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Diversidade

Diálogos Nacionais: Artistas de rua

“Todo artista tem de ir aonde o povo está" , nos canta Milton Nascimento. Do clube da esquina à selva das cidades, a rua é palco, picadeiro e praça para as artes públicas em todo o país. Mas quem são eles? Esses artistas do asfalto, povo da rua, performáticos da arte pública? E o que fazem na rua? Vivem nela ou vivem dela? Como vive o artista de rua em isolamento social? Qual o cenário dos artistas de rua hoje no Brasil?

A Lei Aldir Blanc reconhece a rua como espaço cultural, uma conquista inédita e histórica. Os artistas de rua estão considerados e contemplados de diferentes formas. Por isso nesta quinta convidamos artistas de rua de todo o Brasil, em sua diversidade artística e regional, para junto a gestores(as) de cultura, parlamentares e lideranças culturais, dialogarmos sobre a importância de fomentar as diferentes formas de arte nos espaços públicos.

Realizado em parceria com a AGICIRCO e a Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR), estes diálogos nacionais visam promover uma escuta atenta e sensível à diversidade de expressões e à situação de extrema vulnerabilidade dos artistas de rua neste contexto de pandemia no Brasil

Os Diálogos Nacionais são uma iniciativa da Escola de Políticas Culturais para contribuir no processo de implementação da Lei Aldir Blanc, na perspectiva de fortalecer as bases Sistema Nacional de Cultura e da Política Nacional de Cultura Viva, garantindo a efetivação dos direitos culturais consagrados pela Constituição Federal de 1988.

AO VIVO no Canal Emergência Cultural no YouTube

 

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Trabalhador@ da Cultura + Diversidades: Fique Sabendo sobre Lei da Emergência Cultural

Trabalhador@s das Artes e Cultura seguem mais informações sobre Lei da Emergência Cultural (Aldir Blanc). Primeiro, um vídeo produzido pela Articulação Nacional da Emergência Cultural  abondando como está o funcionando o processo de implementação da Lei. 

Em seguída, você pode acessar o Guia Fácil para Lei Aldir Blanc. No guia encontrará: O que é a Lei - Como foi a construção da Lei - Pessoa Física Alvo da Lei - Quais Espaços Culturais - De onde sairá Dinheiro? - Quem vai Pagar o que Quê? - A linhas de Crédito - Quanto os Estados vão Receber - Quanto os Municípios Vão Receber - Respostas e Dúvidas Mais Frequentes. 

E vocês rtistas e coletivos culturais LGBTI+ fiquem de Olho no Cadastro SICAC - Sistema de Cadastro Cultural do Piauí. Maiores informações sobre Acesso à Lei Aldir Blanc no Estado do Piauí, faça contato com Conselho Estadual de Cultural - http://www.cec.pi.gov.br/index.php e via  e-mail: email: [email protected] 

 

Ponto a ponto: Entenda a nova lei emergencial de apoio a trabalhador@s da cultura

A Lei de Emergência Cultural (nº. 14017/2020), sancionada no último dia 29 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), prevê ações de apoio ao setor artístico-cultural, um dos mais prejudicados pela interrupção de atividades devido à pandemia do novo coronavírus. A medida ficou conhecida como Lei Aldir Blanc, em homenagem ao escritor e compositor carioca falecido em maio, vítima da covid-19.

O projeto, proposto pela deputada federal Benedita da Silva (PT) e mais de vinte deputados, indicava que os repasses financeiros deveriam ocorrer em até 15 dias após aprovação da lei. Mas, apesar da urgência na efetivação das medidas, o governo vetou o item, e a liberação dos recursos dependerá ainda de cronograma a ser estabelecido pela União.

 

A Lei prevê a distribuição de R$ 3 bilhões, em três formas de apoio:

  • Renda mensal de R$ 600,00 por três meses aos trabalhadores da cultura (artistas, contadores de histórias, produtores, técnicos, curadores, trabalhadores de oficinas culturais e professores de escolas de arte e capoeira), sem emprego formal, que comprovem atuação na área nos últimos dois anos (por documentos ou declaração). É necessário ter renda mensal de até meio salário-mínimo (R$ 522,00) por membro da família, ou renda familiar mensal total de até três salários-mínimos. É preciso, ainda, não ter recebido rendimentos acima de R$ 28.559,70 em 2018.
  •  O auxílio não será concedido a quem receber outros benefícios do governo federal (exceto Bolsa-Família), ou a quem tiver recebido o auxílio emergencial do governo federal.
  • Subsídio mensal entre R$ 3 e 10 mil para manutenção de espaços artísticos e culturais, micro e pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias que tiveram atividades interrompidas por força do isolamento social.
  • Apoio a editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e outros instrumentos (bem como atividades que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas em redes sociais).

A lei prevê ainda o acesso a linhas de crédito. Para acessar qualquer dos recursos, os interessados devem estar incluídos em cadastros de cultura. A aplicação dos recursos ficará a cargo dos estados e municípios. Estima-se que a Bahia receberá cerca de R$ 110 milhões, e prefeituras têm se mobilizado para realizar cadastros dos beneficiários.

Fonte: Brasil de Fato

 Mais detalhes da Lei veja Guia Fácil da Lei Aldir Blanc

LGBTI+ e Mercado de Trabalho: pesquisa e reflexão para superar o preconceito e discriminação

O desafio para contruir uma sociedade de fato plural, justa e com equidade é processo constante ressignficar/problematizar  padrões de pensamento, mentalidade e discursos reforçadores de estereótipos, preconceitos e discriminações que sonegam Direitos, Cidadania e Convivência capaz de enriquecer a caminhada civilizatória. 

 Alguns Dados tematizando Mercados de Trabalho e Lgbts aparecem abaixo na pesquisa encomendada Pela Linkednl e Opinion Box (mais detalhque pesquisa VER AQUI.  Em seguída , seguem mais informações sobre o tema no discurso telejornalístico abordando a problemática.

Abaixo matéria sobre assunto. 

 

 

Vídeo babadeiro 'DiveerDrag' revela cena drag de Teresina

A artista Pablo Vittar já declarou que “quando eu estou montada parece que baixa um negócio. Quando eu coloco a peruca, acabou. Ninguém me tomba”.  A Drag piauiense Chandelly Kidman também fala em empoderamento ao criar sua personagem. Performatizar as vivências drags é um discurso de múltiplas faces com  turbilhão de sentidos.

E para celebrar a cena  teresinense com o brilho, alegrias, cores e performances vibrantes da Divas Drags da cidade, José Nascimento criou em 2018 o DiveerDrag: iniciativa para conhecer sobre universo das artistas do passado importantes para o mundo da noite e boates da capital.

O idealizador da ação destaca que é uma forma de registro histórico bem como da memória das artistas pioneiras responsáveis para abrir portas às gerações seguintes.

Divas bafônicas presentes no videoclipe: Samantha menina, Blita Block, Lilika Network, Laola Vulcano, Anne Love, Paty Girl, Shophia Shiminazi, Sheron Lumynis, Medusa Solevan, Lorena Taylor, Sayara, Mickeyla Diamons, Yaskarah Vandergeld,  Vampa etc.

Veja o Videoclip Babado

Por Herbert Medeiros

"Transformar na Chandelly me ajuda vencer preconceito, a me empoderar" - Filme no Netflix da Drag Piauiense

Documentário sobre vida/arte da Drag piauiense Chandely Kidman no Netlfix mostra a beleza e orgulho de SER QUEM SE É. O Registro audiovisual une sensibilidade, cores,  metamorfoses da artista para levar amor e alegrias para crianção com câncer. É entrar na narrativa e sentir a força da arte como força acolhedora e transformadora. 

Trechos da Narrativa

Drag e Empoderamento: “Transformar na Chandelly é como se eu fosse ter um superpoder. Me ajuda a vencer o preconceito, me expressar, levar alegria pra pessoas, me empoderar”.

Sobre Ser Drag: “Para mim é pura arte e também autoafirmação”

A Drag e o trabalho potente  da artista junto à crianças com câncer. Ressignficar o bate cabelo:  “Lá no Hospital, bater cabelo é um carinho”

Fala da Assessora da Presidência da Associação Piauiense de Combate ao Câncer: “Na Verdade ela ser uma Drag, colorida, alegre, ter as fantasias, as perucas: traz um mundo da fantasia para crianças”

Pai de Criança com Câncer sobre trabalho da Artista: “Depois daquele evento, meu menino virou outra pessoa. É muito importante para eles.”

Por Herbert Medeiros

Crimes de ódio e cibernéticos: Bote boca no trombone - Denuncie

Se por um lado as redes sociais digitais têm potencial para compartilhar experiências, vivências, saberes, práticas socioculturais, campanhas solidárias, ações políticas para empoderar segmentos vulnerabilizados e infinitas outras iniciativas de transformação social, também é um locusl de propagação de ódio, ataques à dignidade da pessoa humana, incitação à violência, destruição de reputações e intimidação de grupos marginalizados.

Com certeza você  já  leu, viu, ouviu  e sentiu  ataques na redes sócias dirigidos por machistas, racistas, lgbtfóbicos, xenófobos, gordofóbicos, classista e outras formas de violência contra pessoa humana. Também pode ter sido alvo de crimes cibernéticos.

 A sensação para muit@s quando se ver expost@s a tal situação é de revolta, indignação e impotência. Mas calma lá: você pode transformar essa emoção intensa  em ato concreto de denunciar os/as agressores/as, a página ou perfil propagador de ódio e discriminação.

Primeiro é importante lembrar: a Lei 12.737/2012, conhecida popularmente como Lei Carolina Dieckman, enquadra como atos criminosos relacionados ao meios eletrônico: invadir computadores, violar dados de usuários ou ‘derruba’r sites. A pena prevê multa e detenção.

Outro aspectos fundamental para você ficar sabendo: A Plataforma SaferNet, Central Nacional de Denuncia de Crimes Cibernéticos,  representam importante mecanismo para romper o silêncio da vítimas e encorajá-las a busca por justiça e fim da impunidade. Também é ferramenta vital para  garantir o  princípio constitucional: promoção do bem de tod@s, sem distinção de qualquer natureza.

Então se você foi vítima de lgbtfobia: NÃO SE CALE. Passo inicial ao realizar denúncia na SaferNet é enviar link do site em que o crime aconteceu e fazer resumo do acontecimento. Não esqueça de fazer print da tela para servir como comprovação do crime.  Após preencher as informações, será gerado um protocolo para acompanhar processo.

Para conhecer as Delegacias de Crimes Cibernéticos existentes no país CLIQUE AQUI

Também você pode acessar o Aplicativo Todx é super interessante: objetiva empoderar a comunidade LGBT+ "educando a sociedade e transformando o Brasil em um país verdadeiramente inclusivos e livre de discriminação". 

Por Herbert Medeiros

 

"Seja Mídia: Curso Comunicação Popular e Empoderamento Digital"

Oprimidos de todo mundo, sejam a mídia: este mote tem relação com a proposta  do curso “Seja a mídia: Comunicação Popular e Empoderamento Digital” oferecido pela plataforma Colaborativa OcorreDiário.  A ideia é horizontalizar os processos comunicacionais a partir do  compartilhamentos de aprendizagens e vivências focadas na cooperação de produções discursivas democráticas e construção de narrativas potentes e desafiadoras da ordem hegemônica.

A ação acontecerá entre dias 13/07 e 2307, sendo encontro   nas segundas e quartas no  horário de 19h às 21h pelo Google Meet. O projeto é realização do OcorreDiário em parceria com Corpo de Assessoria Jurídica Estudantes(Coraje). O Curso tem carga horária de 16h e dispõe de 100 vagas.

A proposição de comunicação alternativa resulta da necessidade de se produzir conteúdos de qualidade,  plurais e ressignificadores da vida social, política, cultura e econômica, contrapondo-se  aos discursos dominantes das mídias ologoplizadas. Neste sentido, a iniciativa se alinha   com outros ecossistemas midiáticos alternativos: Mídia Ninja, Jornalistas Livres, Mídia Índia, OcorreDiário, Malaanhamadas, Fala Dirceu.

Mais Detalhes    CLIQUE AQUI . Para fazer inscrição, CLIQUE AQUI

Veja Abaixo 06 Módulos do Curso:

  • Módulo 1 – Democratização da Comunicação e empoderamento digital – 13/07

Facilitadora: Helena Martins – Professora da UECE e militante do Coletivo Intervozes, pelo direito à comunicação.

 

  • Módulo 2 – O que é comunicação popular? – Agitação, propaganda e mobilização; organização e autonomia – 16/07

Facilitador: Vinícius Oliveira (SE) – Militante do movimento Tudo Para Todos/Sergipe

 

  • Módulo 3 – Estratégias de uso e engajamento nas redes sociais – 20/07

Facilitador: Erisvan Guajajara (MA) – Indígena co-idealizador do Mídia Índia

 

  • Módulo 4 – Comunicação, imagem e ferramentas digitais: dispositivos móveis para produção de conteúdos digitais – 23/07

Facilitador: Luan Matheus Santana e Maria Luisa Mendes (PI) | Jornalistas do OcorreDiário

 

  • Módulo 5 – Jornalismo Mágico na América Latina: porque a nossa experiência é mística, real e de resistência – 20/07

Facilitadoras: Sarah F. Santos e Isabel Jardim (PI) – Comunicadoras do OcorreDiário

 

  • Módulo 6 – Podcast: Ecoe sua voz – 23/07

Facilitadoras: Malamanhadas –  Jhoária Carneiro, Letícia Lima, Aldenora Cavalcante e Ananda Omati (PI)

Por Herbert Medeiros

O Srº Corona e seus Questionamentos - Por João Silvério Trevisan

Pela janela, vejo do outro lado da rua o sr. Corona refestelado em seu trono virótico. Coloco meu escudo, quer dizer, minha máscara-cuecão. Percebo o sr. Corona cheio de si, quando me fala em tom sarcástico: “Vocês reclamam de mim, mas não falam do que estão aprendendo comigo. Gente ingrata!”.

Como já o conheço após meses de convívio, replico como uma vilã de novela: “Ah, que interessante, um mensageiro da morte ensinando os vivos.” O sr. Corona fica sério: “Outro dia vi esta rua vazia. Os motoboys não vieram trabalhar em frente ao restaurante, onde se amontoam dia e noite. Estão fazendo manifestações, sabia?”

Eu sabia, mas fiz de conta que não: “É mesmo? Eles se manifestam por quê?” O sr. Corona ri em cascata e crava: “Os motoboys vão fazer greve, meu bem. E sem eles vocês vão passar fome na quarentena.” Só pra contrariar, ostento falsa naturalidade: “Eu nunca pedi comida por aplicativo. Vão fazer greve por que?”

O sr. Corona me passa a perna: “Não se finja de desentendido, meu bem. Você está cansado de saber: é a mesma exploração dos mais pobres, como sempre. Mas graças a mim agora vocês estão encarando a uberização da pobreza. A quarentena de vocês foi salva pela atividade dos motoboys. Sem eles, muita gente de bem passaria fome, concorda?”

Deixo de lado o papel de vilã, quando o sr. Corona me olha fulminante: “Vocês deviam se envergonhar. Os caras passam fome pra levar comida a quem pode pagar. Mas quase todo o dinheiro fica com as empresas que os usam sem direitos.”

Com meu rosto escondido pela máscara-cuecão, o sr. Corona não viu que fiquei vermelho. Minha gastrite se manifesta, quando ele crava, outra vez: “Foi preciso a ameaça de vocês passarem fome para se dar conta de que a fome de tanta gente sustenta vocês.”

 Sinto nova pontada no estômago, e confesso meu espanto: “Tem gente se perguntando se a extinção da humanidade não é o único remédio para melhorar o mundo...” O sr. Corona se agita: “Que solução besta é essa? O genocídio em massa aconteceu tantas vezes antes e continua agora. Veja os assassinatos dos pretos.”

Minha perplexidade é mais antiga do que eu, e assim a manifesto: “Não sei o que vamos fazer com tanta desgraça.” O sr. Corona não titubeia: “Façam as perguntas certas, antes de dar respostas apressadas. Perguntem de novo e de novo o que está errado. E por que deu errado. Chega de respostas simplistas. A Bolsa Família é só um quebra galho, enquanto os banqueiros lucram bilhões a cada ano. E fascistas ainda acham que a solução é matar os pobres? Usam a mim, um vírus sem culpa, para impulsionar um processo eugenista. Dão esmola aos pobres e os obrigam a se contaminar nas filas de bancos, depois os empurram para as filas dos hospitais lotados. Fazem fila até nos cemitérios.”

 Apesar da dor na gastrite, insisto: “Com tanta ganância, como vamos resolver a pobreza no mundo?” Ele não titubeia: “Perguntem, perguntem. Vocês humanos já deviam saber. Os motoboys de aplicativos são um repeteco da exploração da mão de obra na revolução industrial do século 19. É obsceno que o problema continue ainda hoje!”.

Ah, sinto a História humana ecoando na minha gastrite, mais ainda quando o sr. Corona pontifica: “Meu papel pandêmico é obrigar vocês a pensar. Um que morre, morrem todos. O inferno está cheio de boas intenções!” Missão cumprida, o sr. Corona se levanta do trono e ensaia uma dancinha, enquanto sai cantarolando a paródia de um sucesso da Mina nos anos 70: “Perguntas, perguntas, perguntas...” Olho a cena e penso: esse sr. Corona provoca gastrites na alma da gente.

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