a gasolina ou o etanol do que a eletricidade.

A pesquisa precisa avançar para que o uso de combustíveis ecologicamente corretos não precise depender apenas da consciência dos usuários, especialmente aqui no Brasil que, apesar de contar com a opção do etanol que é menos poluente, na maioria dos estados onde o álcool apresenta-se proporcionalmente mais caro do que a gasolina (por uma questão de custo-benefício), a grande maioria dos motoristas não se preocupa muito com questões relacionadas à poluição. Infelizmente.

Sons extraterrestres captados pela Sonda Cassini

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  • cassini.png Nasa/Caltech

Há 20 anos (15 de outubro de 1997) era lançada no espaço uma missão não tripulada chamada Cassini-Huygens, com o objetivo de estudar o segundo maior planeta do sistema solar – Saturno. Em termos de equipamentos a missão consistia no lançamento de uma unidade para orbitar em torno de Saturno - o orbitador Cassini – e uma unidade para coletar dados da superfície do planeta – a sonda Huygens. A missão foi batizada assim em homenagem ao astrônomo franco-italiano Giovanni Cassini, responsável pela descoberta de satélites naturais do planeta e dos seus característicos anéis e para homenagear o também astrônomo, holandês, Christiaan Huygens que descobriu Titã, a maior lua de Saturno.

A missão foi encerrada em 15 de setembro deste ano e foi responsável por captar imagens (vide galeria) do planeta, seus anéis e seus satélites (suas “luas”). Além das imagens, a missão também captou sons que até hoje intrigam os cientistas sobre o que de fato representam.

Acompanhe no vídeo a seguir os sons captados pela sonda Cassini

Saturno é o planeta cuja órbita se situa entre as de Júpiter e Netuno e dista cerca de 1,4 bilhões de quilômetros da Terra.

Bionorte: tese de Doutorado apresenta dados inéditos sobre o comportamento de plantas do Cerrado

Esta semana que passou estive na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) a convite do amigo, Dr. Eduardo Almeida Jr. para participar da banca de Doutorado da pesquisadora Dinnie Michelle Lacerda, do Programa de Biodiversidade e Biotecnologia da Rede Bionorte.

Michelle Lacerda apresentou dados inéditos sobre o estudo da fenologia de plantas do Cerrado Maranhense. A fenologia estuda os fenômenos de floração, frutificação, queda das folhas e aparecimento e expansão de novas folhas. A pesquisadora acompanhou por dois anos mais de 1400 árvores em duas importantes áreas dos Cerrados do Maranhão: o Parque Estadual do Mirador, situado no município de Mirador, com mais de 435 mil hectares e os cerrados litorâneos situados na cidade de Barreirinhas, no litoral maranhense.

O desafio de acompanhar o comportamento destas mais de 1400 árvores rendeu dados interessantes. A pesquisadora pode relacionar discrepâncias entre as plantas estudadas nas duas áreas com pequenas diferenças na duração do dia (fotoperíodo) e variações de temperatura para as duas regiões. A descoberta ganha importância por ser o primeiro trabalho desta envergadura realizado não somente no Maranhão, mas na região conhecida como MATOPIBA (região de Cerrados dos estados do Maranhão. Tocantins, Piauí e Bahia) que está sujeita a concentrar grandes áreas desmatadas por ser considerado um dos últimos cerrados preservados do Brasil.

A pesquisa, que já foi parcialmente publicada em periódico científico da área de ecologia, foi aprovada pela banca examinadora.

Michelle Lacerda foi mais uma pesquisadora formada pelo Dr. Eduardo Almeida Jr. que desde que se radicou no Maranhão tem dado grande contribuição ao conhecimento da Flora Maranhense, atuando inclusive como fundador do Herbário do Maranhão. Herbários são instalações científicas onde ficam resguardados exemplares de plantas para estudos botânicos. Trata-se de uma estrutura importantíssima para pesquisa botânica.

Colaborar com atividades de avaliação me ajudam, como pesquisador, a conhecer um pouco mais sobre o desenvolvimento da ciência em que milito mais diretamente.

Até o próximo post!

Rios para alimentação

A reportagem de capa da revista Science publicada no último dia 08 de dezembro traz um tema que também diz respeito a nós brasileiros: a importância dos rios para alimentação.

Durante muito tempo fomos dependentes das faunas de peixes de nossos rios como fonte primária de proteínas na nossa alimentação. O Piauí, cujo nome já é uma indicação relativa a rio e peixes, tem uma grande bacia hidrográfica que durante séculos alimentou os povos primitivos que tiravam dos rios o seu sustento alimentar.

Atualmente temos rios depreciados pela atividade de agricultura que não poupa a vegetação ciliar, transformando o assoreamento dos rios em um grande mausoléu de seus próprios leitos. Os rios ficam com seus leitos largos e rasos, perdendo sua configuração original e volume de sustentação de água na sua calha, ocasionando danos aos solos e aos ribeirinhos, quando nos períodos de cheias.

A abundância de cardumes foi bastante prejudicada pela atividade urbana que não poupa o curso em descargas de água servida, apodrecendo suas águas e inviabilizando a sobrevivência da biota. Rios contaminados são uma constância nas grandes cidades do Piauí. Teresina, uma cidade mesopotâmica, é banhada por dois rios que sofrem as consequências da falta de saneamento que a coloca como uma cidade que trata menos de 17% dos esgotos de suas residências. O retrato disso: rio Poti lotado de macrófitas aquáticas que aproveitam as benesses da adubação provocada pela poluição, principalmente orgânica. Rio Parnaíba com seu leito drasticamente assoreado na altura das grandes cidades que banha.

Sobre os cardumes: ninguém sabe! Nunca foram feitos estudos mais aprofundados sobre a diversidade e o volume de peixes nestes rios. A Ciência não sabe dizer nem qual foi o impacto da construção da Barragem de Boa Esperança entre as décadas de 1960 e 1970, construída em uma época em que não se respeitava o movimento dos peixes em buscar águas mais tranquilas para desova – o fenômeno da Piracema.

A pesquisa sobre rio Mekong, na China, publicada na revista Science do início deste mês nos faz lembrar que, antes que possamos desenvolver meios para salvar nossos rios, os impactos negativos contra eles são muito mais eficazes e podem destruí-los. Pode já não existir tempo hábil em salvá-los.

Até o próximo post!

 

 

 

Invenção de pesquisadores piauienses pode ser solução para poluição do Rio Poti

  • stopfloc4.png Arquivo pessoal
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Todo mundo que tem algum tipo de sensibilidade com a questão ambiental já deve ter lamentado o quanto nossos rios Parnaíba e Poti estão degradados.

O Rio Parnaíba sofre muito com o assoreamento. Seu leito está lotado de bancos de areia que são resultado do descuido do homem que degrada a vegetação da sua margem e aí processos naturais, na maioria das vezes, completam o serviço levando as margens a desbarrancarem e tornando o rio largo e raso.

Já o Rio Poti dá sinais evidentes da sua poluição revelada pelo excesso de macrófitas (plantas) aquáticas, dentre elas os aguapés, que tornam o leito do rio verde, denunciando um descuido do homem em relação ao lançamento de poluentes, especialmente esgotos domésticos, resultado de falta de política de saneamento básico na Capital do Piauí. Trata-se de um problema histórico e que demanda solução de longo prazo, como a retirada de décadas de atraso sem a construção de um sistema de captação e tratamento de esgotos para mais de 80% da cidade. Mas a ciência pode ajudar pelo menos a tratar melhor parte dos poluentes que chegam ao rio.

Ontem (16.12), numa das praças do Shopping da Cidade, realizou-se um evento promovido pela Superintendência de Ciência e Tecnologia do Estado - “A Ciência vai ao Shopping”. Dentre os expositores chamou minha atenção o trabalho dos pesquisadores da UFPI, Dr. Francisco Figueiredo e Dr. José Ribeiro. Dentre os produtos que eles apresentaram na feira estava um revolucionário mecanismo de tratamento químico para separar poluentes da água.

Conversei um pouco com eles e fiquei surpreso com a eficiência do produto que tem a capacidade de despoluir completamente a água de quaisquer tipos de poluentes. Testes feitos com poluentes diversos como petróleo, óleo, saponáceos, chorume (resíduos líquidos provenientes da poluição) demonstraram a eficiência do produto na separação da poluição em relação de qualquer tipo de água para favorecer o reuso.

De acordo com o Prof. Figueiredo o processo utiliza propriedades das substâncias poluidoras como aliadas para limpeza da água. O produto que tem o nome comercial de Stopfloc já está sendo reconhecido como um meio eficiente para tratamento de esgotos domésticos e industriais. Os professores fecharam contrato com uma das maiores indústrias de eletrodomésticos da chamada linha branca, a Esmaltec, com sede na cidade de Fortaleza (CE). A invenção dos professores da UFPI chamou a atenção do Prefeito Firmino Filho que visitou os stands do evento.

O Stopfloc poderia ser testado como um novo mecanismo para tratar esgotos. Uma dica boa para a companhia que assumiu o controle do nosso sistema de captação e tratamento de efluentes que precisa avançar muito.

Cardiologia: níveis de LDL podem não ser a melhor opção no diagnóstico de doenças coronarianas

Dez entre dez cardiologistas utilizam os níveis de colesterol ruim – o LDL (Low Density Lipoprotein, ou Lipoproteína de Baixa Densidade, em tradução livre) como primeiro sinal de que alguma coisa não deve ir muito bem no seu sistema cardiovascular.

O LDL é chamado de mau colesterol ou colesterol ruim porque como tem densidade baixa ele simplesmente cola nas paredes de vasos sanguíneos, provocando o bloqueio destes vasos. Estes bloqueios podem causar um grande impacto na saúde, podendo levar a quadros de isquemias no coração ou no encéfalo, provocando acidentes vasculares que podem causar a morte.

Em contraposição ocorre no organismo o chamado HDL (High Density Lipoprotein, ou Lipoproteínas de Alta Densidade, em tradução livre), que por ser benéfico ao metabolismo é considerado o “Bom Colesterol”.

A novidade é que os especialistas da Universidade de McGill em Montreal, Canadá, estão contestando o método de investigação de doenças cardíacas a partir da simples inspeção dos níveis de LDL e HDL. Para o Dr. Allan Sniderman o correto para diagnosticar a possibilidade de doenças coronarianas seria buscar no sangue uma proteína chamada Apolipoproteína B ou ApoB. De acordo com este pesquisador que liderou uma pesquisa que investigou os níveis de ApoB em milhares de pacientes, a busca por esta proteína é mais eficaz na identificação de problemas coronarianos além de ser mais barata.

Para Scott Grundy da Universidade do Texas o uso das medidas de colesterol é mais eficaz. A alteração no protocolo de investigação de doenças cardíacas está longe de ser uma unanimidade. O trabalho de Sniderman foi publicado Science Health da semana que passou.

Quer saber mais? Clica em http://www.sciencemag.org/news/2017/12/it-time-retire-cholesterol-tests

 

 

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