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“Hashtag” pode ter sido criada há mais de 100 mil anos

“Cerquilha” ou “jogo-da-velha” é como se costuma a denominar o símbolo #. Para os internautas este símbolo associado a uma palavra ou expressão é chamado de Hashtag. Uma associação entre o símbolo e a tag ou palavra-chave. Ao colocarmos uma hashtag ela é convertida em um hiperlink, para qualquer uma das principais redes sociais como o twitter, facebook ou Google+. Mas o que pode ser considerado um símbolo dos tempos de internet pode na verdade ter sido criado há milhares de anos.

Pesquisadores da Universidade de Aarhus da Dinamarca encontraram pequenas lascas de rochas com diversas marcações no formato do símbolo da Hashtag. As relíquias foram encontradas na Caverna de Blombos na cidade do Cabo, África do Sul.

Para os pesquisadores as marcas, datadas de mais de 100 mil anos podem ter sido resultado da expressão artísticas de homens primitivos. Kristian Tylen, cientista cognitivo, analisou também cascas de ovos de avestruz com marcações similares, datadas entre 52 mil e 109 mil anos Antes do presente. Com o objetivo de testar acuidade sobre os desenhos registrados em rochas e conchas, a equipe de Tylen aplicou uma amostra de 24 ilustrações “limpas” copiadas, extraídas nas rochas ou não, aos olhos de 65 estudantes dinamarqueses, que teriam que classificar e copiar as imagens das linhas. Os estudantes pesquisados tiveram dificuldades em reconhecer os traços quando comparados com marcações mais recentes. De certo modo, a pesquisa concluiu que os traçados mais antigos guardam uma composição própria, porém representando símbolos distinguíveis em diferentes regiões.

Quando a gente descobre que o moderno não é tão novo assim... O homem já faz suas “artes” desde muito tempo... Os paredões da Serra da Capivara que o digam...

Até a próxima...

As vacas e a vacina

Desde criança ouvimos falar da vacina. Por vezes, na infância, éramos arrastados para consultórios médicos, hospitais ou às vezes até na escola nos surpreendíamos com a necessidade de sermos vacinados. Nossos pais aplicavam a “desculpa” de que era para evitar doenças.

As vacinas são um importante mecanismo de prevenção de doenças contagiosas. Surgiram no final do século XVIII (1796) quando o médico Edward Jenner resolveu aplicar um fluido contaminado com o agente causador da varíola bovina em pessoas sujeitas à varíola humana. Ele observou que as jovens que trabalhavam com a ordenha das vacas contraíam a varíola bovina e ficavam resistentes à varíola humana que, na época matava cerca de 80% das pessoas que a contraíam. A varíola atualmente é uma doença considerada erradicada e quando não matava deixava marcas inesquecíveis no paciente: a doença se caracterizava pelo aparecimento de bolhas de pus (pústulas) espalhadas pelo corpo que deixavam cicatrizes marcantes pelo corpo inteiro.

O trabalho de Jenner, baseado na observação, ensejou um longo e bem-sucedido caminho de pesquisas e estudos que teve como um dos maiores expoentes o químico francês Louis Pasteur. Pasteur foi o precursor de muitos estudos com resultados positivos, como por exemplo o da contaminação do Bombix mori (bicho-da-seda) que estava afetando a produção da indústria francesa de tecidos. Ele também criou a pasteurização, um método usado para descontaminar alimentos , dentre eles o leite, livrando-o, com uma alternância entre aquecimentos e resfriamentos (choque térmico), de micro-organismos indesejáveis. A primeira vacina desenvolvida por Pasteur foi contra a bactéria Antrax. Aliás, Pasteur batizou a vacina com este nome em uma clara alusão ao experimento de Jenner que utilizou fluidos extraídos das vacas (do latim Vacca).

Pasteur foi um dos responsáveis por isolar uma vacina contra a Raiva. Juntamente com Robert Koch, promoveram um enorme rol de descobertas importantes para saúde pública mundial, com o esforço da chamada Medicina Preventiva, voltada para imunização contra doenças.

A pesquisa científica avançou muito e o Brasil é um importante polo de produção de vacinas na América Latina, através da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Por falar em Oswaldo Cruz, este médico sanitarista foi um pioneiro na adoção da obrigatoriedade de vacinas como medida para combater doenças parasitárias, provocando inclusive uma revolta popular que ficou conhecida como Revolta da Vacina. Isto porque o Governo aprovou Lei obrigando todos os cidadãos a serem vacinados como uma forma de combater a Varíola, no início do período republicano, em 1904.

Atualmente, o senso comum misturado à ignorância reúne parcela considerável da população em vários locais do mundo que lutam contra a adoção da vacinação obrigatória.

Aqui no Brasil, dia 23, próximo passado, deu início a Campanha de Vacinação contra o vírus da Influenza (gripe). A campanha tem como meta vacinar 54 milhões de brasileiros. Entre os eleitos para receber a vacina gratuitamente estão os idosos (maiores de 60 anos), crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres que tiveram bebê nos últimos 45 dias (puérperas), profissionais da saúde, professores da rede pública e privada, população indígena, portadores de doenças crônicas (exemplo: Diabetes, Asma Artrite reumatoide e outras), pacientes que fizeram ou fazem tratamentos que prejudicam o sistema imunológico (exemplo: fazem quimioterapia, radioterapia etc.), portadores de trissomias como Síndrome de Down e Klinefelter e pessoas privadas de liberdade. A vacinação vai até 01 de junho.

Com a entrada dos professores como beneficiados passei a tomar a vacina e posso dar meu testemunho: foi muito eficiente!

22 de abril: Earth Day

Como tudo sobre a Terra, o nosso planeta tem o seu dia – 22 de abril – conhecido mundialmente como Earth Day, ou o Dia da Terra. Criado em 22 de abril de 1970 pelo Senador Gaylord Nelson, o Dia da Terra tem como principal objetivo fazer com que as pessoas discutam sobre as questões ambientais que mais afligem a Terra.

No início da década de 1970, quando foi criado, estava eclodindo nos EUA e em outras nações um sentimento de preocupação coletiva com os problemas que começavam a mostrar que a Terra tem muitos recursos, mas que estes, ao contrário do que se pensava nos séculos XIX e XX, não são infinitos. Já reverberava com mais força as consequências da publicação de Primavera Silenciosa de Rachel Carson, em 1962. Já existia a preocupação com a poluição contaminando mananciais, estragando solos férteis e o uso desequilibrado de recursos.

O dia da Terra passou a ser cultuado especialmente pelo ambiente universitários. Escolas e universidades dos EUA passaram a usar este dia para promover debates sobre o futuro do Planeta, iniciando a importante caminhada a Educação Ambiental. Dos problemas que mais preocupam a Terra está o lixo e o uso de recursos naturais como minérios e o petróleo. A poluição das águas e do ar também se destacam especialmente depois que o incremento de CO2 na atmosfera passou a ser visto como um dos principais vilões do aquecimento global.

Mais recentemente o lançamento da peregrinação mundial com uma pregação sobre a questão do aquecimento global pelo ex-Vice-Presidente dos EUA, Al Gore que virou documentário premiado – Uma verdade inconveniente, esquentou a discussão, tornando o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (sigla em inglês, IPCC) o oráculo mundial sobre o cataclisma que se abateu sobre a Terra promovido pelo homem.

A principal comemoração sobre o “Earth Day” passa pela reflexão de que até agora a ciência só encontrou um local no Universo com condições para mantermos nossas vidas: na própria Terra!

Pensemos!

Cientistas desenvolvem plástico feito de farinha de mandioca

Cientistas brasileiros desenvolveram, usando o amido de mandioca (polvilho) como matéria-prima, materiais "plásticos" biodegradáveis para que possam substituir pelo menos parte dos derivados de petróleo. Esse é o trabalho de pesquisadores do Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE) da Universidade Estadual Paulista - UNESP, em Rio Preto - SP. Os principais benefícios são baixo custo, abundância da matéria-prima e renovabilidade.

O professor Francisco Lopes, da Unesp de Rio Preto, explica que as embalagens plásticas são uma das alternativas para promover um aumento na vida útil dos produtos alimentícios, no entanto, a maioria dos plásticos utilizados hoje causa danos ao meio ambiente. "A necessidade de reduzir esses danos e oferecer sustentabilidade levou ao desenvolvimento de materiais biodegradáveis que após o uso são prontamente assimilados na natureza sem efeitos danosos".

Dentro dessa premissa entra o amido de mandioca (polvilho), que é abundante no País e uma fonte renovável. As embalagens e envoltórios plásticos biodegradáveis, que se degradam em semanas ou alguns meses, podem substituir o plástico produzido do petróleo, que é altamente poluidor e demora mais de 150 anos para sua degradação. "A novidade é utilizar biomassa na produção de material biodegradável".

O estudo também já é feito por outros pesquisadores há algum tempo, cerca de cinco anos, entretanto, a continuidade das pesquisas é para obter melhorias da performance funcional do material. Os plásticos produzidos têm apresentado boas propriedades de aparência e permeabilidade a gases, mas necessitam de um reforço para aumentar sua resistência. Já existem experiências com plásticos biodegradáveis usando bagaço de cana de açúcar, zeína, retirada do milho e de outras plantas. A ideia é continuar testando materiais que, enriquecidos com compostos inorgânicos como silicatos, por exemplo, ganhem resistência necessária para substituir o filme plástico feito à base de petróleo.

Neste sentido a Natureza agradece.

(Com informações da UNESP).

Continente africano pode dividir-se em dois

Você já deve ter reparado o quanto a costa leste da América do Sul se encaixa direitinho na costa oeste da África. O fato é que no passado todos os continentes da conformação atual formavam um grande continente denominado Pangeia, há muito tempo, entre 200 e 540 milhões de anos antes do presente.

Com o movimento das placas que formam a superfície da Terra, chamadas de Placas Tectônicas, a Pangeia se separou formado dois megacontinentes: Gondwana e Laurásia. Gondwana, o grande continente do sul, posteriormente, se dividiu formando a África, a América do Sul, a Índia (que fica na Ásia), a Oceania e a Antártida, para ficarmos apenas nas porções maiores. Enquanto a Laurásia, o grande continente do norte, originou a Europa, América do Norte, Ásia e o Ártico.

A litosfera da Terra (formada pela crosta e a parte superior do manto) é dividida em várias placas tectônicas. Essas placas não são estáticas, mas se movem em relação umas às outras em velocidades variadas, “deslizando” sobre uma camada chamada Astenosfera, que é viscosa. Este conteúdo viscoso e incandescente se torna visível na superfície quando um vulcão entra em erupção e derrama lava vulcânica, material de extrusão do magma.

Dada a natureza fluida do magma, os continentes realizam movimentos. Às vezes os continentes se chocam causando acidentes como tsunamis, terremotos e maremotos. São eventos que acumulam um forte volume energético, e por isso provocam destruição, sendo, entretanto, eventos naturais.

Na região leste do Continente Africano surgiu uma gigantesca fenda com cerca de 10 km de extensão que, de acordo com os cientistas pode representar a cisão do continente em dois grandes blocos de terra.

Fruto de atividades geológicas muito profundas, a fenda apareceu na região sudoeste do Quênia, cortando a Rodovia Nairobi-Narok. Essas forças não simplesmente movem as placas ao redor, elas também podem fazer com que as placas se rompam, formando uma fenda e potencialmente levando à criação de novos limites de placa. O sistema do Leste da África é um exemplo de onde isso está acontecendo atualmente.

Por que a formação da fenda acontece?

Este processo é acompanhado por manifestações superficiais ao longo do vale da fenda, sob a forma de vulcanismo e atividade sísmica. As fendas são o estágio inicial de um colapso continental e, se bem-sucedidas, podem levar à formação de uma nova bacia oceânica.

A formação da fenda continental exige a existência de forças extensionais grandes o suficiente para romper a litosfera. Os geólogos explicam que o que está acontecendo pode ser descrito como um tipo ativo de fenda, no qual a fonte dessas tensões está na circulação do manto subjacente. Por baixo desta fenda, a elevação de uma bolha de manto grande domina a litosfera para cima, fazendo com que ela enfraqueça como resultado do aumento da temperatura, sofra alongamento e quebre com falha.

Como a fenda está se formando?

As fendas exibem uma topografia muito distinta, caracterizada por uma série de depressões delimitadas por falhas cercadas por terrenos mais altos. No sistema da África Oriental, uma série de vales de fenda alinhados separados por grandes falhas de delimitação pode ser claramente vista do espaço.

Nem todas estas fraturas se formaram ao mesmo tempo, mas seguiram uma sequência que começou na região de Afar, no norte da Etiópia, a cerca de 30 milhões de anos e se propagou para o sul em direção ao Zimbábue a uma taxa média entre 2,5 a 5cm por ano.

Estamos testemunhando uma separação continental. Assista ao vídeo que mostra uma parte da extensão da fenda que está separando o Continente Africano em dois.

 

 

Pesquisador piauiense desenvolve protótipo de avião com propulsão elétrica

  • Projeto_AZX02.jpg Arquivo pessoal. Arquivo do CEA-UFMG.
  • IMG_20170511_144337309_HDR.jpg Arquivo pessoal. Arquivo do CEA-UFMG.
  • image014.png Arquivo pessoal. Arquivo do CEA-UFMG.
  • image012.png Arquivo pessoal. Arquivo do CEA-UFMG.
  • image011.png Arquivo pessoal. Arquivo do CEA-UFMG.

A evolução do uso de alternativas energéticas tem sido focada para uso comercial, industrial, residencial e para transportes terrestres, como carros elétricos ou carros híbridos que já são uma realidade comercial inclusive no Brasil. Mas seria viável uma aeronave movida por motor elétrico?

Qualquer máquina, para funcionar, requer energia, que é retirada de alguma fonte. Máquinas que voam, obviamente, precisam carregar o combustível suficiente para decolar, manter-se no ar e aterrissar em segurança. Assim, diferente de outros meios que se apoiam no solo ou na água, as aeronaves têm uma preocupação a mais com volume e o peso da sua fonte de energia, necessária à própria manutenção do seu movimento.

Aeronaves elétricas esbarram em um problema inusitado: a capacidade (autonomia) e o peso das baterias. As baterias são instrumentos imprescindíveis ao acúmulo de energia, quando esta não provém da queima de um combustível (ou de outra reação química ou física mais complexa). Todavia o pesquisador piauiense Danilo Azevedo tem pensado em alternativas para viabilizar aeronaves de propulsão elétrica.

Danilo César Rodrigues Azevedo é professor do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e faz Doutorado na Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele atualmente desenvolve o projeto de uma aeronave com propulsão elétrica no Centro de Estudos Aeronáuticos (CEA) da UFMG. Conversamos sobre o projeto e ele me disse que algumas barreiras estão sendo vencidas. Segundo ele o motor elétrico é muito mais seguro para o piloto, porque é de acionamento simples, independe de intempéries ambientais e pode posicionar-se em qualquer ponto da aeronave. A evolução de baterias que combinam Lítio e Enxofre (Li-S) pode vir a resolver os problemas que inviabilizam o uso desta fonte de energia para aeronaves.

Danilo estuda sobre a aerodinâmica das hélices, mas tem aplicado o conhecimento obtido com sua pesquisa de Doutorado no projeto do avião de propulsão elétrica. Ele, com a ajuda de outros pesquisadores ligados ao CEA, está construindo um protótipo chamado AZ-X02 que participará de uma competição da FAI (Fédération Aéronautique Internationale), com a intenção de bater o recorde mundial de velocidade na faixa de 550 km/h em voo nivelado.

O CEA já apresenta vários protótipos de aeronaves (veja na galeria), algumas de propulsão elétrica como Sora-E e agora a AZ-X02, desenvolvido por Danilo Azevedo. São aeronaves monotripuladas usadas para ensaios, mas todas são consideradas bem sucedidas e seguras. A maioria destas aeronaves foi desenvolvida pelo trabalho dos pesquisadores Cláudio Barros, já falecido, e Paulo Iscold, ex-orientador de Danilo Azevedo. O Professor Iscold está radicado nos EUA onde desenvolve novos modelos com propulsão elétrica. A equipe do CEA permanece projetando novas alternativas, agora sob o comando do Professor Ricardo Utsch, atual orientador do piauiense Danilo Azevedo.

O vídeo a seguir mostra o Sora-E, o primeiro avião elétrico desenvolvido no Brasil pelo Dr. Cláudio Barros, considerado o Engenheiro do Século XX do Brasil.

Vamos torcer para a tecnologia na qual Danilo Azevedo trabalha se converta em aeronaves mais seguras e mais econômicas.

Até o próximo post...

 

Impressão 3D: você moraria em uma casa feita por uma impressora?

Não... Você não está lendo nenhuma loucura ou desvario. A impressão 3D já avançou tanto que hoje é possível construir casas com Impressão 3D.

Já tem um tempo que admiro o uso da impressão 3D em vários segmentos. Aqui no Ciência Viva já comentamos o uso deste recurso na Medicina, destacada pelo médico piauiense Aurus Dourado que utiliza o recurso para o planejamento cirúrgico (relembre o que comentamos sobre isso: https://cidadeverde.com/cienciaviva/85928/medico-piauiense-desenvolve-tecnica-de-planejamento-cirurgico-revolucionaria), em uma parceria desenvolvida com o médico do Hospital Sírio-Libanês, o também piauiense, Dr. Bruno Aragão. Mas o uso desta tecnologia atingiu uma área até então impensável: a construção civil.

A ICON, empresa norteamericana na área de Engenharia e Tecnologia, em parceria com a New Story, uma organização sem fins lucrativos e que se preocupa com soluções de moradia, lançou em Austin, Texas (EUA), durante o SXSWorld’2018, uma dos maiores eventos de Inovação do mundo, o projeto de construção de uma casa feita em impressão 3D.

Acompanhe o vídeo a seguir e veja o que o futuro nos reserva:

 

A casa do vídeo, com cerca de 65m2 pode ser construída em menos de 24 horas a um custo aproximado de R$ 32 mil reais. Mas a associação entre a ICON e a New Story acreditam que pode reduzir os custos para cerca de R$ 13 mil reais. O projeto inovador vai ser testado em escala em El Salvador, onde serão construídas cerca de 100 casas com a tecnologia.

O futuro já chegou... Até o próximo post...

Economia Agroalimentar é a saída para jovens de países em desenvolvimento, aponta pesquisa

Pesquisa do Centro de Desenvolvimento de Estudos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) apontou a área de Economia Agroalimentar para suprir as carências econômicas dos jovens em países da África e da América Latina.

Segundo a pesquisa, 80% dos jovens que estão na escola tem fortes expectativas sobre colocação no mercado de trabalho formal, sonhando com um emprego adequado à sua formação. Entretanto, apenas 20% deste total consegue alcançar esta posição, o que reflete uma grande frustração de expectativas, para a maioria. Dadas as condições nos países pesquisados a inserção de jovens nas cadeias produtivas de alimentos é apontada como saída para o desemprego deste estrato social.

De acordo com o estudo intitulado Projeto de Inclusão de Jovens, realizado em nove países (Peru, El Salvador, Malawi, Vietnã, Costa do Marfim, Togo, Jordânia, Moldávia e Camboja), as políticas que incentivam o empreendedorismo de jovens só conseguem beneficiar cerca de 5% dos aptos ao ingresso no mercado de trabalho.

O estudo também comprovou que cerca de dois terços dos países mantêm políticas voltadas para o envolvimento jovem e seu estabelecimento no mercado de trabalho, mas praticamente todos eles não conseguem cumprir as metas estabelecidas.

A preocupação com a juventude deve ser a tônica de todos os países. A situação de ociosidade de jovens e a falta de perspectiva podem contribuir de forma decisiva com o aumento da violência e envolvimento com drogas e outros desvios de conduta. O estudo é resultado de uma pesquisa na área das ciências sociais aplicadas e aponta algumas perspectivas para a resolução deste problema que afeta muitas nações.

Veja o vídeo produzido pela OECD:

 

Você já ouviu falar em Aprendizado STEM?

Stem, em inglês, quer dizer caule ou haste (que é também um tipo de caule). Mas você já tinha ouvido falar em aprendizado STEM. STEM, neste caso, são as letras iniciais de Science (Ciência), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia) e Mathematics (Matemática).

Uma das preocupações dos educadores é com os profissionais que serão formados para o futuro. Se fizermos uma rápida retrospectiva é possível verificar que algumas profissões vão deixando de existir, enquanto outras vão sendo simplesmente criadas. E que tipo de estudante a escola deve formar?

Esta pergunta é perturbadora, tendo em vista que mexe com o futuro. Qual é o perfil de estudantes que deverá ser escolhido para atender “ao futuro”? Uma pergunta sem resposta sólida. Pelo menos por enquanto.

Uma das alternativas para tentar adequar formação de estudantes para problemas que ainda vão surgir é o STEM. Pensado na década de 1990 nos EUA a partir de um problema: como compatibilizar os imigrantes que chegavam ao país com o mercado de trabalho. Estavam chegando pessoas sem a qualificação necessária para ingresso no mercado de trabalho cada vez mais ávido por trabalhadores capazes de dominar alta tecnologia. A National Science Foundation - NSF (Fundação Nacional de Ciências, em tradução livre) é uma agência americana preocupada com o desenvolvimento de diferentes áreas das ciências, à exceção das Ciências Médicas. A NSF definiu normas para incentivar a formação de jovens nas diferentes áreas científicas, o que incluia as diretrizes para distribuição de bolsas de estudo.

O que era para ser um programa voltado para imigrantes terminou ganhando tons de um programa de educação governamental, incentivando estudantes a ingressarem em cursos de áreas científicas, matemática e engenharias. Passou a incentivar também o desenvolvimento da relação entre Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática, ainda nas etapas da educação básica, incentivando professores a procurarem se aplicar em aulas que aproveitassem o lado mais criativo dos seus estudantes. Na gestão do Presidente Barack Obama o programa recebeu uma suplementação financeira, passando a chamar-se  de Parceria de Matemática e Ciência.

Agora escolas de várias locais do Mundo, inclusive no Brasil, estão buscando articular os fundamentos destas quatro áreas do conhecimento para estimular o conhecimento. É importante ressaltar que iniciativas que estimulem os jovens a usar suas inteligências e engenhosidades podem dar ao Mundo o que de fato precisa: pessoas melhores!

Até o próximo post...

 

Use a cabeça! Use capacete!

Atualmente uma das maiores causas de internação nos hospitais que atuam na linha de frente do atendimento de urgência e emergência são os acidentes de trânsito. Especialmente os acidentes com motociclistas que, inadvertidamente, deixam de usar equipamentos de proteção individual (EPIs), como o capacete, por exemplo.

As pancadas na cabeça, decorrentes de quedas ou acidentes de trânsito, com certa frequência, determinam a ocorrência de concussões. As concussões decorrem do impacto do cérebro contra o próprio crânio, sem lesões significativas aparentes, podendo causar desde lesões cerebrais microscópicas e, distúrbios neurológicos, muitas vezes de efeito transitório.

Em pesquisa publicada no final do mês passado (Março, 2018) na Revista Science, pesquisadores de várias universidades norte-americanas que estudam os efeitos das concussões apresentaram dados sobre os efeitos de traumatismos sobre regiões importantes do cérebro. Não é necessário que as pancadas sejam absurdamente fortes. Se tiverem uma frequência que atinja o cérebro de modo profundo podem trazer problemas seríssimos. Estudos feitos com jogadores de esportes de contato, como o futebol americano, revelaram que algumas concussões podem atingir regiões bem internas do cérebro, como o corpo caloso, que liga os dois hemisférios cerebrais.

Pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Stanford, em Palo Alto, Califórnia, analisaram dados coletados em 31 jogadores de futebol americano, usando dados de protetores bucais especiais, contendo giroscópios e acelerômetros. Os dados permitiram conhecer as reações do cérebro durante o impacto produzido durante partida de futebol. Concluiu-se que as vibrações produzidas pelas pancadas e movimentos rápidos, geradores de concussões de todas as ordens poderiam orientar fabricantes a produzirem capacetes, por exemplo, capazes de absorver impactos de todas as naturezas.

Anualmente o Brasil gasta uma fortuna com acidentados que preferem estragar suas vidas a usar equipamentos que possam proteger um dos bens mais preciosos que possuímos: nosso cérebro!

Se ligue no uso do capacete... Até o próximo post...

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